Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Resumo: Estudos – ADMINISTRAÇÃO DE RECURSOS HUMANOS Blog: www.vou-passar.blogspot.com Grupo no Yahoo: concursosrh Professora Cristiana Duran ADMINISTRAÇÃO DE RECURSOS HUMANOS Avaliação de Desempenho A avaliação de desempenho é uma apreciação sistemática do desempenho de cada pessoa no cargo e o seu potencial de desenvolvimento futuro. AD é um instrumento gerencial que permite ao administrador mensurar os resultados obtidos por um empregado ou por um grupo, em período e área específicos (conhecimentos, metas, habilidades etc). A avaliação de desempenho não é um fim em si mesma, é uma meio, uma ferramenta para melhorar os resultados dos RH na organização (objetivo principal). Objetivos intermediários: a) adequação do indivíduo ao cargo; b) treinamento; c) promoções; d) incentivo salarial ao bom desempenho; e) melhoria das relações humanas entre superiores e subordinados; f) auto-aperfeiçoamento do empregado; g) informações básicas para pesquisa de recursos humanos; h) estimativa do potencial de desenvolvimento dos empregados; i) estímulo à maior produtividade; j) conhecimento dos padrões de desempenho da organização; l) retroação (feedback) de informação ao próprio indivíduo avaliado; m) outras decisões de pessoal, como transferências, dispensas, etc. Por que avaliamos (GERAL)? - Decisões administrativas - Desenvolvimento e feedback aos funcionários - Critérios para pesquisa Responsabilidade pela avaliação: - Gerente - Colaborador - Colaborador e gerente - Equipe de trabalho - Órgão de gestão de pessoal - Comissão de avaliação: Comissão designada para esta finalidade, constituída por pessoas temporárias ou permanentes, de diferentes órgãos ou departamentos. - Avaliação de 360º: Feita de modo circular por todos os elementos que mantém alguma forma de interação com o avaliado: superior, colegas e pares, subordinados, clientes internos e externos, fornecedores, ele mesmo etc. Métodos de avaliação: 1 - das escalas gráficas: Mais utilizado e divulgado. Cada fator é definido com uma descrição sumária, simples e objetiva e é dimensionado para retratar um desempenho fraco ou insatisfatório até um desempenho ótimo ou excelente. Os fatores são ponderados e ganham valores em pontos, de acordo com sua importância na avaliação. a) escalas gráficas contínuas: apenas os dois pontos extremos são definidos. b) escalas gráficas semicontínuas: inclusão de pontos intermediários (sem descrição) entre os dois pontos extremos. c) escalas gráficas descontínuas: a posição das marcações está previamente fixada e descrita e o avaliador escolhe uma delas. VANTAGENS DESVANTAGENS Fácil entendimento e simples aplicação para avaliadores; Visão integrada e resumida dos fatores de avaliação; Pouco trabalho no registro. Inflexibilidade ao avaliador; Sujeito a distorções e interferências dos avaliadores (ex. Efeito Halo); Tende a rotinizar e bitolar os resultados; Necessita de procedimentos matemáticos e estatísticos para apuração; Tende a resultados condescendentes ou exigentes para todos. 2 - da escolha forçada: Avaliar o desempenho por intermédio de frases descritivas de alternativas de tipos de desempenho individual. O avaliador deve escolher forçosamente apenas uma ou duas que mais se aplicam ao desempenho do empregado avaliado. Duas formas de composição das frases: a) blocos formados por duas frases de significado positivo e duas, negativo. b) blocos formados por quatro frases de significado positivo. VANTAGENS DESVANTAGENS Proporciona resultados confiáveis e isentos de subjetividade; Aplicação simples não exige preparo prévio dos avaliadores. Elaboração e montagens são complexos; Método comparativo e discriminativo e apresenta resultados globais; Para fins de desenvolvimento humano, necessita de informações sobre necessidades de treinamento, potencial de desenvolvimento, etc; Deixa o avaliador sem noção do resultado que fixa a respeito de seus subordinados. 3 - da pesquisa de campo: Entrevistas com o superior imediato, através das quais se avalia o desempenho dos seus subordinados, levantando-se as causas, as origens e os motivos de tal desempenho, por meio de análise de fatos e situações. Possibilidade de também fazer um planejamento junto como o superior, para o desenvolvimento no cargo e na organização. Passos: a) Avaliação inicial (superficial) Resumo: Estudos – ADMINISTRAÇÃO DE RECURSOS HUMANOS Blog: www.vou-passar.blogspot.com Grupo no Yahoo: concursosrh Professora Cristiana Duran b) Avaliação suplementar (com mais profundidade) c) Análise profunda (saber o que já foi feito) d) Planejamento (desenvolve o plano de ação) e) Acompanhamento (verificação e comprovação do desempenho de cada colaborador) VANTAGENS DESVANTAGENS Quando feita com todas as etapas, permite ao supervisor uma visualização do conteúdo dos cargos sob sua responsabilidade e CHAs exigidos; Proporciona um relacionamento proveitoso com o especialista em avaliação; Permite uma avaliação profunda, imparcial e objetiva, localizando causas de comportamento e fontes de problemas; Permite planejamento de ação para melhorias de desempenho; Permite entrosamento com treinamento, plano de carreiras entre outras; Método mais completo. Custo operacional elevado; Morosidade do processo; 4 - dos incidentes críticos: O supervisor imediato observa e registra os fatos excepcionalmente positivos e negativos do desempenho de seus subordinados. As exceções positivas devem ser realçadas e mais utilizadas, enquanto as exceções negativas devem ser corrigidas e eliminadas. 5 - de comparação aos pares (comparativo ou comparação binária): Compara dois a dois empregados de cada vez, e se anota na coluna da direita aquele que é considerado melhor quanto ao desempenho. Podem-se também utilizar fatores de avaliação. 6 - das frases descritivas: É diferente da escolha forçada apenas por não exigir obrigatoriedade na escolha de frases. O avaliador assinala as frases que caracterizam o desempenho do subordinado (+ ou S) e aquelas que demonstram o oposto de seu desempenho (- ou N). “É como a escolha forçada, só que sem ser forçada”. 7 - avaliação participativa por objetivos (APPO): A visão da avaliação é participativa sem conotação de testagem. Por isso, sua principal vantagem é a redução do nível de stress. Etapas: a) Identificação dos objetivos comuns: gerentes e colaboradores definem juntos os objetivos que deverão garantir resultado organizacional e individual. b) Compromisso de todos e esforço direcionado: investimento na participação total dos integrantes. c) Papel de negociador de meios é do gerente; d) Desempenho: é a estratégia desenvolvida por cada participante para atingir os objetivos propostas. É personalizada e definida individualmente. e) Medição e acompanhamento em todo o processo: monitoração e feedback freqüentes. 8 - avaliação por resultados: Compara entre os resultados desejáveis e os atingidos. 9 - listas de verificação: Baseia-se numa relação de fatores de avaliação a serem considerados (check-lists) a respeito de cada funcionário. Cada um dos fatores recebe uma avaliação qualitativa. A lista funciona como um lembrete para o gerente avaliar as principais características do funcionário. É como uma simplificação das escalas gráficas. 10 - mistos 11 – Avaliação 360º: Método que se identifica fortemente com ambientes democráticos e participativos e que se preocupam tanto com os cenários internos à organização quanto com os externos. Trata-se de um modelo em que o avaliado é focado por praticamente todos os elementos que tenham contato com ele: subordinados, superiores, pares, clientes internos e externos, fornecedores etc. É também chamado de feedback com múltiplas fontes e se caracterizapelo compartilhamento de feecbacks com quem executou o trabalho por parte das pessoas diretamente afetadas pelos resultados produzidos. Apoiada nas proposições da psicologia social-cognitiva e da teoria da aprendizagem social, esta prática estimula o autoconhecimento, o envolvimento no processo produtivo e amplia a consciência quanto aos impactos das posturas e dos comportamentos no próprio desempenho e nos demais. Essa visão pluralista é uma postura organizacional avançada que fomenta o comprometimento com os resultados. Erros de avaliação: Efeito halo ou efeito de esteriotipação: quando o avaliador dá a um indivíduo a mesma classificação em todas as dimensões, apesar das diferenças de desempenho apresentadas. Erros de distribuição: quando o avaliador tende a classificar todas as pessoas da mesma forma. Resumo: Estudos – ADMINISTRAÇÃO DE RECURSOS HUMANOS Blog: www.vou-passar.blogspot.com Grupo no Yahoo: concursosrh Professora Cristiana Duran - decorrentes de tolerância (leniência / complacência): todas as avaliações com a dimensão mais favorável. - decorrentes de severidade: todas as avaliações com a dimensão mais desfavorável. - de tendência à intermediação (erros de tendência central): todos recebem classificação mediana. Atitudes inconscientes: - Julgar sob a impressão de uma qualidade: semelhando ao efeito halo; - Basear-se em acontecimentos recentes; - Levar em conta características pessoais extra-cargo; - Supervalorizar as qualidades potenciais: confundir desempenho com potencial. Campos influentes na avaliação de desempenho: Foi verificado que existem 3 campos influentes para a obtenção de resultados positivos numa AD: 1. O querer e o saber 2. As metas 3. As possibilidades 1º campo (querer e o saber) é a “variável volitiva”, e implica que o avaliador precisa querer avaliar com imparcialidade e deve ter o domínio do conhecimento de todas as armadilhas e técnicas envolvidas num processo avaliativo. 2º campo (metas) é a “variável teleológica” e diz respeito à missão propriamente dita da avaliação, os objetivos principais e secundários a que se destina, sem os quais o avaliador pode comprometer seriamente seus rumos. 3º campo (possibilidades) é o que oferece ao avaliador os instrumentos necessários para realizar a sua tarefa, ou seja, o tipo de metodologia a ser aplicado e os meios de que deverá dispor para concretizar efetivamente a avaliação. Tendências atuais da avaliação de desempenho: - Indicadores mais sistêmicos (visualizam a empresa como um todo, decorrem do planejamento estratégico); - Indicadores escolhidos e selecionados como critérios distintos de avaliação; - Indicadores escolhidos em conjunto. Principais indicadores: financeiros, ligados ao cliente, internos e de inovação. - Avaliação do desempenho como elemento integrador das práticas de RH. - Avaliação do desempenho através de processos simples e não estruturados (sem tanta burocracia). - Avaliação do desempenho como forma de retroação às pessoas. - Avaliação do desempenho requer a medição e comparação de algumas variáveis individuais, grupais e organizacionais. - Avaliação do desempenho enfatizando cada vez mais os resultados, as metas e os objetivos alcançados do que o próprio comportamento. - Avaliação do desempenho sendo intimamente relacionada com a noção de expectância. Entrevista de Avaliação do Desempenho: Propósitos: o Dar ao subordinado condições de melhorar seu trabalho através da comunicação clara e inequívoca de seu padrão de desempenho; o Dar ao subordinado uma idéia clara de como está desempenhando seu trabalho, salientando seus pontos fortes e fracos, e comparando-os com os padrões de desempenho esperados; o Discutir ambos (subordinado e gerente) sobre providências e planos para melhor desenvolver e utilizar as aptidões do subordinado; o Construir relações pessoais mais fortes entre gerente e subordinados, nas quais ambos tenham condições de falar francamente a respeito do trabalho etc; o Eliminar ou reduzir dissonâncias, ansiedades, tensões e incertezas que surgem quando os indivíduos não recebem aconselhamento planejado e orientado. Fases: 1 – Preparação: preparar o entrevistado e o instrumental necessário. Obter as informações. 2 – Desenvolvimento: colocar o empregado a par de suas qualidades e limitações. 3 – Encerramento: entrevista assume características de aconselhamento. Referências utilizadas: Gil, A.C. Gestão de Pessoas: enfoque nos papéis profissionais. 1ª Ed. 6ª Reimp. São Paulo: Atlas, 2006. Aula 03, Ponto dos Concursos. Professor José Carlos. Curso de Conhecimentos específicos de RH para a Câmara dos Deputados, 2007. AZEVEDO, L.O.; AZEVEDO, P.A. Analista de Recursos Humanos: conhecimentos específicos. Brasília: LGE Editora, 2007. MARRAS, J.P. Administração de Recursos Humanos: do operacional ao estratégico. 6ª ed. São Paulo: Ed. Futura, 2002 Souza, V.L.; Mattos, I.B.; Sardinha, R.L.L.L.; Alvez, R.C.S. Gestão de desempenho. RJ: Editora FGV, 2005. Chiavenato, I. Recursos Humanos. 6ª Ed. SP: Ed. Atlas, 2000.
Compartilhar