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APRESENTAÇÃO E PROCESSAMENTO DE ANTÍGENOS A imagem acima representa o processo de início da resposta imune adquirida. Os grandes protagonistas desse tipo de resposta são os linfócitos T e B. Tanto o T quanto o B precisam reconhecer um antígeno. Eles passam pelo seu processo de maturação – o linfócito B na medula óssea e o T no timo – e desenvolvem seus receptores para antígeno. No linfócito T, tais receptores são chamados de TCR e, no B, BCR. Quando maduras, essas células saem desses órgãos em direção à periferia, circulam pela linfa e pelo sangue e passam pelos órgãos linfoides secundários (baço, cadeias de linfonodos) como células ainda naives (virgens) até o momento em que encontram o seu alvo: o antígeno pelo qual são específicos. A partir desse encontro, essas células serão ativadas. Ao se ativarem, passam por uma modificação inicial – a secreção da citocina Interleucina-2. Além de produzir e excretar IL-2, as células começam a expressar, em sua membrana, o receptor para IL-2. Assim, a IL-2 agirá tanto na própria célula que o produziu como nas células próximas. O encontro da IL-2 com o seu receptor desencadeia nessas células uma EXPANÇÃO CLONAL: aumento do número daquele único clone - específico - para o antígeno que está sendo apresentado. Além da proliferação, os linfócitos começam a se diferenciar, tornando-se células efetoras ou células de memória. Esses processos – expansão e diferenciação – ocorrem dentro dos órgãos linfoides secundários. O linfócito T ou B precisa estar no órgão linfoide para se tornar ativado! Por que isso acontece? Devido à interação com o próprio tecido dos órgãos. Neles, há como existir uma área exclusiva de linfóticos B e uma área exclusiva de linfócitos T. Tais áreas estão associadas à frequência, à manutenção de células ativadas e à proliferação local. RELER, EM HISTOLOGIA, TECIDOS LINFOIDES! Nos linfonodos, por exemplo, existem os folículos: áreas exclusivas de linfócitos B. Os folículos são chamados de primários, secundários e centro germinativo. O primário contém linfócitos naive, o centro germinativo está relacionado à proliferação intensa, e o secundário contém os linfócitos efetores. Há também uma zona que só contém linfócitos T, e próximo a essa zona há sempre a chegada de células apresentadoras (?). Por que? Porque o linfócito T precisa de APC – célula apresentadora de antígeno – para se ativar. Os linfócitos T que se tornam efetores saem do órgão linfoide secundário e vão em direção ao tecido periférico, onde estão os antígenos e patógenos. Lá, agirão através do mecanismo efetor – o CD4 ou o CD8 – que tem a função de interagir diretamente com a célula alvo. Já o linfócito B, não precisa chegar ao sítio da infecção. Ao se tornar efetor, transforma-se em uma célula produtora de anticorpos. Em Toda resposta imune humoral, a célula não precisa estar no sítio do patógeno: basta o anticorpo chegar ao local da infecção e haverá função efetora. A maioria dos linfócitos B permanecem nos órgãos linfoides secretando anticorpos. Outro grupo de células geradas a partir da expansão clonal são as células de memória, que constituem dois grandes grupos: as células de memória central e as células de memória efetoras. As efetoras são aquelas que circulam pelo sangue periférico e entre os órgãos linfoides em busca de um alvo novamente. As centrais ficam mais reservadas dentro do órgão linfoide secundário, mas podem ser mobilizadas durante a reativação. Os plasmócitos (células produtoras de anticorpos, diferenciação do linfócito B) permanecem ou no órgão linfoide secundário ou até na medula óssea, de onde secretam os anticorpos. OBS: O anticorpo pode estar presente em dois locais: ou associado ao linfócito B ou solúvel no plasma. Os que estão associados ao linfócito B servem como receptores de antígenos, enquanto os solúveis no plasma têm resposta efetora contra um patógeno. DIFERENÇA ENTRE OS LINFÓCITOS Uma diferença entre o linfócito T de o B são seus alvos. O linfócito T só apresenta como alvo peptídeos: apenas antígenos proteicos podem ativar linfócito T. Já linfócito B reconhece antígeno de qualquer natureza: lipídio, carboidrato, proteína, etc. Outra distinção está relacionada ao linfócito T precisar de uma célula apresentadora para se ativar, ou seja, ele só reconhece um antígeno se esse antígeno estiver mobilizado na membrana plasmática de uma célula que o apresente a ele. Isso ocorre porque além do processo de apresentação do antígeno, o linfócito T depende de sinais dados pela célula apresentadora. Sem esses sinais, o linfócito T não completa sua ativação. O linfócito B, por sua vez, não precisa de célula apresentadora, e consegue reconhecer um antígeno solúvel, se tornando ativo de forma efetiva. CÉLULAS APRESENTADORAS DE ANTÍGENO Quem são as células apresentadoras de antígeno? Existem 3 tipos: Dendríticas Macrófagos Linfócitos B Qual a diferença entre as 3? A célula dendrítica é a única que consegue apresentar um antígeno para um linfócito naive. O macrófago e o linfócito B apresentam antígenos para células efetoras. E qual a vantagem disso? A dendrítica vai para um órgão linfoide encontrar uma célula naive, local onde há maior concentração de células nessa condição. Um macrófago dificilmente faria isso, pois geralmente está concentrado nos tecidos. Lembra da figura anterior, em que o linfócito se torna efetor, prolifera no órgão linfoide e, após proliferar, se dirige o sítio da infecção? Quando ele chega no local da infecção, pode reconhecer um macrófago que está apresentando um antígeno igual ao que ele encontrou lá no órgão linfoide. Assim, ele direciona sua função justamente para este alvo – o macrófago – neste local. Então, a apresentação de um antígeno pelo macrófago a uma célula efetora garante que a função efetora do linfócito seja de fato naquele ambiente e contra aquela célula. Na figura acima, está representada uma célula B que reconheceu um antígeno, o capturou e, então o apresentou a uma célula T. Essa apresentação orienta a ativação do próprio linfócito B, ou seja, a apresentação para o linfócito T faz o linfócito B receber estímulos dessa provenientes do T. Tais estímulos contribuirão para o seu desenvolvimento efetor e, na ausência dessa apresentação, a diferenciação do B é completamente diferente. PROPRIEDADES DAS APC As células chamadas de apresentadoras de antígenos (dendríticas, macrófagos e B) têm algumas propriedades que as definem: Expressam os dois tipos de moléculas de MHC: de classe 1 e de classe 2; Têm a capacidade de capturar um antígeno, ou via endocitose ou via fagocitose; Precisam ser capazes de expressar moléculas de coestimulação. São as moléculas de coestimulação as responsáveis por dar o estímulo adicional que o linfócito T precisa para garantir sua estimulação. MECANISMO DE APRESENTAÇÃO Para entender o mecanismo de apresentação, vamos usar como exemplo a célula dendrítica. Esta, está no tecido periférico. Quando esse tecido é invadido por um patógeno, a célula dendrítica reconhece o patógeno e o captura. Ao reconhecer o alvo, é ativada. Ativa, passa por diversos mecanismos/modificações: Começar a secretar citocinas e quimiocinas, importantes na imunidade inata (recrutamento de novas células) Alterar as moléculas expressas em sua superfície. Algumas dessas moléculas estão envolvidas no processo de migração, como receptores de quimiocinas, por exemplo, que farão a célula dendrítica sair daquele ambiente e migrar para o tecido linfoide. Outras, são as moléculas de estimulação ou de coestimulaçao. Em suma, o processoconsiste em: Captura do antígeno, processamento do antígeno em pequenos peptídios, associção desses peptídios à molécula de MHC e migração para os órgãos linfoides secundários. É nesses órgãos que as células dendríticas apresentam o antígeno ao linfócito T naive e fornecem os estímulos de coestimulação do linfócito. Assim, o linfócito T reconhece o antígeno apresentado pela molécula de MHC e é ativado pelo sinal de coestimulação. Assim, ocorre todo o processo de diferenciação e proliferação do linfócito. COMPLEXO PRINCIPAL DE HISTOCOMPATIBILIDADE (MHC) O nome da molécula MHC é derivado do seu processo de descobrimento: complexo de histocompatibilidade – relacionada com a compatibilidade em tecidos. É extremamente polimórfica: a minha molécula de MHC é muito diferente da de outras pessoas. A mudança gênica ocorre em alguns aminoácidos que modificam a forma para as diferentes pessoas, no entanto, não acarreta modificações na função. O polimorfismo do MHC faz com que a resposta imune montada pelo sistema de um indivíduo seja diferente da de outros. Tal fato justifica as diferentes intensidades da resposta imune de indivíduos a um mesmo mal, e também a rejeição de órgãos em transplante. O MHC foi descoberto quando pesquisadores procuravam uma maneira de transplantar um tecido de um animal para outro. Quando retirado um pedaço de pele de um camundongo e colocado em outro, foi notada rejeição do enxerto. Com avaliações, descobriu-se a molécula e percebeu-se que era ela quem guiava essa rejeição, pois existem diferentes formas de MHC nos diferentes indivíduos. A pergunta que ficou para os imunologistas foi a seguinte: por que eu teria duas proteínas complexas envolvidas no processo de rejeição de tecidos, se o transplante é um processo artificial essas proteínas são inatas? Tais proteínas só poderiam ter uma outra função que não a de rejeitar tecidos. Foi descoberto, então, que o MHC funciona como ligação entre a célula apresentadora de antígeno e o linfócito T, com função de apresentar o antígeno a essa célula. Na espécie humana, o MHC é chamado HLA. Existem duas moléculas de MHC: a de classe 1 e a de classe 2. Ambas são diferentes em suas funções e quanto ao local onde são expressas. MHC de classe 1 é expressa em todas as células nucleadas (todas células com exceção da hemácia). Já a molécula de MHC de classe 2 só é expressa em células apresentadoras de antígenos. Basicamente, a classe 2 só existe em macrófagos, células dendríticas e linfócitos B. Qual função as diferencia? Afinidade. O MHC de classe 1 tem afinidade pelo receptor de célula T da célula CD8+, o que significa que a classe 1 só apresenta antígeno para linfócito T CD8+. O MHC de classe 2, por sua vez, tem afinidade pelo linfócito TCD4+ e só apresenta antígenos a essa célula. APRESENTAÇÃO DE ANTÍGENOS PARA LINFÓCITOS T Existe uma definição de qual resposta imune é mais protetora que a outra, a depender da natureza do patógeno. No geral, entendemos que a resposta imune celular se dirige contra patógenos intracelulares como vírus, por exemplo, ou por patógenos que são capturados pelas células da resposta imune e que conseguem sobreviver dentro dessas células. A resposta humoral tem por alvo microorganismos extracelulares – bactérias, fungos, etc. As células CD4 e CD8 são células contra patógenos intracelulares. Olha que interessante: vírus podem infectar qualquer célula. Os linfócitos responsáveis pela resposta contra vírus são os citotóxicos T CD8, que respondem ao MHC de classe 1 – justamente aquele que está presente em todas as células (exceto hemácias). Já o linfócito T CD4 tem por alvo um antígeno que foi capturado do meio extracelular e está internalizado, dentro de uma vesícula em uma célula. Reconhece peptídeos derivados de proteínas extracelulares que foram internalizadas. Quais células podem realizar fagocitose? Macrófagos, neutrófilos, células dendríticas. Quem contém MHC de classe 2? Justamente macrófagos, neutrófilos e células dendríticas. O que a célula CD4 fará? Secretará citocinas para ativar essas células. O receptor de linfócitos T (TCR) apresenta duas subunidades e uma porção transmembrana. Essa é a estrutura da maioria dos receptores da maioria dos linfócitos (cadeias α e β): Alguns linfócitos têm outros tipos de receptor. Os mais comuns, que apresentam estrutura acima, a parte α e β que se liga à molécula de MHC clássica (classes 1 e 2). Os que apresentam outro tipo de receptor (ϒ/) se ligam à antígenos de MHC não clássico (veremos depois, em respostas de mucosa). As imagens abaixo mostram a interação direta entre o MHC e o receptor de célula T. Observe, abaixo, o linfócito T CD4: há o receptor TCR em vermelho e a molécula CD3 associada ao receptor (essa, atua na transdução do sinal). O TCR reconhece o antígeno e interage com a molécula de MHC. O MHC está na membrana externa da célula apresentadora, expondo o antígeno para o TCR. O TCR interage com a molécula de MHC assim como a molécula de CD4 também interage com o MHC de classe 2. No CD8 a interação é exclusiva com classe 1. PROCESSOS DE PROCESSAMENTO DO ANTÍGENO Se existem dois tipos de MHC, existem duas vias de processamento: aquela na qual participa o antígeno externo que foi endocitado vai entrar na via endocitica. Já aquela que envolve o antígeno do citosol é a via citosólica, Pela via endocítica (patógeno extracelular endocitado), o antígeno processado se associa à MHC de classe 2 é apresentado ao CD4. Pela via citosólica (patógeno infectou a célula, intracelular), o antígeno processado vai se associar ao MHC de classe 1 e ser apresentado ao CD8. Como acontece a VIA ENDOCÍTICA? Primeiro, há endocitose de um antígeno pela APC. Tudo capturado do meio externo permanece no interior de uma vesícula chamada endossomo. O endossomo é, então, associado a um lisossomo cujas enzimas digestivas (proteases) degradarão o antígeno, formando pequenos peptídios. Simultaneamente, no retículo da célula está sendo sintetizado o MHC de classe 2. Além dele, é sintetizada uma segunda molécula chamada de cadeia invariante/invariável. Quando a molécula de MHC de classe 2 é finalizada, ela forma uma fenda, que é justamente o local onde o antígeno se ancora para ser reconhecido pelo linfócito T CD4. No momento em que o MHC de classe II está sendo sintetizado, essa fenda é ocupada temporariamente pela cadeia invariante/invariável. Isso faz com que nenhuma proteína que esteja presente no retículo se ligue a essa fenda nesse momento. O complexo MHC/cadeia invariante, então, é transportado para o golgi, modificado e então, exocitado para o citosol. Ali, é fundido com a vesícula endossômica que capturou o antígeno. Lembre que o antígeno contido na vesícula endossômica foi degradado pelos lisossomos e contém vários peptídios. Na união das vesículas, então o MHC fica disponível para se ligar a esses peptídios do antígeno. Nesse momento ocorrre a saída, a quebra da cadeia invariante (Ii) e então qualquer peptídio ali presente pode se ligar ao MHC, formando o complexo MHC classe 2 e seu peptídio. Esse complexo é transportado para a membrana plasmática da célula apresentadoda, onde o TCR e o CD4 célula T podem reconhecer. Como ocorre a VIA CITOSÓLICA? Nessa via, o antígeno estará mergulhado diretamente no citosol. Por exemplo, a proteína de um vírus formada a partir da maquinaria da célula. Qualquer proteína que está no citosol pode ser direcionada para um proteossoma quevai desenovelar a proteína e fragmentá-la em pequenos peptídios. Tais peptídios serão transportados via transporte ativo por uma proteína chamada TAP para dentro do retículo endolpasmático. No retículo, quando está sendo sintetizada uma molécula de MHC de classe 1 o peptídio do antígeno se associa a ele. Diferente do de classe 2, a associação do peptídio ao MHC ocorre dentro do retículo, porque além de o peptídio ser transportado para dentro dessa organela, não há nada no MHC de classe 1 que ocupe a sua fenda de ligação. O complexo peptídio- MHC de classe 1 é transportado para o golgi e, do golgi, através de uma vesícula, direto para a membrana plasmática da célula apresentadora. Assim, o CD8 e o TCR do linfócito podem reconhecer o antígeno. Esse é um processo para ativar linfócito T CD8 naive. Quando esse infócito se torna ativado, essa célula efetora vai se proliferar, circular através do sangue periférico e pode adentrar, por exemplo, o fígado e encontrar um hepatócito infectado. Mas, como ele já é efetor, é capaz de realizar sua função protetora: liberação de grânulos e indução da apoptose. Pergunta: no processo descrito houve um vírus que invadiu a célula dendrítica e ocorreu todo o processamento das proteínas virais para que esse vírus que fosse apresentado ao linfócito. E se esse vírus não infectar a célula dendrítica? Se ele só conseguir infectar uma célula epitelial, por exemplo? Como fazer? Se a célula infectada for endocitada, entraria para a via endocítica cujo processamento leva à associação ao MHC de classe II, ativando, ao invés de T CD8, o T CD4. A célula dendrítica pode realizar a chamada apresentação cruzada: captura, endocita uma célula infectada (ou um vírus), encaminha para a via endocítica e algumas proteínas do antígeno que foi capturado são transportadas para o citosol, se tornando livres no citoplasma. Assim, podem ser degradadas no proteosoma, adentrar o retículo endoplasmático, associar os peptídios ao MHC de classe 1 e ser, então, apresentadas ao linfócito T CD8 naive. Isso que garante que durante a resposta imune, tanto linfócito T CD8 quanto linfócito T CD4 sejam ativados ao mesmo tempo durante infecções virais. A APRESENTAÇÃO O que é a apresentação propriamente dita? A molécula de MHC de classe I ou II apresenta o antígeno para as células T CD8 e TCD 4, respectivamente. Mas apenas isso não é suficiente para o linfócito T ser ativado: ele carece de 2 sinais. O primeiro é o de reconhecimento do antígeno e o segundo é o sinal de coestimulação. Na ausência desse segundo sinal, a célula não completa a ativação, se prolifera nem se torna efetora, mas entra em um estágio de ANERGIA e depois é destruída. O sinal de coestimulação é dado pela célula apresentadora do antígeno quando que essa célula possui uma molécula chamada B7 (molécula de coestimulação mais conhecida). Existem 2 tipos de B7: B7-1 e B7-2. A célula apresentadora precisa ter nela a molécula B7. Só assim, concede ao linfócito naive esse sinal de coestimulação, que é reconhecido por um receptor inerente ao linfócito chamado CD28. Obs.: apenas células apresentadoras ATIVADAS contém B7. O processo de ativação da célula apresentadora envolve o reconhecimento do antígeno, a produção de citocinas, a expressão de moléculas de migração que fazem a célula sair do tecido e migrar para o órgão linfoide e as moléculas de coestimulação (contexto da imunidade inata). O processo de apresentação inicia quando a célula apresentadora exibe o MHC para o TCR (receptor de célula T) e ocorre o primeiro sinal. Se a APC estiver ativada, a B7, molécula de coestimulação, se liga ao CD28 do linfócito e manda o segundo sinal. Ocorrem outros processos de interação como a molécula de adesão, que ajuda a manter a ligação estável entre o linfócito e a APC. Depois de receber o segundo sinal, o linfócito passa a apresentar CD40-L, o ligante de CD40, que é um receptor contido na APC. Isso aumenta a interação entre as duas e a ativação do linfócito, hiperativa o linfócito. Entretanto, a principal molécula de coestimulação é a B7. Apenas depois da coestimulação por B7 a célula receberá o sinal de CD40, responsável tanto por adesão como por coestimulação. Obs: temos o mecanismo de tolerância aos estímulos próprios. Se por acaso a molécula de MHC apresentar um auto-antígeno a um linfócito T (que é autorreativo), a célula dendrítica não expressa B7 - pois não foi ativada. Não houve uma inflamação que gerou a expressão de moléculas de coestimulação. Então, mesmo que o linfócito reconheça um auto-antígeno, não é ativado – se torna anérgico pela ausência de segundo sinal. A reação autoimune envolve a quebra desse mecanismo.
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