Buscar

Hierarquia das normas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Norma consitucional:
- são aquelas de aplicabilidade imediata, direta, integral, independentemente de legislação 
posterior para sua inteira operatividade;
- produzem ou têm possibilidades de produzir todos os efeitos que o constituinte quis regular;
- tem autonomia operativa e idoneidade suficiente para deflagrar todos os efeitos a que se 
preordena;
- conformam de modo suficiente a matéria de que tratam, ou seja, seu enunciado prescrito é 
completo e não necessita, para atuar concretamente, da interposição de comandos 
complementares. 
Normas Constitucionais de Eficácia Jurídica Contida:
- são aquelas que têm aplicabilidade imediata, integral, direta, mas que podem ter o seu 
alcance reduzido pela atividade do legislador infraconstitucional.
- São também chamadas de normas de eficácia redutível ou restringível.
Normas Constitucionais de Eficácia Limitada:
- são aquelas que dependem da emissão de uma normatividade futura;
- apresentam aplicabilidade indireta, mediata e reduzida, pois somente incidem totalmente 
após normatividade ulterior que lhes dê aplicabilidade
- o legislador ordinário, integrando-lhes a eficácia, mediante lei ordinária, dá-lhes a capacidade 
de execução em termos de regulamentação daqueles interesses visados pelo constituinte;
- a utilização de certas expressões como “a lei regulará”, ou “a lei disporá”, ou ainda “na forma 
da lei”, deixa claro que a vontade constitucional não está integralmente composta.
Subdividem-se em:
Normas de Princípio Institutivo: são aquelas que dependem de lei para dar corpo às 
instituições, pessoas e órgãos previstos na Constituição. 
Normas de Princípio Programático: são as que estabelecem programas a serem desenvolvidos 
mediante legislação integrativa da vontade constituinte.
Norma complementar: No direito, a lei complementar é uma lei que tem como propósito 
complementar, explicar, adicionar algo à constituição. A lei complementar diferencia-se da lei 
ordinária desde o quorum para sua formação. A lei ordinária exige apenas maioria simples de 
votos para ser aceita, já a lei complementar exige maioria absoluta. A lei complementar como 
o próprio nome diz tem o propósito de complementar, explicar ou adicionar algo à 
constituição, e tem seu âmbito material predeterminado pelo constituinte; já no que se refere 
a lei ordinária, o seu campo material é alcançado por exclusão, se a constituição não exige a 
elaboração de lei complementar então a lei competente para tratar daquela matéria é a lei 
ordinária. Na verdade não há hierarquia entre lei ordinária e lei complementar, o que há são 
campos de atuação diversos. Segundo jurisprudência STF não existe tal hierarquia, mas o STJ 
acha que existe justamente por causa da diferença entre os quóruns, sendo a lei 
complementar hierarquicamente superior a lei ordinária. 
Norma ordinária: Complementa as normas constitucionais que não forem regulamentadas por 
lei complementar, decretos legislativos e resoluções. Deve ser aprovada por maioria simples, 
ou seja, pela maioria dos presentes à reunião ou sessão da Casa Legislativa respectiva no dia 
da votação.
Norma delegada: é a autorização do Congresso ao Presidente da República para dispor sobre 
determinadas matérias. 
Lei delegada é uma figura prevista no artigo 68 da constituição. Trata-se de um ato normativo 
do presidente da república que necessita autorização do congresso nacional para sua 
elaboração. A lei delegada está presente também nos âmbitos estadual e municipal.
Com ela, o executivo pode criar ou aumentar empréstimos compulsórios e impostos da 
competência residual da União (a constituição veda a delegação de matéria reservada à lei 
complementar). Leis delegadas não podem versar sobre atos de competência exclusiva do 
congresso, sobre matéria de lei complementar, nem a legislação sobre planos plurianuais, 
diretrizes orçamentárias e orçamentos, entre outros.
Na prática, a lei delegada não é utilizada, pois o executivo encontrou na figura da medida 
provisória um instrumento mais confortável para aumentar sua autonomia institucional. De 
fato, apenas duas leis delegadas foram promulgadas após a Constituição de 1988 (leis 
delegadas nº 12, de 7 de agosto de 1992 e nº13, de 27 de agosto de 1992).
Medidas provisórias: é a norma editada pelo Presidente da República, com força de lei 
ordinária, para situações relevantes e urgentes. Precisa, posteriormente, ser aprovada pelo 
Congresso. 
As medidas provisórias são editadas pelo presidente em casos de relevância e urgência. Com 
força de lei e vigência imediata, perdem a eficácia caso não convertidas em lei pelo congresso 
nacional em até sessenta dias, prorrogáveis por igual período.
Tal instrumento foi criado para dar ao presidente uma dinâmica político-administrativa sem 
que ficasse caracterizada intromissão nas atividades do poder legislativo.
A constituição, em seu artigo 62, estipula que em caso de relevância e urgência, o presidente 
pode fazer uso de medida provisória com força de lei, devendo esta ser submetida 
imediatamente ao congresso, que terá prazo de cinco dias para se reunir, após convocação 
extraordinária, caso esteja em recesso.
Ao ser editada, entra em vigor por 60 dias, prorrogáveis por mais sessenta, quando passam a 
trancar a pauta do congresso e precisam ser apreciadas. Após este prazo, se o caso o 
congresso não converta a medida provisória em lei, esta perde sua eficácia e, assim, caberá ao 
congresso disciplinar as relações jurídicas delas decorrentes.
Decretos legislativos: é a norma edita pelo Congresso para tratar de assuntos de sua 
competência exclusiva.
É um ato destinado à veiculação das matérias de competência exclusiva do congresso nacional. 
Tais matérias estão elencadas em sua maioria no artigo 49 da constituição federal.
O decreto legislativo serve também como instrumento de regulamentação das relações 
jurídicas decorrentes do período de eficácia das medidas provisórias antes de sua conversão 
em lei.
Para sua validade, este deve necessariamente ser instruído, discutido e votado em ambas as 
casas legislativas. O quorum de aprovação do decreto legislativo é o de maioria simples do 
artigo 47 da constituição, e o seu procedimento é o mesmo de lei ordinária, diferindo apenas 
no momento da promulgação, feita pelo presidente da república. Seu procedimento de 
aprovação é, portanto, considerado especial, pois é tratado pelo Regimento Interno do 
Congresso e pelos Regimentos Internos das duas casas e porque, também é desvinculado da 
sanção do Presidente da República.
A legitimidade para a iniciativa no processo de criação do decreto legislativo recai sobre o 
presidente da república ou membro ou comissão do congresso nacional. O decreto legislativo 
produz um efeito externo ao congresso nacional, contrariamente às resoluções.
Resoluções: é a norma editada por qualquer órgão da Administração para tratar de assuntos 
de seu âmbito de atuação.
Resolução é um ato administrativo normativo emitido por autoridade superior, com a 
finalidade de disciplinar matéria de sua competência específica. As resoluções não podem 
produzir efeitos externos, tampouco contrariar os regulamentos e os regimentos, mas sim 
explicá-los. Tanto as resoluções quanto os decretos legislativos tratam de matéria de 
competência exclusiva do poder Legislativo.

Outros materiais