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Recursos Naturais

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RECURSOS NATURAIS – Características Básicas
 *Rildo Moura
 CONCEITOS E DISTRIBUIÇÃO DOS RECURSOS NATURAIS BÁSICOS
 A distribuição geográfica dos recursos naturais no globo terrestre ocorre de forma heterogênea em função dos fatores como clima, formação geológica, geomorfológica, distribuição das águas, etc.
 
 Alguns são de escala:
 1 – Planetária – como o ar, a energia solar e a água, mas podem variar de composição(ar), de intensidade (energia solar) e de volume (água).
2 – Regional – como as paisagens vegetais, os plânctons, alguns tipos de solos etc 
3 – Localmente – são os recursos minerais como jazidas petrolíferas, minérios de ferro, bauxita e outros.
 
 As características fundamentais dos recursos naturais são:
Permanência (inalterabilidade do tempo); 
Naturalidade (independência da ação ou dos desejos do homem); 
Inamovibilidade (impossibilidade de serem transportados de um para outro lugar) que se apresentam em cada um deles de forma mais ou menos relativa, e quase nunca de forma absoluta, e que indicam as resistências naturais que encontramos para sua utilização e orientam sobre a melhor forma de sua conservação.
 OS RECURSOS NATURAIS - PELO GRAU DE PERMANÊNCIA 
 Inesgotáveis (posição geográfica, topografia geral, conjunto paisagística e clima);
Auto – renováveis (os cursos d’água superficiais, bacias lacustres, caça e pesca águas subterrâneas);
Renováveis ou conserváveis (revestimento florístico e solos para agricultura);
Não renováveis (gases naturais e reservas minerais em estado líquido ou sólido).
 
 Estes últimos se subdividem em recuperáveis (metais e pedras preciosas, materiais que se utilizam nas construções de máquinas ou em fins análogos, os óleos lubrificantes e outros) e os irrecuperáveis( gases naturais, óleos comestíveis, carvões e outros).
 ____________________________
Geográfo e Professor. Mestre em Desenvolvimento Sustentável-UFAL
 Alguns especialistas em conservação distinguem apenas duas classes:
 I – Os não renováveis ou fixos que se subdividem no grupo dos que não são afetados apreciavelmente pela deterioração natural (grupos de minerais In situ, carvão , pedras e argilas) e no grupo dos que são por ela afetados apreciavelmente (metais oxidáveis, petróleo e gás nos de infiltrações e emanações, substâncias nutritivas das plantas que sofrem lixiviações e substâncias radioativas em processo de desintegração nuclear).
 II – Os renováveis ou fluentes que se subdividem no grupo dos que se renovam s em sensível intervenção do homem ( radiação solar, outras radiações cósmicas, marés, e ventos) e no grupo daqueles cuja renovação é afetada sensivelmente pela intervenção do homem. 
 OS RECURSOS NATURAIS: CLASSIFICAÇÃO POR VÁRIOS CRITÉRIOS
 Os recursos naturais podem ser classificados segundo vários critérios:
 
 De acordo com o REINO a que pertence – Animal, Vegetal e Mineral.
 Quanto ao GRAU DE ABUNDÂNCIA, podemos classificá-los:
 Abundantes – é encontrado na região em grandes quantidades – ferro, manganês, bauxita, etc.
 Suficientes – são merecedores de planejamentos para sua exploração – chumbo, apatita, mica etc.
 Carentes - os diagnósticos definem preocupações quanto à sua forma de extração: ouro, urânio, prata etc.
 Essa classificação de caráter quantitativo apresenta certos inconvenientes. De certa, a carência ou não de certos recursos naturais depende da utilização que deles se faça. Além do mais, pode um minério ser carente em um país e abundante em noutro.
 
 Por tudo isso, vemos como característica fundamental dos recursos a independência que existe nas três grandes classes enumeradas no início e entre os vários grupos dos recursos naturais das classificações apresentadas acima. 
 OS TIPOS DE RECURSOS NATURAIS
 Os recursos naturais são os materiais da natureza e as condições naturais que o homem utiliza para atender às necessidades de sobrevivência e de melhoria de vida.
 Há uma diferença apreciável entre recurso natural e riqueza natural. O recurso natural não é riqueza mas é condição para se tornar riqueza, desde que devidamente utilizado pelo homem. Uma jazida de minério de ferro ainda inaproveitada, é apenas um recurso natural, que se for devidamente utilizado, criará riqueza, em torno de si.
 O recurso natural é, assim, apenas uma possibilidade de se tornar riqueza, na dependência do tratamento que lhe der o homem. Um país pode ser farto de recursos naturais e viver na miséria, pela incapacidade de seus habitantes ou pelo desinteresse de grupos promotores de negócios.
 Dentre os recursos naturais de mais realce, salientam-se os que vão ser mencionados a seguir:
 A Energia Solar a luz e o calor, promovem reações químicas que permitem o surto e o desenvolvimento dos vegetais, que proporciona ambiente favorável à vida dos animais, que as variações do estado físico da água regulando o ciclo hidrológico, etc.
 O Ar, o que permite a vida dos animais e das plantas, que alimenta a combustão dos materiais fornecedores de energia ) madeira, carvão, petróleo), que serve de matéria prima para fabricar fertilizantes nitrogenados. 
 AS ÁGUAS utilizadas sobre diferentes formas para os mais variados fins. Serve de meio de transporte através da navegação nos rios, lagos e mares; serve para produzir trabalho mediante a força expansiva do vapor. Animais e plantas contêm água como substância preponderante. Na sua queda natural fornece energia mecânica, que nas formas de aproveitamento mais adiantadas é transformada em eletricidade e transformada em eletricidade e transportadas, às vezes, a longa distâncias através de condutores de cobre. Como chuvas, as águas beneficiam culturas.
 O SUBSOLO é outro recurso natural de grande valia, pois é responsável principal pelo progresso material do homem. A civilização da máquina que caracteriza nossa época deve-se ao uso dos produtos do subsolo; aos fornecedores de energia inanimada, como o carvão de pedra, petróleo e gás natural; aos fornecedores de metal de grande uso, como o ferro e o cobre.
 O SOLO é o recurso natural responsável pela alimentação do homem e da maioria dos animais, pelo fato de ser o sustentáculo da vegetação Tem também influência sobre o clima, através da capacidade de manutenção das florestas, que abrigam umidade, que regularizam a temperatura e constituem o hábitat de muitas espécies animais. Os solos se apresentam em diversos tipos, com composições físicas e químicas diversificadas em decorrência das rochas geradoras e das ações climáticas. Para obtenção de alimentos em larga escala, como é necessário nos pontos mais povoados da Terra, não é admissível o sistema primitivo do fogo e da enxada; é necessário o uso de implementos agrícola mecanizados e análise do tipo de solos. 
 A VEGETAÇÃO é recurso natural dependente da água; sua disponibilidade no tempo em relação às quantidades, determina, em grande parte a fisionomia vegetal de uma região. A vegetação natural traduz o clima das diversas regiões e a carência ou abundância de chuva determina os desertos, grandes zonas de florestas. Na vegetação vai buscar o homem grande parte de suas necessidades de abrigo, na construção de fogueiras para defesa contra o frio, contra as feras e para o preparo dos alimentos, para construção das casas e para fabricação de canoas e navios, anteriormente à nossa civilização dos metais. Nos tempos modernos entre os povos mais evoluídos, a madeira não é menos preciosa, nem menos útil.
 O ANIMAL como recurso natural, tem papel saliente no equilíbrio biológico. Espécies vivem àcusta de outras, numa constante luta no ambiente que o homem consegui dominar, graças ao recurso da inteligência. Embora senhor da terra, sofre contudo o homem a guerra insidiosa dos animais de porte minúsculo, os micróbios, que têm a capacidade de causar devastações consideráveis nas comunidades humanas. Algumas espécies foram domesticadas e criadas sistematicamente para seu uso, como o gado bovino, eqüino, asinino, suíno, caprino, lanígero etc, como alimento, como fonte de matérias úteis (couro, lãs, crinas). Aves são criadas para a alimentação ou ornamentação; cães e gatos para o lazer e companhia afetiva; as próprias feras, como os leões, os tigres, as onças, etc, representam utilidades de fundo científico e recreacional (exposição, caças). A pesca atende a recursos alimentares dos povos litorâneos. 
 AS CONDIÇÕES CLIMÁTICAS representadas pelo conjunto e pela variação dos fatores meteorológicos, a nosso entender, constituem recursos naturais para cada região. Tais sejam àqueles índices, torna-se a região favorável ou desfavorável a determinados meios de cultivo para a subsistência ou de empreendimento para melhoria de condições de vida. Há indiscultivelmente climas mais favoráveis que outros para o desenvolvimento material assim como para o desenvolvimento cultural. Sem extremismo inaceitável de que é impossível a civilização nas latitudes mais baixas, contudo, é forçoso reconhecer que os climas depressivos das baixadas intertropicais não são tão favoráveis ao desenvolvimento da cultura material e intelectual quanto as regiões temperadas de clima variável, benéfico ao homem e pouco propício ao desenvolvimento dos microorganismos causadores de endemias. 
 A PAISAGEM NATURAL também deve ser considerada entre os recursos naturais duma região. Os aspectos fora do comum, que atraem pela originalidade, constituem centro de atração turística, que, às vezes, criam reputação de âmbito mundial. Locais desse gênero, criam riqueza pela atração de turistas apreciadores de belezas naturais ou curiosidades da natureza. Recurso desse tipo só podem ser valorizados quando há boas vias de comunicação, acomodações locais de alto conforto e propaganda adequada. 
 TÉCNICAS DE CONSERVAÇÃO DOS RECURSOS NATURAIS
 Os homens iniciaram a utilização dos recursos naturais sem a menor preocupação de poupança, sem levar em conta o desgaste natural ou acelerado e sem a menor preocupação de preservação para o uso também, pelas gerações futuras, por isto, algumas técnicas serão sugeridas:
 CONSERVAÇÃO DO SOLO consiste na defesa do solo contra a erosão, contra o esgotamento dos elementos nutrientes das plantas. Baseia-se em práticas que diminuam o poder erosivo das águas correntes, através de plantação em curvas de níveis, em faixas protetoras de vegetação, em cobertura do solo por vegetação compacta, etc. O que a erosão retira do solo: a parte mais fina, de argila e húmus, material dotado de capacidade de troca de ions e repositório principal dos elementos nutrientes das plantas. Prejuízos da erosão; milhões de toneladas de solo retirado das áreas de cultivo. A erosão é atuante em maior escala nas terras de topografia acidentada, sem cobertura vegetal contínua. O capim como defesa da erosão é meio atuante de regeneração de solo. Pela produção de húmus.
CONSERVAÇÃO DAS ÁGUAS consiste na proteção dos mananciais, na utilização por meio de barragens nos cursos d’água, na utilização integrada das bacias hidrográficas.
 CONSERVAÇÃO DA VEGETAÇÃO consiste na exploração racional das florestas, utilizando-as com maior rendimento, replantando as áreas devastadas, protegendo-as contra incêndios, criando reservas florestais.
 CONSERVAÇÃO DE MINÉRIOS E COMBUSTÍVEIS como não é possível provocar a sua regeneração, a conservação dos minérios e combustíveis consiste essencialmente na utilização dos mesmos com alto desenvolvimento ou na sua poupança, mediante utilização de outros mais abundantes etc. 
 
 Vejamos alguns exemplos de conservação no domínio dos recursos não renováveis: aproveitamento das partículas pequenas da mica para produção de tipos de isolantes elétricos com mica regenerada, usando ligantes de matérias plásticas; beneficiamento de minérios para melhor utilização; redução das vazões de poços de petróleo para dilatação da vida dos poços; gaseificação e queima de carvões pulverizados para obtenção de maiores rendimentos; utilização de turfa, linhito e outros combustíveis pobres para poupança dos carvões mais nobres. 
 
 REFERÊNCIAS 
BENJAMIN,César. Nosso verdes amigos, São Paulo: Teoria & Debate, 1990, pp. 6-12
DREW, D. Processos interativos homem-meio ambiente, São Paulo: DIFEL, 1986.
FRANCO, A. As condições políticas para a transição para um novo padrão de desenvolvimento sustentável , Brasília: Pitágoras, 1997.
GUIMARAÃES, R.P., Padrões de produção, e padrões de consumo, dimensões e critérios de formação de políticas para o desenvolvimento sustentável, Brasília: XII Encontro Nacional de Fórum Brasileiros de ONGs.,1997.
LUTZEMBERGER, José, Fim do futuro ?, Porto Alegra: Ed. Movimento, Manifesto ecológico brasileiro, 1986, p 13. 
MORAES, A.C.R .Interdisciplinaridade e gestão ambiental. Ciência & Ambiente, Santa Maria, v.3, n.4, 1992, p.27-31
MOURA, J. Rildo de O. As unidades de conservação da natureza como laboratório para aplicação de estratégias de desenvolvimento sustentável: o caso do litoral sul do estado de Alagoas, (Dissertação de Mestrado), Maceió/Al: PRODEMA/UFAL, 2000, 52-53.
VIEIRA, P.F. & WEBER, J.Gestão dos recursos naturais renováveis e desenvolvimento: novos desafios para a pesquisa ambiental, São Paulo: Cortez, 1997.

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