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Genética Básica História da Genética

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História da Genética
 Prof. Waldemiro S. Romanha wromanha@gmail.com http://www.microssintonias.blogspot.com 
GENÉTICA BÁSICA
Roteiro I
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CONCEITOS ANTIGOS
O interesse pela hereditariedade e, mais especificamente, pela genética do comportamento parece ter surgido nos seres humanos por volta de 8000 a.C., quando se acredita ter ocorrido a domesticação de cães, cavalos, camelos e outros animais.
Penísula Ibérica (há cerca de 5 mil anos). Havia comunidades agro-pastorís que praticavam a agricultura, a pastorícia e a domesticação de animais.
A domesticação dos animais era vantajosa pois fornecia comida e pele. Mas eles também tinham que alimentar os animais.
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Theognis (ancião grego e poeta) no sexto século a.C. dizia: “Procuramos boas ovelhas e cavalos para reprodutores.
O uso de bons reprodutores leva ao melhoramento da raça.
A escolha de bons reprodutores e matrizes constitui um dos pilares fundamentais para a exploração da caprinocultura. O sucesso da atividade dependerá das respostas dadas pelos animais e das condições a eles oferecidas.
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Na cidade estado de Esparta Século IX a.C era comum o infanticídio entre os espartanos não só quando havia um defeito físico, como também até por motivos morais.
O princípio da educação espartana era formar bons soldados para abastecer o exército da polis. Com sete anos de idade o menino esparcíata era enviado pelos pais ao exército. Começava a vida de preparação militar com muitos exercícios físicos e treinamento. Com 30 anos ele se tornava um oficial e ganhava os direitos políticos. A menina espartana também passava por treinamento militar e muita atividade física para ficar saudável e gerar filhos fortes para o exército.
Nenhum povo praticou a disciplina militar como os espartanos.
Um bebê quando nascia era examinado para saber se o seu físico seria encorpado, a ponto de compor um exército de guerreiros. O destino daqueles bebês que nasciam mais franzinos era ser lançado pelos penhascos, uma vez que, para esta sociedade era melhor morrer a não ter a sorte de servir ao exército. 
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Os gregos só acreditavam na beleza do espírito quando refletida na beleza do corpo.
Na Grécia valorizava-se a beleza e as medidas proporcionais, que eram os modelos de beleza ideal. 
Discóbolo ("O arremessador do disco") do escultor grego Miron, feito em mármore, datado de 450 a.C. (Século V. A.C.) Atualmente, encontra-se no Museu Nazionale Romano em Roma, Itália. 
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Platão em sua famosa obra A República, também recomendava que os melhores homens deveriam se casar com as melhores mulheres, e os depravados somente com mulheres depravadas.
Os filhos dos primeiros deveriam se educados, mas os filhos destes últimos deveriam se confinados a algum lugar distante e secreto.
Platão também achava que havia uma idade ideal para a reprodução. Os homens deveriam procriar entre 30 e 50 anos de idade, enquanto as mulheres dos 20 aos 40.
Ele achava que os casais muito jovens geravam filhos pequenos e não muito bem-dotados. Recomendava ainda que o inverno era a estação do ano ideal para a procriação.
A Academia de Platão (também chamada de Academia Platônica, Academia de Atenas ou Academia Antiga) foi fundada por aproximadamente em 387 a.C nos jardins localizados no subúrbio de Atenas, consagrados à deusa Atena e que tradicionalmente haviam pertencido ao herói Academo. 
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Ao longo do tempo, os conceitos sobre hereditariedade sofreram muitas transformações, passando da herança de caracteres adquiridos, de Lamarck, até as idéias pioneiras de Darwin publicadas em 1959 no seu famoso livro On the Origin of Species by Means of Natural Selection.
Nesta obra, ele dedica um capítulo inteiro aos padrões de comportamento instintivo.
Em outro livro, The Descent of Man and Selection in Relation to Sex, publicado em 1871, Darwin compara o desenvolvimento intelectual e as capacidades morais dos seres humanos com os outros animais, dizendo que a diferença entre a mente humana e a dos outros animais é “certamente de grau, e não de tipo”. 
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Em um trecho da obra ele diz:	
“... Assim, quanto às qualidades mentais, sua transmissão se manifesta em nossos cães, cavalos e outros animais domésticos. Além de hábitos e gostos específicos, a inteligência, a coragem e o bom e o mau temperamentos, etc. são certamente transmitidos. 
No homem, vemos fatos similares em quase todas as famílias; e sabendo hoje, pelos admiráveis trabalhos Galton, que a genialidade, que implica uma combinação complexa e maravilhosa de altas faculdades, tende a ser herdada; e, por outro lado, é também certo que a insanidade e a deterioração das capacidades mentais também são transmitidas nas famílias. 
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Antes do conhecimento da existência de gametas, já existia o conceito de pangênese, desenvolvido por Darwin. Segundo ele, as células de várias partes do corpo emitiam pequenas gêmulas, que migravam para os órgãos reprodutores. A reunião das gêmulas pater com a mater, na prole, explicaria por que os filhos têm semelhanças tanto com o pai quanto com a mãe.
A percepção da existência de gametas surgiu em 1677, quando um estudante chamado Ham viu pela primeira vez os espermatozóides. Ele relatou sua observação ao pioneiro da microscopia, van Leuwenhoek, que chamou os espermatozóides de “animais-sementes”, por acreditar que fossem os elementos essenciais na reprodução masculina.
van Leuwenhoek e a Teoria Celular
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O ovócito humano foi descoberto em 1827 por Karl Ernest von Baer, considerado o fundador da embriologia moderna.
Hipócrates (500-400 a.C.) dizia que o sêmen era formado em várias partes do corpo e transportado pelos vasos sanguíneos para os testículos. Ele achava que “humores ativos” seriam portadores das características hereditárias, vindos de várias partes do corpo para o sêmen.
Esses humores seriam saudáveis ou doentios, sendo estes últimos responsáveis pelas anomalias congênitas e doenças. 
De algum modo, estes humores podiam se alterados nas pessoas e, então, passados para a prole (herança de caracteres adquiridos). 
Karl Ernest von Baer
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Era Atual
Com os trabalhos de Mendel (1822-1884), redescobertos em 1900, surge uma nova era. Hoje em dia, consideramos uma condição como hereditária quando ela é condicionada por um determinado gene ou por uma anomalia cromossômica específica.
É importante salientar ainda a diferença entre doença hereditária e doença com predisposição genética. As doenças hereditárias resultam de um gene mutante ou de uma anomalia cromossômica, não esquecendo a importância do meio, em alguns casos.
Nas doenças de predisposição genética, não existe uma definição tão clara do fator genético responsável, admitindo-se que, como cada um de nós é um conjunto gênico único e integrado, alguns destes conjuntos tornam seus portadores mais vulneráveis ao agente causador da doença, que, em geral, vem do ambiente.
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1953 – A era moderna da genética. Esta era começa com a descoberta da estrutura do DNA por James D. Watson e Francis H. C. Crick.
James D. Watson 
1961 – O código genético é decifrado por Francis H. C. Crick e três colegas.
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11971 – Utilização de endonucleases de restrição para clivagem de DNA por K. Dana e D. Nathan.
1985 – Desenvolvimento da técnica da PCR (polymerases chain reaction) por R. K. Saiki e K. B. Jullis. Esta técnica permite a amplificação de quantidades diminutas de DNA ou RNA.
1995 – Início da Genômica [estudo da estrutura e funcionamento do material genético total (genoma) de um organismo] com os seqüenciamentos completos de determinados organismos como o Haemophilus influenzae e Mycoplasma genitalium coordenado por J. Craigh Venter. 
Próximos oito anos: 
 Setenta e três organismos procariotos (nos quais não há um núcleo bem-delimitado) tiveram seus genomas completamente identificados e mais de cem estão sendo atualmente investigados.
 Entre os eucariotos (célula com núcleo bem-delimitado) cujo material genético já foi
completamente seqüenciado temos a Drosophila melanogaster e o homo sapiens:

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