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Clique para editar o estilo do título mestre Clique para editar o estilo do subtítulo mestre * * * Dor Abdominal Eduardo Souto Professor Substituto - Gastroenterologia Departamento de Clínica Médica - UFSM * * * Dor abdominal “ Dor é uma experiência sensorial e emocional desagradável, associada à lesão tecidual existente ou potencial, ou descrita em função desta lesão”. * * * Dor Abdominal Objetivos Discutir a abordagem do paciente com dor abdominal. Reconhecer os principais métodos de diagnóstico para o paciente com dor abdominal. * * * Dor abdominal Introdução 70% dos diagnósticos gastrenterológicos são feitos com a história clínica 90% associando-se ao exame físico Exames subsidiários podem se tornar desnecessários ou confundidores * * * DOR Substâncias químicas : Bradicina VEGF Prostaglandinas Nociceptores Impulso elétrico à medula espinhal Tronco cerebral: resposta de fuga Tálamo: localização espacial Sistema límbico: sensação desprazer Córtex cerebral : interpretação Sistema modulador: Endorfinas Encefalinas Serotonina * * * DOR ABDOMINAL * * * DOR ABDOMINAL Dor visceral Mediada pelo SNA Estímulo: tensão na parede da víscera Mal localizada Cólica, queimação, peso ou constrição Sudorese, inquietação e náuseas Dor parietal Mediada p/inervação somática Estímulo: processo inflamatório Localização mais precisa Contratura muscular Dor referida Estímulo direto de fibras somáticas Percebida em local diferente do inicial Suprida pelo neurosegmento da víscera doente * * * DOR ABDOMINAL Dor orgânica Dor funcional * * * DOR ABDOMINAL Dor aguda: início súbito intensidade variável Dor crônica: contínua ou intermitente * * * “MENSURAÇÃO” DA DOR Escalas Visuais Escalas numéricas Analógicas Comportamental Nota zero: sem dor Nota três:presente esquecida por períodos Nota seis: não esquecida, não impede atividade diária Nota oito: não esquecida atrapalha atividade diária, exceto alimentação e higiene Nota dez: persiste não pode ser ignorada, repouso imperativo Biológica * * * DOR ABDOMINAL Causa comum de consulta e internação Curso clínico variável Nem sempre a causa está no abdome Dor abdominal aguda NÃO É IGUAL a cirurgia imediata * * * DOR ABDOMINAL * * * * * * DOR ABDOMINAL Inicio Localização Irradiação Caráter Intensidade Duração Evolução (contínua, cíclica, rítmica, periódica) Relação com a função dos órgãos Fatores desencadeantes ou agravantes Fatores que aliviam Sintomas associados * * * EXAME FÍSICO GERAL ESTADO GERAL PULSO PA RESPIRACAO PALIDEZ ICTERÍCIA TÓRAX ABDOMEM TOQUE RETAL EXAME GINECOLÓGICO * * * Exame físico abdominal Sequência do exame: 1) Inspeção 2) Ausculta 3) Percussão 4) Palpação * * * Inspeção Estática Paciente posições ortostática e decúbito dorsal. Tipos de abdome Abaulamentos, retrações, cicatrizes Pele e anexos Turgência venosa Dinâmica Hérnias (importância da expiração e expiração forçada) Respiração Movimentos peristálticos Pulsações (aortismo x dilatação aneurismática) * * * Dor Abdominal Inspeção * * * * * * Dor Abdominal Inspeção * * * EXAME FÍSICO DO ABDOMEM AUSCULTA: Ruídos Hidroaéreos Sopros * * * Dor Abdominal Ausculta Ambiente tranquilo Permanência por 2 minutos * * * EXAME FÍSICO DO ABDOMEM PERCUSSÃO: Timpanismo Macicez móvel Macicez hepática * * * Dor Abdominal Percussão Técnica Sequência O que é esperado * * * EXAME FÍSICO DO ABDOMEM PALPAÇÃO: Defesa, rigidez Dor localizada Descompressão brusca Organomegalias Massas Hérnias, testículos * * * Dor Abdominal Palpação Superficial Profunda Específicas Manobras especiais Órgãos que só são palpados em condições patológicas: Bexiga (desde que vazia) Apêndice cecal Vesícula biliar Flexuras do cólon Delgado Baço * * * * * * * * * Dor Abdominal Localização * * * Dor abdominal Localização da dor e correlação com órgãos abdominais e pélvicos * * * Dor Abdominal Localização * * * LOCALIZAÇÃO DA DOR ABDOMINAL * * * DOR ABDOMINAL – EPIGÁSTRIO E QSD COLECISTOPATIA HEPATITE ULCERA PÉPTICA PANCREATITE AGUDA APENDICITE RETROCECAL IAM PNEUMONIA * * * DOR ABDOMINAL - EPIGÁSTRIO & QSE DISPEPSIA FUNCIONAL ULCERA PÉPTICA PANCREATITE AGUDA IAM PNEUMONIA * * * DOR ABDOMINAL PERIUMBELICAL GASTROENTERITE DII APENDICITE AGUDA OBSTRUCÃO INTESTINAL CAUSAS VASCULARES * * * DOR ABDOMINAL - QID APENDICITE DII DIVERTÍCULO DE MECKEL ADENITE MESENTÉRICA HÉRNIA INGUINAL CAUSAS GENITO - URINÁRIAS TORÇÃO DE TESTICULO CÁLCULO URINÁRIO CAUSAS GINECOLÓGICAS * * * DOR ABDOMINAL - HIPOGÁSTRIO & QIE DIVERTICULITE DII HÉRNIA INGUINAL CAUSAS VASCULARES CAUSAS GENITO - URINÁRIAS TORÇÃO DE TESTICULO CÁLCULO URINÁRIO CAUSAS GINECOLÓGICAS * * * DISMENORRÉIA PRIMÁRIA DOR OVULATÓRIA GRAVIDEZ ECTÓPICA TUMORES DIP ENDOMETRIOSE ABORTAMENTO TORÇÃO/RUPTURA CISTO OVARIANO DOR ABDOMINAL AGUDA NA MULHER * * * CAUSAS EXTRA ABDOMINAIS DE DOR ABDOMINAL AGUDA Cardíaca Isquemia miocárdica e infarto Miocardite Endocardite ICC Torácica Pneumonite Pleurodinia Embolia pulmonar Pneumotórax Empiema Esofagite Espasmo esofágico Ruptura esofágica Metabólica Uremia Diabetes Porfiria Insuficiência adrenal aguda Hiperlipidemia Hiperparatireoidismo Saturnismo Neurológica Radiculite Epilepsia abdominal Hematológica Anemia hemolítica Púrpura de Henoch-Scönlein Leucemia aguda Toxinas Reações de hipersensibilidade (venenos) Infecções Herpes zoster Osteomielite Febre tifóide Outras Contusão muscular, hematoma, tumor Retirada de narcóticos Febre do mediterrâneo familiar Desordens psiquiátricas * * * Sinais Propedêuticos Sinal de Murphy Sinal de Giordano Sinal de Blumberg Sinal de Jobert Sinal Grey-Turner Sinal de Cullen Descompressão Brusca * * * Vesícula Biliar Palpável quando há grande aumento de volume Sinal de Murphy * * * Rim Giordano x Punho percussão de Murphy Aumento unilateral: tumor ou hidronefrose Aumento bilateral: hidronefrose, rins policísticos * * * Descompressão brusca x Sinal de Blumberg Presença de peritonite provoca dor tanto à compressão quanto à descompressão podendo ser, por vezes, mais desconfortável à descompressão. * * * DOR ABDOMINAL – QID Sinais de Apendicite * * * Percussão Sinal de Jobert A presença de timpanismo na região da linha hemiclavicular direita onde normalmente se encontra macicez hepática, caracteriza pneumoperitônio. T6-T12 * * * Dor Abdominal Sinais Semiológicos - Pâncreas Propedêutica limitadíssima; Sinal de Grey-Turner e Sinal de Cullen * * * CAUSAS COMUNS DE DOR ABDOMINAL AGUDA Apendicite Diverticulite Colecistite Pancreatite UP perfurada Obstrução intestinal Doenças pélvicas * * * CAUSAS COMUNS DE DOR ABDOMINAL CRÔNICA Dispepsia funcional UPD SII DII DDC Pancreatite crônica * * * CONDIÇÕES ESPECIAIS Idosos Crianças Imunocomprometidos Nível de consciência * * * DOR ABDOMINAL PONTOS PARA PONDERAR: Empatia pelo paciente Anamnese e exame físico minuciosos. Construir hipóteses diagnósticas consistentes. Afastar patologias de alto risco. Exames justificados. Reexaminar o paciente Solicitar avaliação de outro colega quando em dificuldade. Jamais liberar paciente SEM Diagnóstico (somente com analgésico) * * * ABDOMEM AGUDO PÉROLAS PARA LEMBRAR Não restrinja o diagnóstico somente pela localização da dor. Considere a possibilidade de apendicite em todo o pacientecom apêndice que apresente dor abdominal aguda. Não valorize a presença ou ausência de febre para distinguir entre causa clínica ou cirúrgica da dor abdominal. Mulher em fase reprodutiva e dor abdominal aguda tem gravidez ectópica até o teste de gravidez provar o contrário. Idoso com dor abdominal aguda tem alta probabilidade de ter uma causa cirúrgica Paciente idoso com dor abdominal alta súbita: ECG Paciente com história e exame físico sugestivo de apendicite não necessita de tomografia, necessita de cirurgia. * * * Hipótese Diagnóstica Associação Internacional para estudo da dor VEGF: FATOR DE CRESCIMENTO VASCULAR ENDOTELIAL Os receptores nervosos (nociceptores), quando estimulados, são responsáveis pelo desencadeamento da transmissão da sensação de dor. Dois tipos de nociceptores: Fibras A-delta (mielinizadas) localizadas na pele e músculos transmitem dores agudas e bem localizadas. Fibras C (desmielinizadas) dores somato-parietais, localizadas nos músculos, peritônio, mesentério e vísceras, sensação de dor mal-definida e crônicas. * Os nociceptores podem responder a estímulos: mecânicos (distensão abdominal); químicos (substâncias liberadas em lesões mecânicas, inflamatórias, isquêmicas, térmicas ou actínicas). Substâncias como: íons H, K. histamina. Serotonina, bradicinia, substância P. peptídeos (prostaglandinas). * A dor abdominal pode ser: Visceral – vaga inervação multisegmentar das vísceras; mal localizada está de acordo com o dermátomo correspondente ao órgão comprometido. Demonstrar a figura superior. Adinamia, vômitos e palidez podem estar associados. SOMATO-PARIETAL: Agressão ao peritônio parietal, mais intensa e bem localizada, piora com tosse e movimentos do paciente. REFERIDA: O órgão comprometido é diferente da área em que a dor é percebida. – Embriologia demonstrar a figura inferior. Bem localizada. * Anamnese: é o ponto fundamental. –História deve ser: •Cuidadosa. •Completa. •Traçar a cronologia e ordem dos eventos. Anamnese: –Tipo de dor. –Intensidade. –Localização. –Irradiação. –Fatores de melhora e piora. –Eventos concomitantes. –Evolução temporal. Sinais de alarme: dor intensa ou persistente, piora acentuada da dor, impossibilidade de se alimentar e presença de febre e/ou calafrios. * * O questionário de dor mais largamente utilizado foi o desenvolvimento pelo Dr. Melzack, da Universidade Mcgill, que consta de uma relação de 87 descritores das qualidades sensoriais da dor de um paciente e das emoções correspondentes, além do desenho do corpo, no qual o paciente assinala a localização da dor, e de uma escala de intensidade da dor. * * * Anamnese: –Ponto fundamental. –História deve ser: •Cuidadosa. •Completa. •Traçar a cronologia e ordem dos eventos. Anamnese. –Tipo de dor. –Intensidade. –Localização. –Irradiação. –Fatores de melhora e piora. –Eventos concomitantes. –Evolução temporal. Sinais de alarme: dor intensa ou persistente, piora acentuada da dor, impossibilidade de se alimentar e presença de febre e/ou calafrios. * * * * * Objetividade: Ouvido do examinador < 1m. Até 3 repetições. Sequenciais. * Clínica Mayo, 2007 A localização da dor pode ser um indício de sua origem, mas mesmo para um médico experiente essa informação pode não ser suficiente para um diagnóstico preciso. * * * * * * * * Sinal de Murphy: – A manobra consiste em, por meio da palpação, comprimir o ponto cístico, no hipocôndrio direito, e pedir que o paciente inspire profundamente. – Normalmente, a vesícula biliar inflamada em contato com o peritônio parietal leva à dor, e a inspiração é entrecortada. –É positivo nos casos de colecistite aguda. Sinal de Blumberg: – Ao se comprimir profundamente a parede abdominal e, logo após, retirar subitamente a mão, o paciente poderá acusar uma dor intensa no local. – Quando a descompressão é positiva, denotará um foco inflamatório intra-abdominal, adjacente à área comprimida. Psoas e Obturador Sinal de Jobert: – É realizado a partir da percussão no nível da linha axilar média, sobre a área hepática, surgindo timpanismo no local nos casos positivos. – Este sinal sugere ar livre na cavidade abdominal, por perfuração de uma víscera oca * * * * *
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