Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Prof. Edson Ampélio Pozza Dr. Aurivan Soares de Freitas MSc. Breno M. Juliatti Departamento de Fitopatologia - UFLA Sintomas X Sinais �Sintoma: Qualquer manifestação das reações da planta a um agente nocivo. Ex. Mancha amarela na parte adaxial de folha de cafeeiro um sintoma da ferrugem. �Sinal: Estrutura do patógeno (Micélio, estruturas de reprodução, odor. Ex. Esporos de Hemileia vastatrix¸ agente etiológico da ferrugem do cafeeiro, observado na parte abaxial da folha de cafeeiro. Sintomas X Sinais Foto: Leônidas L. Belan Foto: Leônidas L. Belan Foto: Belan e Freitas,2014 QUADRO SINTOMATOLÓGICO • A PARTIR DO QUADRO SINTOMALÓGICO E SINAIS SERÁ REALIZADA A DIAGNOSE DIAGNOSE • A diagnose de doenças de plantas tem por objetivo reconhecer quem é o agente etiológico da doença. • A diagnose é uma arte. • Exige conhecimento, multidisciplinaridade, paciência, humildade, bom senso e capacidade de questionar o interlocutor sem ofendê-lo. • Lembre-se: seu paciente não fala Tipo de sintomas: RAQUITISMO, ENFEZAMENTO OU NANISMO - ROSETA - GALHAS - SARNA E VERRUGOSE - ENROLAMENTO / ENCARQUILHAMENTO - DESCOLORAÇÕES CLOROSE AMARELECIMENTO MOSAICO ALBINISMO ARROXEAMENTO BRONZEAMENTO - ENCHARCAMENTO OU ANASARCA - MURCHA - SECA - PODRIDÃO - MUMIFICAÇÃO - MANCHA - CANCRO - TOMBAMENTO - GOMOSE - CRESTAMENTO - MORTE DAS PONTAS - PERFURAÇÕES - PÚSTULA � Sintomas Não Necróticos� Sintomas Necróticos SINTOMAS NECRÓTICOS Levam à degeneração e morte de células, tecidos e órgãos. ENCHARCAMENTO OU ANASARCA Com a ruptura da membrana celular ocorre a expulsão de água vegetal para os espaços intercelulares. Foto: Leônidas L. Belan Foto: Leônidas L. Belan Prof. Edson Pozza 2016 Crestamento ou Requeima � Necrose repentina de órgãos aéreos. Lesão sem forma definida. Requeima do tomateiro (Phytophthora infestans) Foto: Leônidas L. Belan Prof. Edson Pozza 2016 Prof. Edson Pozza 2016 MURCHA Murcha de Fusarium em Algodoeiro (Fusarium oxysporum f. sp. vasinfectum) IRREVERSÍVEL Murcha de Fusarium em maracujazeiro (Fusarium solani) Foto: Leônidas L. Belan Murchadeira (Ralstonia solanacearum) Seca É a morte generalizada de órgãos da planta. Geralmente lenta e após a MURCHA! Rhizoctoniose em Grama (Rhizoctonia solani)Prof. Edson Pozza2017 Prof. Edson Pozza 2017 Vassoura bruxaMurcha de fusário Tombamento � Morte dos tecidos na base do caulículo ou hipocótilo. � Patógenos de solo ou associados a semente. � Excesso de água e temperaturas baixas favorecem patógenos. Rhizoctoniose do caupi (Rhizoctonia solani) PODRIDÕES Podridão radicular de leguminosa (Fusarium solani f.sp. phaseoli) Podridão azul da laranja (Penicillium italicum) Podridão mole (Pectobacterium spp.) Decomposição generalizada de tecidos Mumificação � Sintoma típico de frutos. Secam rapidamente com consequente enrugamento e escurecimento, formando massa dura. Podridão parda do pessegueiro (Monilinia fructicola) Manchas � Morte de tecidos de forma localizada e superficial. � A forma das manchas foliares varia com a planta infectada e com o patógeno. Helmintosporiose do Milho (Helminthosporium maydis) Mancha aureolada (Pseudomonas syringae pv. garcae) Mancha de phoma (Phoma tarda) Septoriose em Alface (Septoria lactucae) Foto: Leônidas L. Belan Foto: Leônidas L. Belan Foto: Leônidas L. BelanFoto: Leônidas L. Belan Varíola do mamão (Asperisporium caricae) Prof. Edson Pozza 2017 Pústulas � Sintoma típico de ferrugens, pequenas manchas com elevação da epiderme, que se rompe expondo assim os esporos dos fungos. Ferrugem do Milho (Puccinia sorghi) Ferrugem do Cafeeiro (Hemileia vastatrix) Foto: Leônidas L. Belan Foto: Belan e Freitas, 2014 CANCRO � Lesões necróticas deprimidas, frequentes nos tecidos corticais de caules, raízes e tubérculos. � Bordos salientes e coloração escura. Cancro cítrico (Xanthomonas citri subsp. citri) Gomose � Caracteriza-se pela exsudação de goma a partir de lesões. Gomose do meloeiro (Didymella bryoniae) Fusariose do abacaxi (Fusarium subglutinans) Morte de ponteiros Morte descendente da mangueira (Lasiodiplodia theobromae) Mancha aureolada (Pseudomonas syringae pv. garcae) Mancha de phoma (Phoma tarda) Foto: Leônidas L. Belan Foto: Leônidas L. Belan Foto: Leônidas L. Belan Perfurações � Queda do tecido necrosado em folhas, provocada pela formação de uma camada de abscisão ao redor das manchas foliares. Cercosporiose da beterraba (Cercospora beticola) SINTOMAS NÃO NECRÓTICOS Anomalias no crescimento, multiplicação ou diferenciação de células vegetais, levando a distorção nos órgãos da planta. Raquitismo � Redução do tamanho da planta como um todo ou de um dos seus órgãos. Raquitismo em Cana (Leifsonia xyli subesp. xyli) Nanismo do milho (Spiroplasma kunkelli) Roseta � Encurtamento de entrenós, brotos ou ramos, resultando no agrupamento de folhas em rosetas. Roseta da roseira (vírus) Sarna e verrugose Crescimento excessivo de tecido epidérmico e corticais. Modificados por ruptura e suberificação das paredes celulares. Lesões salientes e ásperas em frutos e folhas. Verrugose do maracujá (Cladosporium herbarum) Verrugose da laranja (Elsinoe spp.) Sarna pulverulenta (Spongospora subterranea) Foto: Leônidas L. Belan Foto: Leônidas L. Belan Encarquilhamento � Representa uma deformação nos órgãos da planta resultado do crescimento (hipertrofia e hiperplasia) de células, localizada em uma parte do tecido. Alguns vírus. Crespeira do pessegueiro (Taphrina deformans) Prof. Edson Pozza 2017 Mosaico comum da soja Soybean mosaic vírus (SMV) Superbrotamento Vassoura-de-bruxa do cacau (Moniliophthora perniciosa) � Ramificação excessiva próxima a região apical, devido a quebra da sua dominância. Galhas � É o desenvolvimento anormal de tecidos de plantas resultante da hipertrofia e hiperplasia de suas células. (Meloidogyne spp.) Galha da coroa (Agrobacterium tumefaciens) Foto: Leônidas L. Belan saudáveis Infectados/ M. incognita GALHAS Amarelecimento � Sintoma causado por destruição da clorofila, comum em folhas. Mancha aureolada (Pseudomonas syringae pv. garcae) Foto: Leônidas L. Belan Foto: Leônidas L. Belan Murcha de fusário Fusarium oxysporum fsp. lycopersici Prof. Edson Pozza 2017 Albinismo � Falta congênita da produção de clorofila, podendo ou não tomar todo o órgão. Foto: Leônidas L. Belan Bronzeamento / arroxeamento � Mudança de cor do limbo foliar, devido a presença do pigmento xantofila. Bronzeamento da videira Closterovirus Prof. Edson Pozza 2017 Vira cabeça do tomateiro Tomato spotted wilt virus (TSWV) Mosaico � Áreas cloróticas m intercaladas com áreas sadias nos órgãos clorofilados. Prof. Edson Pozza 2017 SINAIS Geralmente são as estruturas do patógeno. Na diagnose os sinais podem ser os produtos da doença ou as estruturas do patógeno. Em termos práticos, os sinais são mais confiáveis do que os sintomas na diagnose de doenças. Oídios Foto: Leônidas L. Belan Foto: Leônidas L. Belan SINAIS ESPORULAÇÃO DE PATÓGENOS Colletotrichum gloeosporioides Grãos de Café Botrytis cinerea Tomate Puccinia sorghi Milho Prof. Edson Pozza 2017 Prof. Edson Pozza 2017 Prof. Edson Pozza 2017 SINAIS Escleródios SINAIS Odores característicosFoto: Leônidas L. Belan SINAIS DIAGNOSE • A diagnose de doenças de plantas tem por objetivo reconhecer quem é o agente etiológico da doença. • A diagnose é uma arte. • Exige conhecimento, multidisciplinaridade, paciência, humildade, bom senso e capacidade de questionar o interlocutor sem ofendê-lo. • Lembre-se: seu paciente não fala
Compartilhar