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relatório patologia - ISOLAMENTO DE FUNGOS FITOPATOGÊNICOS EM SOLO DE REMANESCENTE DE MATA ATLÂNTICA NO CAMPUS DA UFRPE, RECIFE

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UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DE PERNAMBUCO
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIA FLORESTAL
CURSO DE ENGENHARIA FLORESTAL
MARIA CLARA GOMES DE MORAES
ISOLAMENTO DE FUNGOS FITOPATOGÊNICOS EM SOLO DE REMANESCENTE DE MATA ATLÂNTICA NO CAMPUS DA UFRPE, RECIFE
RECIFE
2016
MARIA CLARA GOMES DE MORAES
ISOLAMENTO DE FUNGOS FITOPATOGÊNICOS EM SOLO DE REMANESCENTE DE MATA ATLÂNTICA NO CAMPUS DA UFRPE, RECIFE
Relatório 
de aula prática 
entregue à Profa. Lúcia Chaves, da disciplina 
Patologia Florestal
, turma SF3, como parte da nota da 1ª Verificação da Aprendizagem.
RECIFE
2016
INTRODUÇÃO
	Existem diversos métodos de isolamento de fungos, que variam de acordo com o tecido infectado ou o fungo que pretende-se isolar. Dentro disto encaixa-se o isolamento de fungos por iscas no solo, que consiste na inserção de vegetais isentos de contaminantes no solo infestado.
A importância do isolamento de fitopatógenos é dada por permitir a identificação e classificação do patógeno, o estoque de inóculo para estudos de controle da doença e realização de testes de patogenicidade e resistência genética.
	O objetivo da aula prática foi realizar isolamento por iscas e através deste identificar a presença de fungos em solo de remanescente de mata atlântica no campus da UFRPE, Recife.	
METODOLOGIA
	
	A aula prática foi executada no Laboratório de Microbiologia e Patologia Florestal da UFRPE (LAMPAF), com alunos da disciplina Patologia Florestal, em setembro de 2016.
	Foram obtidas amostras de solo coletadas próximo a rizosfera de plantas com sintomas de doenças em um fragmento de floresta nativa do Campus. As amostras foram coletadas, acondicionadas em sacos plásticos e levadas ao Laboratório de Microbiologia e Patologia Florestal da UFRPE, onde foram peneiradas e colocadas em béqueres esterilizados, em seguida umedecidas para exposição das iscas. Foram usados como isca pepino, folhas de mamona, batata-doce, cenoura e limão. As iscas foram lavadas com água, detergente e água destilada, cortadas removendo as extremidades, e colocadas sobre cada uma das amostras. Os recipientes foram fechados e enrolados em papel alumínio. 
A amostra que continha pepino como isca foi deixada em temperatura ambiente por cerca de três dias;
A amostra que continha folha de mamona como isca foi deixada em temperatura de 25°C, até o crescimento do micélio;
A amostra que continha batata-doce como isca foi deixada em temperatura ambiente por cerca de 7 dias;
A amostra que continha cenoura como isca foi deixada por cerca de 4 dias também em temperatura ambiente; e
A amostra que continha limão como isca foi deixada em temperatura de 20°C, até o crescimento do fungo.
Após este período, verificado a presença das estruturas fúngicas, o micélio foi transferido para placas de Petri com meio batata-dextrose-ágar (BDA). A identificação do fitopatógeno foi feita através de análise do comportamento do patógeno em meio BDA. 
RESULTADOS E DISCUSSÃO
	Após o período de incubação constatou-se apenas nas amostra que continham pepino, folha de mamona e limão como isca a presença de estruturas fúngicas. 
Na amostra que continha pepino foi identificado fungos do gênero Rhizopus sp.; 
Na amostra que continha folha de mamona foi identificado fungos do gênero Cilindrocladium sp.;
Na amostra que continha limão foi identificado fungos do gênero Rhizoctonia sp.
	Causador da “podridão-de-rizopus”, o fungo do gênero Rhizopus sp. apresenta um vigoroso e abundante crescimento micelial. São micélios brancos, volumoso e seus esporângios são escuros. O fungo é um patógeno não especialista, que infesta um grande número de hospedeiros; ele invade os tecidos através de ferimentos, apodrecendo rapidamente frutos inteiros deixando intacta apenas a cutícula. Elevada umidade e temperatura entorno de 25°C durante armazenamento quando o transporte favorece a desenvolvimento de lesões (Camargo et al., 2005). Seu mecanismo de ação resume-se na produção de enzimas pécticas que dissolvem o arranjo celular, e estas enzimas são muito utilizadas para a clarificação de sucos de frutas. O fungicida befenil e fenilbenzeno que é utilizado na proteção de frutas para exportação reduz grandemente a incidência de podridões causadas por Rhizopus sp. E ainda fungicida ortofenilfenato de sódio é facilmente solúvel em água e de relativa baixa toxidade para animais. É indicado no controle da podridão causada por Rhizopus em cereja (Galli et al., 1978).
	Fungos do gênero Cilindrocladium sp. é causador de diversas doenças, algumas delas estão apresentadas a seguir:
Mancha Foliar (canela-preta) de Cilyndrocladium em Eucalyptus sp., tem como epidemiologia precipitação e umidade relativa do ar elevadas, molhamento do filoplano, temperatura alta e abafamento das mudas. É identificada por anchas foliares que são geralmente pequenas, circulares e arroxeadas, distribuídas sobre o limbo foliar, anelamento na haste da planta denominando assim de canela –preta. Para controle faz-se necessário aumentar o espaçamento das mudas nos canteiros; diminuir a frequência de regas; eliminar mudas e folhas mortas, medidas de higiene, práticas culturais e controle químico; aplicação de fungicidas em caráter de emergência.
Tombamento de mudas em Eucalyptus sp., tem como epidemiologia condições precárias de higiene, fechamento de canteiros, elevada umidade e elevada temperatura. É confundível com a má germinação das sementes, as lesões são marrom escuras, e em geral, recobertas pela esporulação do Cilyndrocladium de cor branca e brilhante causado por este patógeno. Para controle faz-se necessário uso de substrato, água e sementes livres de inoculo; limpeza dos canteiros; manutenção das mudas para facilitar a aeração e a entrada de luz; seleção de mudas por classe de altura; desbaste o mais cedo possível; em caso de incidência da doença, aplicação de fungicida.
Podridão de estacas em Eucalyptus sp., tem como epidemiologia condições precárias de higiene e manejo, dias nublados, temperatura alta e umidade elevada. Identificado pelo Tombamento de pré-emergência, tombamento de plântulas, queima de mudas por sementes com escurecimento amarronzado e morte dos ramos, manchas foliares, cancros em ramos, queima de brotos, podridões de raízes, murcha e morte de estacas. Seu controle faz-se por medidas de higiene, práticas culturais e controle químico.
Queima de Acículas em Pinus, tem como epidemiologia alta temperatura e umidade relativa elevada. Identificada por lesões necróticas, de coloração marrom-avermelhada. Previne-se sua ação ao evitar adensamentos de mudas nos canteiros, evitar adubações excessivas, efetuar pulverizações foliares com o fungicida Benomil e plantio de clones resistentes.
	
Sendo um dos patógenos causadores de doenças como o tombamento de mudas de Eucalyptus sp., o fungo do gênero Rhizoctonia sp. é identificado pela teia micelial. Tem como epidemiologia condições precárias de higiene, fechamento de canteiros, elevada umidade e elevada temperatura. Para controle faz-se necessário uso de substrato, água e sementes livres de inoculo; limpeza dos canteiros; manutenção das mudas para facilitar a aeração e a entrada de luz; seleção de mudas por classe de altura; desbaste o mais cedo possível; em caso de incidência da doença, aplicação de fungicida.
CONCLUSÕES
O isolamento de fungos em solos florestais da UFRPE com o uso de iscas é o ponto de partida para estudos de comportamento e controle de fungos que causam doenças em espécies florestais comercialmente relevantes.
REFERÊNCIAS
BAGGIO, A. J.; SOARES, A. O.; MASCHIO, W. O estrato arbóreo nos Sistemas Agroflorestais: um estudo de caso e perspectivas do mercado para espécies nativas. Colombo: Embrapa Florestas, 2009. 
INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. Manual técnico da vegetação brasileira. Rio de Janeiro: IBGE, 2012. Disponível em: <ftp://geoftp.ibge.gov.br/documentos/recursos_naturais/manuais_tecnicos/manual_tecnico_vegetacao_brasileira.pdf>Acesso em: 05 outubro 2016.
PONTES, N. DE C., GOMES, D.P., RODRIGUES, A.A.C., & BRINGEL, J.M.M., Analise sanitária de sementes de mamona cv. Al Guarani em regime de luz continua, Fitopatologia Brasileira, 31(suplemento): 230 2006.
SOUZA J.O.; CARDOSO P.N.; CHAVES L.F.C. Isolamento de Fitopatogenos por Iscas no Solo. XIII JORNADA DE ENSINO, PESQUISA E EXTENSÃO – JEPEX 2013 – UFRPE: Recife, 09 a 13 de dezembro. Disponível em: <http:// http://www.eventosufrpe.com.br/2013/cd/resumos/R0417-2.pdf> Acesso em: 05 outubro 2016.
STALPERS & SCHIPPER Influência da temperatura, período de molhamento e concentração do inóculo de fungos na incidência de podridões pós-colheita em frutos de tomateiro 26, 33-38: 2001.

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