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CCJ0052-WL-D-AMMA-02-Lógica Formal e Lógica do Razoável

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TEORIA E PRÁTICA DA REDAÇÃO JURÍDICA
Aula 2- Lógica Formal e Lógica do Razoável no 
discurso jurídico.
TEORIA E PRÁTICA DA REDAÇÃO JURÍDICA
TIPOS DE RACIOCÍNIO; SILOGISMO: DEDUÇÃO E INDUÇÃO – AULA 2
Semana 2
Objetivos
‐ Diferenciar Lógica Formal de Lógica do Razoável;
‐ Compreender e aplicar o princípio da razoabilidade como 
norteador da atividade interpretava do Direito;
‐ Desenvolver estratégias criavas e consistentes de argumentação 
TEORIA E PRÁTICA DA REDAÇÃO JURÍDICA
TIPOS DE RACIOCÍNIO; SILOGISMO: DEDUÇÃO E INDUÇÃO – AULA 2
Leitura do texto de MAURÍCIO LOPES DE
OLIVEIRA, Bacharel em Direito pela Pontifícia
Universidade Católica do Rio de Janeiro; Membro do
Centro de Estudos de Direitos das Criações
Imateriais da Universidade de Montpellier, França,
onde é Mestrando em Direito e diplomado pelo
Centro de Estudos Internacionais da Propriedade
Industrial da Universidade de Strasbourg, França, e
Membro do escritório Gusmão & Labrunie S/C Ltda.,
São Paulo. Disponível em:
<http://www.buscalegis.ufsc.br/revistas/index.php/bu
scalegis/article/viewFile/6952/6519>. Acesso em 18
de setembro de 2010.
TEORIA E PRÁTICA DA REDAÇÃO JURÍDICA
TIPOS DE RACIOCÍNIO; SILOGISMO: DEDUÇÃO E INDUÇÃO – AULA 2
Marcelo Souto Maior, Jornalista que publicou a biografia de
Francisco Cândido Xavier (As Vidas de Chico Xavier, Ed.
Rocco, 1996), relata que no início do ano de 1944, o médium
abriu um envelope enviado pela Oitava Vara Cível do Rio de
Janeiro e assustou-se. A viúva e os três filhos do escritor
Humberto de Campos moviam um processo contra ele e a
Federação Espírita Brasileira.
O fato era que a editora da Federação Espírita Brasileira
havia publicado cinco obras, duas delas já em terceira edição,
atribuídas ao espírito do falecido escritor, psicografadas pelo
médium Francisco Cândido Xavier.
TEORIA E PRÁTICA DA REDAÇÃO JURÍDICA
TIPOS DE RACIOCÍNIO; SILOGISMO: DEDUÇÃO E INDUÇÃO – AULA 2
Essas publicações deixaram a viúva de Humberto de
Campos, Catarina Vergolino, numa situação incômoda, pois
mantinha contrato com outra editora, que publicava a obra de
seu marido, produzida por ele em vida. Diante de seu
silêncio, os editores poderiam supor que ela lucrava com os
títulos póstumos. Na verdade, Catarina não tinha recebido
um tostão, sequer havia sido consultada.
Assim sendo, a viúva do referido homem de letras constituiu
advogado e promoveu ação declaratória, em face da
Federação Espírita Brasileira e de Chico Xavier, colocando a
Justiça no seguinte dilema: declarar que as obras não eram
do espírito de Humberto de Campos, fazendo cessar a
publicação; ou declarar que as obras eram do espírito de
Humberto de Campos, reconhecendo os direitos autorais de
seus herdeiros, dando-lhes participação nos lucros.
TEORIA E PRÁTICA DA REDAÇÃO JURÍDICA
TIPOS DE RACIOCÍNIO; SILOGISMO: DEDUÇÃO E INDUÇÃO – AULA 2
Catarina requereu todos os meios de provas científicas
possíveis, exigindo demonstrações mediúnicas para
verificação da sobrevivência e operosidade do espírito de
Humberto de Campos.
Propunha exames gráficos dos textos escritos por Chico
Xavier, além de provas testemunhais. Queria ter a certeza de
que as cinco obras atribuídas ao espírito do escritor foram
mesmo ditadas pelo morto.
O Advogado Miguel Timponi, católico praticante, apresentou
sua contestação.
TEORIA E PRÁTICA DA REDAÇÃO JURÍDICA
TIPOS DE RACIOCÍNIO; SILOGISMO: DEDUÇÃO E INDUÇÃO – AULA 2
Timponi sustentou que afirmar ou negar que as obras fossem
de Humberto de Campos seria decretar a oficialização de um
princípio religioso, filosófico ou científico, o que o magistrado
jamais poderia fazer, dada sua inerente neutralidade diante
de tais princípios.
Argumentou, ainda, que depois de morto, o indivíduo não
pode adquirir direitos e que os herdeiros de Humberto de
Campos não poderiam ser reconhecidos como sucessores
de direitos patrimoniais sobre uma obra que inexistiu durante
a vida do autor.
TEORIA E PRÁTICA DA REDAÇÃO JURÍDICA
TIPOS DE RACIOCÍNIO; SILOGISMO: DEDUÇÃO E INDUÇÃO – AULA 2
Finalmente Timponi alegou que Humberto de Campos, ser
humano que deixou de existir, não tem qualquer relação com
o espírito, que sobrevive de acordo com os cânones do
espiritismo. Assim, a designação "Espírito de Humberto de
Campos", presente nas obras mediúnicas, não compromete
o nome do escritor.
Como testemunha em favor dos réus, Timponi convocou o
próprio espírito de Humberto de Campos, que se
manifestaria através do médium Chico Xavier.
De fato, durante todo o processo, o espírito se manifestou,
demonstrando seu descontentamento com a situação.
TEORIA E PRÁTICA DA REDAÇÃO JURÍDICA
TIPOS DE RACIOCÍNIO; SILOGISMO: DEDUÇÃO E INDUÇÃO – AULA 2
Em uma de suas mensagens psicografadas, o espírito
lembrou que no prefácio de seu primeiro livro, ditado sete
anos antes, havia mencionado o fato de finalmente estar livre
dos contratos com sua editora, enaltecendo as vantagens do
autor fantasma.
Coube ao Juiz João Frederico Mourão Russel dirimir a
controvérsia.
Em sentença de 23 de outubro de 1944, o Juiz Russel
salientou que a existência da pessoa natural termina com a
morte, e que, conseqüentemente, com a morte se extingue a
capacidade jurídica de adquirir direitos – mors omnia solvit.
TEORIA E PRÁTICA DA REDAÇÃO JURÍDICA
TIPOS DE RACIOCÍNIO; SILOGISMO: DEDUÇÃO E INDUÇÃO – AULA 2
Merece destaque o seguinte trecho da referida sentença:
Ora, nos termos do art. 10 do Código Civil "a existência da
pessoa natural termina com a morte"; por conseguinte, com a
morte se extinguem todos os direitos e, bem assim, a
capacidade jurídica de os adquirir. No nosso direito é absoluto
o alcance da máxima mors omnia solvit. Assim, o grande
escritor Humberto de Campos, depois de sua morte, não
poderia ter adquirido direito de espécie alguma e,
conseqüentemente, nenhum direito autoral poderá da pessoa
dele ser transmitido para seus herdeiros e sucessores.
TEORIA E PRÁTICA DA REDAÇÃO JURÍDICA
TIPOS DE RACIOCÍNIO; SILOGISMO: DEDUÇÃO E INDUÇÃO – AULA 2
Nossa legislação protege a propriedade intelectual em favor
dos herdeiros até certo limite de tempo após a morte, mas, o
que considera, para esse fim, como propriedade intelectual,
são as obras produzidas pelo de cujus em vida. O direito a
essas é que se transmite aos herdeiros. Não pode, portanto, a
suplicante pretender direitos autorais sobre supostas
produções literárias atribuídas ao espírito do autor.
Como se tratava de ação declaratória, o Juiz Russel assim
concluiu sua sentença:
TEORIA E PRÁTICA DA REDAÇÃO JURÍDICA
TIPOS DE RACIOCÍNIO; SILOGISMO: DEDUÇÃO E INDUÇÃO – AULA 2
Do exposto, conclui-se que, no caso vertente, não há
nenhum interesse legítimo que dê lugar à ação proposta.
Além disso, a ora intentada (ação declaratória) não tem por
fim a simples declaração de existência ou inexistência de
uma relação jurídica, nos termos do § único do art. 2º do
Código de Processo, e sim a declaração da existência ou
não de um fato (se são ou não do espírito de Humberto de
Campos as obras referidas na inicial), do qual
hipoteticamente, caso ocorra ou não, possam resultar
relações jurídicas que a suplicante enuncia de modo
alternativo. Assim formulada, a inicial constitui mera consulta;
não contém nenhum pedido positivo, certo e determinado,
sobre o qual a Justiça se deva manifestar.
TEORIA E PRÁTICA DA REDAÇÃO JURÍDICA
TIPOS DE RACIOCÍNIO; SILOGISMO: DEDUÇÃO E INDUÇÃO – AULA 2
Como observa, com razão, a contestação, a presente ação
declaratória, tal como está formulada a conclusão inicial,
jamais poderia ser julgada improcedente, se fosse
admissível.
Posto isso, julgo a suplicante carecedora da ação proposta e
a condeno nas custas.
Esta sentença foi confirmada, em 3 de novembro de 1944,
por acórdão da Quarta Câmara do Tribunal do Distrito
Federal.
TEORIA E PRÁTICA DA REDAÇÃO JURÍDICATIPOS DE RACIOCÍNIO; SILOGISMO: DEDUÇÃO E INDUÇÃO – AULA 2
Questões a serem discutidas:
1) Como decidir se não há previsão em lei que permita
dirimir este conflito?
2) Que argumentos justificaram a decisão proferida?
3) Haveria outras ponderações que justificassem a
decisão?
4) Haveria argumentos que justificassem uma decisão
favorável à autora? Caso sua resposta seja afirmativa,
registre-os.
TEORIA E PRÁTICA DA REDAÇÃO JURÍDICA
TIPOS DE RACIOCÍNIO; SILOGISMO: DEDUÇÃO E INDUÇÃO – AULA 2
Lógica formal Lógica do razoável
Raciocínio dedutivo Raciocínio indutivo
Subsunção Ponderação 
Razão Emoção
Lei Jurisprudência
Princípios 
Lógicas argumentativas
TEORIA E PRÁTICA DA REDAÇÃO JURÍDICA
TIPOS DE RACIOCÍNIO; SILOGISMO: DEDUÇÃO E INDUÇÃO – AULA 2
Novo caso concreto
Processo Número1863657-4/2008
Autor: Ministério Público Estadual
Réu: B.S.S
B.S.S é surdo e mudo, tem 21 anos e é conhecido em 
Coité como “Mudinho.”
Quando criança, entrava nas casas alheias para
merendar, jogar vídeo-game, para trocar de roupa, para trocar
de tênis e, depois de algum tempo, também para levar algum
dinheiro ou objeto. Conseguia abrir facilmente qualquer porta,
janela, grade, fechadura ou cadeado. Domou os cães mais
ferozes, tornando-se amigo deles. Abria também a porta de
carros e dormia candidamente em seus bancos.
Era motivo de admiração, espanto e medo!
TEORIA E PRÁTICA DA REDAÇÃO JURÍDICA
TIPOS DE RACIOCÍNIO; SILOGISMO: DEDUÇÃO E INDUÇÃO – AULA 2
O Ministério Público ofereceu dezenas de
Representações contra o então adolescente B.S.S. pela
prática de “atos infracionais” dos mais diversos. O Promotor de
Justiça, Dr. José Vicente, quase o adotou e até o levou para
brincar com seus filhos, dando-lhe carinho e afeto, mas não
teve condições de cuidar do “Mudinho.”
O Judiciário o encaminhou para todos os órgãos e
instituições possíveis, ameaçou prender Diretoras de Escolas
que não o aceitavam, mas também não teve condições de
cuidar do “Mudinho.”
A comunidade não fez nada por ele.
O Município não fez nada por ele.
O Estado Brasileiro não fez nada por ele.
TEORIA E PRÁTICA DA REDAÇÃO JURÍDICA
TIPOS DE RACIOCÍNIO; SILOGISMO: DEDUÇÃO E INDUÇÃO – AULA 2
Hoje, B.S.S tem 21 anos, é maior de idade, e pratica crimes 
contra o patrimônio dos membros de uma comunidade que não 
cuidou dele.
Foi condenado, na vizinha Comarca de Valente, como 
“incurso nas sanções do art. 155, caput, por duas vezes, art. 
155, § 4º, inciso IV, por duas vezes e no art. 155, § 4º, inciso IV 
c/c art. 14, inciso II”, a pena de dois anos e quatro meses de 
reclusão.
Por falta de estabelecimento adequado, cumpria pena em 
regime aberto nesta cidade de Coité.
Aqui, sem escolaridade, sem profissão, sem apoio da 
comunidade, sem família presente, sozinho, às três e meia da 
manhã, entrou em uma marmoraria e foi preso em flagrante. 
Por que uma marmoraria?
TEORIA E PRÁTICA DA REDAÇÃO JURÍDICA
TIPOS DE RACIOCÍNIO; SILOGISMO: DEDUÇÃO E INDUÇÃO – AULA 2
Foi, então, denunciado pelo Ministério Público pela 
prática do crime previsto no artigo 155, § 4º, incisos II e IV, c/c 
o artigo 14, II, do Código Penal, ou seja, crime de furto 
qualificado, cuja pena é de dois a oito anos de reclusão.
Foi um crime tentado. Não levou nada.
Por intermédio de sua mãe, foi interrogado e disse que 
“toma remédio controlado e bebeu cachaça oferecida por 
amigos; que ficou completamente desnorteado e então pulou o 
muro e entrou no estabelecimento da vítima quando foi 
surpreendido e preso pela polícia.”
Em alegações finais, a ilustre Promotora de Justiça 
requereu sua condenação “pela prática do crime de furto 
qualificado pela escalada.”
TEORIA E PRÁTICA DA REDAÇÃO JURÍDICA
TIPOS DE RACIOCÍNIO; SILOGISMO: DEDUÇÃO E INDUÇÃO – AULA 2
B.S.S. tem péssimos antecedentes e não é mais 
primário. Sua ficha, contando os casos da adolescência, tem 
mais de metro.
O que deve fazer um magistrado neste caso? Aplicar a 
Lei simplesmente? Condena r B.S.S. à pena máxima em 
regime fechado?
O futuro de B.S.S. estava escrito. Se não fosse morto 
por um “proprietário” ou pela polícia, seria bandido. Todos 
sabiam e comentavam isso na cidade.
Hoje, o Ministério Público quer sua prisão e a cidade 
espera por isso. Ninguém quer o “Mudinho” solto por aí. Deve 
ser preso. Precisa ser retirado do seio da sociedade. Levado 
para a lixeira humana que é a penitenciária. Lá é seu lugar. 
Infelizmente, a Lei é dura, mas é a Lei!
TEORIA E PRÁTICA DA REDAÇÃO JURÍDICA
TIPOS DE RACIOCÍNIO; SILOGISMO: DEDUÇÃO E INDUÇÃO – AULA 2
O Juiz, de sua vez, deve ser a “boca da Lei.”
Será? O Juiz não faz parte de sua comunidade? Não 
pensa? Não é um ser humano? De outro lado, será que o 
Direito é somente a Lei? E a Justiça, o que será?
Poderíamos, como já fizeram tantos outros, escrever 
mais de um livro sobre esses temas.
Nesse momento, no entanto, temos que resolver o 
caso concreto de B.S.S. O que fazer com ele?
Nenhuma sã consciência pode afirmar que a 
solução para B.S.S seja a penitenciária. Sendo como ela é, 
a penitenciária vai oferecer a B.S.S. tudo o que lhe foi 
negado na vida: escola, acompanhamento especial, afeto e 
compreensão? Não. Com certeza, não!
TEORIA E PRÁTICA DA REDAÇÃO JURÍDICA
TIPOS DE RACIOCÍNIO; SILOGISMO: DEDUÇÃO E INDUÇÃO – AULA 2
É o Juiz entre a cruz e a espada. De um lado, a 
consciência, a fé cristã, a compreensão do mundo, a utopia da 
Justiça… Do outro lado, a Lei.
Neste caso, prefiro a Justiça à Lei.
Assim, B.S.S., apesar da Lei, não vou lhe mandar para a 
Penitenciária.
Também não vou lhe absolver.
Vou lhe mandar prestar um serviço à comunidade.
TEORIA E PRÁTICA DA REDAÇÃO JURÍDICA
TIPOS DE RACIOCÍNIO; SILOGISMO: DEDUÇÃO E INDUÇÃO – AULA 2
Vou mandar que você, pessoalmente, em companhia 
de Oficial de Justiça desse Juízo e de sua mãe, entregue uma 
cópia dessa decisão, colhendo o “recebido”, a todos os 
órgãos públicos dessa cidade – Prefeitura, Câmara e 
Secretarias Municipais; a todas as associações civis dessa 
cidade – ONGs, clubes, sindicatos, CDL e maçonaria; a todas 
as Igrejas dessa cidade, de todas as confissões; ao Delegado 
de Polícia, ao Comandante da Polícia Militar e ao Presidente 
do Conselho de Segurança; a todos os órgãos de imprensa 
dessa cidade e a quem mais você quiser.
TEORIA E PRÁTICA DA REDAÇÃO JURÍDICA
TIPOS DE RACIOCÍNIO; SILOGISMO: DEDUÇÃO E INDUÇÃO – AULA 2
Aproveite e peça a eles um emprego, uma vaga 
na escola para adultos e um acompanhamento especial. 
Depois, apresente ao Juiz a comprovação do cumprimento 
de sua pena e não roubes mais!
Expeça-se o Alvará de Soltura.
Conceição do Coité- Ba, 07 de agosto de 2008, ano 
vinte da Constituição Federal de 1988.”
TEORIA E PRÁTICA DA REDAÇÃO JURÍDICA
TIPOS DE RACIOCÍNIO; SILOGISMO: DEDUÇÃO E INDUÇÃO – AULA 2
Tarefa de casa
Questão
Realize uma pesquisa na Internet sobre casos de difícil
solução, em virtude do ineditismo que apresentam, e procure
identificar como o judiciário resolveu a matéria. De posse
desse material, debata em sala de aula o caso concreto
apresentado no texto de Maurício Lopes de Oliveira e
produza um texto argumentativo de cerca de vinte linhas que
reflita sobre a seguinte proposição:
É possível conciliar os saberes científico, religioso,
moral e cultural na prestação jurisdicional?Lembre-se de que a razoabilidade deve ser o norte de todos
os seus raciocínios...

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