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Sintomas gerais

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Sintomas Gerais
 
 Nicole Menegazzo
Sintomas Gerais
Dimensão dos Sintomas
Em ordem para analisar qualquer sintoma, este deve ser descrito em todas as suas dimensões:
Tempo
Intensidade
Localização
Fatores de alívio
Fatores de agravo
Situação associada
Sintomas asociados
Dimensões inconstantes (cor, odor, consistência, etc)
Sintomas Gerais
2) Febre
 Temperatura corporal normal:
Varia de 1 a 1,5 C durante o dia 
Varia de acordo com o local que se mensura
 Mantida pois o centro termoregulador hipotalâmico equilibra o excesso de calor produzido pela atividade metabólica nos músculos e fígado com a dissipação de calor através da pele e pulmões
 Febre:
 Elevação da temperatura corporal em conjunto com um aumento do ponto de ajuste hipotalâmico.
Sintomas Gerais
2. Febre 
A temperatura corporal normal varia de a 1 a 1,5 o C durante o dia com picos de temperatura no período do final da tarde ou no inicio da noite. 
A manutenção da temperatura com essa pequena variação é comandada pelo hipotálamo e o controle é feito através de perda e conservação de calor.
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A temperatura normal varia de acordo com o local em que se mensura, sendo que os valores considerados normais são: 
 temperatura axilar 35,5 a 37 oC 
 temperatura oral 36 a 37,4 oC 
 temperatura retal 36 a 37,5 oC
 temperatura timpânica 35.6 a 37 oC
Sintomas Gerais
Diversas situações e/ou patologias podem se manifestar com febre. 
Sindromicamente podemos separar em:
1. Síndromes Infecciosas
2. Síndromes Neoplásicas
3. Síndromes Inflamatórias 
 
Sintomas Gerais
Características semiológicas da febre:
Início:
 Quando iniciou e se foi súbito ou gradual.
 
2) Sintomas associados: 
 Pesquisar qualquer sintomatologia que acene junto
com a febre, sejam sistêmicos ou outros que o
paciente associa com a febre.
3) Intensidade: 
 leve ou febrícula — até 37,5C
 moderada — 37,5 a 38,5C
 alta — maior que 38,5 C
Sintomas Gerais
4) Evolução: existem padrões diversos de febre:
~	Febre contínua: A T permanece sempre acima do normal, com variações não maiores que 1oC e sem oscilações.Ex: ITU,pneumonia lobar
~	Febre intermitente/séptica: Apresenta-se com picos muito altos com períodos de T baixa.
 
~	Febre remitente: A T oscila mais de 1o C mas sem períodos de apirexia.Ex: endocardite infecciosa
~	Febre recorrente ou ondulante: Períodos de T normal que duram dias ou semanas até que são interrompidos por períodos de T elevada. Durante os períodos de febre não ocorrem grandes oscilações na T. Ex: Linfoma de Hodgkin
Sintomas Gerais
5) Duração: É muito importante pois diversas doenças cursam com febre prolongada( tendo ou não caráter contínuo).
Febre prolongada  dura mais de 1 semana
Ex:Tuberculose, septicemia,endocardite infecciosa,colagenoses, linfomas, pielonefrites,..
6) Término:
 Importante saber o modo como terminou; se foi com uso de medicamentos, se foi espontâneo, etc.
 
7) Método de aferição utilizado pelo paciente:
 É importante pois nem sempre o paciente mediu a temperatura para verificar se realmente estava com febre.
 
Aspectos clínicos da febre
↑↑ do consumo de O2  ↑ trabalho cardíaco  precipitando IC em paciente com doença cardíaca prévia
Indução de convulsões em crianças ou portadores de doenças neurológicas
Mal estar físico
Redução da acuidade mental
3. Peso  O peso está relacionado a altura e a idade do individuo e representa, habitualmente, seu estado de nutrição.
 As mudanças do peso corporal podem sugerir a presença de algumas doenças e devem ser bem investigadas durante a anamnese.
Características semiológicas 
 
1. Freqüência a qual o paciente verifica seu peso
 
2. Quantidade de peso perdida ou ganha
 
3. Quando a alteração de peso começou a acontecer
 
4. Como notou a alteração do peso (se foi pesando na balança, se foi nas roupas, calça, cinto..)
 
5. Circunstâncias associadas : Alteração do apetite 
 Alteração de dieta
 Uso de medicamentos para emagrecer
 Atividade física
  6. Sintomas associados	
Durante o exame físico, a partir do emprego da balança, confirma-se o peso atual do paciente. 
Obtido o peso, esse é comparado com valores considerados normais levando-se em conta a idade e o sexo.
 Há várias tabelas que fornecem esses valores. 
Regra de Broca
Considera-se que o peso ideal de um adulto corresponde (em quilogramas) aproximadamente ao número de centímetros que ultrapassam um metro de sua altura (para o sexo feminino, subtrai-se 5% do valor encontrado). 
Não dispondo de uma tabela, pode-se aplicar uma regra simples (regra de Broca):
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Caquexia é a designação dada ao estado de extrema magreza com comprometimento do estado geral do paciente.
IMC (Índice de Massa Corporal)
Peso em kg/ (altura em metros)2
Normal- entre 20 a 24 kg/m2 
Sobrepeso - entre 25 e 29 
Obesidade - entre 30 a 34 
Obesidade mórbida - mais que 35. 
Quando está entre 15 e 19, temos diminuição de peso.
Relação Cintura-Quadril
Uma forma de avaliar o tipo da obesidade
Se esta relação for superior a 0,90 na mulher e 0,95 no homem corresponde a chamada gordura visceral ou androgênica que está associada a elevados índices de mortalidade cardiovascular.
As alterações do peso corporal resultam de alterações quantitativas nos tecidos ou nos líquidos corporais e podem ou não ocorrer em conseqüência de doenças.
 Alterações rápidas do peso (no decorrer de alguns dias) sugerem alterações nos líquidos, e não nos tecidos corporais.
 Ganho ponderal:
 pode resultar do desequilíbrio entre a ingesta e o gasto calórico (aumento da gordura corporal por erros da alimentação, sedentarismo), 
distúrbios endócrinos (Síndrome de Cushing), 
uso de drogas, 
acúmulo anormal de líquidos e 
distúrbios emocionais.
Causas de perda de peso:
diminuição da ingesta alimentar ( disfagia, vômitos, anorexia nervosa, depressão ou quantidade insuficiente de comida); 
doenças gastrointestinais (por alteração da absorção de nutrientes ou perda de nutrientes)
 distúrbios endócrinos (diabetes melitus, hipertireoidismo insuficiência suprarenal);
 infecções crônicas;
 processos malignos,
 insuficiência cardíaca, renal e pulmonar crônica 
 uso de drogas.
A perda ponderal associada a uma ingesta alimentar relativamente alta sugere diabetes melitus, hipertireoidismo ou alteração da absorção intestinal. 
4. Astenia Sintoma caracterizado pela diminuição da força global.
O paciente se queixa de cansaço físico e muitas vezes o sintoma se associa com vontade diminuída de realizar as atividades cotidianas. 
Acompanha quadros crônicos, doenças debilitantes e fadiga fisica. 
 A queixa de diminuição de força da astenia deve ser diferenciada da fraqueza muscular, que é característica das doenças musculares como a distrofia muscular. 
Fraqueza muscular acomete grupamentos específicos de músculos e geralmente pode ser definida sua topografia (p ex. paresia dos músculos flexores do braço).
Características semiológicas
 DOR
1.Início - estimar o tempo e o modo de início da dor
 
 Estas características devem ser correlacionadas com outras informações relatadas pelo paciente.
 Ex.: surgimento de lombalgia após esforço físico.
DOR
2.Caráter (tipo)
em queimação (cistite, doença do refluxo gastro-esofageano)
em pontada ( pleurite)
tipo cólica/torção (litíase ureteral)
constritiva (angina pectoris)
tipo continua (alguns tumores) 
dor fantasma (aquela que o paciente sente em um membro que já foi amputado).
Ex.: a dor em pontadas pode ser dita pelo paciente conto “fisgada” ou ‘puxada’; a dor em queimação é geralmente referida
como “ardido”; a dor constritiva é dita como aperto”, entre outras. 
DOR
3. Intensidade 
Leve
Moderada
Forte
muito forte
 apenas um desconforto. 
 Varia de acordo com o limiar para a dor para cada individuo.
  Uma das maneiras de quantificar a intensidade da dor é solicitar ao paciente que utilize uma escala decimal, onde a nota 1 corresponde a menor dor já sentida pelo paciente e 10 a maior.
  Perguntar sobre a limitação de atividades cotidianas também é importante.
DOR
4. Duração - é o intervalo de tempo decorrido entre o inicio e o final da dor.
DOR
5. Localização - para direcionar o raciocínio clínico sobre a(s) estrutura(s) de origem da dor.
Dor superficial - geralmente é de fácil localização, porém uma dor oriunda de estruturas mais profundas é de difícil localização, sendo, ás vezes, necessário identificar os metâmeros (segmentos da medula espinhal) envolvidos.
DOR
 Dor referidaDor percebida em um local distante,por ter a mesma inervação.
 O paciente diz estar sentido dor em tórax, mas esta dor pode ser devido a algum distúrbio abdominal
 Ex.: uma dor retro-esternal pode ser causada por IAM ou esofagite, e esta diferença será feita levando-se em consideração outras características, como a irradiação da dor ou correlação com ingesta de alimentos.
6. Irradiação 
 Ao perguntar sobre a irradiação, quer se saber o ‘caminho’ feito pela dor relatada, o que pode indicar, novamente, quais estruturas envolvidas.
 
se deve tomar o cuidado para não induzir o paciente a uma resposta previamente imaginada pelo médico no curso de seu raciocínio clinico ou, ainda, para não fazer uso de perguntas compostas.
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A irradiação é conseqüência da irritação de uma raiz ou tronco nervoso por processos inflamatórios, tóxicos compressivos etc., e se projeta ao longo de sua inervação. 
Ex.: dor precordial que se irradia para o membro superior esquerdo ou mandíbula pode indicar um IAM.
7. Evolução –
 Importante para avaliar mudança de características da dor, como alteração do tipo, intensidade, irradiação, duração, etc, ao longo do tempo.
 
Ex.: dor em flanco direito que se inicia com leve intensidade e após algumas horas passa a ser de forte intensidade.
 É importante saber a periodicidade da dor (surtos periódicos ao longo da duração da doença) e ritimicidade ou freqüência (n. de episódios dolorosos em um único dia).
8. Fatores Associados - ao questionar o paciente sobre a dor relatada deve-se investigar fatores que possam amenizar a dor (fatores de melhora, como o repouso na angina estável), e os fatores de piora, como o ruído ou iluminação intensa na enxaqueca. 
 Aqui também se incluem outros sintomas que possam estar associados ao quadro doloroso.
 Ex.: paciente refere episódios de náuseas e vômitos durante cefaléia. Não esquecer de perguntar a respeito da quantidade e freqüência de analgésicos ingeridos.
Obrigada

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