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Direito do Trabalho Principios e Normas

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Direito do Trabalho 
Introdução
Este material foi produzido a partir da leitura do Curso de Direito de Trabalho, de Luciano Martinez, editora Saraiva. Tem como objetivo principal auxiliar o leitor na compreensão da referida obra; por esse motivo, foi elaborado de modo esquematizado, identificando e selecionando as ideias principais, agrupando-as de forma concisa e objetiva.
INTERPRETAÇÃO DO DIREITO DO TRABALHO
2.1 Hermenêutica → Ramo da Filosofia que cuida da compreensão humana e da interpretação dos textos escritos.
2.2 Interpretação autêntica → Não deixa dúvidas. É quando os criadores da fonte (autônoma ou heterônoma) revelam o caminho interpretativo que deve ser seguido; o legislador antecipa-se à dúvida do destinatário ou do aplicador da norma. Ex: Art. 469 da CLT.
2.3 Interpretação não autêntica → Interpretação doutrinária e interpretação jurisprudencial.
2.4 Hermenêutica jurídica → Divide-se em 04 modelos, a saber:
Hermenêutico Clássico → O mais tradicional - Savigny - Gramatical → A mais básica e tradicional - não deve ser promovida isoladamente - interpretação “ao pé da letra” - (normalmente se alia a uma interpretação lógico-sistemática); 
Lógico-sistemática → Pressupõe a compreensão do direito como um sistema; Histórica→ Remete aos antecedentes históricos recentes e remotos; 
Sociológica → A correlação do direito com os fatos sociais; 
Teleológica → Conexão deste com seus fins precípuos;
Tópico - Problemático → Theodor Viehweg - Parte de um problema para uma questão;
Hemenêutico - Concretizador → Konrad Hesse - Pré-compreensão do intérprete, partindo da concretização da norma a partir de determinada situação histórica;
Normativo - Estruturante → Friedrich Muller - Concretizar a lei em cada caso específico.
INTEGRAÇÃO DAS NORMAS TRABALHISTAS
3.1 Integração do Direito → Processo legitimado a colmatar eventual vazio em busca de uma solução satisfatória. Não se admite a existência de lacunas reais no Direito.
MÉTODOS DE INTEGRAÇÃO
Heterointegração → Lacunas integradas fora do sistema de fontes.
(Direito comparado - Cosmopolitismo - extrapolar os lindes da legislação pátria para buscar inspiração em ordenamentos jurídicos estrangeiros, 
Usos e costumes - aplicação continuada de determinado comportamento aceito e exigível socialmente, 
Princípios gerais do direito - comando normativos genéricos que condicionam e orientam a compreensão de todo ordenamento jurídico, 
Equidade - referencial de justiça que norteia o magistrado no julgamento dos casos concretos. Deve ser aplicado dentro dos limites normativos).
Autointegração → Preenche as lacunas a partir dos elementos existentes dentro da própria fonte.
Jurisprudência - Decisões uniformes e constantes dos Tribunais, aplicadas a casos semelhantes.
 Analogia - utilização de uma norma jurídica, já existente, que será aplicada a um caso semelhante, para o qual não haja legislação específica.
APLICAÇÃO DO DIREITO DO TRABALHO
APLICAÇÃO NO TEMPO E NO ESPAÇO → Miguel Reale - Eficácia do Direito segundo o âmbito ou extensão de sua incidência, ou então em função dos momentos temporais ligados à sua vigência.
Aplicação pessoal do direito do trabalho → A quem se destinam as leis do trabalho? Conjunto de princípios e regras que regulam a prestação do trabalho subordinado e excepcionalmente do trabalho autônomo.
As normas de Direito do trabalho não se aplicam → Aos exercentes de atividade em sentido estrito(aqueles que não trabalham). Ex: estagiários, prestadores de serviços voluntários, donas de casa; Aos servidores públicos.
As normas de Direito do trabalho aplicam-se → Aos trabalhadores subordinados (empregados urbanos e rurais e domésticos); Aos trabalhadores temporários; Aos trabalhadores avulsos.
APLICAÇÃO ESPACIAL DO DIREITO DO TRABALHO → Em que território são aplicadas as normas de Direito do trabalho? 
Resposta: Em todo o território nacional (Art. 22,I, CF) - Regra.
Exceção - Os Estados podem legislar sobre questões específicas das matérias laborais (Art. 22, § ú., CF).
OBS → A relação jurídica trabalhista é regida pelas leis vigentes no país da contratação ou no da prestação de serviços? Resposta: Regido pela lei do local de prestação de serviços - Regra - (Vide Súmula 207 - TST).
Exceção → Brasileiros contratados no Brasil, mas transferidos/cedidos para prestação de serviços no exterior- A princípio, aplica-se a lei do território de aplicação do contrato, observando-se direitos mínimos previstos na mencionada lei. Sendo a norma brasileira (a do local da contratação) mais benéfica, esta será aplicada em detrimento da legislação territorial estrangeira (a do local da execução dos serviços).
5.4 APLICAÇÃO TEMPORAL DO DIREITO DO TRABALHO → A partir de quando e até quando se aplicam as normas de direito do trabalho? Resposta: O direito do trabalho submete-se à regra geral, prevista na LICC → A norma jurídica com vigência indeterminada vigorará até que outra de mesma hierarquia e abrangência a modifique ou revogue (Quando expressamente a lei substituinte o declarar; Lei posterior incompatível com a anterior; lei posterior regular inteiramente a matéria de que tratava a lei anterior).
OBS → O Direito adquirido (aquele para o exercício do qual não pende qualquer requisito de constituição, estando, por isso, definitivamente incorporado ao patrimônio jurídico de seu titular) estará, em princípio, protegido contra eventuais mudanças legislativas que regulem o ato pelo qual se fez surgir seu direito.
PRINCIPIOLOGIA DO DIREITO DO TRABALHO
6.1 DISTINÇÕES ENTRE PRINCÍPIO E REGRA → Ambos são espécies do gênero “norma jurídica”.
Princípio → Alicerce de um sistema - seu mandamento nuclear.
Regra → Descreve uma hipótese fática e uma consequência jurídica.
6.2 Conflito entre Princípios → Aplica-se a técnica da ponderação de valores e interesses.
6.3 Conflito entre regras → Prefere-se àquelas de maior hierarquia em detrimentos das de menor hierarquia (critério hierárquico), as mais novas em lugar das mais antigas (critério cronológico) e/ou a mais específica em relação às mais genéricas (critério da especialidade).
PRINCÍPIOS EM ESPÉCIE → Os Princípios informam uma lógica protecionista - Protege o trabalhador de suas próprias fraquezas.
Princípio da proteção → Mecanismo de proteção aos vulneráveis - Contrabalançar relações desequilibradas - Destina-se à proteção das relações individuais de trabalho (vulneráveis). 
Relação coletiva de trabalho → a entidade sindical equilibra a balança - desaparece a vulnerabilidade.
7.2 Princípio da aplicação da fonte jurídica mais favorável → Não incide apenas sobre fontes normativas, mas, também, sobre fontes contratuais. Diante da pluralidade de fontes com vigência simultânea há de se preferir aquela que seja mais favorável ao trabalhador.
7.2.1 MÉTODOS DE DETERMINAÇÃO DA FONTE MAIS FAVORÁVEL
Acumulação/atomística → O aplicador da norma pinça, de cada uma das fontes em confronto, os itens mais favoráveis ao trabalhador, reunindo-os para a aplicação ao caso concreto. Despedaça o conjunto para construir um novo, com os ingredientes de ambos;
Método do conglobamento (puro) ou da inscindibilidade → Ao cotejar as fontes, o aplicador da norma deve verificar qual delas, em conjunto, é a mais benéfica ao trabalhador e preferi-la.
Constitucionalização do princípio da fonte mais favorável → O que justifica o privilégio dos direitos sociais e trabalhistas, se não há referência expressa quanto a eles no § 4.º, do art. 60 (Cláusulas Pétreas) do texto constitucional?
 Resposta: A ideia de que eles estão, sim, no âmbito dos direitos e das garantias individuais. Constituem um dos fundamentos do Estado brasileiro (vide art. 1.º, IV, da CF/88)
Princípio da manutenção da condição mais benéfica (ou da inalteridade contratual in pejus) → Somente se manifesta nas relações individuais de emprego - diante das fontes autônomas com vigência sucessiva, há de se manter a condição anterior, se mais benéfica.7.3 Princípio da avaliação “in dúbio pro operário” → Art. 423 C.C. → Diante de uma única disposição,suscetível de interpretações diversas e ensejadora de dúvidas, há que se aplicar aquela interpretação que seja mais favorável ao trabalhador.
7.4 Princípio da indisponibilidade de direitos → Visa a proteger o trabalhador de suas próprias fraquezas - Não é dado ao empregado dispor (renunciar ou transacionar) de direito trabalhista, sendo, por conta disso, nulo qualquer ato jurídico praticado com essa finalidade.
OBS → Renúncia → Ato unilateral - o renunciante abdica de um direito certo e de titularidade induvidosa.
Transação → Ato bilateral - os litigantes, diante da dúvida, quanto à titularidade ou quanto à extensão de um direito, resolvem, por concessões recíprocas, pôr fim ao litígio ou, ao menos, preveni-lo.
7.4.1 CONFLITO, IMPASSE E SOLUÇÃO
Conflito → Decorre de um conjunto de ações e reações entre os litigantes.
Impasse → É quando o adversário apresenta alguma oposição ao reconhecimento de uma pretensão. Atrito entre as partes.
Solução → Fim do impasse.
Solução por via autônoma → Negociação (individual ou coletiva). É quando os representantes cedem naquilo que lhes seja possível ou conveniente para o alcance dos resultados pretendidos.
Solução por via paraeterônoma → É quando um terceiro, espontaneamente, ou a convite das partes, estimular a composição.
Solução por via heterônoma → É quando os opositores preferem a atuação de um terceiro, não para aproximá-los, mas para decidir a contenda em lugar deles. As partes contrapostas não conseguem ajustar, autonomamente, suas divergências. 
 Ex: Arbitragem e Jurisdição.
7.5 Princípio da continuidade da relação de emprego → Visa a atribuir à relação de emprego a mais ampla relação possível. Presume-se, sempre, que a terminação de um vínculo deu-se por iniciativa patronal. Presume-se da repetibilidade da prestação do serviço ou do simples reconhecimento da existência desse a ocorrência de uma relação de emprego.
7.6 Princípio da primazia da realidade → Baseia-se no mandamento protetivo segundo o qual a realidade dos fatos prevalece sobre meras cláusulas contratuais ou registros documentais. Aplica-se tanto a favor quanto contrao empregado.
7.7 Princípio da razoabilidade → Comportamentos que precisam ser aferidos segundo um padrão médio de bom senso.
7.8 Princípio da boa-fé → Os parceiros contratuais devem atuar com confidencialidade, com respeito, com lealdade e com mútua cooperação.

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