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Seminários Integrados em Pedagogia

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Seminários Integrados em Pedagogia/ aulas 1 a 10
Aula 1: O ciclo Sinaes
Ao final desta aula, você será capaz de:
1- Reconhecer o conceito de SINAES, dos órgãos e componentes que nele estão integrados;
2- Descrever os processos do SINAES;
3- Compreender, por completo, o que é o ENADE.
Introdução
Nesse primeiro momento, conheceremos a estrutura do SINAES, compreendendo os métodos avaliativos existentes, os órgãos responsáveis e as etapas burocráticas que fazem parte de todo o processo.
Entendendo o SINAES
O SINAES analisa as instituições, os cursos e o desempenho dos estudantes. O processo de avaliação leva em consideração aspectos como ensino, pesquisa, extensão, responsabilidade social, gestão da instituição e corpo docente. O SINAES reúne informações do Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (ENADE) e das avaliações institucionais e dos cursos. As informações obtidas são utilizadas para orientação institucional de estabelecimentos de ensino superior e para embasar políticas públicas. Os dados também são úteis para a sociedade, especialmente aos estudantes, como referência quanto às condições de cursos e instituições. 
Fonte: http://portal.mec.gov.br/ consultado em 14/01/2012 
O que compõe o SINAES?
 Componentes principais do SINAES
O SINAES é formado por três componentes principais:
Nos processos regulatórios, para a IES ou para o curso, são levados em conta os referenciais de qualidade IGC (Índice Geral de Cursos) e o CPC (Conceito Preliminar de Curso). 
IGC – Índice Geral de Cursos da Instituição
Indicador de qualidade construído com base em uma média ponderada das notas dos cursos de Graduação e Pós-Graduação (Mestrado e Doutorado) das Instituições. Assim, sintetiza em um único instrumento a qualidade de cada uma.
Divulgado anualmente, o resultado final do IGC é expresso em valores contínuos (que vão de 0 a 500) e em faixas (de 1 a 5).
ATENÇÃO: Notas 1 e 2 são consideradas insatisfatórias.
CPC – Conceito Preliminar de Curso
O CPC é um indicador prévio da situação dos cursos. O conceito é composto por: 
Coleta de informações
O CPC é um indicador prévio da situação dos cursos. O conceito é composto por:
AUTOAVALIAÇÃO
As instituições realizam a autoavaliação continuamente e publicam o relatório anual com os resultados, ações realizadas, potencialidades e fragilidades de cada uma das dez dimensões avaliadas pelo MEC. 
O relatório da autoavaliação deve conter a identificação dos meios e recursos necessários para a realização de melhorias, assim como uma avaliação dos acertos e equívocos do próprio processo de avaliação. Este relatório é um instrumento que compõe o processo de avaliação.
SAIBA MAIS: Conheça a PORTARIA Nº 2.051, de 9/7/2004, que regulamenta os procedimentos de avaliação. http://meclegis.mec.gov.br/documento/view/id/32 
Conheça a CPA da Estácio através do portal www.estacio.br
CENSO E CADASTRO
Anualmente, o Inep realiza a coleta de dados sobre a educação superior que irá compor o CADASTRO das IES.
Por meio de um questionário eletrônico, as IES respondem sobre sua estrutura e cursos. Durante o período de preenchimento do questionário, os pesquisadores institucionais podem fazer, a qualquer momento, alterações ou inclusões necessárias nos dados de suas respectivas instituições. Após esse período, o sistema é fechado para alterações e os dados são colocados à disposição das IES, sob a forma de relatório, para que haja a consulta, validação ou correção das informações prestadas.
SAIBA MAIS: As informações são levantadas (CENSO + CONCEITOS das IES) e disponibilizadas para acesso público ao Cadastro das IES e seus respectivos cursos na página do E-Mec - http://emec.mec.gov.br. 
Essas informações serão matéria de análise por parte das comissões de avaliação, nos processos internos e externos de avaliação institucional.
ENADE
O que é? Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade), que integra o Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (Sinaes). 
Para que serve? Para aferir o rendimento dos alunos dos cursos de graduação em relação aos conteúdos programáticos, suas habilidades e competências e avaliar a qualidade das Instituições de Ensino Superior de todo o Brasil.
Por que devemos estimular os alunos? O resultado passará a fazer parte do currículo pessoal do estudante, bem como dos resultados da Universidade. O Enade é componente curricular obrigatório. Sem ele, o aluno não cola grau e não recebe o diploma.
Quais os benefícios para o aluno? Valorização do certificado da Estácio no mercado de trabalho (à medida que os cursos forem bem avaliados pelo Enade).
Quem deve fazer o exame? Todos os alunos concluintes do 2º semestre do ano em questão e do 1º semestre do ano seguinte serão selecionados para realizar o Exame.
Quais são os instrumentos? A prova. O questionário socioeconômico do estudante (respondido em período anterior a data da prova através da página do INEP). Após a responder ao questionário o aluno visualiza o local de prova.
Como a prova é composta? A prova é composta de 40 questões no total, sendo 10 questões da parte de formação geral e 30 da parte de conhecimento específico da área, contendo as duas partes questões discursivas e de múltipla escolha. Prova de Conhecimento específico da área vale 75% da nota.
Quando acontece? Em regra, acontece ao final do mês de novembro, domingo, às 13h.
Aula 2: Formação Geral – Grupo de Temas I
Ao final desta aula, você será capaz de:
1- Compreender conteúdos relacionados à arte, cultura e filosofia;
2- Identificar os avanços tecnológicos e suas consequências;
3- Definir Democracia, Ética e Cidadania.
Arte, Cultura e Filosofia
Para iniciarmos nossa aula, vamos a um questionamento:
Por que é preciso entender um pouco de arte, cultura e filosofia?
 
Cultura
Vejamos os conceitos básicos de cultura:
• É toda forma de intervenção humana na natureza;
• Transmitida de geração a geração, nas diferentes sociedades;
• Criação exclusiva dos seres humanos;
• Múltipla e variável, no tempo e no espaço, de sociedade para sociedade.
A cultura se desenvolveu da possibilidade da comunicação oral e de fabricação de instrumentos, capazes de tornar mais eficiente o aparato biológico humano. 
Então, que tudo o que o homem faz, aprendeu com os seus semelhantes e não decorre de imposições originadas fora da cultura.
Uma vez parte da estrutura humana, a cultura define a vida, e o faz não através das pressões de ordem material, mas de acordo com um sistema simbólico definido, que nunca é o único possível. 
A cultura, portanto, constitui a utilidade, serve de lente através da qual o homem vê o mundo e interfere na satisfação das necessidades fisiológicas básicas. 
Embora nenhum indivíduo conheça totalmente o seu sistema cultural, é necessário ter um conhecimento mínimo para operar dentro do mesmo.
Um novo paradigma: O Multiculturalismo
Para Boaventura de Sousa Santos, em ambas as concepções (universalistas e relativistas) o conceito de dignidade humana está incompleto, uma vez que a noção esta atrelada a cada uma das pré-compreensões culturais. 
Assim, torna-se impossível estender à universalidade, noções de direitos humanos sem considerar a diversidade conceitual oriunda da multiplicidade cultural existente.
É preciso criar um novo paradigma comunicativo que propicie uma mediação e conciliação dos valores de cada cultura. Nos dizeres do autor: um diálogo intercultural.
Arte
Desde que o mundo é mundo o ser humano constrói seus próprios objetos, suas coisas, como podemos ver nos exemplos abaixo:
A arte é uma forma criativa de como a humanidade expressa suas emoções, sua história e sua cultura através de alguns valores estéticos, como beleza, harmonia, equilíbrio. 
Ela pode ser representada através de várias formas, em especial na música, na escultura, na pintura, no cinema, na dança, entre tantas outras.
Em algum momento já sentimos o efeito de uma obra de arte sobre nós, que pode ser: Encanto; Estranheza; Repúdio; Prazer; Contemplação; Bem-estar. 
 A arte também manifestafatos, acontecimentos, expressa ideias e, nesse sentido, possui também a função formativa, ou seja, educativa.
O livro OS SERTÕES, escrito por Euclides da Cunha, conta a história da Guerra de Canudos, uma revolta ocorrida no interior da Bahia, entre 1896 e 1897, liderada por Antonio Conselheiro.
“Mulher com sombrinha” (1875) é uma das mais famosas obras do pintor francês impressionista Claude Monet. 
O que mais nos encanta neste quadro não são as jovens retratadas, mas o modo sutil pelo qual a luz e a brisa conservam-se na tela como que para sempre aos nossos olhos.
História da Arte
Vamos, agora, fazer uma rápida viagem através da História da Arte, passando por suas fases.
•	Arte Pré-Histórica - Consideramos como arte pré-histórica as manifestações que surgiram antes das primeiras civilizações, ou seja, antes da escrita.
•	Idade Antiga: 
	Período compreendido entre a invenção da escrita e a queda do Império Romano do Ocidente.
	Arte Egípcia
	Arte Grega
	Arte Romana
	Arte Islâmica
•	Idade Média:
	Arte Românica.
	Arte Gótica.
•	Idade Moderna:
	Renascimento.
	Barroco.
•	Idade Contemporânea
	Neoclassicismo.
	Romantismo.
	Realismo.
	Impressionismo.
	Expressionismo.
	Cubismo.
Filosofia
	A Filosofia possui data e local de nascimento: final do séc. VII e início do séc VI a.C. nas colônias gregas da Ásia menor na cidade de Mileto – o primeiro filósofo foi Tales de Mileto.
	Surge pela necessidade de um outro tipo de explicação para a ordem do mundo – explicação racional.
	Explicação racional: coerente, justificada, por argumentos (lógicos e não contraditórios) – formando PENSAMENTOS, IDEIAS E CONCEITOS.
	Atividade filosófica ou Proposta da filosofia: formação do Pensamento – crítico, justificado, sistemático.
Razões para filosofar
 Luiz Sayão elenca três razões que dão importância ao ato de filosofar:
	Detectarmos o nosso próprio sistema de valores;
	Adquirimos capacidade crítica para filtrar o que nos é apresentado;
	Entendermos nossa época, as tendências da sociedade e interpretar o mundo.
Ciência, Tecnologia e Inovação
Há muito tempo, digamos assim; quando o bicho homem resolveu descer da árvore, ele iniciou uma jornada em busca do conhecimento para obter possíveis respostas a questões relacionadas aos problemas do seu dia-a-dia.
Algumas destas respostas eram construídas de forma mística, à medida que utilizavam a mitologia para explicá-las.
Quando o homem passou a questionar estas respostas e a buscar explicações mais plausíveis, por meio da razão, excluindo suas emoções e suas crenças religiosas, passou-se a obter respostas mais realistas que, demonstradas, muitas vezes de forma ingênua, se aproximavam mais da realidade das pessoas e por isto, talvez, passaram a ser bem aceitas pela sociedade.
Podemos dizer que essa nova forma de pensar do homem foi que criou a possibilidade do surgimento da ideia de ciência e que sua tentativa de explicar os fenômenos, por meio da razão, foi o primeiro passo para se fazer ciência.
Ciência
Ciência vem do latim scientia, "conhecimento" = qualquer conhecimento ou prática sistemáticos. 
Em sentido estrito, ciência se refere ao sistema de adquirir conhecimento pesquisando, mas baseado no método científico, bem como ao corpo organizado de conhecimentos conseguidos através de tais pesquisas.
Tecnologia
A tecnologia, enquanto domínio de uma técnica e o meio para um determinado fim ou uso, é o resultado de uma atividade essencialmente humana. Toda tecnologia, todo avanço tecnológico tem por finalidade a realização de desejos humanos.
Os avanços tecnológicos neste século XXI com mais impacto no dia a dia das pessoas estão relacionados à tecnologia da informação (celulares e computadores ultra rápidos e multimídias); à biotecnologia, sobretudo na área médica (instrumentos/máquinas de diagnósticos e tratamentos sofisticados); e às tecnologias industriais, com grandes mudanças nas relações de trabalho (nos setores de serviço, na indústria e na agricultura).
Os avanços tecnológicos têm sido muitos nestes últimos tempos. O Wi-Fi revolucionou as comunicações sem fios. A marca foi licenciada originalmente pela Wi-Fi Alliance para descrever a tecnologia de redes sem fio embarcadas (WLAN) baseadas no padrão IEEE 802.11. 
O termo Wi-Fi foi escolhido como uma brincadeira com o termo "Hi-Fi" e pensa-se geralmente que é uma abreviatura para wireless fidelity, no entanto a Wi-Fi Alliance não reconhece isso. O padrão Wi-Fi opera em faixas de frequências que não necessitam de licença para instalação e/ou operação.
Democracia
Do grego demo = povo e cracia = governo, ou seja, governo do povo.
Sistema em que as pessoas de um país podem participar da vida política. 
 Esta participação pode ocorrer através de eleições, plebiscitos e referendos. Na democracia, as pessoas possuem liberdade de expressão e manifestação de suas opiniões.
A Democracia é o sistema (regime) de organização social mais eficiente para se cultivar e se praticar a liberdade de ação e de expressão.
Embora tenha surgido na Grécia Antiga, a democracia foi pouco usada pelos países até o século XIX. Até este século, grande parte dos países do mundo usavam sistemas políticos que colocavam o poder de decisão nas mãos dos governantes. 
Já no século XX, a democracia passou a ser predominante no mundo.
Agora responda:
No Brasil existe Democracia?
No Brasil, as pessoas podem escolher seus representantes (vereadores, deputados, senadores, prefeitos, governadores e presidente) através do voto nas eleições. Existe liberdade de expressão e os direitos de manifestação são garantidos pela Constituição Brasileira de 1988. 
Ética 
O termo ética deriva do grego ethos (caráter, modo de ser de uma pessoa). Ética é um conjunto de valores morais e princípios que norteiam a conduta humana na sociedade. 
A ética serve para que haja um equilíbrio e bom funcionamento social, possibilitando que ninguém saia prejudicado. 
Neste sentido, a ética, embora não possa ser confundida com as leis, está relacionada com o sentimento de justiça social.
A ética é construída por uma sociedade com base nos valores históricos e culturais. Do ponto de vista da Filosofia, a Ética é uma ciência que estuda os valores e princípios morais de uma sociedade e seus grupos. 
Cada sociedade e cada grupo possuem seus próprios códigos de ética. 
Além dos princípios gerais que norteiam o bom funcionamento social, existe também a ética de determinados grupos ou locais específicos. Neste sentido, podemos citar: ética médica, ética de trabalho, ética empresarial, ética educacional, ética nos esportes, ética jornalística, ética na política, a bioética etc.
Cidadania
 Cidadão é um indivíduo que tem consciência de seus direitos e deveres e participa ativamente de todas as questões da sociedade.
A questão da exclusão e das minorias
A exclusão social diz respeito à impossibilidade de acesso do indivíduo às mesmas condições de vida e de desenvolvimento pleno de suas potencialidades possibilitadas aos demais e pode ter como raiz uma série de causas, dentre a quais o fator econômico, social, racial, de gênero, ou outro qualquer, sobressair como um fator determinante causador de exclusão.
O que tem consciência de seus direitos e deveres e participa ativamente de todas as questões da sociedade.
Atenção: Acabar com a exclusão social e com a discriminação às minorias significa garantir a todos o respeito aos seus direitos fundamentais e a eleição da dignidade da pessoa humana como farol iluminador de todas as relações no seio da sociedade plural.
Democracia hoje é vontade da maioria com respeito às minorias.
Minorias: não podem ser oprimidas pela maioria. Todos têm direitos.
Diferenças
O direito à diferença se revela nas diferenças individuais: crença, gênero, idade. Respeitar e dar espaço para estas diferenças se manifestarem é uma atitude democrática e desejável. O grau de desenvolvimento de uma democracia pode ser medido por este respeito.Desigualdade e equidade Social
Desigualdade Social
É criada a partir das relações sociais.
Ricos têm direito à educação e saúde de qualidade, pobres não; a sinalização nas ruas é pensada apenas para quem “vê”.
Equidade Social
Todos são iguais em direitos. Ex.: Direito de ir e vir.
Mas, tratar a todos, sem considerar suas necessidades específicas, gera a desigualdade.
Equidade: é a diferença dentro da igualdade. Sem equidade não existe democracia
Atenção: Por fim, não há democracia sem direitos e deveres, sem direitos e deveres sem justiça. Também é sempre oportuno lembrar que nem sempre o que é justo de direito e nem sempre o que é de direito está na lei.
Aula 3: Formação Geral – grupo de temas II
Ao final desta aula, você será capaz de:
1- Compreender a importância da preservação das diversas espécies presentes no planeta;
2- Identificar as desvantagens da globalização;
3- Analisar os maiores problemas das cidades.
Ecologia
Ecologia é uma ciência (ramo da Biologia) que estuda os seres vivos e suas interações com o meio ambiente onde vivem.
Se perguntarmos ao leigo o que é Ecologia, ele dirá que é estudar a natureza, não deixar que ela morra, evitar a contaminação dos rios e mares, a poluição do ar, as queimadas e assim por diante.  
Mas, a questão ambiental também constitui uma área de atuação desta ciência, já que a mesma possui seus princípios e preceitos, que vão muito além da degradação provocada pelo homem no ambiente.
Educação ambiental
É no contexto dito anteriormente que surge a Educação Ambiental. Ela objetiva o contato direto entre o homem e o meio, o resgate e a conscientização de que o meio é relevante à sobrevivência, à saúde, ao bem-estar do indivíduo; o desenvolvimento do sentido ético-social diante das diferentes problemáticas ambientais, a orientação do ser humano em relação ao ambiente e o exercício de cidadania, na busca de melhorias na qualidade de vida.
Biodiversidade
A biodiversidade é definida pela Convenção sobre a Diversidade Biológica como “a variabilidade entre os seres vivos de todas as origens, a terrestre, a marinha e outros ecossistemas aquáticos e os complexos ecológicos dos quais fazem parte: isso inclui a diversidade no interior das espécies, entre as espécies e entre espécies e ecossistemas”.
Então, vejamos:
Biodiversidade é o estudo da variedade de espécies de organismos vivos encontrados nos diversos ecossistemas do planeta.
A Biodiversidade está vinculada tanto ao número de diferentes categorias biológicas quanto à abundância relativa dessas categorias.
O termo Biodiversidade foi originado em 1980 por Thomas Lovejoy e desde 1986 a nomenclatura tem sido usada no que se refere à diversidade da natureza viva.
Biodiversidade brasileira
Abaixo, seguem algumas informações sobre a Biodiversidade brasileira:
1) O Brasil detém o maior número de espécies conhecidas de mamíferos e de peixes de água doce, o segundo de anfíbios, o terceiro de aves e o quinto de répteis. 
2)Com mais de 50 mil espécies de árvores e arbustos, tem o primeiro lugar em biodiversidade vegetal. 
3)Nenhum outro país tem registrado tantas variedades de orquídeas e palmeiras catalogadas.
4)Os números impressionam, mas, segundo estimativas aceitas pelo Ministério do Meio Ambiente o MMA, eles podem representar apenas 10% da vida no país. 
5)Como várias regiões ainda são muito pouco estudadas pelos cientistas, os números da biodiversidade brasileira tornam-se maiores na medida em que aumenta o conhecimento.
Sustentabilidade
Uma consciência ecológica de preservação do planeta, por parte de todos os habitantes do planeta Terra, faz-se necessária.
Mude o mundo! Pequenas ações individuais são a maior força transformadora que se conhece. Ter uma atitude consciente em relação aos nossos hábitos de consumo é a melhor (e talvez única) maneira de se mudar o mundo. Economize água, luz, recicle seu lixo, faça a sua parte e ajude a construir um futuro para todos.
Sustentabilidade é a saída!
Multiculturalismo
Vive-se atualmente o contexto do mundo globalizado, a era da informação. 
Dentro desta realidade tem-se que o mundo é multicultural. 
Mas o que, afinal, vem a ser multiculturalismo?
Globalização
A Globalização não é um fenômeno novo. É só lembrarmos das Grandes Navegações realizadas por portugueses e espanhóis e veremos que até mesmo a descoberta do Brasil já faz parte de um processo de integração global. Só que naquela época não se utilizava este termo.
O termo globalização designa um fenômeno de abertura das economias e das respectivas fronteiras em resultado do acentuado crescimento das trocas internacionais de mercadorias, da intensificação dos movimentos de capitais, da circulação de pessoas, do conhecimento e da informação, proporcionados quer pelo desenvolvimento dos transportes e das comunicações, quer pela crescente abertura das fronteiras ao comércio internacional.
Dica - No final da década de 1980 que o termo globalização começa a ser utilizado, designando não apenas a mundialização da economia, mas também o intercâmbio cultural e a interdependência social e política ao nível mundial.
Veja, abaixo, algumas das características da Globalização:
Mundialização da economia;
Fragmentação das atividades produtivas nos diferentes territórios e continentes;
Desconcentração do aparelho estatal;
Expansão de um direito paralelo ao estado;
Internacionalização do estado;
Desterritorialização e reogarnização do espaço de produção.
Processo de integração dos países
A integração dos países gerou:
• Liberalização econômica.
• Revolução nos transportes.
• Revolução nas telecomunicações.
• Popularização da Internet.
• Homogeneização cultural.
• Processo contraditório economicamente.
.
Consequentemente:
Redução dos postos de trabalho com a automação
+
Empresas vão para outros países. Ex.: Saipen transfere escritórios da Itália para a Croácia
+
Extinção de profissões. Ex: extenógrafo, datilógrafo.
=
DESEMPREGO
Críticas à globalização
As três pessoas mais ricas do mundo têm ativos superiores ao PIB (Produto Interno Bruto) somado dos 48 países mais pobres.
Só os países ditos desenvolvidos, têm capacidades tecnológicas e os recursos necessários para realizar investimentos tecnológicos e cooperam entre si, a fim de solucionar vários problemas que lhes vão surgindo.
Á medida que, fruto da globalização, o mundo passa de uma economia agrícola a uma industrial e desta para uma de informação, as limitações e falhas dos mercados explicam cada vez mais o aumento do desemprego, e os mercados mostram-se incapazes de poder administrar os seus recursos eficientemente.
Internet: Ferramenta de globalização
A internet é um sistema de dimensões gigantescas, que abrange todo o mundo e que tem potencialidades surpreendentes.  
O esquema, a seguir, mostra a origem da Internet:
Ano de 1962. Guerra Fria entre Estados Unidos e União Soviética.
Americanos criam rede de comunicação militar forte o bastante para resistir a um ataque nuclear.
Rede funciona mesmo com a destruição de um ou mais máquinas.
Cuidado com a Internet!
Nem tudo que é veiculado na Internet pode ser encarado como verdade. Existem diversas informações, sejam elas de cunho pessoal ou até mesmo educativo, que são distorcidas e publicadas por pessoas leigas e/ou mal intencionadas. 
Observe a charge abaixo que demonstra uma das distorções que a Internet pode possibilitar:
Geopolítica
A Geopolítica é uma área da Geografia que tem como objetivo fazer a interpretação dos fatos da atualidade e do desenvolvimento político dos países usando como parâmetros principais as informações geográficas. 
Ela visa também compreender e explicar os conflitos internacionais da atualidade e as principais questões políticas.
Os principais temas estudados na atualidade são: Blocos Econômicos, Globalização, Conflito árabe-israelense, influência dos Estados Unidos no mundo atual, Nova Ordem Mundial, e o uso dos recursos energéticos no mundo.
Políticas públicas
São diretrizes, princípios norteadoresde ação do poder público que se apresenta através dos programas, ações e atividades desenvolvidas pelo Estado diretamente ou não, com a participação de entes públicos ou privados, para garantir um direito de cidadania.
As nossas cidades são uma malha política. A água que bebemos, o ar que respiramos, a segurança de nossas ruas, a dignidade de nossos pobres, a saúde de nossos velhos, a educação de nossos jovens e a esperança para nossos grupos minoritários tudo está em estreita ligação com as decisões políticas tomadas na Prefeitura, na Capital do Estado ou no Distrito Federal. Karl Deutsch, Política e governo
Falta de política de planejamento urbano
Saúde
Violência, Segurança e Defesa
Lei Maria da penha - LEI Nº 11.340, DE 7 DE AGOSTO DE 2006. Cria mecanismos para coibir a violência doméstica e familiar contra a mulher, nos termos do § 8o do art. 226 da Constituição Federal, da Convenção sobre a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação contra as Mulheres e da Convenção Interamericana para Prevenir, Punir e Erradicar a Violência contra a Mulher; dispõe sobre a criação dos Juizados de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher; altera o Código de Processo Penal, o Código Penal e a Lei de Execução Penal; e dá outras providências.
Violência contra o idoso - A violência contra os idosos é um mal que cresce a cada dia na sociedade. De acordo com Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, os casos de violência a idosos aumentaram de 7.160 (2011) para 21.404 (2012). A maioria dos idosos não denunciam os maus tratos que sofrem, porque, geralmente, são parentes que os praticam e eles têm a tendência de querer protege-los, diz a ministra da SDH, Maria do Rosário.
Violência contra a criança - A maioria dos casos de violência à criança é praticada por familiares ou por conhecidos desses familiares. Essa violência pode ser psicológica (discriminação, negligência) ou física (abusos sexuais e castigos). A criança que sofre tais marcas pode ter complicações em seu desenvolvimento, onde sua saúde e sua capacidade cognitiva são comprometidas. 
Trabalho escravo - Mesmo com a abolição da escravatura em 13 de maio de 1888, trabalhadores ainda encontram-se em situações bastante similares às da época da escravidão. Eles são submetidos a condições paupérrimas de trabalho, de moradia, ao abuso de poder, à ausência de segurança em suas atividades, entre outras situações que abalam a saúde e o bem-estar.
Desenvolvimento sustentável
Desenvolver o mundo em harmonia com as limitações ecológicas do planeta, ou seja, sem destruir o ambiente, para que as gerações futuras tenham a chance de existir e viver bem, de acordo com as suas necessidades (melhoria da qualidade de vida e das condições de sobrevivência).
Será que dá para fazer isso? 
Será que é possível conciliar tanto progresso e tecnologia com um ambiente saudável?
Para isso existem Conferências, como a Eco 92 e a Rio+20. Porém, com o passar dos anos, os problemas ambientais aumentam e soluções, medidas, não saem do papel.
Os seis aspectos prioritários do desenvolvimento sustentável
1) A satisfação das necessidades básicas da população (educação, alimentação, saúde, lazer, etc).
2)A solidariedade para com as gerações futuras (preservar o ambiente de modo que elas tenham chance de viver).
3)A participação da população envolvida (todos devem se conscientizar da necessidade de conservar o ambiente e fazer cada um a parte que lhe cabe para tal).
4) A preservação dos recursos naturais (água, oxigênio, etc).
5) A elaboração de um sistema social garantindo emprego, segurança social e respeito a outras culturas (erradicação da miséria, do preconceito e do massacre de populações oprimidas, como por exemplo os índios).
6)A efetivação dos programas educativos.
Para essa aula, sugerimos que acesse os seguintes sites:
 http://www.inep.gov.br
 http://www.mec.gov.br/
Aula 4: Formação Geral – Grupo de Temas III
Ao final desta aula, você será capaz de:
1- Distinguir gênero de sexo;
2- Identificar as diversas relações de trabalho;
3- Definir a funcionalidade das Redes Sociais;
4- Definir os setores produtivos da sociedade.
Identidade de gênero e identidade sexual
A identidade de gênero, é um constructo constituído por vários componentes estruturados em diferentes épocas e por várias influências.
Atenção - Identidade sexual representa o conjunto de características sexuais que diferenciam cada pessoa das demais e que se expressam pelas preferências sexuais, sentimentos ou atitudes em relação ao sexo. É o sentimento de masculinidade ou feminilidade que acompanha a pessoa ao longo da vida. Nem sempre está de acordo com o sexo biológico ou com a genitália da pessoa.
Gênero
Para Grossi (2005), gênero é uma construção cultural, processado na educação formal e informal de homens e mulheres, contrariamente do senso comum, que compreende que biologicamente o sexo, por si só, determina os comportamentos masculinos e femininos.
Algumas pessoas confundem os termos gênero (maneira que as diferenças entre mulheres e homens assumem nas sociedades, no transcorrer da história) e sexo (Diferenças anátomo-fisiológicas existentes entre os homens e as mulheres).
Desigualdades de gênero
As desigualdades de gênero foram construídas historicamente, em decorrência de um modelo de sociedade, marcadamente Patriarcal. Na contraposição dessa organização social, nasce o Feminismo, tendo características de um movimento social e político, com objetivo de igualdade dos sexos.
Patriarcal - Modelo baseado em uma forte organização sexual hierárquica, partindo do domínio masculino na esfera familiar, transposta para a esfera pública. 
Questões de gênero
“Quando começamos a refletir sobre as relações entre mulheres e homens nos damos conta que quase que espontaneamente nossas sociedades atribuem mais poder, maior valor, maior força organizativa, maior força política aos homens e deixam as mulheres em segundo plano”. Ivone Gebara
A mulher no mercado de trabalho
As mulheres constituem 70% dos mais pobres no mundo, nos últimos 20 anos, o número de mulheres que vive abaixo da linha de pobreza cresceu 50%; 
No Brasil, de todas as pessoas que recebem o salário mínimo, 53% são mulheres; o preço da hora de trabalho de uma mulher chega, em média, a custar 14,3% a menos do que aquela paga a um homem; 
As mulheres representam a maioria dos trabalhadores em tempo parcial e do setor informal e têm uma taxa de desemprego maior que o setor masculino.
Viver em igualdade
Novas relações mundiais implicam numa nova compreensão do lugar do ser humano – mulheres e homens – no conjunto das instituições sociais e nos ecossistemas. 
Entretanto, sabemos bem, que um novo mundo de relações não acontece de uma hora para outra. Ele vai se preparando lentamente ao longo de séculos de História até que passa a ter maior visibilidade e passa a integrar os novos comportamentos sociais.
Pelo trabalho o homem se relaciona, com o mundo físico e com o mundo cultural de todos os homens.
A existência humana seria garantida, aqui, pelo trabalho, em que pese o fato de muitos homens trabalharem e não conseguirem garantir sua subsistência, enquanto outros tantos, não trabalham e esbanjam existência.
As diversas relações de trabalho ao longo da história
Segundo Mozart Victor Russomano temos: "regime da escravidão, regime da servidão, regime das corporações, regime das manufaturas e, finalmente o regime do salariato" (1984: 105). Vamos ver, cada um deles, a seguir:
Redes Sociais
Rede Social é uma das formas de representação dos relacionamentos afetivos ou profissionais dos seres humanos entre si ou entre seus agrupamentos de interesses mútuos.
O conjunto resultante é como uma malha de múltiplos fios, que pode se espalhar indefinidamente para todos os lados, sem que nenhum dos seus nós possa ser considerado principal ou central, nem representante dos demais.
Não há um “chefe”, o que há é uma vontade coletiva de realizar determinado objetivo. (Withaker, 1998)Redes Sociais na Web
Redes Sociais na web são as páginas/canais que propiciam a interação entre pessoas de diferentes regiões, oferecendo diversos recursos para que a mesma aconteça.
O conceito de responsabilidade social aplicado à gestão dos negócios se traduz como um compromisso ético voltado para a criação de valores para todos os públicos com os quais a empresa se relaciona: clientes, funcionários, fornecedores, comunidade, acionistas, governo, meio ambiente.” (ETHOS. Instituto Ethos de Empresas e Responsabilidade Social) 
A Responsabilidade social tem a ver com a consciência social e o dever cívico, dando-lhe o caráter coletivo e que por isso a Responsabilidade social busca estimular o desenvolvimento do cidadão e fomentar a cidadania individual e coletiva.
Vejamos, abaixo, dificuldades que envolvem a responsabilidade social efetiva:
• Acompanhamento e avaliação da sociedade organizada em relação às ações sociais realizadas pelas empresas;
• Identificação de problemas sociais realmente prioritários pelos interessados;
• Mensuração do retorno dos projetos sociais em termos de bem-estar social para as comunidades;
• Uso de metodologias eficiente.
Aula 5: Integração Curricular
Ao final desta aula, você será capaz de:
1. Identificar as políticas públicas de formação de professores para a Educação Básica, contextualizando o curso de Pedagogia;
2. Problematizar o conceito de profissionalização no magistério, identificando o pedagogo como o profissional responsável por desenvolver processos educativos, seja na área educacional em escolas ou desenvolvendo projetos em organizações não escolares;
3. Discutir os novos paradigmas de formação inicial e continuada;
4. Refletir sobre a necessidade da profissionalização do magistério.
Introdução
Nesta aula, vamos contextualizar o curso de Pedagogia, baseando-nos no parecer do CNE/CP Nº 5/2005 e em textos que traçam o percurso da profissionalização do professor e da institucionalização da Pedagogia no cenário da universidade brasileira. Bons estudos!
Projeto pedagógico do curso de Pedagogia: contextualização
O curso de Pedagogia foi regulamentado inicialmente pelo Decreto 1.190 de 1939. Seu papel era formar o técnico em educação para atuar nos órgãos públicos que conduziam a política educacional no país.
Esse curso foi pensado como uma graduação nos moldes de um bacharelado (três anos) e com a possibilidade de, se o aluno desejasse, complementar seus estudos (mais um ano), com as disciplinas pedagógicas no curso de Didática, e obter o título de licenciado, no esquema conhecido como 3+1.
A divisão na formação entre bacharelado e licenciatura no curso de Pedagogia perdurou de 1939 até a vigência do Parecer CFE Nº 292/1962.
Saiba Mais - No ano de 1969, com o Parecer CFE Nº 252/69 e a Resolução CFE Nº 2/69, fica previsto que o curso de Pedagogia era de graduação/ licenciatura, sem bacharelado. Sua finalidade era formar professores para o magistério no Curso Normal, podendo ainda possibilitar o título de especialista, mediante complementação de estudos.
Essa ideologia teve os seguintes efeitos práticos:
• Expansão da oferta de cursos por faculdades isoladas ou universidades privadas;
• Centralização do poder de decisão no MEC;
• Indicação do Reitor de universidade pública pelo Ministro da Educação;
• Ingresso mediante um vestibular unificado para todos os cursos;
• Repressão da representação estudantil e vigilância dos diretórios acadêmicos.
Saiba Mais - Como se sabe, durante os anos de 1964 a 1982, o país estivesse sobre um regime militar com limitação dos direitos civis, por conta do Ato Adicional Nº 5/69.
Mesmo assim, foi possível ultrapassar as barreiras e construir um novo horizonte, através do empenho e luta dos intelectuais da educação nas diversas associações representativas da classe trabalhadora da educação.
CFE Nº 252/69
O curso de Pedagogia, depois da reforma universitária, passou a ser oferecido no espaço da Faculdade de Educação e foi reestruturado com base no Parecer do Conselho Federal de Educação- CFE Nº 252/69.
Esse parecer estabelece uma parte comum a todos os profissionais (disciplinas básicas que preparavam para a docência) e uma parte diversificada para cada habilitação:
Supervisão
Administração educacional
Inspeção
Orientação educacional
Posteriormente, o CFE entendeu que o formado em Pedagogia cujo currículo possuísse as disciplinas de metodologias aplicadas ao conteúdo da educação fundamental e realizassem atividades práticas nas escolas poderiam exercer o magistério nesse nível de ensino.
Reestruturação do currículo
O currículo do curso de Pedagogia, a partir da década de 1980, foi sendo reestruturado por influência dos educadores, em uma ótica de formar um profissional mais reflexivo, com competência técnica e política.
Cabe destacar que estudos e pesquisas realizadas com base em teorias mais voltadas para o entendimento da cultura, da diversidade e do direito a uma educação de qualidade, do surgimento da sociedade do conhecimento, fizeram surgir o paradigma emergente na educação pautado na complexidade, na visão holística da realidade, na construção do conhecimento pela pesquisa (Behrens , 2000, p. 105-120).
Nova lei da educação
Nos anos seguintes à Constituição, foi elaborada a nova lei da educação (1996), havendo uma pressão por parte dos educadores para que fosse definido um novo currículo para a formação dos professores.
Cury (2003, p. 2) fala sobre o assunto, no sentido de atribuir ao Estado a missão de estabelecer o modelo ideal de formação para a docência:
Não resta dúvida, hoje, que a legislação implica os Estados no seu dever de propiciar uma formação inicial e continuada aos docentes, e que este direito se articula a uma educação cuja qualidade social não pode ficar confinada aos limites de poucas escolas. 
Essa formação não pode fugir de seu compromisso básico com a docência, cujo processo formativo não dispensa nem o ato investigativo da própria práxis, nem o contato com a produção intelectual qualificada da área.
Qualidade do projeto pedagógico
Percebe que há uma relação entre a formação do educador e a qualidade social do processo educativo? A pergunta que se pode fazer é a seguinte: a formação para o magistério é igual para todos os professores?
Por que existem escolas com um projeto pedagógico reconhecido como de qualidade social e outra escola identificada com um projeto de menor valor? Esse fato tem relação com o aluno dos grupos sociais mais carentes?
Em uma sociedade democrática, a escola pública deve retomar o lugar de destaque no cenário educacional do país. 
Isso só pode ser conseguido com uma formação mais aprofundada de seus professores, focada nos conteúdos necessários a um melhor desempenho de nossos alunos e futuros profissionais, no sentido de que ele seja capaz de processar informações e operar criticamente a partir de sua experiência pessoal.
Escola pública x escola privada
Esta imagem representa a situação de desigualdade entre os alunos da escola pública e privada:
Ou seja, a maioria que estuda na escola pública não recebe as informações e conteúdos no mesmo nível de complexidade e aprofundamento que os alunos que frequentam a escola particular. Quando se realiza um exame nacional, fica muito clara essa disparidade de educação oferecida nas escolas brasileiras.
Mesmo considerando que em todo discurso existente nos documentos oficiais se incluem como necessários ao magistério os valores de identificação da diversidade cultural e de respeito ao aluno de diferentes segmentos sociais, ainda falta um grande caminho a percorrer, no sentido de diminuir as diferenças existentes entre as pessoas.
O discurso não se materializa em ações concretas por um simples decreto, parecer ou resolução ou qualquer tipo de orientação dos órgãos governamentais.
Portanto, compreendemos que um dos objetivos a ser perseguidos no curso é o de promover uma formação profissional que dê conta de criar no jovem o compromisso de atuar de forma consciente, para corrigiresse modelo de escola pública excludente, que concorre para acentuar as diferenças entre as classes sociais.
Atividade
Como no passado o aluno que frequentava a escola pública tinha um bom nível de desempenho? Pense sobre os fatores que dificultam que a escola pública hoje tenha um ensino de qualidade social.
A resposta para essa questão não é fácil de encontrar ou de simples formulação. Algumas pesquisas apontam como causa o acesso das classes populares à educação e ao nível cultural mais baixo que as caracteriza.
Outros discutem a fragilidade da formação do professor em nível médio e até mesmo no nível superior. Pesquisas mais recentes apontam as condições em que os profissionais exercem suas funções.
O que se pode concluir é que muitos são os fatores que determinam a precariedade do trabalho do professor na escola pública e a baixa qualidade que lhe é atribuída.
Efeito da nova lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional no curso de Pedagogia
Depois da Lei 9.394/96 e o estabelecimento de diretrizes para que na escola pública a gestão fosse feita com base nos princípios democráticos, foi acrescentado um novo paradigma ao curso de Pedagogia. 
Assim, foi incorporada ao projeto pedagógico a discussão sobre os processos de autonomia, responsabilidade coletiva e compartilhada, pela integração das funções de orientação, supervisão e gestão na direção das atividades e finalidades escolares, o que determinou uma abordagem pedagógica interdisciplinar entre os conteúdos.
A Lei 9.394/96, no Art. 62, estabeleceu que a formação de docentes para atuar na educação básica seria feita em nível superior, em cursos de licenciatura, de graduação plena, em universidades e institutos superiores de educação.
No Art. 64, estabeleceu que a formação de profissionais de educação para administração, planejamento, inspeção, supervisão e orientação educacional para a educação básica seria feita em cursos de graduação em Pedagogia ou em nível de pós-graduação. 
O curso de Pedagogia não seria mais responsável pela formação dos professores para o ensino fundamental e educação infantil.
O novo modelo do curso de Pedagogia
A regulamentação do novo modelo do curso de Pedagogia pelo Conselho Nacional de Educação só aconteceu em 2005 quando se manifestou sobre o Curso de Pedagogia através do Parecer Nº 5/2005, estabelecendo que sua tarefa primordial fosse a docência para a educação básica. 
Após serem estabelecidas as bases para a reformulação do currículo do curso de Pedagogia, foi publicada a Resolução CNE/CP Nº 1/2006, contendo todas as normas de reestruturação do curso que deveriam ser cumpridas pelas instituições de ensino superior do país, a partir da data da sua homologação.
Ficou também claramente definido, depois dessa Resolução, como foco do curso a docência, tanto na educação infantil e nos anos iniciais do ensino fundamental como no antigo curso Normal. O pedagogo deve ser ainda capaz de atuar no planejamento, avaliação e gestão de projetos e programas educativos em ambientes não escolares.
Reflexão - Destacamos que o pedagogo deve, no espaço do curso de Pedagogia, ter a oportunidade de aprofundar o significado de ser um educador, e não um professor que transmite conhecimentos, de atuar pedagogicamente para dinamizar os conteúdos observando a diversidade regional do país, a pluralidade de ideias e de concepções pedagógicas.
Formação mínima para o magistério
Diante de tudo isso, pode-se perceber que a lei, embora admita como formação mínima para o exercício do magistério na Educação Infantil e no Ensino Fundamental a oferecida na modalidade Normal, determina que a formação inicial do professor deva ser no nível superior em curso de graduação.
A formação se estende por toda sua trajetória profissional em escolas ou organizações não escolares, em um processo de educação contínua e permanente dentro da perspectiva do professor reflexivo que, partindo da análise de sua prática pedagógica, reformula e aperfeiçoa a sua práxis.
O formado em Pedagogia deve ter constituído ao longo do curso os conhecimentos necessários e a capacidade para atuar em ambientes educativos e as habilidades de observar, analisar, executar e avaliar o ato docente e sua repercussão na aprendizagem do aluno.
Deve também participar de projetos de pesquisa na busca de formulação ou ampliação dos conhecimentos existentes na área educacional, através do prosseguimento de seus estudos em cursos de pós-graduação lato sensu ou strito sensu, em programas de Mestrado ou Doutorado.
Resumindo, depois de um longo embate retomando a discussão sobre a especificidade dos estudos pedagógicos como prática ou como ciência, fica estabelecido que o curso de Pedagogia se caracterize como uma licenciatura, e não um bacharelado.
É ele o responsável pela formação inicial para o exercício da docência na Educação Infantil, nos anos iniciais do Ensino Fundamental, nas disciplinas pedagógicas do nível médio, no curso Normal e em cursos de Educação Profissional na área de serviços e apoio escolar, bem como em outras áreas nas quais sejam previstos conhecimentos pedagógicos.
Docência
Depois da Resolução CNE/CP Nº1/2006 , a docência fica definida assim: Ação educativa e processo pedagógico metódico e intencional, construído em relações sociais, étnico-raciais e produtivas, as quais influenciam conceitos, princípios e objetivos da Pedagogia. Ela desenvolve-se na articulação entre conhecimentos científicos e culturais, valores éticos e estéticos inerentes a processos de aprendizagem, de socialização e de construção do conhecimento, no âmbito do diálogo entre diferentes visões de mundo. 
A Resolução estabelece que os eixos do curso devam ser: a docência, a pesquisa e a relação teoria e prática.
Estrutura curricular do curso de pedagogia (Resolução CNE/CP nº 1/2006).
A figura 1, a seguir, constitui-se em uma tentativa de visualizar os componentes da organização curricular que se concretizam através de disciplinas, seminários, atividades de pesquisa e práticas sociais. Isso é feito pela execução e participação em projetos, em estágios curriculares e pelo envolvimento em atividades complementares como visitas a museus, teatros, exposições, feiras de livros, encontros e palestras.
Estrutura do novo currículo da Pedagogia
No Parecer CNE/CP Nº5/2005, encontramos a fundamentação para a estrutura do novo currículo da Pedagogia no seguinte parágrafo:
Os três núcleos de estudos, da forma como se apresentam, devem propiciara formação daquele profissional que: cuida, educa, administra a aprendizagem, alfabetiza em múltiplas linguagens, estimula e prepara para a continuidade do estudo, participa da gestão escolar, imprime sentido pedagógico a práticas escolares e não escolares, compartilha os conhecimentos adquiridos em sua prática.
A resolução estabelece que os princípios norteadores do curso sejam a interdisciplinaridade, a contextualização, a democratização, a ética, a pertinência e relevância social e a sensibilidade afetiva e estética. Para entender a proposta curricular do novo modelo, precisamos estabelecer uma compreensão do sentido da escolha dos princípios considerados. O que significa um currículo concebido com base nesses princípios?
A interdisciplinaridade é entendida como colocada por Ivani Fazenda (1999, p. 17), como uma nova racionalidade: “O que com isso queremos dizer é que o pensar interdisciplinar parte do princípio de que nenhuma forma de conhecimento é em si mesma racional.”
E ainda: “No projeto interdisciplinar não se ensina, nem se aprende: vive-se, exerce-se”.
Princípio da contextualização
O princípio da contextualização, no sentido colocado por Freire  (1996, p. 33-34), em seu conhecido livro Pedagogia da Autonomia, de respeito aos saberes do educando, diz que:
Por que não discutir com os alunos a realidade concreta a que se deva associar a disciplina cujo conteúdo se ensina, a realidade agressiva em que a violência é a constante e a convivência das pessoas é muito maior com a morte do que com a vida?
Por que não estabeleceruma necessária “intimidade” entre os saberes curriculares fundamental aos alunos e a experiência social que eles têm como indivíduos? Por que não discutir as implicações políticas e ideológicas de um tal descaso dos dominantes pelas áreas dos pobres da cidade?
Portanto, entendemos que o novo modelo se consubstancia nesses princípios. Ele se respalda principalmente nas lições deixadas pelo educador sobre a importância de a contextualização se concretizar no espaço da sala de aula. Essa contextualização se dá pela problematização do tema a ser abordado, pela provocação do espírito investigativo do aluno, de sua curiosidade, para a construção de um conhecimento pessoal significativo e relevante.
O outro princípio, a pertinência e relevância social da formação do pedagogo, no sentido de uma intervenção na realidade contribuindo para a mudança dos valores e atitudes dos alunos, e não apenas no sentido de lhe mostrar o que se passa à sua volta.
Não é possível ficar indiferente a uma realidade desfavorável e por isso encontramos no parecer a seguinte proposta: que o egresso do curso deve “atuar com ética e compromisso com vistas à construção de uma sociedade justa, equânime, igualitária” (Res. CNE/CP Nº1/06).
O último princípio incluído na Resolução diz respeito à importância de a formação dos professores ser pautada na ética, na sensibilidade afetiva e na estética, que se materializa no fortalecimento da comunicação entre as pessoas, do entendimento das subjetividades e do respeito à verdade do outro. Também se materializa no comprometimento com a transformação do mundo a partir de uma ação docente que considere, como dito por Freire (1993, p. 106): “(...) a impossibilidade de desunir o ensino dos conteúdos da formação ética dos educandos”.
As competências do pedagogo
No dicionário Aurélio, se buscarmos o sentido da palavra competência, teremos:
“Qualidade de quem é capaz de apreciar e resolver certo assunto, fazer determinada coisa”. 
Por outro lado, julgamos competentes aqueles que são capazes de decidir diante da incerteza, dificuldade e dúvida. Diz Perrenaud  (Nova Escola, 2000):
“Competência é a faculdade de mobilizar um conjunto de recursos cognitivos (saberes, capacidades, informações etc.) para solucionar com pertinência e eficácia uma série de situações”.
Saiba Mais - Na Resolução CNE/CP Nº 1/2006, o Conselho Nacional de Educação estabelece as competências que o egresso do curso de Pedagogia deve desenvolver.
Atenção - Professores indígenas
§ 1º No caso dos professores indígenas e de professores que venham a atuar em escolas indígenas, dada a particularidade das populações com que trabalham e das situações em que atuam, sem excluir o acima explicitado, deverão:
I - Promover diálogo entre conhecimentos, valores, modos de vida, orientações filosóficas, políticas e religiosas próprias à cultura do povo indígena junto a quem atuam e os provenientes da sociedade majoritária;
II - Atuar como agentes interculturais, com vistas à valorização e o estudo de temas indígenas relevantes.
§ 2º As mesmas determinações se aplicam à formação de professores para escolas de remanescentes de quilombos ou que se caracterizem por receber populações de etnias e culturas específicas.
O modelo do projeto pedagógico do curso da Estácio
O Plano de Ensino da Estácio e sua estrutura curricular foram construídos com a participação dos professores do curso e obedecem às diretrizes estabelecidas pela Resolução do CNE/CP Nº 1/2006.
Ele está baseado nos princípios de unicidade e organicidade e integração, porque foram pensados para garantir o mesmo padrão de qualidade, em todos os cursos oferecidos pela universidade, nos diferentes estados e municípios brasileiros. 
As disciplinas e demais componentes curriculares foram organizados e detalhados em planos de aula específicos dentro de uma mesma concepção pedagógica, respeitando os princípios da contextualização, interdisciplinaridade, necessários ao atendimento de uma população de educandos de origens diversas e plural.
No projeto da Estácio, a pesquisa é incorporada como um dos elementos de formação e possibilitam uma integração entre teoria e prática.
A extensão é considerada uma atividade que permite ao aluno vivenciar projetos que lhe deem uma visão mais real das necessidades existentes na sociedade para uma ação solidária e comprometida com o outro, em uma perspectiva democrática de construção do futuro cidadão responsável e participativo..
No decorrer do curso, os professores são incentivados a promover ações pedagógicas que articulem os saberes e as práticas, vinculando-os aos ideais da ética, da responsabilidade, da cidadania, da solidariedade e do espírito coletivo.
Em resumo, o currículo do curso foi concebido como um conjunto integrado e articulado de situações organizadas.
Perfil do formando: novos paradigmas, novas práticas e o mercado de trabalho
A partir da Resolução CNE/CP Nº 1/2006, o curso de Pedagogia ganhou um novo desenho curricular. Isso provocou a ampliação do eixo de formação, no momento em que definiu não ser a docência uma atividade do exercício do magistério em sala de aula caracterizada apenas como o processo de ensinar e aprender.
Outros saberes são incorporados ao entendimento do que seja a docência:
• o planejamento;
• a gestão;
• a coordenação pedagógica;
• a pesquisa do cotidiano escolar.
A prática pedagógica envolve um extenso trabalho que não se contém na organização de planos de aula ou fichas de trabalho, na leitura do livro didático ou na aplicação de testes e realização de pesquisas bibliográfica e trabalhos em grupo.
Profissionalização do Magistério: a formação inicial e continuada
Foram introduzidos novos parâmetros para a formação inicial do professor em nível superior. Agora, a formação está centrada no desenvolvimento de competências e habilidades necessárias para atuar no sentido da transformação social.
Essa nova formação é indispensável para a sobrevivência do homem em um mundo complexo, globalizado, onde a incerteza e a provisoriedade do futuro determinam a necessidade de estar sempre mudando e atualizando os saberes e adequando suas competências para fazer frente a novos desafios.
Essa mudança de paradigma resultou no adensamento da formação do professor, que agora não é apenas responsável por repassar conteúdos. Ele deve atuar no sentido do desenvolvimento pleno do aluno, na preparação para o exercício da cidadania e a qualificação para o mundo do trabalho.
Isto é, o professor deve fazer dele um profissional capaz de exercer com eficiência as suas atividades no local onde for atuar. Entende-se que a formação inicial não se completa na graduação. A dinâmica do cotidiano escolar pressiona no sentido de uma ressignificação constante dos conteúdos e das abordagens tradicionalmente utilizadas com sucesso em épocas passadas.
Para a constante profissionalização do magistério, parte-se de uma formação inicial focada no estudo das teorias educacionais para o reconhecimento das bases do pensamento educacionais, para saber entender e interpretar os processos educativos existentes nas escolas ou em organizações não escolares. Há uma constante necessidade de uma postura dialógica entre quem estuda e para quem aprende.
Há uma premência em se definir o que ensinar e por que ensinar. Não se ensina apenas o conteúdo próprio a cada disciplina: na convivência professor/ aluno, sempre são repassados os valores, atitudes, posturas e procedimentos que influenciam e determinam a ação docente de um e de outro. A formação continuada hoje é entendida como um movimento constante de busca do profissional em melhorar e aprimorar sua prática pedagógica, mediante um processo de autoavaliação e de reconhecimento e insatisfação com o próprio desempenho, considerando o que o aluno realmente aprende e utiliza o que aprendeu.
A formação continuada no magistério determina um invento constante e permanente de novas formas de ensinar, o uso de estratégias de integração dos conteúdos em situações contextualizadas e significativaspara o aluno. Ao professor, não basta dominar o conteúdo ou estar atualizado com as inovações em seu campo de conhecimento. É preciso captar a forma de pensar do seu aluno, conquistá-lo para o entendimento do que está sendo focado na aula.
É importante estabelecer uma troca de experiências mediante a definição de interesses comuns, de um reconhecimento do outro, de sua visão de mundo e dos seus talentos. É necessário cultivar uma postura de receptividade às dúvidas e erros dos alunos, buscando entender por que seu aluno fracassa ou demonstra pouco interesse por conteúdos que futuramente definirão seu perfil profissional.
Considerando o trabalho feito por Gatti e Barroso, no item sobre a institucionalização do desenvolvimento profissional do professor, podemos aceitar como valiosa contribuição para o entendimento da questão que não há receita. Para uma formação continuada que garanta um melhor desempenho do professor, estão sendo considerados como fundamentais dar atenção ao contexto social e cultural do professor, observar as condições de trabalho, a valorização profissional e a participação democrática no coletivo da escola.
O exercício do magistério: o mercado de trabalho
No exercício do magistério nas escolas, encontramos realidades as mais diversas e possíveis. Os professores provêm de situações sociais e culturais bem diferentes. Receberam uma formação inicial de épocas distintas e, portanto possuem múltiplas percepções, concepções e perspectivas com relação à profissão que escolheram.
Nesse mosaico de possibilidades, encontra-se o alunado. Ele também recebeu uma educação familiar variada e possui interesses e formas de pensar próprias. O mercado de trabalho para o pedagogo, por outro lado, ampliou-se substancialmente após a Lei 9.394/96 e a introdução de suas alterações posteriores. A docência enquanto eixo da formação passa a não se confundir com a aplicação de métodos e técnicas didáticas, estranhas ao contexto do aluno.
A docência fica definida como um conjunto de saberes resultantes de uma formação ampla, diversificada, interdisciplinar, em que os componentes culturais são considerados como essenciais ao entendimento da ação educativa em escolas ou em outras instituições de natureza diversa, impondo uma postura crítica e reflexiva do profissional e um respeito às diferenças dos sujeitos que o circundam.
Na sociedade do conhecimento, esse profissional entende do ensinar e do aprender, estando habilitado para participar de equipes em organizações que pretendam desenvolver programas e projetos com finalidades educativas e de desenvolvimento dos talentos das pessoas. Dessa forma, o mercado não só se expandiu como se multiplicou para locais os mais improváveis, como empresas de grande porte ou corporações militares.
Para os pedagogos que pretendam assumir a docência na Educação Básica, é essencial que entendam a escola como uma organização complexa, que tem a função social de promover com equidade a educação de qualidade para todos, e tem como finalidade básica a formação para o exercício da cidadania.
Educação Infantil - Como já destacamos, de acordo com a Resolução CNE/CP Nº 1/2006, o pedagogo poderá exercer as funções de magistério na Educação Infantil, nos anos iniciais do Ensino Fundamental, nos cursos de Ensino Médio, na modalidade Normal, de Educação Profissional na área de serviços e apoio escolar e em outras áreas nas quais sejam previstos conhecimentos pedagógicos.
Sistemas e Instituições - As atividades docentes também compreendem participação na organização e gestão de sistemas e instituições de ensino englobando planejamento, execução, coordenação, acompanhamento e avaliação de tarefas próprias do setor da Educação, de projetos e experiências educativas não escolares e ainda a produção e difusão do conhecimento científico tecnológico do campo educacional, em contextos escolares e não escolares.
Pontos a serem discutidos sobre o mercado de trabalho para o professor
Em um estudo realizado e publicado no ano de 2009 por Bernadete Gatti e Elba Barreto, sob o título Professores do Brasil: impasses e desafios, as autoras apresentam alguns dados estatísticos de 2006 que podem servir de pontos motivadores de uma reflexão sobre as condições existentes no país para o exercício do magistério.
Vamos considerar como dados relevantes para análise a formação dos professores, participação feminina na profissão, nível de ensino e oferta pela rede pública de ensino. Os dados colhidos nas RAIS do Ministério do Trabalho demonstram que existiam em 2006 no país, considerando todas as regiões, 2.949.428 postos de trabalho para professores e outros profissionais de ensino.
Desse total, 77% eram para professores de educação básica e a maioria, 1.551.160 no ensino fundamental, face à obrigatoriedade que caracteriza este nível de ensino. Nesse montante de professores, 77% eram do sexo feminino e a maior parte da oferta era (82,6%) na rede pública de ensino. Boa parte dos professores possuía a formação pedagógica, seja em nível médio ou superior.
Podemos concluir que as oportunidades se encontram nas escolas públicas municipais, por ser o ente federado que deve prioritariamente atuar nesse nível de ensino e que detém o maior número de matrículas. Assim, as oportunidades no mercado de trabalho para atuação no magistério para o formado em Pedagogia são, em maior quantidade, originadas no setor público, mediante concurso de provas e títulos.
Os concursos públicos são realizados pelos municípios, mas podem também ser nos estados e nos colégios de aplicação que pertencem ao sistema federal ou estadual. O pedagogo pode optar pelo nível de ensino no qual deseja atuar. A validade dos concursos é de dois anos, podendo ser prorrogado por igual período.
A rede de ensino federal e a particular normalmente oferecem melhores salários e condições de trabalho mais favoráveis do que a rede pública estadual e municipal. Além das oportunidades no setor público, observa-se um incremento de matrícula na educação infantil e no primeiro segmento do ensino fundamental na rede particular de ensino.
Aula 6: Aspectos filosóficos, educacionais e pedagógicos da educação
Ao final desta aula, você será capaz de:
1. Identificar, discutir e entender a evolução do pensamento filosófico e sua contribuição para a formação de professores;
2. Problematizar o conceito de educação, identificando os modelos da tradição filosófica;
3. Discutir os paradigmas da educação e sua relação com os modelos e ideais que a história do pensamento filosófico construiu.
Introdução
Nesta aula, vamos apresentar como o pensamento filosófico apontou, no decurso da História da Educação, elementos determinantes do modelo ideal e de paradigmas da educação que foram evoluindo e se adaptando ao contexto social e aos elementos ideológicos presentes em cada época em que surgiram. Bons estudos!
Formação do homem tradicional
Nas civilizações orientais, um dos elementos constitutivos do processo educativo é a tradição, a simples transmissão ou comunicação do patrimônio do passado como padrão ideal. 
Exemplos disso são: a China, Índia, Egito, Babilônia, Palestina, Pérsia. 
O processo educativo amolda-se à imagem ideal do homem do passado, “época de ouro” em um passado idealizado. Predomina a submissão acrítica. Indica-se como se deve fazer e reagir.
O modelo das civilizações orientais é o mandarim, o sacerdote, o mago, depositários e transmissores de uma sabedoria já adquirida.
Mandarim - (‘conselheiro de Estado’) era um título que se dava a altos funcionários públicos, na antiga China.
Os mandarins dividiam-se em duas categorias: a civil e a militar. O acesso a esta classe privilegiada era feito por concurso, depois de obtido o grau de bacharel, licenciado e de doutor. As promoções na carreira eram obtidas por mérito ou por favor.
Processo educativo da Patrística e da Escolástica
Dois modelos de educação se impõem no período medieval, centrados no conteúdo religioso.
De um lado, a força da instituição católica e da hierarquia; deoutro, o a força da elaboração teológica e o surgimento das primeiras universidades. À esquerda, São Francisco de Assis, fundador da Ordem Franciscana, por Bonaventura Berlinghieri (1235) e à direita, Reunião de doutorados na Universidade de Paris.
O período moderno contribuiu muito para a elaboração da educação, e suas marcas permanecem até o momento atual. 
Iniciou com a mudança na compreensão da relação da religião com a educação, tornando o ser humano mais humano, natural, crítico, racional e livre.
Foi um período marcado por uma grande diversidade de possibilidades de entendimento do processo pedagógico e da educação.
A Reforma Protestante de Martinho Lutero
Diante do contexto apresentado, precisamos pensar no que se passou com a Reforma Protestante de Lutero , movimento que determinou um processo de educação diferenciado do que era feito pelo catolicismo. 
Além de consequências religiosas, a Reforma teve consequências econômicas, políticas, sociais e consequentemente educacionais. Vamos entender a educação em sua concepção protestante.
 Partimos inicialmente da sua afirmação que revela a adequação da educação com a realidade concreta da vida e suas consequências:
“Não é preciso perguntar como um texto latino deve ser dito em alemão [...] mas é preciso interrogar a mãe na casa, as crianças na rua, o homem do povo no mercado [...] é preciso observar como eles falam”.
A atuação de Lutero foi bastante abrangente. Ele pensou na escola pública, na participação da família e no currículo.
(181462363 - GI) Escola pública - Lutero foi um dos responsáveis pela formulação do sistema de ensino público que serviu de modelo para a nossa escola atual. É dele a ideia da escola pública para todos organizada em três ciclos: fundamental, médio e superior.
Coerente com essa ideia, ele condenou a educação dada pelas escolas monásticas e eclesiásticas de sua época. Para ele, a educação não devia ser dominada pela Igreja.
 (Francisco de Goya y Lucientes 053.jpg - wiki) Participação da família – Para Lutero, a educação não podia ser responsabilidade só da escola. A família também devia participar nessa tarefa. Por isso, ele defendia que as escolas fossem mais amplas e abertas do que eram em sua época.
(4323125- DS) Sobre o currículo – Ele pensava que o latim e o grego deveriam constituir a parte mais importante; e o hebraico também precisaria estar ao alcance de todos. Além do aspecto linguístico, ele incluía a lógica, a matemática, a ciência, a gramática e a música. Destaca-se que, por sua influência, a música tornou-se obrigatória na educação de todos.
Escola pública - Lutero foi um dos responsáveis pela formulação do sistema de ensino público que serviu de modelo para a nossa escola atual. É dele a ideia da escola pública para todos organizada em três ciclos: fundamental, médio e superior. Coerente com essa ideia, ele condenou a educação dada pelas escolas monásticas e eclesiásticas de sua época. Para ele, a educação não devia ser dominada pela Igreja.
Lutero tinha uma clareza e amplitude sobre a educação: ele queria educação, universalidade e acessibilidade para todas as classes sociais e gêneros. Para isso, caracteriza a responsabilidade do Estado na educação, como na afirmação a seguir.
 Lutero considerava a educação universal de fundamental importância para a Reforma. Por isso, insistia, em suas pregações, que o ensino deveria chegar a todo o povo, nobre e plebeu, rico e pobre. E contrariando o que se pensava e fazia na época, ele deveria beneficiar tanto os meninos quanto as meninas. Caberia ao Estado, finalmente, decretar a frequência obrigatória à escola. Em sua opinião, o Estado tinha o dever de obrigar os seus súditos a enviar os filhos à escola, assim como compelir todos eles a prestar o serviço militar (Piletti, 2012, 63).
Lutero pode ser considerado um dos precursores da defesa da educação universal. As ideias educacionais de Lutero foram postas em prática pelos seus continuadores, principalmente por Felipe Melanchthon (1479-1560), que representou para a reforma educacional o que Lutero simbolizou na reforma religiosa.
 Um resultado prático da Reforma foi o surgimento de sistemas de escolas controladas e parcialmente mantidas pelo Estado. Tais sistemas são considerados os primeiros de tipo moderno. Em toda cidade e vila, havia escolas elementares de latim. Acima dessas, havia as escolas superiores de latim, que, mais tarde, foram incorporadas ao ginásio juntamente com as escolas elementares. Acima de tudo, estava a universidade, cuja história foi determinada pelo progresso da religião protestante e pelo desenvolvimento da Teologia protestante.
A formação do homem que se torna humano
A Renascença representa um grande esforço de renovação, de construção de um novo conceito de homem e de educação. Uma possibilidade de encontro do antigo com o novo. No que se refere à criatividade, supera o modelo antigo, destacando a possibilidade da criatividade humana e da liberdade.
Por um lado, pro­cura reviver a imagem ideal da Antiguidade, sobretudo da Grécia, auferindo, porém, consequências novas, conforme as exigências dos novos tempos.
No que concerne ao processo educativo, a Renascença assume plenamente a imagem ideal do homem que se torna humano.
Entre­tanto, o ideal renascentista vai além do ideal clássico, pelo fato de reconhecer que a própria criatividade inerente ao homem lhe abre perspectivas incalculáveis quanto à realização da sua humanidade (Giles, 1983, p. 71).
Esse período contrasta com o período medieval, principalmente no que se refere à liberdade. Apresenta uma renovação e construção de um novo conceito de homem. Procura reviver a imagem ideal da Antiguidade dentro das exigências do novo tempo.
Contra os ideais medievais, surge o homem que se sente livre, independente de todos os entraves à realização de uma humanidade inesgotável. Outro ser humano surge plenamente consciente do seu valor intrín­seco.
 As virtudes renascentistas são o orgulho, a ousadia, a sede pela aventura de viver. O homem se torna humano, reconhece que a criatividade é própria do homem e abre perspectivas incalculáveis quanto à realização da humanidade e do futuro.
Inicialmente, o processo educativo procura pautar-se nos gran­des oradores romanos, sobretudo Cícero, mas não tarda a abraçar com avidez a cultura helênica. Influenciado pelo Humanismo, o esforço intelectual renascentista torna-se mais livre, e o processo educativo se desenvolve e transforma-se tanto do ponto de vista da forma como do conteúdo.
O modelo ideal de cultura é a eloquência clássica, a virtude e a verdade. Visa-se a formação integral do homem, ideal da Grécia antiga. De acordo com esse ideal, trata-se de educar harmoniosamente o jovem, inculcando-lhe a cultura do espírito e do corpo. O educando não só recebe conteúdos, passivo, mas também exerce a razão pessoal.
A formação do homem que se emancipa do passado
A imagem ideal do início da época moderna estava centrada na observação da realidade concreta, mercantilista, adequada ao modelo de produção. Consequentemente, a educação é realista, com pleno conhecimento das coisas mais próximas da realidade do educando e das exigências da ciência. Acontece a superação do ideal humanista literário e volta-se para a realidade, para o mundo.
 Dois pensadores são importantes: João Comênio com a didática e John Locke com seu pragmatismo. A partir do século XVII, inicia-se o grande período da emanci­pação do passado. Supera-se o ideal humanista literário e volta-se para a própria realidade, para o mundo.
A tradição é relegada ao passado, e o homem dela se emancipa. O processo educativo segue o mesmo caminho, adotando feição realista que exige conhecimento das coisas, da realidade, antes que o das palavras.
 O processo educativo que segue essa nova imagem ideal rejeita o ensino verbal e a memorização. Pelo contrário, atribui força pre­ponderante à intuição direta da realidade. Também insiste na simpli­ficação e na simplicidade do ensino. Em vez de se falar em latim, valoriza-se a línguamaterna e as Ciências Naturais, como também a Educação Física.
Fonte: http://revistaescola.abril.com.br/historia/pratica-pedagogica/pai-didatica-moderna-423273.shtml
Exige-se um novo tipo de educação para enfrentar as necessidades do mercantilismo.
Criam-se novos ideais de educação, em termos de classe social e de profissão. 
Este novo ideal tem como primeiro teórico em João Comênio, reconhecido como o pai da didática, que entende o educar como aprender a fazer e atuar no mundo, a partir da capacidade de pensar deve levar a atuar no mundo.
Para ele, o processo educativo deve ter por base o livro novo da natureza, e não livros mortos, pois deve levar o educando a fazer. Somente fazendo se aprende a fazer, contemplando a essência profunda das coisas e seu lugar no universo.
Trata-se de um processo que deve levar em consideração o pensar, o falar e o atuar. Esse novo conhecimento evidencia o ensino realista pautado na natureza, solidificando o processo de aprendizagem como exercício pessoal. Giles (1983, p. 74), ao tratar desse período, no livro Filosofia da Educação, compara o ensino com uma rocha inabalável:
O conhecimento só será verdadeiro quando as coisas forem co­nhecidas tais como são, isto é, na sua conexão harmoniosa. Por­tanto, o novo método de ensino é realista e se pauta na natureza como sobre uma rocha inabalável.
É indispensável levar em consi­deração o ritmo de desenvolvimento das faculdades que fazem parte da natureza, do universo harmonioso. Deve-se desenvolver a intuição do educando, isto é, o seu poder de observação, lembrando-se da ne­cessidade do exercício pessoal daquilo que aprendeu.
Os efeitos do realismo no processo educativo são percebidos na diferenciação de novos tipos de educação, aplicando-se a cada classe social o processo educativo considerado próprio, específico para suas necessidades.
O principal teórico do naturalismo no processo educativo é John Locke. Para ele, o objetivo do processo educativo deve ser pragmá­tico. Nascemos criaturas racionais e, no entanto, só o uso, o exercício, a aplicação e a diligência nos tornam realmente criaturas ra­cionais.
Para ele, a educação deve ser integral, compreendendo a dimensão intelectual, moral e física, isto é, o saber, a virtude e o vigor físico. Como afirmam Cotrim e Parisi (1986, p. 209), ao tratar os fundamentos da educação, Locke influenciou Rousseau, assim como uma educação voltada para a natureza e a subjetividade:
Locke escreveu Alguns Pensamentos sobre a Educação, que mais tarde vieram a influenciar Rousseau; Cartas sobre a Tolerância, que defi­niram sua posição em matéria religiosa, e sua obra-prima Ensaio sobre o Entendimento Humano [...] Dessa sua teoria, de que todo o nosso conhecimento provém da experiência, Locke pregava que a educação tinha que começar pela observação das coisas da natureza aliada à experiência pessoal, subjetiva.
Com a imagem ideal do período moderno, por diversos motivos, chega-se à conclusão de que também o comerciante, o soldado, o jornaleiro, o aldeão e a mulher devem participar do processo educativo, embora dentro das exigências da sua classe.
Só nesta condição a ascendente classe artesanal pode desempenhar seu papel relevante nas novas estruturas da sociedade.
Todavia, a tarefa educativa incumbe ao Estado. Em síntese, pode-se afirmar deste período um novo tipo de educação que enfrenta o mercantilismo, com ideal de classe social e de profissão. A influência pedagógica de Comênio e de Locke foi muito grande, repercutindo na sociedade do seu tempo, servindo de base para o desenvolvimento de outras teorias educacionais. Ela considera aspectos importantes para a filosofia da educação nos aspectos didáticos e psico-pedagógicos.
A diversidade de modelos
O período contemporâneo ou pós-moderno, como alguns teóricos afirmam, apresenta uma diversidade de modelos que de certa forma se identificam muito.
A época contemporânea apresenta a proliferação de imagens-modelos, que vão desde o modelo revolucionário, o modelo existencialista, até o analítico.
As imagens ideais apresentadas em cada período anterior representam as respectivas épocas em que surgiram, mesmo reconhecendo que no período pós-moderno, em muitos casos, permanecem seus reflexos, suas consequências.
O que define a época contemporânea são situações tão indefinidas, que dificultam a afirmação de um único modelo ou imagem ideal que orienta o processo educativo.
A época contemporânea tem como característica uma proliferação de imagens ideais que vão desde o modelo revolucionário, o modelo existencialista, até o modelo analítico. Este último tem como consequência prática a aplicação da cibernética no processo educativo.
Diante de tantos conceitos, pode-se perguntar se o processo educativo contemporâneo fundamenta-se em alguma imagem-ideal específica do homem, ou se a sua característica consiste em não preconizar ou privilegiar nenhuma delas (Giles, 1983, p. 87).
O que caracteriza a época presente é o próprio estado de crise no campo da educação, marcado por uma instabilidade. 
Essa crise se faz presente não somente na educação, mas também o mundo, nos campos social, político e econômico desde o final do século XIX, e se reflete na imagem ideal de educação.
Entenda a seguir os modelos revolucionário, existencialista e analítico.
A imagem revolucionária
A primeira imagem ideal a surgir no século XX foi formulada por Ellen Key, escritora feminista da Suécia, que escreveu sobre diversos assuntos nas áreas de família, ética e educação. Key afirma que o objetivo do processo educativo consiste em preparar conscientemente a grande revolução que derrube a totalidade do sistema existente, sem deixar pedra sobre pedra.
 Apresenta certa contradição, em que o grande mistério do processo educativo consiste em não educar, carregado de uma crítica ao que já se passou. Quanto aos sistemas atuais de educação, estes só abrigam os eternos vícios do intelectualismo, do dogmatismo e de uma burocracia onipotente.
 Acertar o verdadeiro caminho para uma formação sadia significa fazer tudo ao contrário do que se faz atualmente.
Significa criar condições em que cada educando possa desenvolver livremente suas aptidões e capacidades, de acordo com suas inclinações, dentro do ritmo da grande evolução humana. O processo educativo deve ser uma experiência vital, sem acorrentar a liberdade e originalidade do educando, tampouco as do educador, afastada toda propaganda política e religiosa (Giles, 1983, p. 87).
 
Suprimida a coerção externa, o educador poderá levar o educando a ser espontâneo, limitando-se a sugerir e nunca a impor. Toda atividade deve surgir de dentro, em função dos interesses e das necessidades do educando. Em outras palavras, todo o processo de aprendizagem deve partir do próprio educando. Consequentemente, o processo educativo exclui a transmissão de um corpo de conhecimentos, pois, para poder realmente influenciar ou transfor­mar o modo de ser do educando, este processo deve ser fruto de um esforço estritamente pessoal. Assim, o processo educativo deixa de ser livresco, intelectualista, para se tornar uma atividade livre, espon­tânea.
O processo educativo e a liberdade do educando combinam com as exigências da própria vida, integrando a realidade de um modo totalmente natural.
 Por parte do educador, o melhor método é não ter nenhum método exclu­sivo, mas conhecer a todos para poder utilizá-los com perspicácia. O processo educativo formal deve ser substituído pela emulação, por um processo baseado na colaboração entre educador e educando.
 A socialização do processo educativo encontra a sua imagem-ideal desenvolvida por alguns educadores, entre eles destacamos: John Dewey e Maria Montessori.
A imagem existencialista
O Existencialismo apresenta a compreensão da dimensão filosófica, apontando, referindo-se ao aspecto da individualização do processo educativo. A corrente filosófica do Existen­cialismo coloca todo o peso na existência humana concreta: individual e intersubjetiva. Existir, no caso, é ser livre, mas ao

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