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CCJ0033-WL-B-AMMA-03-Dos Crimes Contra o Patrimônio - O Delito de Roubo

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DIREITO PENAL III 
Aula 3- Crimes contra o Patrimônio. O delito de Roubo. 
DIREITO PENAL III 
OBJETIVOS 
Ao final da aula o aluno será capaz de: 
● Identificar as condutas perpetradas de modo a tipificálas 
Corretamente. 
● Compreender a aplicação dos princípios da dignidade da 
pessoa humana, lesividade e proporcionalidade para a 
tipificação das condutas e consequente cominação das penas; 
●Identificar as figuras típicas que compõem o crime de roubo; 
● Analisar o desvalor da conduta em relação ao desvalor do 
resultado para fins de tipificação como crime hediondo; 
●Diferenciar o roubo de outros delitos contra o patrimônio; 
DELITO DE ROUBO – AULA 3 
DIREITO PENAL III 
Estrutura de Conteúdo. 
1. O Delito de Roubo 
Bem jurídico tutelado. Elementos do tipo (subjetivo, descritivos 
e normativos). Classificação doutrinária. Sujeitos do delito. 
Consumação e tentativa. 
2. Figuras Típicas. 
2.1. Roubo próprio e impróprio – distinção. 
2.2. Roubo simples, roubo majorado e roubo qualificado. 
2.3. Roubo qualificado pelo resultado morte (latrocínio) 
incidência da Lei 8.072/90; consumação e tentativa; 
competência para julgamento. 
3. Distinção entre os delitos de Roubo e Extorsão. 
DELITO DE ROUBO – AULA 3 
DIREITO PENAL III 
1. O Delito de Roubo. 
1.1. Bem jurídico tutelado: posse, propriedade e detenção da 
 coisa alheia móvel. 
1.2. Classificação doutrinária: 
 complexo; material;instantâneo. 
comum; subjetivamente 
1.3 Elementos do tipo: Aplicáveis os ensinamentos afetos ao 
delito de furto acrescidos dos meios executórios: mediante 
 emprego de violência ou grave ameaça contra a pessoa. 
DELITO DE ROUBO – AULA 3 
DIREITO PENAL III 
► Meios executórios: 
 A grave ameaça configura-se como vis compulsiva, ou 
 seja, grave ameaça consubstanciada na promessa mal grave 
 e iminente, já a violência, física, vis absoluta, é o uso de força 
 física capaz de dificultar, paralisar os movimentos do ofendido 
 ou impedir sua defesa. (CAPEZ, Fernando. Curso de Direito 
 Penal, v.2, 10 ed. pp 460/461). 
 Para Luiz Regis Prado, o caput do art.157, CP 
 apresenta uma interpretação analógica ao elencar o elemento 
 “qualquer meio” como modo de reduzir ou impossibilitar a 
 resistência da vítima. Para o autor, a expressão qualquer 
 meio compreende “todos aqueles que produzem um estado 
 físico-psíquico na vítima, aptos a reduzir ou suprimir 
 totalmente sua capacidade de resistência” (PRADO, Luiz 
 Regis. Curso de Direito Penal Brasileiro. V.2. 8 ed. Pp 321) 
DELITO DE ROUBO – AULA 3 
DIREITO PENAL III 
 Roubo como crime complexo: 
furto + constrangimento ilegal e/ou lesão corporal 
 OBS. Impossibilidade de aplicação do princípio da 
 insignificância. 
 2.1. Roubo próprio e roubo impróprio – distinção. 
 No roubo próprio (caput), a violência (ou grave ameaça) é 
empregada antes ou durante a subtração. No roubo impróprio 
(§ 1º), é empregada após a subtração, em relação de 
imediatidade. A conduta deve ser praticada para assegurar a 
detenção da coisa ou para garantia da impunidade do agente. 
 Requisitos do roubo impróprio: “efetiva retirada da coisa, 
emprego de violência ou grave ameaça, logo depois da 
subtração e a finalidade de assegurar o crime ou a detenção da 
coisa para si ou para terceiro” (CAPEZ, op. cit. pp 468) 
DELITO DE ROUBO – AULA 3 
DIREITO PENAL III 
 ► Acerca do tema já se manifestou a Primeira Turma do 
Supremo Tribunal Federal, in verbis: 
HABEAS CORPUS - JULGAMENTO - REVOLVIMENTO DA 
PROVA VERSUS ENQUADRAMENTO JURÍDICO DOS 
FATOS INCONTROVERSOS. Sem fato não há julgamento. 
Descabe, de qualquer modo, confundir, considerado o habeas 
corpus, o revolvimento da prova com o enquadramento jurídico 
do que assentado na decisão condenatória. ROUBO - 
PRÓPRIO E IMPRÓPRIO. A figura da cabeça do artigo 157 do 
Código Penal revela o roubo próprio. O § 1º do mesmo 
dispositivo consubstancia tipo diverso, ou seja, o roubo 
impróprio, o qual fica configurado com a subtração procedida 
sem grave ameaça ou violência, vindo-se a empregá-las 
posteriormente contra a pessoa.(STF, RHC 92430/ DF, 
Relator(a):Min.MarcoAurélio). 
DELITO DE ROUBO – AULA 3 
DIREITO PENAL III 
 Consumação e tentativa. 
 Aplicáveis os ensinamentos afetos ao delito de 
 furto. 
 Entendimento dominante nos Tribunais Superiores (STJ e 
STF). 
 Teoria Amotio “ dá-se a consumação quando a coisa 
subtraída passa para o poder do agente, mesmo que num 
curto período de tempo, independentemente do deslocamento 
ou posse mansa e pacífica” (CUNHA, Rogério Sanches. 
Direito Penal. Parte Especial. 2 ed. pp123/124.) 
DELITO DE ROUBO – AULA 3 
DIREITO PENAL III 
► IMpossibilidade de aplicação do instituto da tentativa ao 
roubo impróprio. 
 1ª Corrente. O crime se consuma no momento do 
emprego da violência ou da grave ameaça e, por conseguinte, 
não admite tentativa (Assis Toledo; Hungria; Damásio; Moura 
Teles; Luiz Regis Prado). 
 2ª Corrente. Violência e grave ameaça são empregadas 
antes de consumada a subtração e, portanto, a consumação se 
dá nos moldes do roubo próprio (Nucci; Weber M. Batista; STF, 
RE 103301/SP, rel. Min. Rafael Mayer). 
DELITO DE ROUBO – AULA 3 
DIREITO PENAL III 
2.2. Roubo simples, roubo majorado e roubo qualificado. 
 Roubo simples 
Art.157, caput, CP. Subtrair coisa móvel alheia, para si ou 
para outrem, mediante grave ameaça ou violência a pessoa, 
ou depois de havê-la, por qualquer meio, reduzido à 
impossibilidade de resistência: 
Pena - reclusão, de quatro a dez anos, e multa. 
Roubo majorado § 2º - A pena aumenta-se de um terço até 
metade: 
I - se a violência ou ameaça é exercida com 
 emprego de arma; 
 ► Arma de brinquedo?????? 
II - se há o concurso de duas ou mais pessoas; 
DELITO DE ROUBO – AULA 3 
DIREITO PENAL III 
► Arma de brinquedo?????? 
II - se há o concurso de duas ou mais pessoas; 
► Possibilidade do concurso material de crimes entre o delito 
de roubo majorado pelo concurso de pessoas e o delito de 
bando ou quadrilha (art. 288, CP). 
III - se a vítima está em serviço de transporte de valores e o 
agente conhece tal circunstância. 
IV - se a subtração for de veículo automotor que venha a ser 
transportado para outro Estado ou para o exterior; 
V - se o agente mantém a vítima em seu poder, restringindo 
sua liberdade. 
DELITO DE ROUBO – AULA 3 
DIREITO PENAL III 
► Forma de aplicação de pena quando da concorrência de 
mais de uma majorante. 
 Verbete de Súmula n. 443, do Superior Tribunal de Justiça. 
 O aumento na terceira fase de aplicação da pena no crime 
de roubo circunstanciado exige fundamentação concreta, não 
sendo suficiente para a sua exasperação a mera indicação do 
número de majorantes. 
 Roubo qualificado. 
§ 3º. Se da violência resulta lesão corporal grave, a pena é de 
reclusão, de sete a quinze anos, além da multa; se resulta 
morte, a reclusão é de vinte a trinta anos, sem prejuízo da 
multa. 
DELITO DE ROUBO – AULA 3 
DIREITO PENAL III 
Roubo qualificado pelo resultado morte 
 (LATROCÍNIO). 
 ► Incidência da Lei 8.072/90. Crimes Hediondos. 
Art. 1o São considerados hediondos os seguintes crimes, todos 
tipificados no Decreto-Lei no 2.848, de 7 de dezembro de 1940 - Código Penal, 
consumados ou tentados: 
II - latrocínio (art. 157, § 3o, in fine); 
►Competência para julgamento- Verbete de Súmula n. 603, 
do Supremo Tribunal Federal. 
A competência para o processo e julgamento de latrocínio é do 
 juiz singular e não do Tribunal do Júri. 
DELITO DE ROUBO – AULA 3 
DIREITO PENAL III 
► Consumação e Tentativa. Verbete de Súmula n. 610, do 
Supremo Tribunal Federal. 
Há crime de latrocínio,quando o homicídio se consuma, ainda 
 que não se realize o agente a subtração de bens da vítima. 
► Questões Controvertidas – possíveis resultados. 
(CUNHA, Rogério Sanches. Direito Penal. Parte Especial. 2 ed. 
pp138.) 
1.Morte consumada, subtração consumada, gera latrocínio 
consumado, estando o tipo perfeito. 
2.Morteconsumada,subtraçãotentada,latrocínio 
consumado, consoante verbete de Súmula n. 610, STF. 
3.Morte tentada, subtração tentada, latrocínio tentado. 
4.Morte tentada, subtração consumada, latrocínio tentado. 
DELITO DE ROUBO – AULA 3 
DIREITO PENAL III 
CASO CONCRETO. 
Caio e Roberta, em 14 de outubro de 2009, em comunhão de 
desígnios para a prática de um roubo, vão até uma joalheria 
no centro da cidade e, enquanto Roberta fica aguardando no 
veículo com o motor em funcionamento, Caio, portando uma 
arma de fogo de uso permitido, entra no estabelecimento 
empresarial a fim de realizar o crime combinado. Quando 
Caio anuncia o assalto o segurança da loja esboça reação e é 
morto pelo assaltante que, com medo de ser preso, foge do 
local sem nada levar. Dias depois, Caio e Roberta são presos 
por ordem judicial e, enquanto aquele confessa os fatos, 
Roberta afirma que não desejava a morte de ninguém, pois 
havia combinado apenas a prática do roubo com seu 
comparsa. 
DELITO DE ROUBO – AULA 3 
DIREITO PENAL III 
 Diante da narrativa acima, ambos são indiciados por 
latrocínio tentado, posto não terem conseguido realizar a 
subtração patrimonial desejada, em concurso com porte ilegal 
de arma de fogo de uso permitido (art. 157, §3° n/f art. 14, 
inciso II, do CP c/c art. 14, da Lei 10.826/03). Com base nos 
estudos realizados sobre o delito de roubo, responda 
fundamentadamente se foi correta a capitulação dada aos 
fatos. 
DELITO DE ROUBO – AULA 3 
DIREITO PENAL III 
CASO CONCRETO João, com emprego de arma de fogo, 
invade uma locadora de vídeo e anuncia um assalto exigindo 
do funcionário da mesma que lhe entregue todo o dinheiro que 
está no caixa. Diante da recusa do funcionário da locadora, 
João desfere dois tiros no mesmo, que vem a falecer 
instantaneamente, e foge do local do crime sem levar dinheiro 
algum. Neste caso, qual a tipificação correta à conduta de 
João? (31° Exame de Ordem OAB/RJ) 
a) João praticou o delito de roubo majorado pelo emprego de 
arma de fogo na forma tentada; 
b) João praticou o delito de homicídio qualificado para 
assegurar a execução de outro crime; 
c) João praticou o delito de latrocínio. 
d) Todas as respostas acima estão incorretas 
DELITO DE ROUBO – AULA 3 
 
DIREITO PENAL III 
3. Distinção entre os delitos de Roubo e Extorsão. 
 Se a vítima entrega a coisa é extorsão, enquanto que se a 
coisa for retirada é roubo, ou seja, na extorsão é indispensável 
o comportamento da vítima. 
 No roubo, a coisa é objeto de apossamento pelo agente; na 
extorsão, ocorre a traditio (Frank, apud Hungria: “o ladrão 
subtrai, o extorsionário faz com que se lhe entregue”). 
 Além da entrega do bem pela vítima, na extorsão há a 
promessa de um mal futuro (no roubo é iminente) para a 
obtenção de uma vantagem futura (contemporânea, no roubo). 
Nesse sentido, Magalhães Noronha e STJ, REsp. 90.097/PR, 
rel. Min. Cernicchiaro). 
 A extorsão é caracterizada pela imprescindibilidade do 
comportamento da vítima (nesse diapasão, Damásio, Weber M. 
Batista). 
DELITO DE ROUBO – AULA 3

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