Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
UUNNIIPP -- UUnniivveerrssiiddaaddee PPaauulliissttaa MSF – MECÂNICA DOS SOLOS E FUNDAÇÕES Fernando de Moraes Mihalik - 1 - UUNNIIPP -- UUnniivveerrssiiddaaddee PPaauulliissttaa IICCEETT UUNNIIDDAADDEE AALLPPHHAAVVIILLLLEE MMEECCÂÂNNIICCAA DDOOSS SSOOLLOOSS EE FFUUNNDDAAÇÇÕÕEESS MMSSFF NNOOTTAASS DDEE AAUULLAA –– 0011 CCAARRAACCTTEERRÍÍSSTTIICCAASS DDOOSS SSOOLLOOSS ÍÍNNDDIICCEESS UUNNIIPP -- UUnniivveerrssiiddaaddee PPaauulliissttaa MSF – MECÂNICA DOS SOLOS E FUNDAÇÕES Fernando de Moraes Mihalik - 2 - NA_01-MSF/2017 NNOOTTAASS DDEE AAUULLAA -- PPAARRTTEE 11 CCAARRAACCTTEERRÍÍSSTTIICCAASS DDOOSS SSOOLLOOSS 1. NOÇÕES BÁSICAS – SOLOS – ORIGEM E FORMAÇÃO CLASSIFICAÇÃO DOS SOLOS EM FUNÇÃO DE SUA ORIGEM E FORMAÇÃO: - Solos Residuais - Solos Sedimentares. 1.1 SOLOS RESIDUAIS Solos residuais são os solos que permanecem no local de decomposição rocha que lhes deu origem. Para a sua ocorrência é necessário que a velocidade de remoção do solo seja menor que a velocidade de decomposição da rocha. A rocha que mantém as características originais, ou seja, a rocha sã é a que ocorre em profundidade. Quanto mais próximo da superfície do terreno, maior é o efeito do intemperismo. Sobre a rocha sã encontra-se a rocha alterada, em geral muito fraturada e permitindo grande fluxo de água através das descontinuidades. A rocha alterada é sobreposta pelo solo residual jovem, ou saprólito, que é um material arenoso. O material mais intemperizado ocorre acima do saprólito e é denominado solo residual maduro, que contém maior percentagem de argila. 1.2. SOLOS SEDIMENTARES Os solos sedimentares ou transportados são aqueles que foram levados de seu local de origem por algum agente de transporte e lá depositados. As características dos solos sedimentares do agente de transporte. Os agentes de transporte são: - Vento (solos eólicos); - Água (solos aluvionares); - Água dos Oceanos e Mares (Solos Marinhos) - Água dos Rios (Solos Fluviais) - Água das Chuvas (Solos Pluviais) - Geleiras (Solos Graciais); - Gravidade (Solos Coluvionares) UUNNIIPP -- UUnniivveerrssiiddaaddee PPaauulliissttaa MSF – MECÂNICA DOS SOLOS E FUNDAÇÕES Fernando de Moraes Mihalik - 3 - TIPOS E EXEMPLOS DE SOLOS SEDIMENTARES 2.2.1 SOLOS EÓLICOS Transporte pelo vento. Devido ao atrito os grãos dos solos transportados possuem forma arredondada. A ação do vento se restringe ao caso das areias e dos siltes. São exemplos de solos eólicos as DUNAS e os solos LOÉSSICOS. Dunas – Barreira. Loéssicos – Vegetais. 2.2.2 SOLOS ALUVIONARES O agente de transporte é a água, os solos sedimentares. A sus textura depende da velocidade de transporte da água. podem ser classificados como de origem PLUVIAL, FLUVIAL ou DELTAICO. Dentre suas principais características, destacam-se: - Grãos de diversos tamanhos; - Mais grossos que os eólicos; - Sem coesão. 2.2.3 SOLOS GLACIAIS Formados pelas geleiras. São formados de maneira análoga aos fluviais. 2.2.4 SOLOS COLUVIONARES Formados pela ação da gravidade. Grande variedade de tamanhos. Dentre os solos podemos destacar o TALUS, que é solo formado pelo deslizamento de solo do topo das encostas. 2.2.5 SOLOS ORGÂNICOS Impregnação do solo por sedimentos orgânicos preexistentes, em geral misturados de restos de animais e vegetais. Cor escura e cheiro forte. As TURFAS são solos que encorporam florestas soterradas em estado avençado de decomposição. Não se aplicam as teorias gerais da mecânica dos solos. 2.2.6 SOLOS TROPICAIS VERMELHOS Ou LATERÍTICOS são os solos de evolução pedogênica (sofrem no seu local de formação ou deposição uma série de transformações físico-químicas. Formados por uma alternância de saturação e secagem do solo original, aumentando a concentração de óxido de ferro e alumina na parte superior. UUNNIIPP -- UUnniivveerrssiiddaaddee PPaauulliissttaa MSF – MECÂNICA DOS SOLOS E FUNDAÇÕES Fernando de Moraes Mihalik - 4 - 2. NOÇÕES BÁSICAS - ELEMENTOS CONSTITUINTES DO SOLO O solo é um material constituído por um conjunto de partículas sólidas, deixando entre si vazios. Esses vazios podem estar parcialmente ou totalmente preenchidos por agua. Para a sua análise, os solos são divididos em 3 fases: SÓLIDA (material), LÍQUIDA (água) e GASOSA (ar). A água pode ser: DE CONSTITUIÇÃO (faz parte da estrutura molecular da partícula sólida) ADESIVA (ou adsorvida – película que envolve a partícula sólida) LIVRE (a que se encontra nos terrenos e que preenche os vazios) HIGROSCÓPICA (a que se encontra em um terreno seco, ao ar livre) CAPILAR (que sobe pelos interstícios capilares deixados pelas partículas sólidas) UUNNIIPP -- UUnniivveerrssiiddaaddee PPaauulliissttaa MSF – MECÂNICA DOS SOLOS E FUNDAÇÕES Fernando de Moraes Mihalik - 5 - 3. DIVISÃO DO SOLO EM FASES Volume Total - VT Peso Total - PT Volume de Ar – Var Peso Água – PA Volume de Água - Va Peso de Sólidos - PS Volume de Sólidos = VS Volume de Vazios = VV 4. GRANULOMETRIA 3.1. Solos Puros Em função dos diâmetros das partículas que o compõem, os solos puros são classificados seguindo a denominação a seguir: UUNNIIPP -- UUnniivveerrssiiddaaddee PPaauulliissttaa MSF – MECÂNICA DOS SOLOS E FUNDAÇÕES Fernando de Moraes Mihalik - 6 - 3.2. Solos Encontrados na Prática Classificação dos Solos em função da granulometria dos grãos Como os solos não são encontrados completamente puros, e sim misturados. Dessa forma, a sua denominação segue a tabela abaixo, em função da participação dos tipos originais: Características típicas das argilas puras – solos impermeáveis, moldáveis, com muita coesão. Características típicas das areias puras – solos granulares, não moldáveis, sem coesão, permeáveis. UUNNIIPP -- UUnniivveerrssiiddaaddee PPaauulliissttaa MSF – MECÂNICA DOS SOLOS E FUNDAÇÕES Fernando de Moraes Mihalik - 7 - 3.2. Identificação dos solos por meio de Ensaios a. Ensaios de Granulometria – Peneiramento b. Limites de Atterberg – Índices de Consistência Índices – Argilas Limites de Liquidez Limite de Plasticidade Limite de contração Índice de Plasticidade Índice de Consistência Índices – Areias Grau de Compacidade (Compacidade Relativa) UUNNIIPP -- UUnniivveerrssiiddaaddee PPaauulliissttaa MSF – MECÂNICA DOS SOLOS E FUNDAÇÕES Fernando de Moraes Mihalik - 8 - 5. ÍNDICES FÍSICOS DOS SOLOS Utilizados para a análise e cálculos relativos ao comportamento dos solos. Teor de Umidade (h) Peso Específico Aparente () Para solos não secos (h # 0) Para solos secos (h = 0) Índice de Vazios (relação entre o volume de vazios e o volume das partículas sólidas) , onde g é o peso específico das partículas do solo. UUNNIIPP -- UUnniivveerrssiiddaaddee PPaauulliissttaa MSF – MECÂNICA DOS SOLOS E FUNDAÇÕES Fernando de Moraes Mihalik - 9 - Porosidade (razão entre o volume de vazios e o volume total) Grau de Saturação (Porcentagem de água presente nos vazios)Solos Saturados: S = 100% Peso Específico de um Solo Saturado sat = valor máximo de Peso Específico de um Solo Submerso sub = sat - a Grau de Compacidade (AREIAS e SILTES) (Compacidade Relativa) MÁX – índice de vazios máximo MIN – índice de vazios mínimo – índice de vazios natural do solo UUNNIIPP -- UUnniivveerrssiiddaaddee PPaauulliissttaa MSF – MECÂNICA DOS SOLOS E FUNDAÇÕES Fernando de Moraes Mihalik - 10 - 6. CLASSIFICAÇÃO DOS TIPOS DE ARGILA A classificação das argilas em função de sua resistência é feita a partir de sua consistência. Assim, as argilas são definidas como: - ARGILA MUITO MOLE - ARGILA MOLE - ARGILA MÉDIA - ARGILA RIJA - ARGILA MUITO RIJA. A determinação de sua consistência será vista adiante. 7. CLASSIFICAÇÃO DOS TIPOS DE AREIA A classificação das areias em função de sua resistência é feita a partir de seu grau de compacidade. Assim, as argilas são definidas como: - AREIA FOFA 0 < GC < 1/3 - AREIA MEDIANA 1/3 < GC < 2/3 - AREIA COMPACTA 2/3 < GC < 1 PORTANTO DEVE-SE NOTAR QUE OS TERMOS QUE DEFINEM SE AS ARGILAS SÃO MAIS OU MENOS RESISTENTES SÃO DIFERENTES DOS TERMOS QUE DEFINEM SE UMA AREIA É MAIS OU MENOS RESISTENTE. UUNNIIPP -- UUnniivveerrssiiddaaddee PPaauulliissttaa MSF – MECÂNICA DOS SOLOS E FUNDAÇÕES Fernando de Moraes Mihalik - 11 - BIBLIOGRAFIA BÁSICA PINTO, Carlos de Sousa. Curso Básico de Mecânica dos Solos. São Paulo: Oficina de Textos, 2006. HACHICH, W, Fundações – Teoria e Prática. São Paulo: Pini. 2 Ed. 2003. VELLOSO, D.A.; LOPES, F.R. Fundações. Vol 1. Rio de Janeiro: Oficina Texto, 2004. BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR ALONSO, Urbano Rodriguez. Exercícios de Fundações. São Paulo: Edgard Blucher, 9 Ed. 1995. CAPUTO, Homero Pinto. Mecânica dos Solos e suas Aplicações. Rio de Janeiro: Livros Técnicos e Científicos, Vol. 1 6 Ed. 1996, Vol. 2 6 Ed. 1995, Vol 6 4 Ed. 1994. TERZAGHI, K.; PECK, R.B. Soil Mechanics in Engineering Practice. New York: John Wiley & Sons, 3 Ed. 1996. VARGAS, Milton. Introdução à Mecânica dos Solos. São Paulo: USP/ McGraw Hill do Brasil, 1977. MELLO, V, F. B. TEIXEIRA, A. H. Fundações e Obras de Terra. São Paulo: USP, 1971. BIBLIOGRAFIA RECOMENDADA REBELLO, Y. C. P. – Fundações – Guia Prático de Projeto, Execução e Dimensionamento, Zigurate, 2008. NORMAS TÉCNICAS PRINCIPAIS – ESTRUTURAS DE EDIFICAÇÕES ABNT, Associação Brasileira de Normas Técnicas - NBR 6122/2010 – Projeto e Execução de Fundações.
Compartilhar