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UFPE ENG ECONOMIC DOC10001

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Prévia do material em texto

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PEDRO LINHARES
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1J1']JVERSlDADE
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ENGENHARIA ECONOl\tlIC:A
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~!_. ._s_-_-~.v_-~r---
1. o PROCESSO PRODUTIVO E o ~~TF.MA ECONOM!CO_
Como todos os animais, o homem vive num processo de permanente troca com a
natureza, da qual retira o necessário para li sua sobrevivência" No caso dos homens essa
troca consiste na utilização do trabalho (uso da vida) para transformar os recursos que
existem na natureza em bens úteis à satisfação das necessidades humanas (reprodução da
vida). Para isso é necessário realizar um processo de produção (obtenção) dos bens e servi-
ços a partir dos recursos, tais como se encontram na natureza. O processo de produção ca-
racteriza-se assim por uma relação f5ntre os homens e a natureza, de modo a que esta seja
transformada e assuma a forma de bens e serviços à disposição dos homens.
Os elementos citados acima paiâ caracterlZai- G processo de prüdüção são:
os homens (que se relacionam com a natureza pelo trabalho);
a natureza;
os bens e serviços; e
os homens (que têm bens e serviços para seu consumo).
A estes primeiros homens (os que se relacionam com a natureza) chama-se: RECUR-
SOS HUMANOS - T:ã natureza, chama-se: RECURSOS NATURAIS - RN: ao total de
bens e serviços, chama-se: OFERTA DE BENS E SERVIÇOS'- :as; aos homensque têm
.••.COto,.,#!> 'k_.- ). "\:I,,,, ...1:"'_....•....:_%..... _t.. __ .••."'__ ("l""' ••.."c:t'ln.lTl"'\.n.n"'t'I. ~ i__:! Io_ .j_.- 1.. .••
•••.••••••••••• ..,- •.••••••••• &,:> •••••••• ~"'y"'.•.~'rev V.4.a&.l.Ui'-""o;,... "V&"'UV.lY.~V.i.'-I"JtJI, a.v i.õdla .•.••;.vl.UA.''''l.iI. ••v u.v~ ;U",IJ.I"'I.~
de uma determinada sociedade com a natureza que os rodeia, com fins produtivos, chama-
se: ATIVIDADE ECONOMICA.
Uma característica dessas atividades econômicas tem sido a procura de obter formas
de eficiência na troca dos homens com a natureza, objetívando reduzir a quantidade de
trabalho necessário, ao mesmo tempo que 81l cnfixegus p.~r'ãflrlir :1 pfl1!hll;lio de hens e
serviços.
ÁS diferenças entre os sistemas econômicos começam a surgir quando são observa-
das as formas como os recursos se combinam e como os produtos Sê distribuem.
Por exemplo: li forma pela qual mll nativo da ~..m2.Zô!'.ia (T) se relaciona com a na-
tureza (RN) para "produzir um peixe" não é igual à forma com que um operário moder-
17
i
j
I
I
I
I
!
I
I
IL~I '
I
('.J
Cf:::>
no opera uma fresadora programada para produzir uma engrenagem que servirá ao contro-
le automático de um avião a jato.
O primeiro produz quase com as próprias mãos, e diretamente a partir da natureza,
o bem que necessita para si, sua famílía ou sua tribo, O segundo trabalha com equípamen-
tos refinados, reelaborando um material que já foi manufaturado por outros operários, há
muitos anos e a milhares de quilômetros de distância, e prepara uma pequena parte de um
bem intermediário que ele não utilizará, e que talvez nem mesmo saiba pari! que serve.
Dessa maneira, díferencíam-se tanto a estrutura de combinação dos recursos como fi es-
trutura de uso tO de consumo. Nos sistemas econômicos atuais, uma parte das pessoas tra-
balha-na produção de bens de consumo e outra na produção de bens que serão utilizados
na produção de outros bens, cujo valor equivale ao capital {K).I
Urna outra característica dos sistemas atuais é que os trabalhadores não recebem di-
retamente os bens de que necessitam para sua sobrevívéncia, Recebem quaniidades do;di-
nheiro com as quais têm que comprar os bens de que necessitam nos centros de encontro
entre ·::~d:dc:,e~ e ccmpradcres: ~ !!!~!'~~ct0l3~ hp.n~e serviços.
A Figura 1-2 indica o funcionamento básico do sistema econômico, combinando os
três fatores produtivos (K. Te RJI), e indicando os fluxos nominal e real de bens de con-
sumo e de bens de capital. Por s!!ª vez, conforme a origem, os produtos podem ser classifi-
cados, em um dos três setores:
c-
-, (
Figura 1.1
( II HOMENS! TRABALHO
i _, )
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I ~I ')I .•ATURE:7A I! ..~~ I
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IDISTRIBUiÇÃO
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BENS E
SERViÇOS
PRODUÇÃOI
l )
Os bens de óbtenttãu pri.tnádi!, üü 5zjã., ;;qü~!~:;prcduzídos !!2 gg!'!~'1Hl~n~011 ex ..
tração mineral - setor L
I
I
I
I
i
I
I18
A economia capitalitta modema, além dos bens de consumo e de produção, gera uma grande
quantidade de bens (como armas) que não servem ao consumo nem à produção. Prefere-se po-
rém evitar aqui estas dístmções,
L' •• ~ G
(
&':.•••••••.•r .,
• .,,--- ••- 2
Funcionamento do sistema econômico
Ir FATORES II II i II '
I I I
I I I iI I l I I ,I i
V' , , I
r I:I I' I·' I I
I I~~ I ", I
I I,i-L~' I, I L:-! , I I i . I ,. I I
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BENS DE ,.
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~'-~'-\
I ! MERCADO DE >
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BENS E 'rI SERViÇOSI \ DE CONSUMO !
I ~s,
I ~
, ( II li ~..fERCAOO DE 9EN~ f
I i-\' E SERViÇOS 01: - , SI' CA!'ITAL
I I W CAPITAl. / QUDe, •• _MERCADO I \ / PRODUÇÃO
j ~INANCEIRO ! ~
c
6C ~v·.~v,••v 1
BENSO~
- Os bens secundários. provenientes rio setor industrial - setor Ii.
- Os serviços, ou bens invisíveis - setor Hí.
o i!pCUCilUJ plÜctÜLi~vv fiiv.:!üZ düi:; fluxos: v f1~Ã~~:~~e~:::~ ~:.: !'!~~!!!~!,Y. ~~ f!1_t.
xo de produtos ou real, P.
O primeiro fluxo é composto da sorna de todas as remunerações recebidas pelos
proprietários dos fatores de produção (Y) (rendas pagas dentro do processo produtivo) e
o segundo consta de todos os bens e serviços produzidos (P).
T::::~~o fluxo nominal '::!)!!!0 I) fluxo real 5" compõem de duas partes. O fluxo real é
composto por dois tipos de produtos: alguns são consumidos pelos indivíduos; outros ser-
2 Esquema divulgado através do conhecido livro Introdução à economia - Uma abordllgem estru-
turalista. Rio de Janeiro, Forense Universitária, dos Professores Antonio Castro e Carlos Lessa.
19
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vem para a produção de novos bens. A produção total (P) deve ser igual à produção de
bens e serviços de consumo (PBd mais a produção de bens e serviços de produção ou ele
capital (PBP)'
Por outro lado, o total de recursos pagos pela economia (n, deve ser igual à soma
da parte gasta no consumo (C) mais a parte não consumi da ou poupada (S). Em períodos
ncrmaís, a parte de: recursos pcupadce (8) é dirigiria integraimeme pitra u ~i.lJl !-Ilô~ut;,iü
em forma de investimento (I). Graças a este investimento, a produção (P) será ampliada
de uma determinada quantidade (M).
Esse incremento na produção vai servir para aumentar a quantidade de bens e servi-
ços à dispcsição da coletividade, tanto aqueles destinados ao consumo como aqueles desti ..
nados a continuar o processo, alimentando novamente a produção. A esse processo contí-
nuo de aumento da produção denomina-se crescimento econômico.
2. O CRESCIMENTO ECONÔMICO E O PLANEJAMENTO
É possível definir políticas para acelerar o crescimento econômico e melhor distri-
buir seus benefícios entre os membros da sociedade.
Essas políticas, também chamadas planos de desenvolvimento, constam fundamen-
talmente , de duas partes: metas (ou objetívosje meios.
2~1 ~1eta5do CrescimentG
Se o objetivo da economia é melhorar o nível de vida dos habitantes de um país, e
se este nível é medido. basicamente, pela quantidade de bens e serviços de que dispõe ca-
da um deles, a medição do crescimento deve ser feita através da quantífícação do aumento
dos bens recebidos por cá'da um dos habitantes, em dois períodos diferentes.
Se uma produçãoP é distribuída a uma população N, do ponto de vista do cresci-
mento o que importa é saber, em cada instante, quanto é P/N, produto per capita, equiva-
lente a Y/N, renda per capita; ou seja, quanto cresceram os váiores Y,l' e N, entre dois
momentos t! e t1 .
Quadro 1.1
r '" taxa de crescimento P ::: taxa de crescimentol
da renda demográfico
I Pi - PI I Yi - YI Ni - N,I r, I YI I IV. I
I I ~ i
Pode-se dizer que ocorre crescimento econômico úe~uç '!u,; g 5"jô •••sícr de q::e p. O
crescimento identíficar-se-á com o desenvolvimento quando essa evolução do produto ma-
nifestar-se em relação a todos os aspectos da vida da sociedade, inclusive nos aspectos cul-
turais e na qualidade de vida, e quando isto ocorrer de forma homogênea e generalizada
para todos os habitantes da nação, em vez de atingir somente uma minoria privilegiada.
Dentro dessa deflníção geral, a viabiiidade do ut:ilc;i"lvor';iiiiaii.tü depende, em !:!d~ !!!O!!1p.n-
te bístóricc. de características próprias de cada sociedade. com suas aspirações especificas
de desenvolvimento e com as suas disponibilidades próprias de recursos para realizar um
esforço deliberado e consciente para atingir um objetivo nacional.
Uma série de medidas e de disposições devem ser adotadas para definir prioridades,
critérios e instrumentos a fírn de obter um rápido desenvoivimento econômico. A defini-
Ir = taxa de crescimento .
do produto
20
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~ão dessas prioridartp.~;~ritP.!"~~~~ !!!~!!"~!!!'!~!~!é c!'!e~~!::!!!p!:: ~~ aspecto d: ::~;';..:~~ccc-
nômíca denominada planejamento. •
O planejamento é a técnica que determina a melhor maneira de combinar os recur-
sos nacionais disponíveis. de maneira que os objetivos nacionais sejam atingidos.
Para isso, o planejamento determina uma estratézia zlobal e nrn"r:lm:l~ ~p.tnrillj~
combinados em um Piano de Desenvolvimento Nacional. Deitrtida uma"est;atégia, o plane-
jamento quantifica as variáveis econômicas (disponibilidade de recursos e necessidades da
população) e determina suas combinações (produções, níveis de investimento etc.).
Entretanto" observa-se facilmente que na realidade a combinação dos fatores não é
reaiizada ao nível global da economia, mas por unidades contidas dentro desses setores,
denominadas UNIDADES DE PRODUÇÃO e que definem o marco mícroeconômíco,
3. AS UNIDADES DE PRODUÇÃO
Os setores de píGJ.~ç:~0~;t) !;unç~itos ;!bs!nnos de que a ciência econômica se utiliza
para realizar os seus estudos. •
Uma laranja comprada no mercado não é um produto do setor primário em geral, e
sim um produto de uma específica fazenda ou empresa agrícola. Um sapato, não é um
produto do setor secundário, é produzido pela fábrica de calçados X situada na rua Y. Um
doente não pode ser atendido pelo setor terciário, mas sim por um determinado médico
com consultório em uma determinada avenida.
Tanto a empresa agrícola, como a fábrica, como o consultório são unidades de pro-
dução, uma do setor I, outra do setor TI, outra do setor m.
3.1 O Papel da Unidade de Produção
Considere-se o exemplo de uma fábrica de sapatos.
A unidade de produção (a fábrica) tem por função combinar fisicamente os fatores,
com o objetivo de produzir os sapatos. Portanto, a unidade deve ter edifícios (a fábrica,
os escritórios), depósitos para água, instalações elétricas, equipamentos que tratem o cou-
ro, que cortem, que costurem, que transportem, etc.
Além dessas instalações e equipamentos, a fábrica deve ir ao mercado e comprar:
couro, energia elétrica, água, produtos químicos, ete.
Para fazer funcionar os equipamentos e produzir os sapatos, a fábrica deve contar
também com o trabalho dos operários.
I
I
I
Quadro 1.2
I .((} l)"Jo",,.t 1'4':1 trnM'!II:-I •• ,.f,. Pto •••.•"ln,.õ':" J
- -Ó--r r » -- ---.---- -- ---.--,-- I
TRANSFORMA
EPRODUZ .COMPRA VENDE ---J
o produto I
I IL. ~íI
Matérias-primase
todos os componentes
(insumos)
Utilízandoos equipamentos
e ínstalacões (c<lllital) e o
trabalho- (mão-de-obra)IL-.
Note-se que a fábrica de sapatos praticamente não utiliza recursos vindos diretamen-
te da natureza. A matéria-prima é o couro que vem de outra fábrica (curtume), li energia
elétrica vem da central hidrelétrica (unidade de produção geradora de energia), etc, Por
21
D'
",,'
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Físura 1.3
Funcionamento da unidade de produção
Procura
!
I .
~ viena lOU!1
I de bens el serviços
I for. da iI un;d~. ~
1. II_ ReceIta I
--; UNIDADE i v.~:l. I
! J produto. I i' I:-. I i 'II ,
'L 7"-""', Oferta I- .••' ••• '\ originada I
-' \ na unidade !Procura / I I
oriqinada • oos )' I
na ~nidade ~. iviERCM v __ ,
I
\ ;----_ ....-\ /
~---_ .._- /
rocar ce
09!1Se
serviços
fora da
unidade
l
Compra
insumos
I
I
L-- ...~..
isso são chamados bens intermediários, urna vez que não são recursos (brutos) naturais o
nem servem ainda para o uso final, seja como bem de consumo, seja como bem de capital.
Mas se se observa a origem dos bens intermediários, pode~se percebcí que em última
instância provêm também dos reCUíSOS naturais. O couro, por exemplo, é o produto de al-
gum curturne, e este, para fabricar o couro, comprou-o em algum matadouro que, por sua
vez, adquiriu o gado de alguma fazenda. A fazenda, para "produzir" o gado, utilizou água,
terras etc, ou seja, recursos nàturais, conforme a Figura IA. ..
Dessa forma, enquanto no sistema global interessa os fatores de produção: K, R.N·e
T, na unínade de produção interessa:
o capital [equipamento e outros);
\J~ ill:SUll!U~ \llldtJi !d"}'IIJúâ, rnê~id":;::;~.::t:~d~!:"!:!~etc.);
a mão-de-obra (trabalho).
A unidade de produção é portanto o local onde, mediante a presença de certos equi-
pamentos, combinam-se os diversos insumos e o trabalho, a fim de produzir determinados
produtos e assim aumentar a oferta global de bens e serviços no mercado.
~
tu
&
3.2 A Organização da Unidade de Produção
O objetivo social dâ unidade de produção é aumentar a oferta de bens e serviços. Pa-
ra que isso ocorra são necessárias'certas condições. A principal delas é que exista um coor-
denador: empresário privado, dirigente de estatal, presidente de cooperativa, executivo de
22
I ~ o
(
Fi!111f2 1..4
Rehrções mire as-unldodtlll de produção
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I,
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II • _! .••_ IL __ .&!__ U
I I.oaG'Io,", \u •••u, ••••UI'1= "m>nri"
RN +T+ K •
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~ ••••g •••u \u"", " ••••, "'''UI''''UI
Eneraial" ----"---- ,~i !Aata~our() I Ca!'!1e (bem fina!! •••:1 "'7'ITK ~~
ICouro bruto (bem intermediário)
j
Água
T
Energia ~-- I
Produtos J . Curtume I
Q"'m;c0'..l RN +., +T+ K I
K ~3 r"---~
~
i
i
I
i
I
I
1
Energia f
Cola :1"l
T I-_.--ioi
v '-----,,-'f -
_"__..--.J
Fábrica de sapatos
81 +T+ K
Sapatos (bem finali ••
multínacional, etc, e que esse coordenador, como responsável, tenha acesso aos recursos
necessários~
No caso mais comum dos empresários privados, o objetivo primordial do mesmo
"lIn ;..~l1m"fit~r " "f••rt~ ti •• h••". nli ~••nri"". m". ,•••m••nh~ .;." ••dnnne de canital. Para o
~--- 9 ----------~ - ------ -- ----- -- --- ·-r--' ..-.._- ---------- --- -- -- J. ••
empresãrío, a produção é o meio, não o fim ..Meio para obter receitas e: portanto, lucro.
Para obter este aumento de capital, o empresário tem que utilizar () seguinte artifí-
cio econômico: a receita que obtém com a venda de seus produtos deve ser superior aos
gastos decorrentes da compra de ínsumos, do pagainento de salãrios, do custo do desgaste
de seus equipamentos durante a produção etc.
23
,
U I I I ITem um Estabelece I I Compra U Vende a I !. ;certo um3:unid;:wf" ~ itinJmos e oroducão t--
capitai I tie prociução
, I coorút:'s1tS (i I I I
I I I I I Idisponlvel I I produçi!o I LJI II I I I1
I
)
Figura I.S
;ii;lIiUuu*c: Ju ~",prt:~Úriu
Quadro 1.3
Vendas LucroCustos
L
Qj Quantidade produzidado bem i
Resultado líquido para
o empresário
(lucro privado)
CJ CustO?? i~sumo j
necessanc a
P I Preço do bem i produção
o empresário deve manejar uma imensa quantidade de variáveis, com o objetivo de
que ° resultado da venda de Q produtos ao preço P seja superior a todos os cust;:,s ~ q. A
diferença é o lucro líquido L, que é a variável mais importante do ponto de VIsta do seu
objetivo fundamental, . , .
Até pouco tempu, e ainda hoje em alguns setores mais atrasados, essas vanaveís
eram rnaneiadas oela intuição dos empresários que possuíam um certo dom: "o sentido
dos negócios". Os que niro' tinham esse sentido eram prejudicados pela presença dos me-
lhores dotados. Gradualmente, o conhecimento econômico permitiu que este "sentido
dos negócios" fosse substituído por decisões lógicas, baseadas em pes.quisa:, e estudos reali-
zados para determinar como e onde investir uma quantidade de capital: sao os estudos de
projetos.
4. O PLANEJAMENTO E O PROJETO
As unidades produtivas são as responsáveis diretas pela execução dos objetivos defi-
nidos no planejamento. .
Se, por exemplo, o objetivo do plano é aumentar a produção de roupas, ou de I!-
vros, Oü de carne, ou de milho, ou de eletricidade, ou o fluxo de transporte por terra, se-
rão fábricas, ou fazendas, ou centrais elétricas, ou estradas que permitirão cumprir esses
~~. .
Portanto, os projetos de fábricas, de fa~~nu;d:i,de estradas ctc. =v==s= a ma..
nífestações mlcroeccnômíeas do que o piano propõe a nível rnacroeconôrníco ..
Essa relação do projeto com o plano ocorre em dois sentidos:
o projeto como instrumento de planejamento mícroeconômíco, de maneira a de-
finir a otimização dos recursos necessários a uma determinada produção;
24
I
I
I
j
i
!
I
o projeto como instrumento de análise e observação das conseqüências do uso de
d:!~=.i.--:~:!~:i':~~:'::;.:;,;:ii: ;\;!Q~v' aos v~j~~iY-ü~iijÂC.Vii~üii~rniCv.i -1ü p~ãüvde
desenvolvimento. '
I
I
i
Até pouco tempo considerava-se o projeto e o planejamento como se cada um tíves ..
se os seus enfoques próprios e independentes, às vezes até contraditórios. Isso porque em •
L ..•.__ ----~.-- !_! •.~1! . _ • •• I' ~ 11
VVJ.II. 'pLV"'UL~ G. UtCLIUHUL.4..,4V Hei. ULUlLêI\,;4U UU;S CC\.,;UI:iUS. U eruuresar ro r resrxmsave, nur
grande parte dos projetos) tem um enfoque rnicroeconômíco, enquanto que ~ estado (res-
ponsável pelo plano) tem üm enfoque macroeconõmíco (social e econômico). .
Por exemplo, enquanto a criação de emprego é um objetivo corrente e comum nos
planos de desenvolvimento. nos nroietos nrO~lIr:l-~1'm:lyim'7.:Ir rll' fnrm:l nriv:lrI:I n usn (1M
• .: J s;- ---- -- ---------- -- .•.------ r------ - _
recursos, o que em geral é obtido por uma redução no emprego de mão-de-obra.
A divergência entre os enfoques é uma conseqüência da diferença entre o valor e o
cu~to q~e .SãO atribuídos aos bens e aos recursos seja pelos indivíduos isoladamente, seja
pela sociedade em seu conjunto.
"'" t. • • . •• _ _
J"-",e~aç!un~ U~ projetos e o pranejarnento, ae maneira a que estes possam maxrrmzar
sua pa:ticipaçl1o nos objetivos do plano, requer' o conhecimento de certas relações entre
os projetos e os planos, tanto no que se refere às relações institucionaís como na redefíni-
ção dos valores e dos preços, dos bens e dos recursos, enfocados de um ponto de vista social.
Cabe ao organismo central de planejamento a tarefa de definir os critérios de avalia-
ção e todos os parãmetros que permitam a melhor combinação possível dos proietos com
os objetivos do plano. Para que essa definição seja eficiente: é necessãrío que-o organismo
de planejamento receba informações dos organismos executores e realize uma análise per-
manente dos resultados da aplicação de seus critérios na seleção das alternativas de investi.
rnento (projetos).
5. A PREPARAÇÃO DO PROJETO E SUAS ETAPAS~
5 ...1 A Preparação
Em um de seus trabalhos (Generalidades SOI;;ê piojetos) G engenheiro Fernando
Caldas define: "O projeto é um conjunto ordenado de antecedentes, pesquisas, suposições
e conclusões, que permitem avaliar a conveniência (ou não) de destinar fatores e recursos
para o estabelecimento de uma unidade de produção determinada."
A realização do projeto, desde a idéia inicial até o seu funcionamento corno uma
unidade de produção, i um processo contínuo no tempo, através de sucessivas fases, nas
'1mí~ ~p. c!lml:l~n:;m ~nn~id~Tl\l]ões de caráter técnico, econômico e financeiro estudadas
através de diferentes etapas.
O projeto começa com a idéia de investír uma certa quantidade de capital na produ.
cao de um certo bem ou serviço. Essa idéia tem Que ser desenvolvida por um \;:$lUUÜ quó
inclui as várias etapas, inclusivé etapa final onde se estudam as operações da execução do
projeto.
Basicamente, o pwc.esso de elaboração e execução do projeto, ao icngo do tempo,
deve seguir cinco fases distintas: a identificação da idéia, o estudo de prevíabílídade, o es-
Na preparação desta seção utilizou ·se o material didático e as aulas dos engenheiros Femando
Caldas e Lauro de Paiva, realizadas quando foram diretores de cursos de projetos promovidos
pela Divísão de Treinamento do BiD. .
25
G-.
r i ,
\,/-
)~J
tudo de viabilidade, o detalhamento da engenharia, a execução. As três prímeírasdessas
f~:n!A~ c3n e e nUA tn+ot"o(!C!'9IrY'l •••._ .•••.••"..4 •••" ••.•8 u •.•••o~+nAI"\ •..•ao ""rn.;a+"
---~ --- -- -..-- ~ •• ~- ••••• _---_ ••••••• "1 •••••• ~ •••••• _ ••••••••••••••••••• _-"" -- r-""J-"~·
Durante a fase de identificação, os projetistas devem caracterizar, em forma
preliminar, a concepção da idéia, dando base para indicar se a mesma justifica ser estuda-
da ou não. Caso haja uma recomendação no sentido de que a idéia deve ser estudada, os
projetistas aorofundam a mesma. realizando um estudo de previabilidade. durante o qual
é elaborado um oroieto preliminar. com base em dados não necessariamente definitivos
0)1 completos. Só' e~ caso de queessa previabilidade justifique investir no estudo defini-
tivo é que os projetistas partem para a elaboração do estudo de viabilidade,
Para cada uma dessas fases, conforme pode ser observado na Figura 1.6, o estudo de-
ve realizar cada uma das etapas que compõem um projeto. Embora a estrutura e a apre-
sentação definitivas dependam do grupo de elaboradores, o projeto, e cada fase, deve con-
ter. np.ln mp:nn~_ a~ ~Dllitltp~ ~t<:in~~ h~(!,r-~C!' um pt!turln r1~ rn&lr~'lI~n 11"" Dl:hll'l.-.. A~ t~n1"l1A--~ ,í--- --------J -- --0--· - _ ~&AWo ••••••.•••••• _ ••••••.• _a •••••••••••••••••••••••• _ ••••.• a ••••••.•. _ ••••_~) ••••.•••.••• v ••- ••••••••••••• _" "'-"".""-
nho e localização, a engenharia, uma análise de custos e receitas, uma avaliação de mérito
do oroieto. também chamada de lImíli!:e rle rentabilidade.
Figura 1.6
Identificação
d. idé••
E.ruôo d.
vlabilidede
Esttij..~ ria
pi"d~yilbilíd;dq,
De acordo com essa figura, a "seqüência" a seguir !leve; ;;Cl aproximadamente li ~<i.
tntintp"0-···---
Começa-se por caracterizar preliminarmente o produto numa macrolocalízação
provisória; inicia-$e assim um estudo de mercado superficial, li partir do qual se
podem determinar dados gerais da procura potencial.
26
.~
I
t
1
I
i
!
)
Com esses dados provisórios, a engenharia. pode iniciar seus estudos que -permi.
tem o cnnhp:r.itnp.ntn itn n;".o1 nnC!!. "'''''+I''\.flI "'-' l"" •••••1i.,tro,.w .•••.do .•••..•..•••__ •.•••.•._--- - ------ - - --_. -- --- -_ ...•._-, - .•._- •.••..•••.•..••.'1_ .•.•..•.•.•.•."••••• _ •.•.•.•.Va
Determinam-se assim, de forma ainda nrelímínar. os custos e receitas. a estrutura
do flnanciamento e a rentabilidade da ~mpresa. . ..,. . . -.-
. Conhecida a rentabilidade pr0V1S0na, suspende-se o estudo se ela não satisfaz, ou
'2"A"'ltt..,':I_C!-~ rut;.,.. •••.•,roo.l+ ••• ..1", ••.•.•_:_ .••1 _~.! _1.. , , _,.. ,_ t: I ,....
--- .•--- - •••..•.••_~ ••••. ·vo .•.•••• 'Uou,•••.<lV_lOI" fl.U •• "'11~J:;.al.;1 U!lI .udU ut: UIUlunUluau~ SIlIICIP.TUP. P. ;=I i1tn~
forma de apn;sentaçfo compreensível. - .... l. . . - - --------- - - -----
Pode-se veríflcar que:
a) Os diversos temas são estudados sucessivamente em diferentes graus de profundi-
dade.
b) As ~.~fo~maçl'ies.ob~i~as no estudo de uma etapa, transmitem-se à outra etapa, na
sequencía da trajetória da espiral.
c) Cada arco percorrido corresponde a um grau mais elevado de profundidade no
estudo. .. - •
•... .. - - -
u.; ApOS caaa vCHtaccmpiet~ da espiral, as etapas voltam a alimentar ..se d~ ii110nna ...
ções obtidas das outras. •
e) Para fazer outra volta na espiral, tem-se que realizar um custo adicional na prepa-
ração (ou avaliação), ao mesmo tempo em que se obtém um aumento do grau de
confiança do projeto.
gastar mais tempo, esforço e dinheíro em reunir antecedentes mais completos e realizar es-
tudos mais refinados. Para isto é necessário confrontar o custo adicional com () objetivo
real de um estudo mais aprofundado: reduzir as incertezas do empreendimento.
No estudo de projetos, a certeza é uma situação que nunca é alcançada. A partir de
um certo ponto, aprofundar qualquer estudo exige um custo muito elevado. Na Figura
1.7 verifica-se que com um custo adicional de US$ 20.000 pode-se elevar consíderavel-
rn~nte (\ grau de certeza ~Cl, enquanto que para e!evar ainda mais a certeza, somente em
~C2, os custos serão também de US$ 20.000.
I
I
I,
!
I
I
I
I
I
I
30 60 70 80
}-=""'=-----,~-
90 100
Custo do estudo
(milhares de US$)
40 50o 10 20
27
"
w.....
LuIL.,V
1
q "J
)
Não há nenhum critério que permita saber exatamente até onde deve chegar a pro-
!!!~~!~:!~ede estude.
Em zeral. o básico a considerar é aue o custo do estudo de nroletn <leve renresentar
sempre uma parte pequena do total dos i~vestimentos. Para co~p~~;~; -~sri~o~ ;e-m-g;an-.
de custo, em vez de aprofundar o estudo com grande custo adicional, é melhor considerar
para cada variável valores conservadores desfavoráveis à rentabilidade do !"rn~"to
Durante a preparação do projeto, as diversas etapas reiacíóna.m·se de uma maneira
dinâmica Que permite com aue uma influa sobre as outras. A identificacílo rio nronntn I".
va ao estudo dê mercado e este pode influir na etapa anterior, pela sugestãode novoaprodu-
tos; o estudo de mercado deve levar ao tamanho e este último define a engenharia (processo
de produção .e equipamentos). Mas a engenharia pode produzir modificações nas etapas
anteriores. Pode originar subprodutos e pedir complementações ao estudo de mercado e
pode influir na definição do tamanho, da localização etc,
Portanto; a realização do estude de projeto deve ser uma tarefa interdisciplinar e de
equipe, Na realidade. não é oossfvel aflrrnar. de forma definitiva, oue lima p.t~n~ no nrn;,..
to deve vir antes das cutras. As etapas de um projeto não se podem realizar i;oiad~e~te
e ser justapostas por um coordenador. O estudo de projetos é um trabalho de aproxima-
ções sucessivas até à, redação final. As etapas não se sucedem independentemente ou com
uma dependência linear.
A diversidade de temas e de tipos de conhecimentos necessários à realização do es-
tudo de projeto exige uma perfeita integração entre os membros do grupo de trabalho que
prepara esse estudo. Sem uma comunicação perfeita entre todos os participantes da equí-
pe de trabalho não é possível obter um projeto coerente;
O técnico projetista deve sentir-se parte de uma unidade maior, que é o grupo de
preparação ou de avaliação dQ projeto, onde as pessoas dividem-se por especialidades, mas
integradas num conjunto homogêneo e coerente.
Uma só pessoa não pode preparar ou avaliar bem um projeto. Mas um grupo dividi-
do, sem fi devida comunicação entre os especialistas, sem uma visão de cCJí1junto, tai1ipoü'
eo pode fazer um bom projeto.
Deve-se evitar duas coisas no grupo projetista: que alguns tenham a seu cargo dema-
siados aspectos do estudo, e que cada um fique isolado na sua especialidade. A experiên-
cia mostra Que a melhor forma de realizar um estudo de projeto, preparação ou avaliação,
é ter um 'gr~po de especialistas, em que cada um trabalhe em sua especialidade e ao mes-
mo tempo cada um tenha conhecimento do trabalho dos outros.
~ ••••• _ 1":" .•• _
J •.I" t-M J.:.rLCi}JC13
5.2.1 Os investímêntos, as receitas e os custos operacionais
O projeto é como uma caixa mágica, onde através de um fluxo físico, alguns ínsu-
mos são transformados em produtos novos. Esses fluxos físicos têm necessariamente uma
contranartida financeira. onde aos insurnos com orados e às mãcuínas usadas correseon-
dem sàidas de dilll1.eiro. 'e aos produtos que silo produzidos correspondem entradas de di-
nheíro. Às saídas chamam-se custos e às entradas chamam-se receitas. Há dois tipos de
custos: aqueles que são realizados antes que a empresa comece a funcionar são os investi-
mentos; e aqueles que se repetem, a cada período de tempo considerado ~ um ano por
exemplo - são os custos operaclonais.
28
o a
)
a) Os Investimentos .
O Objetivo da etapa de investimentos é determinar as necessidades de recursos fínan-
ceíros para execütar o projeto, pô-lo em marcha e garantir o seu funcionamento inicial.
A determinação dos investimentos representa a valorização dos elementos calcula-
dos em outras partes do estudo.
C~ ~üyç~Liult:llius nece~~~ril)s para a instaiaçao e c tuncronamento de projete dívi-
dem-se em: investimentos fIXOS e investimentos circulantes.
Os investimentos fIXOS dependem do nível de produção projetado, e são calculados
simplesmente a partir dos dados definidos pela engenharia.
Os investLrnentos circulantes dependem do nível efetivo de picduçãQ da empresa, e
seu cálculo exige o conhecimento dos recursos fmanceiros necessários para pôr em funcio-
namento a unidade de produção, garantir este funcionamento sem risco de escassez de in-
sumos, nem de líquídez (dinheiro), necessários para todas as suas atividades.
!...'\ Ã_ n .!' .•• __
U J .1';\,) .f\.t:t.-t:HU~
Se a rentabilidade do projeto é o que determina a sua viabilidade, o cálculo das re-
ceitas e dos custos é o ponto culminante do estudo do projeto, pois a rentabilidade é uma
função direta dessas duas partes:
R-C
r=--
1
o cálculo das receitas depende diretamente do programa de produção, isto é. da
previsão de quanto será produzido e vendido pela unidade de produção, assim como dos
preços que terão os produtos no mercado.
R"" 'El{i -PI
Para determinar as quantidades e os preços dos produtos, o cálculo da receita utiliza
os dados do estudo de mercado.
c) Os Custos Operacionais
O cãlculodos custos operacíonaís é uma das mais importantes e detalhadas etapas
do projeto. A estrutura destes depende de todas 1IS outras etapas e ao mesmo tempo tem
!_l"I._"~ __ ._~_. __ t. .. __ .~..L __ .:l . .1.__ 7"'11__ " .•. l .t, __.,_..:lI ~~,,, ••.._ ..J ...t ••. ~ •.•• _ .••.• _ ••
UH1UCU\,,;1d. ;)Ui.Jlt;;; IHUJ,Li:CI Uti;,).'h1;) y~!u:;~.•.rUI vA~Hll-,ilV. u W,.\;U1U U~ "'~"ô)~v" U(;}NUUC. \.U:I ~~'!.I,U~
tura de financiamento dos investimentos, e esta" depende do capital de trabalho que, por
sua vez, depende também do total dos custos.
Os custos estso divididos basicamente em c..nistos fixes e custos variáveis. Os custos
flXOS são aqueles que não dependem, em cada momento, do nível de produção da unida-
de. Por exemplo: os custos financeiros do investimento, I) custo da mão-de-obra constan-
te etc. Os custos variáveis são os que dependem diretamente do nível de produç~ que a
unidade produz num período dado, por exemplo, os custos das matérias-primas,
Além dessas duas classificações dos custos, é importante conhecer os custos unitá-
rios (isto é, úS Cüstú5 p~ii prüdüz1r uma unidade do prodüto) e o custo marginal (isto é;o
custo para produzir uma unidade adicional do produto) em diferentes níveis de produção.
O cálculo das receitase dos custos li uma tarefa que, a maioria das vezes, se ajusta, se
revê, se corrige. Dessa maneira, para evitar desperdício de tempo, é conveniente que o es-
29
IG,...
jUJ
I-!;:-
I
)
Figura 1.8
r----------JI~ C_-_A_P_!T_~_.L__ D_E_T_.P_._A_8_A_L_~_.O ~~Ir--------~I
'!?
l
INVESTIMENTOS TOTAiS
I
W~----------~~--------------~ESTRUTURA DE FINANCIAMENTO
tmiG rias receitas e (10Scustos seja realizadü numa etapa posterior e avançada do estudo
do projeto.
. As receitas e os custos são determinados dentro de um conjunto de hipóteses bem
definidas quanto ao tamanho da unidade, o programa de produção, os preços, os coefí-
cientes técnicos, os preços de matérias-primas etc.
5.2.2 O estudo de mercado
 finalidade básica do estudo de mercado é estimar em que quantidade, a que preço
e quem comprará o produto a ser produzido pela unidade de produção em estudo.
Das respostas a estas pe guntas dependem todas as etapas seguintes: as formas de co-
mercíalização, o tamanho, a localização, a engenharia, o programa de produção, as receio
tas etc.
Para se obter as respostas devem ser considerados os seguintes aspectos:
a) Quem comprará o produto:
Isto é: a área geográfica onde se situam os compradores, a situação econômica, 11
faixa etãria, ° sexo etc. dos consumidores.
b) Por qual preço:
O estudo de mercado deve determinar por qual preço o produto pode ser vendi-
do, de acordo com a concorrência e' com as quantidades passíveis de serem pro-
duzídce,
c) Ousnto comprará:
Á resposta a-esta pergunta exige o conhecimento da procura do produto por par"
te dos consumidores e da oferta da concorrência que produz bens similaresou
substitutos.
d) A Importância do estudo do mercado:
Além de ser uma. etapa determínante, o mercado tem uma importância particular
pela quase impossibilidade de ser corrigido, depois que o projeto for executado.
Dentro de certos limites, os erros em outras etapas, como por exemplo no dímen-
"inn9:'l'll"tAY'I-i'n An rW\'IIt4a+~_•••••••.••,." n.u """'''' i:..,,.,.o"hl1:~"<l ,..t"\'I"rinA!!Yn_t',iI i"\t'\:l" 11"' ~1HTt':'T1tn tin
u" ••••.e.;~..!IlIi••••A."V· \..IV U.","",","!&Jl"'jj,\,V VU 11" .....,Aj5\o>.•u"'Ut!.Jw" ".·v .•.•.•b.....•.•~ l'.•.....~.•..•.•.~._.•.•..•......_.•.•••..•.•.~--
capital ou mudança de equipamentos, respectivamente.
Mas o erro no mercado pode ser crítico para o funcionamento da empresa, se o
estudo projeta uma procura superior à realidade. No caso de projetar uma procu-
30
I
I
!
I
i
!
I,
I
I
j
\
)
;a bastant: ~ferior _o estudo de n:ercado será o responsável por uma redução do
lUo.;rupussrvei caso 10SSeuuuzaca uma maípr escala de produção.
S.2.3 A engenharia
Os objetivos da engenharia são basicamente dois:
- determinar O processo de produção, os equip~unentos e as instalaçõês e assim
- tornar possível O cálculo dos custos de ínvestímento e de operação. ' ,
Estas funções proporcionam ainda Informações para outras etapas, como por exem-
plo:
reorien~ar o estudo de n:ercado (indicando outros tipos de artigos que se podem
produzir com as mesmas tnstal~d'i".)·
orientar as decisões sobre ta~~-;:i~-;:lnl'"li7""lin ri" ••n;rl~.1ó .1" p__-'_'_"_.. -- - ._-_ •.._-'1 ....'" 'W.14 UIl •.• ~U."' •••• v'W 1VUU'ra.u,
orientar o esquema de flnancíamente (com a informacltn rln tf'!rnnn "",. ••••".; •••
piWi Clexecução e o funcionamento das instaiações);' ----c - ---------._-
definir o tipo de mão-de·obra requerída e os serviços auxiliares necessários
(n:ão.de-obra especializada, problemas de know-how, assistência técnica etc.);
onentar quanto a problemas legais (patentes, marcas, regalias).
Dentro da idéia de elaboração do projeto através de um processo em espiral a enge-
11l'1ariaé elaborada ao mesmo tempo que outras etapas, conforme o fluxo da Figur~ 1.9.
Figura 1.9
Participação da Engenharia no Ciclo de Decisões de um Projeto
31
!k
I, UJ[Vi
e o
)
Para que uma opção de engenharia seja aprovada é necessãrio que, os cálculos indi-
nllpm n'11Jo "li rJlof'Oa't.o:li J: _._ .••..••: .•..•.•••."' .••....••s •••.•.•..•••••••. _ •••••• _1". __ rD ,.,." ~!_~!'..l!'..JI 1 ! ..•.! _
•.-.----•.-- - ..---.-- - ....-r ....••_.I. ••....,~ ••.••••~ •..V.:&lv '1.•.•••.•.V :1.•••••••&'-' \.&, -- '-J \4J.Y.lUIUV ~J.V" lllYÇi)&.UU1;;;U'"
tos (1) sejam o mãximo.
5.2.4 Tamanho e localização
Pcr !:"~:!:"~~G ~i'i!~ü~~-';çã. Cãpa.:.i~d\!ç ~ç piü\!liÇ~ü ~uc deve lt:l a unidasie ue pru-
"l1,,:]"n...aw't",v.
Nos países subdesenvolvidos, a determinação dü tamaru'1o depende de duas funções,
quase sempre contraditórias: a capacidade mínima dos equipamentos e a potencíaJidade
do mercado.
~!' •• n
.•.·'SW-iI 1•.lV
I . !, . r I ~ I
, r==' I POTENCIALlDADE
TAMANHO I DO
MERCADO
~ -". !~"~._~.~~~~_~~.__ ..J
CAPACIDADE
MfNIMA DOS
EOUIPAMENTOS
o tamanho vincula-se especialmente com:
o estudo de mercado;
a engenharia;
os custos de produção ..
Algumas indústrías apresentarn a caracterfstlca de ter {) tamanho com possibilidades
de modulação, isto é, de crescer de acordo com as necessidades, graças ao acréscimo de
novos equipamentos; por exemplo: indústrias têxteis. Outras têm um tamanho que não
pode ser aumentado depois da execução do projeto sem profundas modificações nas suas
instalações, por exemplo: as indústrias químicas, as refínarias de petróleo.
5.2.5 Análise da rentabilidade e sensibilidade do projeto
A rentabilidade de um projeto está em função das receitas e custos (tallto lnvestl-
mentes quanto operacionaís).
r=f(R, C, f)
Entretanto, pode-se calcular em função de outras variáveis, das quaís dependem R. e
c.
R=-f(ij! -Pl,f.{2 ·Pl'· ...4.n 'p,,}
C=f(Q. ·PI,Q2 ·f1., ... ,Qn 'Pn,I,F,Se,Snc"')
onde
q i =: a quantidade produzida do bem i
32
':',
.-
-,
I
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I
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i
I
o ~
p, = os preços de venda do bem i
QI = a quantidade gasta de matéria-prima i •
PI = o preço de compra da matéria-prima i
F = os juros do financiamento
Se = Q salário da mão-de ..obra qualificada
/);ii; ;;::[) 5a.!2!'!O da m!C-de-ccbra n~v-qüa!ifi;;âda
Assim a função da rentabilidade pode ser:
r=f(ql -», ..... o; 'P""Q! -r., ...,Q ••• p;;, I,F,S(:,Sne,.")
Ao expressar r em função de todas as suas variáveis, pode-se determinar como de.
Ve müdar a rentabílídade se variam as receitas e os custos. A essa variação chama-se sensi-
bilidade do projeto a tal ou qual variável.
o estude da ~ü~~t;ilidã~~ á fúü!tu i~np!]rianre principalmente no case cios projetos
ruja taxa de rentabilidade não é grande. A seÍlsibilidade informa aos responsáveis pelo
projeto qual é o comportamento da rentabilidade. se há por exemplo um aumento de 10%
no preço da matéria-prima principal, ou uma redução de 5% no preço do produto. Dessa
maneira, conhecida a sensibilídade do projeto com relação às variáveis principais, pode-se
conhecer os riscos que sofrem os investidores.
Ao comparar essa rentabilidade com outras alternativas, pode-se determinar se o pro-
jeto em estudo representa uma decisão acertada para o investimento. Entretanto, a renta-
bilidade apresenta uma grande limitação pelo tato de que o tempo (ou seja, a vida do pro-
jeto) e o custo desse tempo (ou seja, o custo do capital) não são tomados em conta. É pa-
ra corrigir essas limitações da rentabilidade, que se utilizam outros critérios de medição da
bondade de um projeto, tais como o valor presente líquido e a taxa interna de retorno.
5,3 A ªprl'-~!1tªçãºdo projeto
Deste aspecto depende a própria compreensão do projeto,
O redator do projeto deve considerar que:
a) O projeto estudado é dirigido a outras pessoas.
b) As outras pessoas não estão necessariamente identífícadas com os antecedentes
do projeto.
c) Estas pessoas têm um certo poder de decisão, e vão decidir de acordo com 2 opi-
nião Que formem sobre o assunto anresentado no nroíeto.
d) Em feraL as oessoas Que vãoler o -infonne não tê-mmaior interesse em conhecer
, detafues 'do processo· de aproximações sucessivas realízado durante o estude,
_ ..• :S _.,,'1. ,__ ~ ..". ~_. _ .. __ '. .... t" .'- J .1 __
U~lH ut:; ;'ii:UJt:!03 t"i(UI!UUIV~ r:=lH1U\J~Y,UCl~.J.tiSlUêllHIHuuuauv.:'t.
e) Finalmente, não se deve esquecer que as pessoas às quais vão dirigidos os relatá-
rios têm um tempo limitado e devem poder ler e compreender o relatório em
pouco tempo.
Devem tomar-se aIg-ti.!TI'1B precauções na apresentação dos estudos de projetos e nos
relatórios de avaliação dos mesmos:
a) h necessário haver uma ordem lógica, com perfeita concatenação de todas as era.
pas,
b) Devem evitar-se, na medida do possível, os conceitos muito especializados ou
muito genéricos.
33
1 o o
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I
I
I
I
I
I
c) A r~dação deve ser clara, fluida e concísa-partíndo-se sempre do mais simples ao_ft.~,. 1 _
••• _ .•~ ""•••.u•••.t'I.\,;l\.v ••
d) O trabalho deve estar completo, bem distribuído e organízado; por exemplo: é
conveniente deixar clara a metodologia utilizada, apresentar resumo e anexos.
e) Deve-se deixar claro quaís são as informações e os antecedentes já conhecidos ano
tp.riormp.ntllto "'''T'n '31'"ç"' •••. "' •• 'i.. :L"'! __ .J __
• - -- -- 'J ----o. __ • ...,.& •••••~ """",,na""'~!:,Ç,,"""li,",Q.U4ô).
tes:
Algumas regras práticas que facilitam uma boa apresentação do texto, são as seguín-
a) Não utilizar dªd-os; informações, conceitos ou conclusões antes que estes tenham
sido explicados.
Quando isso for indispensável, deverá mencionar-se em cue oarte do estudo n
conceito será explicado. -. - --- -- -
b} Determinar sempre com clareza as fontes de informacões e de dados (autor tra-
•••.•.•11.•.-. _..:_! __ . • ~. ' ,
••.•t.Au.v~ pU5!!!!!:;l{~~uroJ anexo e!c.j e indicar se constituem o resultado do próprio
estudo, ou se são provenientes de outras origens. •
c) Indicar em cada etapa e capítulo as conclusões alcançadas, as premissas que fo-
ram consideradas, os limites dessas conclusões e, se for o caso, os estudos adicio-
nais necessários.
d) Usar uma linguagem que mantendo a objetividade técnica, seja também um texto
agradável.
6. A AVALL>\ÇÃO DO PROJETO
O uso de projeto dêcorre de uma evolução na forma de administrar e empreen-
der. A avaliação, entretanto, surgiu em razão de outra evolução: o fortalecimento dos oro
ganísrnos de financiamento, principalmente os organismos de fomento ao desenvolvimento.
Enquanto o empresário realizava suas iniciativas sem nenhuma análise científica, os
bancos que forneciam o financíamento contentavam ..se apenas em ter urna idéia da inicia ...
tiva, e a pedir as garantias dos bens da empresa e do empresário. O que veio modificar ra-
dicalmente esta situação. foi o aparecimento, na década dos anos 50, de organismos de
planejamento e de flnanciamento do desenvolvimento. Esses organismos públicos, tinham
a preocupação de conhecer todos os impactos dos projetos que queriam incentivar. e para
isso necessitavam realizar avaliações detalhadas.
6.1 Os Organismos de Fomento ao Desenvoivimento
A rrl!ll~~n rlACCC"A('!I ,..,.n"' •• .:_ •.•••.•,..~ •..•.••.••.••.••.•.••.•.~ ••..•..•;r .••. ~ ••. ",••._-4 ••. ..1__ •• _ •...__ : __ ':__ 1 --~--_.- --
.. ----1"-- ----- ..,•.o-~""'''''''''''u ""'"""_$, .•••••• ,""lU. .J."'l1\,a•." uu. !o\lV.I.&" U,",'1. •.•.'" \.JIf'l.l ..u~J.t'W. ""U.l.ar!;; «v
desenvolvimento era a escassez de recursos flnanceíros que permitissem aos países subde-
senvolvídos financiar a industrialização de suas economias. O setor privado, de acordo
com essa teorias tinha uma altfssima propensão ao consume e portanto um conseqüente
baixo nível de poupança. Isso acontece por existir um mercado muito limitado, que não
ger:i expectativas f~vt)~y~!~ P~!~ investímentos por parte dos er!!pre~:h"!~!temerosos do
grande risco das empresas, Sem esses investimentos, o mercado não pede expandir ...e·ee a
economia permanece num círculo vicioso de pobreza.
Para romper esse círculo vicioso, uma vez que a poupança e o investimento eram
bastante baixos, a solução seda levar o setor público a suprir esta falta e a Intervir no setor
produtivo.
34
J;1
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1-
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I
I
I,
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i
I
I
I
o setor público desenvolveu duas formas básic~s de financiamento ~n •••tnr nnu"rI,,·.---- r--·---·
O financiamento indireto, através de isenção de impostos, e
o financiamento direto, através do fornecimento de recursos com h~in~ hy,,~ ti ••juros. --- --.-._-._.- --
s~~ fL~:..r::::!.~:~~~~~!:;t\:u lC~UJTit! .•~~ ª~Q11!S formas !n!!.!c2das· anteriormente U;)
!Í1é~od~s utilizados pelo sistema para fazer chegar os recursos até os empresários são os
mlllS diversos () método mais .:_- les é • fi . (b •....._. _.·v _v_o ~ .. ".vu IU<1 ~Illlp e o aos orgamsmos mancelros "nr.no ni1 financeiras) de fomento. - . -- ,- .. _-- -- .••.w •• wv -
O governo cria um banco de fomf'ntn tln r",~1 t. n ••.•••;". M;~_:'.~n L. , __o. . ------.---- -~ "1-_ .., UUAJ.Vl U'V.4.VIIJ"I.4, J.;,t);)t; Vdil\,;U U::JIl
por objetivo o financiamento de projetos com baixas taxas de juros e sob condições mais
brandas que o financiamento privado. -
Figura Ll l
r 1 AçõesI GOVERN~r---.:.~-"""
t ~~--~
I PaQ3L imPostos
BANCO DE Financia. •• ento
FOMENTO
! ?õt:·:;l em";réstim.os
Uma forma mais complexa de sistema de financiamento é a que, além de um banco
de fomento, mobiliza outras empresas e órgãos de planejamento que juntos financiam.
projetos através de recursos originados de isenções de impostos.
No caso do Nordeste do Brasil, por exemplo, o sistema Sudene - BNB - Empresas
Financiadas e Empresas Isentas funciona conforme a Figura LI 2.4 •
As características desse sistema são as seguintes:
a) Todas as empresas do país tem uma certa isenção de impostos com a condição
de depositarem no banco de fomento todos os recursos liberados pela isenção, e
posteriormente investi-Ios em projetos aprovados pela agência de planejamento
do governo.
b) A aprovação desses projetos deve ser feita pela agência de planejamento.
\;} G banco de fomento é apenas o deposrtano dos recursos da isenção e investe de
acordo com a aprovação da agência de planejamento.
o !.~pG:!~tc :; ü:'~~i;1a;~ 'iüçt cl~;~~u4v5 iliititó~ de ~ii}JiLãl,U lluau'-ôiauu:::ULU nãu po-
de ser generalizado índiscrímínadarnente a todas as empresas. As agências que participam
do sistema são obrigadas a usar critérios de seleção dos projetos a serem financiados. Essa
seleção é realizada através da avaliação dos projetos apresentados solicitando financia ..
mente.
4 Ver, do autor, o trabalho Le Financement public des investissements privés et Ch~!" technolo-
gique. L~ Fonctíonnemsnt de l'Sconomie Mixte du Nordeste Brési1fen. Paris, 1972 mirTit:J!~
p.131.
35
lk
! f:";"JlUJ
)
Para que uma opção de engenharia seja aprovada é necessário que, os cálculos índi-
nllPft1 n\l"" 'li rtl""t:a;t", J. c-.•••.•.••.••:JO'\o._ •••.•••••••••••.•. ~A •••••••••••• _ ••••••• .- 1••••__ fD 1"""\ ..:I!_~.!..J!..J '- __ ! ..•.! _
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tos (I) sejam o máximo.
5.2.4 Tamanho e localização
Por !~~:':"u.~~~;;.t~Li.:!CM';Ç ã Cã.vii.~i~ã~':;de iíi\.,,~üC~ü (ü,iê \1cv"t; i.ta a uJlitiaut: Ü~ pru-o
dução. -. ~ ..
Nos países subdesenvolvidos, a determLlüçãü do tamaru'1o depende de duas funções,
quase sempre contraditórias: a capacidade mínima dos equipamentos e a potencíalídade
do mercado.
IblPOTENCIALlDADEIV----I ~~RCADO
~ ___'. I~~~_ .~~~__~ ..J
TAMANHO
CAPACIDADE
MfN!MA DOS
EQUIPAMENTOS
o tamanho vincula-se especialmente com:
o estudo de mercado;
a engenharia;
os custos de produção ..
Algumas indústrias apresentarn Q caracterfstica de ter o tamanho com possibilidades
de modulação, isto é, de crescer de acordo com asnecessidades, graças ao acréscimo de
novos equipamentos; por exemplo: indústrias têxteis. Outras têm um tamanho que não
pode ser aumentado depois da execução do projeto sem profundas modificações nas suas
instalações, por exemplo: as indústrias químícas, as refínarias de petróleo.
5.2.5 Análise da rentabilidade e sensibilidade do projeto
A rentabilidade de um projeto está em função das receitas e custos (tauto iüvç~il-
mentes quanto operacionaís).
T = f(R., C, f)
Entretanto, pode-se calcular em função de outras variáveis, das quais dependem R e
c.
onde
q i :::a quantidade produzida do bem i
32
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= os preços de venda do bem i
= a quantidade gasta de matéria-prima i •
= o preço de compra da matéria-prima i
= os juros do financiamento
= o salário da mão ..de ..obra qualificada
:;;::n ~!,:Iii~"11'\ri!» n'1~n_rfA_""h. ••••.••.::•••._ .••.••.I:C':__ -'_
- --- •••.•.• -- ••.• - .••••••••• ·••••Vl.~ JJQV-'!UQ.Al.11\"(lU4
Assim a função da rentabilidade pode ser:
Ao expressar r em função de todas as suas variáveis, pode-se determinar como de-
ve mudar a rentabilidade se variam as receitas e os custos. A essa variação chama-se sensi-
bilidade do projeto a tal ou qual variável.
o estude da ~i!~ibilidãd~ á LÜÜ.HÚ ;~gpt]riªni:e principalmente no case aos projetos
cuja taxa de rentabilidade não é grande. A se~sibi1idade informa aos responsáveis pelo
projeto qual é o comportamento da rentabilidade, se há por exemplo um aumento de 10%
no preço da matéria-prima principal, ou uma redução de 5% no preço do produto. Dessa
maneira, conhecida a sensibilídade do projeto com relação às variáveis principais, pode-se
conhecer os riscos que sofrem os investidores.
Ao comparar essa rentabilidade com outras alternativas, pode-se determinar se o pro-
jeto em estudo representa uma decisão acertada para o investimento. Entretanto, a renta-
bilidade apresenta uma grande limitação pelo fato de que o tempo (ou seja, a vida do pro-
jeto) e o custo desse tempo (ou seja, o custo do capital) não são tomados em conta. É pa-
ra corrigir essas limitações da rentabilidade, que se utilizam outros critérios de medição da
bondade de um projeto, tais como o valor presente líquido e a taxa interna de retorno.
5,3 A ªp~••-~ntªçª"" do pmjeto
Deste aspecto depende li própria compreensão do projeto.
O redator do projeto deve considerar que:
a) O projeto estudado é dirigido a outras pessoas.
b) As outras pessoas não estão necessariamente identificadas com os antecedentes
do projeto. .
c) Estas pessoas têm um certo poder de decisão, e vão decidir de acordo com a Opi-
nião Que formem sobre o assunto aoresentado no eroieto.
d) Em l!:eraL as nessoas Que vão ler o informe não têm maior interesse em conhecer
, detalhes 'do processo' de aproximações sucessivas realizado' durante o estudo,
úóúi uç ;i~tc! ü~ (;iiüJhJlu~ ~lúiÚü~ y,uc [úúiul iltiiiiJ.uiiãi!05.
e) Finalmente, não se deve esquecer que aspesaoas às quais vão dirigidos os relaté-
rios têm um tempo limitado e devem poder ler e compreender o relatório em
pouco tempo.
Devem tomar-se alg!lm'!~ precauções fia apresentação dos estudos de projetos a nos
relatórios de avalíação dos mesmos:
a) f necessário haver uma ordem lógica, com perfeita concatenação de todas as eta-
pas.
o) Devem evitar-se, na medida do pcssível, os conceitos muito especializados ou
muito genéricos,
33
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Figura 1.12
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uepOsito I BANCO DE
da i~~~ _ •. ~ _ -. FÜM1E
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r- 2~j~ ,i ~-t~~---------,
l' EMPRESA ..- - -1- - - - - -- ) Dividendos-juros I! _.______ !
'ISENTA 'i- ~---'--------- I FI~;~~7~;AiI L - -+ ..•. ....- -1- - - - - - - - - - - - 1-- -. I
~,----" ,1
1
13 I r ------+tc-l' '
Seleção do I Aprovaçãoi I Iprojeto I i do projeto !
I , I. II .
I I
I I
:-t~===1-1---:-. :
! I !L,+"" "" __ -1
I Apresentação
! do oroleto-----------~, "
Investimento
AGENClA DE
PLANEJAMENTO
6.2 A Avidiação de Projetos pelos Organismos Públicos
O método de avaliacão inicialmente utilizado pelos organismos, foi o mesmo adota-
do 00105 financíadores nri;lirln~ i~t()~,a r"ntahmrla.1e financeira provável do projeto.
- Entretanto, r-erc;beu-se que a r~ntabi!idade financeira dos projetos não justíflcain-
telramente o financiamento públíco, por duas razões principais:
primeiro: o financiamento púbiica devia ter em consideração certos objetivos nacío-
naís que não interessam ao financiamento privado;
36
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segundo: se a empresa tinha uma rentabilidade-financeira grande, poderia obter fi-
n"n~!~!!!",!,!~~~~ prépric setor p';-.'ãáJ, c v seior púbiico encarregar-se-ia cio nnan-
ciamento de empresas mais próximas dos objetivos nacionais.
Dessa forma, a avaliação feita pelo setor público começou a diferenciar-se da avalia-
ção exclusivamente privada.
Sem =:;~~~~~!â i"iêCê5.;ium.1e (i~ que a e!!!presa apresente um:l rentabílídade fínancei ..
ra, o fínancíamento público passou a exigir certos critérios próprios de análise que justifi-
quem vantagens para toda a socíedade, além das vantagens de uma rentabilidade financei ..
Tapara o empresário,
A avaliação pública passa a considerar os efeitos do projetü sübre:
o emprego de mão-de-obra;
o emprego de recursos naturais nacicnaís:
a poupança de divisas,
.À_ l,,!!":"! empresãríc ~:;p;;çific0 ú;v inieressa se um projeto cna UITi grande número de
empregos, mas para a economia em geral isto pode interessar, pois é uma forma de dina-
mizar o mercado de bens de consumo, além de reduzir problemas sociais. Não interessa a
um empresário se as matérias-primas utilizadas no processo produtivo e os equipamentos
da empresa são nacionais ou estrangeiros, o que importa é reduzir os custos para aumen-
tar a rentabilidade do projeto, Entretanto, como para a economia nacional é muito impor-
tante a poupança de divisas, o governo e suas agências não poderiam jamais limitar-se à
análise financeira feita pela empresa privada.
A avaliação do ponto de vista do interesse público, ou social, ou macroeconômica
ou simplesmente econômica, conforme será denominada daqui por diante, apresenta dois
tipos de problemas principais:
primeiro: a.determinação exata das disponibilidade, dos recursos nacionais;
segundo: conhecendo essas dísponíbilídades, a correção dos conceitos fínancei-
ros para transformã-los em conceitos econômicos.
Por isto, a quantíflcação dos resultados macroeconõmícos de um projeto apresenta
dificuldades mais complexas do que a avaliação privada.
Há uma zrande quantidade de trabalhos recentes sobre o assunto" A metodologia da
avaliação é Go~numente chamada "análise benefício-custo". A análise benefício-custo.
apesar de todo seu desenvolvimento recente, é ainda urna matéria nova que apresenta
grandes possibilidades de discussão não somente na quantifícação dos parãmetros, mas tam-
bérn !!C; prépries CG::;c::H::;~_Mesmo aqueles t,ü;:;;;lhv~ j<i ccnsagrsdos na liti;;utU;:" ;;~ig;;;:u
certos refinamentos que nem sempre podem ser aplícados por Cilüsa do p~queno conhecímen-
to dos recursos nacionais e por causa das limitações técnicas dos_próprios ~rgani.mos de ~o-
mento, Em certos casos poder!! ser aplicados, mas exigem para isso um ta! cus_to na avalia ..
ção, que uma análise benefícío-custo da avaliação apresentá-Ia-ia com resultados nega-
tivos.
Mas, se nem sempre as organismos fínanciadores estão em condições de aplicar ~s
refinadas ferramentas de benefício-custo, os técnicos desses organismos estão em condi-
çoes de estuda-tos, compreende-I os e participar da decisão de quais os critérios que devem
ou n!o devem ser aplicados nos seus organismos.
Definidos esses critérios, o setor público pode, através da avaliação de projetos,optar entre as diversas alternativas de financiamento (diferentes projetos) e escolher aque-
las que pareçam mais rentáveis do ponto de vista da coletividade,
37
1
Além disso, o setor público pode, mediante normas e diretrizes, utilizar a avaliação
de projetos como uma forma de "controlar" o setor privado, a fim de Que este contribua
para os objetivos rio rtano Nacional. -
6.3 O Projeto como Instrumento de Controle para o Cumprimento do Piano
Numa economia de livre iniciativa, o governo determina. através de ~1'1lnl:lnn. ~I'fh~
p!ic:-ü!:.dc~ C metas .. Algumas dessas meias não seriam obtidas no jogo livre~de recursos ..
Por exemplo, se uma das metas do governo é o desenvolvimento de uma região subdesen-
volvida, ou a utilização de mão-de-obra intensiva, é provável que os interesses do governo
não estejam de acordo com os interesses privados.
Nesse- caso o governo pode orientar os seus financiamentos e incentivos aos projetos
que estejam de acordo com os seus objetivos e metas.
Deve-se chamar a atenção sobre dois aspectos:
primeiro: para que ü controle do setor público seja eficaz, é necessário uma per-
fp.it~ ~~~b!~2.ç~~entre ~:: ~:-g:~;:;~~:;de p!âi!~jâi!~~!ituglü1ú!~~~tJp~Í~ ~ !)~orga-
nismos flnanciadores do setor privado. Somente assim podem definir-se bem os
critérios de avaliação;
segundo: as agências fínancíadoras devem dispor de mecanismos de fiscalização,
para poder comprovar se as determinações dos projetos são cumpridas no mo-
mento da sua execução.
38
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===:;;;----"""'"""7'
Avaliação
o
Parte II ---;J-
t )
_______ ......"í Capítulo II ~
o Estudo
de Merc.Hdo
I!
1. INTRODUÇÃO
Como o projeto consiste na definição de uma estrutura de produção capaz de satis-
fazer uma determinada necessidade, o seu estudo deve c()weçar pela determinação quanti-
fieada dessa necessidade.
No caso de um projet para a produção de lápis, assume-se que a população tem
l••ma necessidade de lápis para o seu consumo, e que o projeto deve determinar as condi-
çoos e a estrutura de produção necessária para aumentar a oferta de lápis no país. Logo, é
f;.nrl~••..".,.,t~'",,,•• ";'1 lI••tpnni""il" ~nt,,~ ri" tudo. a necessidade de lápis. a cada ano, no&-... f& ••••..• ••••••••.•• ""j""'- ""'J- -~ •..••.,.•••.••.••._--- ~ _.•.._- -~ - --- , .•. .
presente e no futuro e, em função disso, quando deverá funcionar a empresa, que é o rno-
tivo do projeto. .
O capítulo do projeto em que é estudada e determínat;ia a !iecessjda~e que~a socie-
dade tem em relação ao bem ou serviço a ser produzido chama-se ESTUDO De MER·
CADO. '
O estude de mercado é a parte do projeto na qual se determina o grau de necessida-
de oue a sociedade apresenta em relação ao bem ou serviço cuja produção se deve estudar.
4. _. 4 ~ .• ~ _ • _._._.t._..Ji~ .:~ ••• ...I", ••••• M.otl"\ 'lT\o)!'
Portanto, o estuuo ne mercaao e nau someiue \I !-,U"'V '-'Li i"U 'lU", ~v t"~r"·'.,.--
" • _ ~_ 1.t ~_ .•• !__ -._ ••..•~••h~1; •.1•••A6
também uma de suas etapas mais importantes, pOIS atraves ueie uerernuru ••• " a ""'-'U~UG"~
{\lI l"ii1"ndI! continuar com as demais etanas do estudo. Se o mercado mostra que nao ha
necessidade do produto, e que não será ·possível vendê-to, de ~ada serve c?otinuar com o
estudo. Se, pejo contrário, se constata que há. uma possibilidade de vendI!: o estu~o de
mercado será o instrumento fundamental na determinação do tamanho e da capacidade
de produção do projeto, através da quantífícação dessas possibilidades de venda.
A determ~ação dessa Quantidade possível de ser ví::udida é li tarefa do. estudo do
mercado, que tem, assim, por objeto determinar a quantídade de ben,Se serviços .prov~.
níentes de uma nova unidade de prodüção, qüe nüma certa ares geográflca e em det.ennt ...
nadas condições de venda (preços etc.), a comunidade está disposta a comprar. Para ISSO o
estudo de mercado tem que responder a três perguntas básicas;
_. QUEM COMPRARÁ?
40
ci!
1
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I) ')
)ANTO COMPRARÁ?
à QUE PREÇOS COMPRARÁ O PRODUTO. ESTUDADO?
rara responder a estas perguntas existe uma rnetodoiogia bastante ampia mas que
exige sempre do projetista um esforço próprio de ímàginação, capaz de adaptar as técnicas
conhecidas ao caso estudado,
Cada estudo de mercado exige uma nova formulação metodológica e uma grande
.•..•.•.;"'*t1l1:..tn,.1 •.• rll'\. _COO"": ••.•• : ••.•.••. n_ ••. .•..l ..1_ ..••••~•...•_ I 1'0 __ ••• : ••• 1: •••••.•.• ••.•.•••..•.•.•.\ "" ••.•••. _ft ••..,
_ •••.•.•.••.•T,s.•..•.•••..•••.•.••.•••....., ..,~vJ....•..•0.7•.u ""1.'V&.u.l"'JI'.auv uv ",,,,,,uuv \V "'.JIv","'aMll;~"1W. "'''''''1. .u.a""a",u.uv/ ,",u""'t 1-'"11. •.•
isso, deverá trabalhar em cünjünto ~com 05 demais projetfstas. ~ ~
Tornando-se em conta os objetivos gerais e certas características básicas, é possível
definir-se uma metodologia geral que seja adaptada e ajustada em cada caso particular,
considerando que todo estudo de mercado implica os seguintes aspectos:
a) h necessário analisar dados do passado, observar esse comportamento no presen-
te e nroietar essa tendência. de maneira Que seia oossível determinar a ouantida-
de Q~e ~rá vendida no futu;o. • J' •
b) Par~ que uma determinada quantidade de bens possa ser vendida, é fundamental'
que haja pessoas interessadas em comprá-Ia, em outras palavras, é indispensável
que haja procura.
c) Além disto, é necessário que essa procura seja superior à oferta apresentada pelos
demais produtores do produto, isto é, a procura deve ser superior à oferta -Ó,
d) A essa diferença - procura menos oferta - chama-se procura ínsatlsfeíta e sua
determinação é o objetivo central do estudo de mercado,
O mercado trabalha, portanto, com duas variáveis principais: a procura e a oferta,
antes e depois do projeto.
A procura é a quantidade do bem ou do serviço que, a um preço determinado, a so-
ciedade (na qual se situa o projeto) está interessada em adquirir.
A oferta é a quantidade do bem QI) do serviço que, a um preço determinado, a so·
cíedade (na qual se situa o projeto) está interessada em produzir.
Aos membros da sodedad'-l que estão !nteres~ªdo!: em compíar o produto a esse pre-
ço denomina-se consumidores, e aos que estilo interessados em produzir, denomina-se
produtores. .
A metodologia geral para determinar a procura insatisfeita, presente e futura, do
projeto estudado consiste em:
a) Identificar claramente o produto dos consumidores e suas correlações.
b) Coletar as informações necessárias. _ .
c) Analisar as Informações anteriores e determinar corretamente as tendenClas das
variáveis, . .• .. •.
d) Projetar essas tendências de maneira a determinar a procura msattsteua tuium.
2. A IDENTIFICAÇÃO DO PRODUTO E SUAS CORRELAÇÕES
Se a finalidade de estudo de mercado é definir a procura insatisfeita por parte dos
consumidores do produto, é fundamental, antes de tudo, caracterizar corretamente o pro-
Al1t.n ~n1 ruu)d~n...._....•.•...•~AA""l--_._~.
fi. identIficacão de produto, do ponto de vista do mercado (diferentemente da ca-
racterização do ponto de vista físico realizado pela engenharia) deve definir claramente o
produto quanto a:
a) Sua utilização.
b) Seus substitutos e complementos.
_ \. C'I_~_ A..!..:I_ •.•.•.L!.
••••, ,,",Ua. VJu,a. U~!1.
2.1 À identificação do Produto
2.1.1 O produto quanto a sua utilização
De acordo com sua utilização, o produto pode ser classificado nos seguintes tipos
gerais:
r-I BENS OU SERVIÇOS FINAIS
I
i
IBENS OU SERVIÇOS INTERMEDfÁRIOS
!..,-
\nurável
INão-durável
L
r-IDe consumo
!
IDe eaoitalL -
0$ bens ou serviços finais são aqüeiês qüe sãü levados ao mercado já na forma defí-
nitiva com que serão utilizados, seia no consumo pelos indivíduos, seja no processo de
produção como equipamentos. .
Os bens lntermediãrios são levados ao mercado para seremutilizados por empresas
que os transformam em produtos fínaís antes de os revender.
A caracterização do produto, de acordo com a sua classificação de uso, é indispensá-
vel para a identificação do consumidor e para definir a metodologia a seguir no estudo de
mercado.
Assim, por exemplo, no caso de uma siderúrgica que produz aço lamínado (bem in-
termediário), a orientação será muito diferente da que é seguida no caso de projetos de lã-
minas de barbear, ou toalhas sanitárias, ou mamadeiras, ou tecido (bens de consumo) ou
de fresadoras, ou de calculadoras elétricas (bens de capital).'
A 'classificação do produto segundo a sua categoria é o ponto de partida para o deta-
lhamento de sua utilização real. .
Essa identificação detalhada do produto é, por sua vez, a base para a determinação
da "área de consumo", ou seja, a identificação exata do consumidor.
.., 1 ., n..•...~.....A1!tI'~.n••..:'!l'l';flI'W'i~rt.'".!< ~4nn ~",h,co.;h.rn4!.:to 1'f'\""ni~7'r'!i,l3ntn4;!_a~._ r""'~--"''''' "'j-" •••••."""nS --.... ."."'~.".."" - ~- - -----1""--------.----
Antes de definir os consumldores, entretanto, deve-se determinar a correlação dos
mesmos, seja com outros produtos complementares, seja com produtos substítutívos.
A ,••Mlcl~ moinr;. cln. h"n< t••m nrne d ••• iik.d", nrincina l, Muito dificilmente ale:uém compra
uni;' fresadora com o obi~ti~~de ~tilizá·la par'a sua satisfação pessoal, como um )lcbby, Tarn-
pl.1UCOvale a pena cvn8~deiAI que as !âtüi.i"'iaS de barbear seriam um bem de Cgpit!l porque ~!!Ü!1
utilizam -!1!1S os barbeiros, ou uma costureira, ou são utilizadas pelos faquires que as comem
diante do público para ganhar algum dinheiro. Em alguns casos, porém, certo produto pode ser
de consumo OÜ de capital, conforme o uso. ~ G exemplo do automóvel que pode ser de consu ..
mo ou de capital se li usado como táxi.
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u caso do produto complementar é Imnortante ·orincioalrnente oara os bens ou ser-
viços intermediários, cuja procura depende da -deman.dã por outros bens finaís .
Por exempio: a demanda por aço lamínado depende da procura final dos produtos
metalúrgicüs; nó caso de alimentos concentrados para animais, a demanda vai depender da
procura final de carnes.
_ MU!tos bens, embora não :icjai11bens IUlais, também a.pfesefitaülI.iOrIeiãçüe~ positi-
vas (complementa:e~), como por exemplo: o consumo de borracha para lápis e~tá r~lacio.
nado com o de lápis, o consumo de pneus com o consumo de veículos. Algumas vezes
a. ~{melaç~o. apresenta-s.e com. varíãveís não fundamentalmente econômicas, mas po-
lítícas, SO~l2!S e c~t.ur~ns. Por exemplo, o boom da venda de jogos de xadrez depois
do: tomelo~ mundiaís; a p.r~c.ura de peixe durante a Semana Santa nos países de po-
pulação católica, a ímpossíbílídade de vender carne de norco em nl'!í~p.~mll,,"lmll"'"
~ -- .- ----- JC------ -~--:r--8._~_-.
Da mesma maneira, a definição do produto vai permitir (provavelmente com a a>. ,
da da engenharia) determinar as correlações negativas do ororluto (sua suhstituicão nor
outros), Por exemplo, os produtos de plástico e.os de madeira, as fib'ras sintéticas ~ as 'na-
turais, etc. .
2.1.3 A vida útil do produto
Finalmente. na Identificacão rio nro';lltn o"",,_op tl'r ""'<pnt" nll~i •• " cn~ virl~ ,íti!
estimada. Assim, por exempl0,~ili;~I{sí;~~~~nt~-d~~;;c~d~-d~';e~g~ ;~d;~~~;l~~
tamente quando se considera seringas descartãveis, em vez de SeIL'1gas de vidro. No pri-
meiro caso, a procura será bastante superior uma vez que sua vida útil é instantânea.
2.2 A Identificação do Consumidor
Quando o produto já é bem conhecido (a sua utilização. as suas correlações, a sua
vida útil), pode-se então determinar sem grande dificuldade quais são os consumidores po-
tenciais do oroduto.
Obse;,€.se os exemplos citados anteriormente de lâminas de barbear, toalhas sanitá-
rias, mamadeiras, aço lamínado.
Pode-se ver que cada um desses produtos tem uma área determinada de consumido-
res quanto:
aos limites geográficos;
ao nível de rendimento;
ao sexo;
.\ +n; .•.••n e.+"; •• ;n._ •.•.•.~ •.~ ••.•.••.~,,>.A,
ao setor produtivo etc.
As lâminas de barbear" por exemplo, têm um mercado potencial nacional, fortenlcn ..
te urbano, limitado aos homens de mais de 16 ou 18 anos de todos os níveis de rendímen-
+.n {.,."..,;:,. ~ .••••.•.•.•••.nl' ,.,. .••~"~~~~~ »''1.0'" flIY'n;f'n\ AC" t....,. •.•1'h"'C<("'n'tH~t"';o{l i-.sf'?'t 11!1'i r>nrU:.umf) nitirl~u't\P:n ..~IJ \ •.•.•4•....,.III'.!:''''•••••>.>' v •••V~lU......,~ •••••••t"''''< ••.•••••t"' •.••• / •.•. II.U ••.•••••_ •••••,..- ••••••••••••••_ ••••••••• ,..-- ••~•• _ ••••~ --~~_._-~-- ~----~--_._-
te urbano, límitado às mulheres de UITlã certa faixa etãría e um certo nível de renda. Para
as mamadeiras tem-se ambos os sexos como consumidores. de quase todos os níveis de
renda, tanto urbanos quanto rurais, embora com um maior índice nas cidades.
No caso do aço laminado, sendo bem intermediãrio, justifica-se definir a área por 3e~
teres produtivos que irão utiliza-lc, como a metalurgia, o setor de construções etc.
43
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________ ",,/ Capítulo II ~
o Estudo
de MercRdo
1. ll'l"TRODUÇÃO
Como o projeto consiste na definição de uma estrutura de produção capaz de satis-
fazer uma determinada necessidade, o seu estudo deve começar pela determinação quanti-
fícada dessa necessidade.
No caso de um projet para a produção de lápis, assume-se que li população tem
uma necessidade de lápis para o seu consumo, e que o projeto deve determinar as condi-
ções e a estrutura de produção necessária para aumentar li oferta de lápis no país. Logo, é
fi,·"rl~..",.r.t~!,..,,'".";2 tI ••t••..,.,.,i •.•<ltln ~nt,,( fi", tudo. a necessidade de lápis, a cada ano, no;;;~~;'~'~oT;t~;~-e:~;:-i~-;;çã;di~~~~'q;~~d~deveráfuncionar a eID"pnisa, que é o mo-
tivo do projeto. .
o'capítulo do projeto em que é estudada e determinada a necessidade que a socie-
dade tem em relação ao bem ou serviço a ser produzido chama-se ESTUDO DE MER-
CADO .:
O estude de mercado é a parte do proieto na qual se determina o grau de necessida-
de Que a sociedade apresenta em relação ão bem ou serviço cuja produção se deve estudar.
.• ~_ ••.• ~ _ • ._J._..l .• .:~ __ ••••1'\. ••••••••••• .otn ""~~
Portanto, o estudo oe rnercaco e nau some~Hc.\l !-:""~v.\.l~ .:~~~~:_ -:: ~::~~:,~t;:;:
também uma de suas etapas mais importantes, pOIS atraves uere uercrnuna-se " "a,.w~uG""~
"li nll'n di! continuar com as demais etanas do estudo. Se o mercado mostra que nac ha
necessidade do pi"oduto, e que não será 'possível vendê-Ia, de ~ada serve continuar com o
estudo. Se, pelo contrário, se constata que há. uma possibilidade de venda! o estu~o de
mercado será o instrumento fundamental na determinação do tamanho e da capacidade
de produção do projeto, através da quantífícação dessas possíbilidadesde venda.
A deterrn~ação dessa quantidade possível de ser vendida é li tarefa do. estudo do
mercado, Que tem, assim, por objeto determinar a quantidade de bens e serviços prov~-
mentes de urna nova uniúãde de produção, qüe numa certa érea geográfica e em d~t.ertnt..
nadas condições de venda (preços etc.), a comunidade está disposta a comprar. Para ISSO o
estudo de mercado tem que responder a três perguntas básicas;
•- QUEM COMPRARÁ?
40
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1~I
I
I,
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I
I,
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I
I
I
. )ANTO COMPRARÁ?
A QUE PREÇOS COMPRARÁ O PRODUTO. ESTUDADO?
rara responder a estas perguntas existe uma metodologia bastante arnpia mas que
exige sempre de projetista um esforço próprio de ímãgínação, capaz de adaptar as técnicas
conhecidas ao caso estudado,
Cada estudo de mercado exige uma nova formulação metodológica e uma grande
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isso, deverá trabalhar em conjuntocom os demais projetistas. - -
Tomando-se em conta os objetivos gerais e certas características básicas, é possível
definir-se uma metodologia geral que seja adaptada e ajustada em cada caso particular,
considerando que todo estudo de mercado implica os seguintes aspectos:
a) l!, necessário analisar dados do passado, observar esse comportamento no presen-
te e projetar essa tendência. de maneira nue seia nossível determinar a ouantida-
de cue ~rá vendida no futu;o. > J' •
b) Par; que uma determinada quantidade de bens possa ser vendida, é fundamental '
que haja pessoas interessadas em comprá-ia, em outras palavras, é indispensável
que haja procura.
c) Além disto, é necessário que essa procura seja superior à oferta apresentada pelos
demais produtores do produto, isto é, a procura deve ser superior à oferta -Ó,
d) A essa diferença - procura menos oferta - chama-se procura insatisfeita e sua
detennmaçlío é o objetivo central do estudo de mercado,
O mercado trabalha, portanto, com duas variáveis principais: a procura e a oferta,
antes e depois do projeto.
A procura é a quantidade do bem ou do serviço que, li um preço determinado, a so-
ciedade (na qual se situa o projeto) está interessada em adquirir,
A oferta é a quantidade do bem ou de serviço que, a um preço determinado, a so-
ciedade (na qual se situa o projeto) está interessada em produzir.
A". mpmhmo flll.""if'rll'l(lI~ /1U!' p'Ü;\'o interessados em cornnrar O oroduto a esse pre-
ço de;t;r~:;;;;-~~-';;n~~~ld~r~~~'e';~s 'q~~;~t[~"i;t~~essadose~ produzir, denominá-se
produtores. .
A metodologia geral para determinar a procura insatisfeita, presente e futura, do
projeto estudado consiste em:
a) Identificar claramente o produto dos consumidores e suas correlações.
b) Coletar as informações necessárias. _ .
c) Analisar as informações anteriores e determinar corretamente <1-5 tendéncías das
variâveís. . .• '. •.
d) Projetar essas tendências de maneira fi determinar a procura insattsteua tutura.
2, A IDENTIFICAÇÃO DO PRODUTO E SUAS CORRELAÇÕES
Se a finalidade do estudo de mercado é definir a procura insatisfeita por parte dos
consumidores do produto, é fundamental, antes de tudo, caracterizar corretamente o pro-
AH tn Dln1 rtn,flo(d~(\__ ••••••._.A4 -.. "' _
 Ideritíflcacão do produto, do ponto de vista do mercado (diferentemente da ca-
racterização do ponto de vista físico realizado pela engenharia) deve definir claramente o
produto quanto a:
a) Sua utilização .
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3. COLETA DE INFORMAÇÕES
A compilação de informacões inicia-se ao mesmo temoo oue todo o trabalho enun-
ciado anteriormente, uma vez q~e sem a busca de informações 'auxiliares um especialista
em mercados não pode saber exatamente o que é o produto, nem definir os consumidores.
Nos casos mencionados anteriormente. seria. necessário determinar: ouaís os setores Que
ütilizaiTl, ê;iTl príncípío, ° aço Iaminado; que faixa média de idade utiliza lâminas de bar-
bear.
Entretanto, somente após ter definido qualitativamente o produto e o consumidor,
pode-se partir para a coleta das informações quantitativas que definem a procura.
As informações a serem procuradas dependem das correlações definidas para o pro- ,
duto: no caso do aço lamínado trata-se basicamente de compilar os dados relativos à in-
dústria siderúrgica; no caso das lâminas de barbear, tratar-se-ia de obter informações rela-
tivas à população masculina de mais de l 6 anos, à renda per capita e à SUl! distribuição no
país e às relações en tre a renda per capita e <) consumo das lâminas de barbear.
Basicamente as informações que devem ser coletadas são dos seguintes tipos:
a) Relativas ao consumo histórico (anterior e atual) do produto,
b) Relativas à capacidade de produção nacional do produto.
c) Relativas à "população consumidora",
d) Relativas às preferências dos consumidores, também chamadas comportamento
do consumidor.
e) Relativas ao nível do consumo em função do preço.
f) Relativas à estrutura do consumo em função do nível de renda,
g) Relativas ao mercado internacional do produto.
h) Relativas à contabilidade nacional, renda nacional, renda per capita etc.
i) Relativas à política econômica do governo e às tendências das políticas de gover-
nos estrangeiros que possam relacionar-se com o consumo do produto.
3.1 Informações Relativas ao Consumo Histórico dQ Produto
Quando se trata de um produto já existente no mercado, o ponto de partida ~ara a
coleta de informações deve ser o consumo já verificado anteriormente. Nem s~~pre e P?S-
sível conseguir-se diretamente dados sobre o consumo. Há: entretanto, e~tatlstJcas nacio-
nais Que na maioria dos casos dispõem de dados que permitem li determinação de um va-
lor aproximado do consumo: o consumo aparente.
O consumo aparente é igual à produção nacional mais i13 uiip0ítilÇ0.:õ5 iü~"v:;as cx-
portações,
CA =PN +J-E
A diferença entre o cunsumo real, Cli. e o consumo aparente, CA, seria a variação de
quantidades do produto em estoque, 5, durante o ano correspondente. Se a vadação do e3t~.
eue J ?l"'" mais ,>I, sela 0e houve "1'71aumento rio bem. armazenado, o C"l < C,\ e COO5I-
-: •••••••• ~.~~: .••• ,,uO .•.""" •• ..,,,,,, "'<4 ,.. :- :. " •••••••• ~ _ .•..• ~ ~ - ~ .. _ .1 __ 1.. _ ,-- -r- .•• __ -'-. ...,: •••••... ~ .•••,1".~~•...r'!ar. '"
uera-se 00 nega'tlVU; se a vanaçao e para menos, v pl\JUULU 4lJUaLt;;uauv u.!;,o~VI.v,:,",..u .•.•.•......•..r "
C••>C. e considera-se S nositivo. S é, portanto. '3 ouantidade existente no estoque que
;rrtra (p~siti~~)'~o ~~~su~~,O~-3 -quar.Údade produzida que vai (negativo) para o estoque.
.~.i
i
1
I
t,
I
1
A dificuldade em determinar O montante de S faz com que consideremos CÂ como
lél-'l,,~,,"ii1iivu .lu WUliUIiIO real, principairnênte se dispomos de séries históricas mais ou
menos longas quanto a esse consumo. '
Para a obtenção dos dados que permitem determinar o consumo aparente, utiliz-llm-
se, sem dificuldade, as fontes estatísticas nacionais referentes à produção e ao comércio
Em alguns cases. o estudo do conSlliuv ap:uente é suficiente para quantificar um
mercado. É o case, por exemplo, em que a produção nacional do píoduto estudado seja
zero. Nesse caso, o projeto tem por finalidade substituir as importações atuais por bens
produzidos nacionalmente. (Nos países subdesenvolvidos. grande parte dos novos merca-
dos justifica-se .com base nesse tipo de substituição de importações, a ponto de que o pró-
prio modelo de crescimento desses países nos anos posteriores 11 1950, em alguns casos,
chama-se desenvolvimento por substituição de ímportações.) Nesses casos, os dados do
comércio externo são os mais importantes na determinação da procura por bens já conhe- •
cídcs, Ur;; ~~~d.:.:,!o~~~ y~ti:;iy~ iirup1"ªffi~ii!': üã:; iillvG!tii';~~~!iâciv!iºi~d·:;;..~;:~ ter ~p:~-
vavelmente, uma grande procura insatisfeita; definir isto é muito importante no caso de se
resolver produzir o bem internamente. .
Entretanto, a quantificação dessa procura insatisfeita obriga o estudo de todas as
demais vsríãveís do mercado, já citadas na lista de informações 11 compilar. Por exemplo,
o caso de um país no qual não seja importado um determinado bem, cuja produção na-
cional ti baixa, Em princípio, pode parecer não haver mercado para esse bem, entretanto,
o estudo da política alfandegãría pode mostrar que a importação é quase proibida e que a
capacidade 'de produção instalada nacionalmente é baixa, mas que existe uma procura po-
tencial lnsatísfe ita.
Por outro lado, um produto importado em grande quantidade pode não justificar
ser produzido nacionalmente, se não há uma política alfandegária protecionista e se o pre-
ço do produto a ser produzido internamente vai ser muito supenor ao preço do

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