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CCJ0033-WL-A-PA-07-Direito Penal III-109007

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			 Plano de Aula: Dos Crimes Sexuais contra Vulnerável
			 DIREITO PENAL III
			
		
		
			Título
			Dos Crimes Sexuais contra Vulnerável
			 
			Número de Aulas por Semana
			
				
			
			Número de Semana de Aula
			
				7
			
 
 Tema
		 Estupro de vulnerável; Corrupção de menores; Satisfação da lascívia mediante a presença de criança ou adolescente; favorecimento da prostituição ou outra forma de exploração sexual de vulnerável - arts. 217 a 218-B, do Código Penal
		
		 Objetivos
		 
O aluno deverá ser capaz de:
 
 Compreender os reflexos advindos da reforma penal de 2009 
 Lei n.12.015, na tipificação das condutas e conseqüente conflito de Direito Intertemporal. 
 Analisar a incidência dos institutos repressores da Lei n. 8.072/90 nos delitos contra a dignidade sexual.
Distinguir os crimes sexuais contra vulnerável, entre si e das demais figuras típicas contra a dignidade sexual.
Distinguir os crimes sexuais contra vulnerável dos crimes previstos na Lei 8.069/90 (E.C.A.);
Identificar a revogação da Lei 2.252/54 e a alteração promovida pela Lei 12.015/09, no Estatuto da Criança e do Adolescente.
 Reconhecer a forma de promoção da ação penal nos crimes sexuais contra vulnerável.
 
		
		 Estrutura do Conteúdo
	 
1. Estupro de Vulnerável - art. 217-A, do CP
1.1 Bem jurídico tutelado;
1.2 Elementos do tipo (subjetivo, descritivos e normativos);
1.3 Classificação do delito;
1.4  Sujeitos ativo e passivo;
1.4.1 Conceito de vulnerável para fins penais;
1.5 Consumação e tentativa;
1.6 Figuras típicas - simples e qualificada pela lesão grave ou pela morte;
1.7 Questões relevantes:
1.7.1 A revogação do art. 224, do Código Penal e a irretroatividade da Lei 12.015/09;
1.7.2 A prática do estupro com violência presumida em continuidade delitiva, estendendo- se para além da entrada em vigor da Lei 12.015/09 e o enunciado n° 711, da Súmula do STF;
1.7.3 O estupro de vulnerável como tipo misto alternativo e a prática de várias condutas em um mesmo contexto fático;
1.7.4 A hediondez do estupro de vulnerável;
1.7.5  As qualificadoras relativas ao resultado mais grave (lesão grave e morte) - ausência de dolo na configuração do resultado.
1.7.8 Reflexos da revogação do art. 224, do CP sobre a Lei 8.072/90;
1.7.7 A distinção entre o estupro de vulnerável e as demais figuras típicas contra a dignidade sexual;
1.7.8 Ação penal no estupro de vulnerável.
2.  Corrupção de menores - art. 218, do CP
2.1 Bem jurídico tutelado;
2.2 Elementos do tipo (subjetivo, descritivos e normativos);
2.3  Classificação do delito;
2.4  Sujeitos ativo e passivo;
2.5  Consumação e tentativa;
2.6  Questões relevantes:
2.6.1  Revogação da Lei 2.252/54 e a alteração promovida na Lei 8.069/90;
2.6.2 Distinção com outros crimes contra a dignidade sexual;
2.6.3  Ação penal no crime de corrupção de menores.
3.  Satisfação da lascívia mediante presença de criança ou adolescente - art. 218-A, do CP
3.1 Bem jurídico tutelado;
3.2 Elementos do tipo (subjetivo, descritivos e normativos);
3.3 Classificação do delito;
3.4  Sujeitos ativo e passivo;
3.5  Consumação e tentativa;
3.6  Questões relevantes:
3.6.1 Distinção com outros crimes contra a dignidade sexual;
3.6.2  Forma de promoção da ação penal.
4.  Favorecimento da prostituição ou outra forma de exploração sexual de vulnerável - art. 218-B, do CP
4.1 Bem jurídico tutelado;
4.2 Elementos do tipo (subjetivo, descritivos e normativos);
4.3  Classificação do delito;
4.4  Sujeitos ativo e passivo;
4.5  Consumação e tentativa;
4.6 Figuras típicas - simples, qualificada pela multa e equiparadas;
4.6  Questões relevantes:
4.6.1 Distinção com outros crimes contra a dignidade sexual;
4.6.2  Forma de promoção da ação penal.
 
Indicação bibliográfica
Ler os artigos 217-A, 218, 218-A e 218-B, todos do Código Penal Brasileiro;
Ler do enunciado n° 711, da Súmula do STF - disponível em http://www.stf.jus.br
Ler as seguintes decisões proferidas pelos Tribunais Superiores e Estaduais:
-STJ, EDcl no HC 188432 / RJ 2010/0195303-4; Quinta Turma; Min. Laurita Vaz; julgado em 15/12/2011, disponível em: http://www.stj.jus.br
- STJ, Resp. 1107142; Min. Og Fernandes; publicado em 18/10/2010, disponível em: http://www.stj.jus.br
- TJRS, Habeas Corpus nº 70033386301, Sétima Câmara Criminal, , Relator: Naele Ochoa Piazzeta, Julgado em 03/12/2009, disponível em: http://www.tjrs.jus.br
	
	 Aplicação Prática Teórica
 
Questão 1. Alex Sandro, companheiro de Belízia, foi preso em flagrante delito, tendo sido sua prisão convertida em preventiva, por ter sido surpreendido por Belízia, mediante denúncia de uma vizinha - Cláudia, em sua cama, despido, ao lado de Bianca, filha de Belízia de 13 anos. Em sede de investigação preliminar, foram colhidos relevantes indícios da materialidade e autoria em desfavor do paciente pela prática de delitos contra a dignidade sexual, bem como, consoante depoimento prestado pela ofendida perante a autoridade policial restou demonstrado que Alex Sandro a submetia a práticas sexuais desde seus seis anos de idade, sendo que, a partir dos nove anos, era compelida à conjunção carnal, sempre no horário em que sua genitora estava trabalhando. Salientou que sofria constantes ameaças, caso as práticas chegassem ao conhecimento de terceiros. Disse que, certo dia, sua mãe voltou do trabalho mais cedo e o surpreendeu. O referido relato restou confirmado pelos dizeres de sua genitora e por Cláudia.
    Inconformado com a manutenção da prisão preventiva, bem como pelo indiciamento como incurso nas condutas de estupro, atentado violento ao pudor e estupro de vulnerável contra a filha de sua companheira, inpetrou habeas corpus perante o Tribunal de Justiça.
    Ante o exposto, face às recentes alterações legislativas do Sistema Penal, analise as condutas de Alex Sandro, bem como a incidência dos institutos repressores da Lei n. 8072/1990.
QUESTÃO 2 Recentemente, o legislador pátrio alterou o enfoque dado aos chamados Crimes Contra os Costumes, passando a denominá-los de Crimes Contra a Dignidade Sexual, através da edição da Lei Ordinária nº. 12.015/2009.( PUC-PR - 2011 - TJ-RO - Juiz)
A respeito do assunto, assinale a única alternativa CORRETA. 
I) A conduta de constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, a ter conjunção carnal ou a praticar ou permitir que com ele se pratique outro ato libidinoso, configura o delito de estupro.
II) O tipo penal denominado "estupro de vulnerável" exige como condição do sujeito passivo do delito a idade inferior a 14 anos de idade ou ser possuidor de enfermidade ou doença mental capaz de reduzir sua capacidade de discernimento para a prática do ato, ou ainda,por qualquer outra causa, não possa oferecer resistência. 
III) Pratica o delito de corrupção de menores (artigo 218 do Código Penal) o agente que induz alguém menor de 14 (catorze) anos a satisfazer a lascívia de outrem. 
IV) O delito de estupro previsto no artigo 213 do Código Penal, com a nova redação dada pela Lei nº. 12.015/2009 é de ação penal pública incondicionada, independentemente da condição pessoal da ofendida.
a)    Somente as proposições I e III são verdadeiras.
b)    Somente a proposição IV é falsa.
c)    Somente as proposições I e II são verdadeiras.
d)    Todas as proposições são falsas.
e)    Todas as proposições são verdadeiras.
QUESTÃO 3. Alexandre Bom de Papo convidou Bianca, jovem de 25 anos de idade, para ir a uma festa. De forma dissimulada, Alexandre colocou determinadasubstância na bebida de Bianca, que, após alguns minutos, ficou totalmente alucinada. Aproveitando-se do estado momentâneo de Bianca, que não poderia oferecer resistência, Alexandre levou-a para o estacionamento da festa, onde com ela manteve conjunção carnal, bem como "convenceu" Bianca a praticar sexo oral nele. Passado o efeito da substância, Bianca de nada se lembrava e, no dia seguinte à festa, descobriu através de amigos o que ocorrera. Ante o exposto, a partir dos estudos realizados sobre os crimes contra a dignidade sexual, é correto afirmar que a conduta de Alexandre configura:
a)    Estupro simples cuja ação penal é pública incondicionada.
b)    Estupro simples cuja ação penal é pública condicionada à representação de Bianca.
c)    Estupro de vulnerável cuja ação penal é pública incondicionada.
d)    Estupro de vulnerável cuja ação penal é pública condicionada à representação de Bianca.
e)    Conduta atípica, pois Bianca é maior de 18 anos e não houve violência ou grave ameaça.

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