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Resumo de Legislação Tributária (1)

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Resumo de Legislação Tributária
Aula 1 – A Atividade Financeira do Estado
- Objetivo do Estado: satisfação das necessidades da coletividade, tais como: segurança, justiça, saúde, educação etc.
- Atividades exercidas pelo Estado: atividades sociais, de lazer, culturais, etc. 
- Objetivo da atividade financeira do Estado: arrecadar recursos (ou ingressos)
- Classificação dos recursos (ou ingressos): • De terceiros ou • Próprios ou Receitas.
- Recursos de Terceiros: recebidos de outras pessoas, como empréstimos, doações, indenizações, etc.
- Recursos Próprios ou Receitas: provêm de atividades que decorrem da atuação do Estado.
- Receita Originária: quando o Estado atua como empresário. Exemplo: receitas de aluguéis, da venda de produtos e serviços etc. 
- Receita Derivada: quando o Estado atua impondo sua vontade, arrecadando recursos junto aos particulares. Exemplo: as reparações de guerra, as penas pecuniárias e os tributos.
- Recursos provenientes da arrecadação de tributos: Receita derivada
- Legislação Tributária: diz respeito aos recursos conseguidos pela atividade financeira do Estado por meio da arrecadação de tributos. 
- Fontes Tributárias: meios pelos quais a legislação tributária se manifesta.
- Legislação tributária: compreende as leis, os tratados e as convenções internacionais, os decretos e as normas complementares que versem, no todo ou em parte, sobre tributos e relações jurídicas a eles pertinentes.
- Direito Tributário: ramo que estuda as normas jurídicas pertinentes à arrecadação do Estado por meio de tributos. 
- Papel da Constituição na Legislação Tributária: Capítulo I (artigos 145 a 162) apresenta desde os princípios gerais que organizam o Sistema Tributário nacional, até a competência para instituir tributos, bem como as limitações a esta competência, e a repartição das receitas tributárias.
- Leis Complementares: hierarquia superior às leis ordinárias.
- Leis Ordinárias: leis mais comuns, mais freqüentemente elaboradas pelos poderes legislativos, sejam eles o federal, os estaduais, o distrital ou os municipais, do Estado brasileiro.
- Leis delegadas: possuem a mesma força hierárquica da lei ordinária. Se distinguem por seu processo de criação (são elaboradas pelo Presidente da República).
- No campo tributário as leis delegadas não vêm sendo utilizadas, pois a Constituição vigente criou as medidas provisórias, mais simples, com a mesma força hierárquica, embora também com as mesmas limitações.
- Tipos de Costumes: • Contra a lei (conduta diferente da estabelecida em lei, não tem eficácia em nosso sistema jurídico); • Segundo a lei (procura esclarecer a lei); e • Além da lei (supre as lacunas da lei)
- O Código Tributário Nacional tem força hierárquica de lei complementar ou de lei ordinária? Embora seja uma lei ordinária, adquiriu força de lei complementar na vigência da atual Constituição, ao ser recepcionado como lei complementar, de modo que só pode ser modificado ou revogado por uma nova lei complementar, ou por normas que lhe sejam hierarquicamente superiores.
- Fontes tributárias primárias: Constituição Federal; Emendas à Constituição; Leis complementares; Leis ordinárias; Leis delegadas; Medidas provisórias; Decretos legislativos; Resoluções; Tratados e convenções internacionais; e Decretos.
- Fontes tributárias secundárias: atos normativos expedidos pelas autoridades administrativas; decisões dos órgãos singulares ou coletivos de jurisdição administrativa a que a lei atribua eficácia normativa; práticas reiteradamente observadas pelas autoridades administrativas; e convênios que entre si celebrem a União, os estados, o Distrito Federal e os municípios.
- Os tratados internacionais situam-se na hierarquia das leis do Estado brasileiro: entre a Constituição Federal e a lei complementar 
- O Poder Público desenvolve uma atividade financeira do Estado, que objetiva arrecadar recursos que permitam atender às necessidades da coletividade. Esses recursos podem ser de terceiros, como os empréstimos, as doações e as indenizações, ou podem ser próprios, também denominados receitas, que correspondem aos valores obtidos através das reparações de guerra, das multas pecuniárias e dos tributos. A maior fonte de recursos obtidos pela atividade financeira do Estado vem da receita tributária.
Aula 2 - Tributo: conceito, natureza jurídica e espécies
- Características do Tributo: •Prestação pecuniária expressa em moeda (por prestação, devemos entender o pagamento, que deve ser feito em dinheiro, mas que pode ser expresso em moeda); • De maneira compulsória (caracterizam-se pelo constrangimento legal do seu pagamento, pela sua obrigatoriedade, pela coercitividade que exercem sobre o contribuinte – Não são facultativos); •Não se confunde com sanção de ato ilícito (não se confundem com as multas, pois nenhuma pena pecuniária por ato ilícito, aqui entendido como aquele contrário à lei, pode ser tida como tributo); •Instituído em lei (só pode ser criado por lei – é um conjunto de normas elaboradas e votadas pelo Poder Legislativo); •Sua cobrança é vinculada (sua cobrança deve ser feita pela Administração Pública, que age estritamente de acordo com a lei, não sendo permitido ao administrador, a seu critério, dispensar o pagamento).
- Natureza jurídica do tributo: determinada pelo fato gerador, que é o acontecimento, previsto em lei, que proporciona a cobrança do tributo. 
- Fato gerador do Imposto sobre a Importação de Produtos Estrangeiros: a entrada destes produtos no território nacional.
- Não é importante na caracterização do fato gerador: a denominação do tributo; a destinação legal do produto de sua arrecadação; quaisquer outras características formais adotadas em lei.
- Bitributação: dupla incidência de um mesmo tributo sobre o mesmo contribuinte. Exemplo: um imóvel situado na divisa de dois Municípios, cujo proprietário tenha de pagar duas guias de IPTU, uma a cada prefeitura.
- Embora a legislação tributária tenha por objetivo evitar a bitributação, ela pode existir, quando, por exemplo, em nível internacional. 
- Exemplo de bitributação: multinacional com sede nos Estados Unidos da América, que possui filiais em 15 países no mundo: Em todos estes países, o lucro das suas filiais é tributado (IRPJ – Imposto sobre a Renda – Pessoa Jurídica). Como os rendimentos percebidos pelas filiais também representam lucro para a sua matriz, tal quantia deverá ser novamente tributada (IRPJ) nos EUA.
- Uma das características dos tributos: eles só podem ser pagos em dinheiro, visto que são uma prestação pecuniária expressa por um indexador fiscal.
- Compulsoriedade: é uma marca registrada da receita tributária, ou seja, aquela arrecadada através do recolhimento de tributos. 
- Os tributos não se confundem com as multas: as multas não têm finalidade arrecadatória, pois visam inibir infrações, possuindo, assim, um caráter repressivo e educacional.
- De acordo com a legislação tributária brasileira, um chefe de Poder Executivo não pode criar um imposto através de um decreto, pois os impostos são tributos, e só podem ser criados por lei.
- Fato gerador de um tributo: é o acontecimento, previsto em lei, que proporciona a cobrança do tributo.
- Espécies de Tributo: impostos, taxas e contribuições de melhoria.
- Imposto: obrigação que “tem por fato gerador uma situação independente de qualquer atividade estatal específica relativa ao contribuinte”.
- A mesma liberdade de emprego da receita não existe em relação às taxas ou às contribuições de melhoria, que exigem, ao contrário dos impostos, contraprestação específica do Poder Público.
- Impostos: são da competência exclusiva de cada um dos entes federativos brasileiros, de modo que existem impostos federais (exclusivos da União), impostos estaduais (exclusivos de cada Estado-membro e do Distrito Federal) e impostos municipais (exclusivos de cada Município e também do Distrito Federal). 
- Diferença dos impostos em relação às taxas e às contribuiçõesde melhoria: em relação a estas últimas, os mesmos entes federativos gozam de competência comum, o que permite a qualquer um deles cobrar taxas ou contribuições de melhoria.
- Classificação dos impostos de acordo com a sua competência: podem ser de competência exclusiva da União, dos Estados-membros ou dos Municípios.
- Classificação dos impostos de acordo com o grupo ou base econômica: • Comércio exterior (incidem sobre a atividade industrial e comercial relacionada com o mercado fora do território nacional – II e IE); • Patrimônio (recaem sobre a propriedade de bens móveis e imóveis – ITR, IPTU, IPVA); • Renda (incidem sobre a renda, como o produto do capital – rendimentos de cadernetas de poupança, aluguéis etc; do trabalho – salários, honorários, comissões etc; ou da combinação de ambos – IR); • Produção (recaem sobre a industrialização, assim entendida qualquer operação que altere a natureza de um produto ou a sua finalidade ou o aperfeiçoe para o consumo. Ex.: IPI.); • Circulação de Mercadorias e Serviços (incidem sobre o comércio e a prestação de serviços. Ex.: ICMS, IOF, ISS.).
- Classificação dos impostos quanto a fora de percepção: • diretos (quando se confundem, na mesma pessoa, o contribuinte de direito – aquele a quem a lei incumbe o encargo de calcular e recolher o tributo, tal como o próprio contribuinte ou um estabelecimento industrial ou comercial – e o contribuinte de fato – aquele sobre quem recai o dever de pagar o tributo, como acontece com o consumidor final na aquisição de bens); ou • indiretos (quando o contribuinte de direito e o contribuinte de fato são pessoas distintas)
- Ao contrário dos impostos diretos, os indiretos são passíveis de repasses para terceiros (contribuintes de fato), que, via de regra, são os consumidores finais dos bens tributados).
- Exemplo de impostos indiretos: IPI e ICMS, cujos contribuintes de direito são os estabelecimentos industriais e comerciais, que produziram e venderam as mercadorias, enquanto o contribuinte de fato é o consumidor, que é o destinatário final da mercadoria produzida e vendida.
- Quando você compra um produto, pode observar que na nota fiscal de venda aparece destacado o valor do ICMS, como um acréscimo que você, o adquirente, é quem paga.
- Classificação dos impostos quanto à perequação ou forma de rateio entre os contribuintes: • Fixos (não exigem cálculo algum para se determinar o valor do imposto, já vem expresso em moeda corrente ou em índice que nela possa ser convertido. Ex.: ISS de autônomos ou profissionais liberais, que é fixado com um valor fixo correspondente a um número de UFIR); ou • Variáveis (quando exigem cálculo para se determinar o valor do imposto).
- Tipos de Impostos Variáveis: • Proporcionais (quando o fator percentual, denominado alíquota, incide sobre uma base de cálculo variável; alíquota não varia. Ex.: IPI ou ICMS incidem sobre uma base de cálculo variável (valor do produto), mas a alíquota para um mesmo produto é sempre a mesma); • Progressivos (quando a alíquota se eleva ao elevar-se o valor que serve de base de cálculo. Ex.: IRPF, quanto maior a renda (base de cálculo), maior a renda); ou • Regressivos (quando a alíquota se reduz ao elevar-se o valor da base de cálculo – base de cálculo maior importaria em alíquota menor – atualmente, não temos nenhum imposto com esta característica).
- Classificação dos impostos quanto ao objeto da incidência: • Pessoais (aqueles em que a lei tributa diretamente a pessoa, levando em conta, para estabelecimento da base de cálculo, aspectos subjetivos ligados ao contribuinte ou a seus dependentes. Ex.: IR); ou • Reais (são aqueles em que a lei tributa indiretamente uma pessoa, através dos seus bens. Ex.: ITBI, IPTU, ITR, IPVA).
- Tipos de impostos existentes de acordo com a legislação tributária brasileira: impostos, taxas e contribuição de melhoria.
- Classificação do IPTU quanto à forma de percepção: imposto direto, porque em relação a ele o contribuinte suporta sozinho toda a carga tributária, decorrente da aplicação da lei, sem possibilidade de transferi-la para outrem. 
- Classificação do IPTU quanto ao objeto da incidência: imposto real, porque por meio dele a lei tributa indiretamente uma pessoa, através dos seus bens. 
- Os fatos geradores dos impostos resultam de uma situação independente de uma atividade estatal, de modo que a receita conseguida por meio delas pode ser utilizada para atender a qualquer despesa que o Poder Público necessite fazer. 
- Competência para instituir impostos: é exclusiva de cada um dos entes da Federação.
- Segundo a Constituição Federal, o valor do imposto deve manter uma relação com a capacidade de contribuir (capacidade contributiva) do contribuinte.
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- Impostos da competência do Distrito Federal: os devidos aos municípios e aos estados.
- Diferença entre impostos variáveis proporcionais, progressivos e regressivos: Proporcionais (quando a alíquota incide sobre uma base de cálculo variável. A alíquota não varia); Progressivos (quando a alíquota se eleva ao elevar-se o valor que serve de base de cálculo); e Regressivos (quando a alíquota se reduz ao elevar-se o valor da base de cálculo).
- Classificação do IR (Imposto sobre Renda e proventos de qualquer natureza): é Federal; incide sobre a renda; direto; progressivo; e pessoal.
- Impostos de competência Federal: II (imposto sobre importação de produtos estrangeiros), IR (imposto sobre renda), IGF (imposto sobre grandes fortunas), IEG (imposto extraordinários de guerra), IE (imposto sobre exportação), ITR (imposto sobre propriedade territorial rural), IPI (imposto sobre produtos industrializados) e IOF (imposto sobre operação de crédito)
- Impostos de competência Estadual: ICMS (imposto sobre circulação de mercadorias e serviços), IPVA (imposto sobre propriedade de veículos automotores), e ITD (imposto sobre transmissão causa mortis e doação)
- Impostos de competência Municipal: ITBI (imposto sobre transmissão inter vivos), IPTU (imposto sobre propriedade predial e territorial urbana), e ISS (imposto sobre serviços)
Aula 3 - Taxas e contribuições de melhoria. Outras espécies de tributos 
- Tipos de tributos: impostos, taxas e contribuições de melhoria.
- Taxa: tributo relacionado a uma atividade estatal específica. Exemplo, o montante arrecadado com a cobrança de uma taxa, como a taxa de lixo, deve ser utilizado nessa atividade específica: coleta de lixo. 
- Tipos de Taxas: Taxas de polícia e taxas de serviços.
- Taxas de polícia: devidas em razão do exercício do poder de polícia pelo Estado (pelo desenvolvimento de atividades que tenham por fim promover e assegurar o bem comum pela limitação e disciplinamento de direitos, interesses ou liberdades).
- Tipos de poder de polícia: • Preventivo ou administrativo (quando exercido pelos órgãos de fiscalização da Administração Pública, especialmente no que diz respeito à segurança, higiene, ordem, costumes, disciplina da produção e do mercado, exercício de atividades econômicas dependentes de concessão ou autorização do Poder Público, tranqüilidade pública ou ao respeito à propriedade e aos direitos individuais ou coletivos); ou • Repressivo ou de polícia judiciária (quando exercido após a prática do delito. Cabe às Polícias Civis). 
- Tipos de poder de polícia preventivo ou administrativo: • Genérico ou fiscalizatório (quando atua visando prevenir ou reprimir os atos contrários ao interesse público, exercendo-se sobre os bens ou atividades das pessoas. Ex.: Corpo de Bombeiros, Polícia Sanitária, Polícia de Costumes (censura, interdição de locais etc.), Polícia de Viação (trânsito), Polícia de Profissões (Conselhos Nacionais e Regionais, OAB) etc) ou • Específico, de segurança ou de manutenção da ordem pública (quando atua de modo a prevenir as infrações legais, exercendo-se em relação às pessoas. É desempenhado pelas Polícias Militares).
- Taxas de serviços: aquelas devidas em razão da prestação de serviços públicos pelo Estado. Têm que ser utilizados pelocontribuinte: • efetivamente – quando por ele usufruído a qualquer título; • potencialmente – quando sejam postos à sua disposição mediante atividade administrativa em efetivo funcionamento, como taxa de lixo, que se existe o serviço de coleta, mesmo que o usuário não se utilize dele, deve pagar o tributo; • específicos – quando são de uma espécie definida, que possa ser destacada em unidades autônomas, uma para cada contribuinte, como, por exemplo, a confecção de um documento; e • divisíveis – quando suscetíveis de utilização, separadamente, por parte de cada um dos seus usuários.
- Dentre as várias classificações a que estão sujeitos, os serviços públicos podem ser: • Gerais ou Coletivos (por terem caráter geral, não permitem a identificação dos seus usuários. Ex.: rodovias, pontes, etc); ou • Individuais ou singulares (os que têm destinatários determinados).
- Exemplos de taxas de serviços: • Taxa de remoção do lixo domiciliar; • Taxa de serviço de esgoto; • Taxa de prevenção e extinção de incêndios; • Taxa judiciária etc.
- As taxas podem ser cobradas tanto pela União, quanto pelos estados, Distrito Federal e municípios, não podendo, no entanto, ter o mesmo fato gerador ou a mesma base de cálculo dos impostos. 
- Diferença entre Taxa e Tarifa: Taxa (espécie de tributo; decorre de uma previsão legal; não visa o lucro; não admite rescisão; cobrança não proporcional à utilização; sujeita à maioria dos princípios tributários – legalidade, anterioridade, etc); Tarifa (espécie de preço público; decorre de uma previsão estabelecida em um contrato administrativo; visa ao lucro; admite rescisão; pagamento proporcional à utilização; não sujeita aos princípios tributários).
- Contribuição de Melhoria: espécie de tributo cobrado pela União, pelos estados, pelo Distrito Federal ou pelos municípios, para fazer face ao custo de obras públicas de que decorra valorização imobiliária. 
- Características da contribuição de melhoria: • competência comum (União, estados, Distrito Federal e municípios); • vinculação a uma atividade estatal específica (obra pública); • valorização imobiliária (para o contribuinte); • caráter indenizatório de uma despesa; • valor total arrecadado igual à despesa realizada; • valor individual proporcional à valorização imobiliária.
- A mera realização de obra pública não legitima a contribuição de melhoria, nem tampouco a mera valorização imobiliária. É preciso ter a união dos dois elementos: Contribuição de melhoria = obra pública + valorização imobiliária
- Uma obra pública que não valorize o imóvel, não pode ser fato gerador de contribuição de melhoria. 
- Elementos essenciais para a cobrança da contribuição de melhoria: • necessidade de melhoria em determinado imóvel; • relação entre a melhoria observada e a realização de uma obra pública.
- A contribuição deve estar vinculada à ocorrência de obra pública e nunca a serviços de manutenção e conservação, como, por exemplo, o serviço de reasfaltamento de via pública.
- Característica que difere as taxas e as contribuições de melhoria dos impostos: As taxas e as contribuições de melhoria são tributos relacionados a uma atividade estatal específica, ao contrário dos impostos, que têm sua cobrança desvinculada de uma determinada atividade estatal.
- Se a prefeitura necessita fazer obras de infra-estrutura básica em um bairro, não pode cobrar uma taxa de serviços dos moradores do referido bairro. Deve fazer a obra com a arrecadação dos impostos.
- Remuneração do serviço de telefonia celular: por tarifa, porque ele é específico e divisível. 
- Remuneração do serviço de coleta de lixo domiciliar: por taxa, porque ele é específico e divisível.
- Poder de Policia: desenvolvimento de atividades que tenham por fim promover e assegurar o bem comum pela limitação e disciplinamento de direitos, interesses ou liberdades.
- Divisão do poder de polícia preventivo ou administrativo: genérico ou fiscalizatório (exercido por toda a Administração Pública, visando prevenir ou reprimir os atos contrários ao interesse público, fiscalizando os bens e as atividades das pessoas); e especifico ou de manutenção da ordem pública (exercido pelas Polícias Militares).
- Exemplos de Taxa de Serviço: Taxa de incêndio; Taxa judiciária; e Taxa de lixo.
 - Exemplos de Taxa de Polícia: Taxa de publicidade; Taxa de inspeção sanitária; e Taxa de obras.
- Se o poder público municipal realizou obra de pavimentação, que valorizou uma casa que tinha vínculo com a Rua “A” e com a Rua “B”, não poderá cobrar duas vezes a contribuição de melhoria, pois se houve só uma obra, ocorreu somente um fato gerador, e a cobrança deverá ser única. O Fisco poderá cobrar apenas uma vez pela obra realizada, tendo em vista a sua singularidade. 
- Empréstimo Compulsório: empréstimo obrigatório que o contribuinte faz ao Poder Público. É esta obrigatoriedade, característica dos tributos, que faz com que esta espécie seja vista como uma outra modalidade de tributo.
- Características do empréstimo compulsório: • de competência exclusiva da União; • só pode ser criado mediante lei complementar; • recursos dele provenientes serão vinculados à despesa que fundamentou sua instituição; e • trata-se de um tributo restituível, sendo a sua restituição sempre feita em moeda
- Destino do empréstimo compulsório: • atender despesas decorrentes de calamidade pública; de guerra externa ou sua iminência; ou • investimento público de caráter urgente e de relevante interesse nacional.
- Contribuições Sociais: destinam-se a suprir de recursos financeiros entidades públicas com atribuições específicas, desvinculadas do Tesouro Nacional por disporem de orçamento próprio.
- Se intensa chuva inundou a maior parte dos bairros, a Prefeitura não pode instituir a cobrança de empréstimo compulsório a ser restituído no prazo de cinco anos, em moeda corrente, pois a iniciativa é ilegal, porque somente a União pode instituir este tributo.
- Contribuições sociais da competência da União: Contribuições Sociais de Intervenção no Domínio Econômico (CIDE); Contribuições Sociais de Interesse das Categorias Profissionais ou Econômicas; e Contribuições Sociais de Custeio da Seguridade Social.
- Contribuição Social só da competência dos municípios e do Distrito Federal: Contribuição Social sobre Iluminação Pública.
- Tributo para custear a coleta de lixo residencial: Taxa de Serviço
- Tributo cobrado na conta de luz: Contribuição Social sobre Iluminação Pública
- PIS: Contribuição Social de Custeio da Seguridade Social
- CIDE: Contribuição Social de Intervenção no Domínio Econômico 
- Tributo cobrado para custear despesas de reequipamento das Forças Armadas, em face de guerra externa: Empréstimo Compulsório 
- Contribuição mensal para a aposentadoria do trabalhador: Contribuição Social de Interesse das Categorias Profissionais ou Econômicas 
- Tributo cobrado para a construção de imóvel residencial: Taxa de Polícia
- Contribuição mensal para a aposentadoria do servidor público: Contribuição Social sobre os Servidores Públicos
- Ressarcimento do Poder Público pela realização de obra que valorize o imóvel: Contribuição de Melhoria 
Aula 4 - Competência tributária e limitações ao poder de tributar
- Competência Tributária: é o poder de tributar. Diz respeito à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios. 
- A instituição de um tributo, sua modificação e sua revogação se dão por lei ordinária.
- Tipos de Competência tributária ou poder de tributar: Competência Tributária Geral (Privativa; Comum; Cumulativa ou Múltipla; ou Residual); e Competência Tributária Extraordinária ou Especial
- Competência Tributária Geral Privativa: Prevista na Constituição Federal para a União; Estados e Distrito Federal; e Municípios.
- Competência Tributária Geral Comum: Diz respeito igualmente àqueles três níveis de governo (União; Estados + Distrito Federal; e Municípios).
- Competência Tributária Cumulativa ou Múltipla: Diz respeito aosentes federativos União e Distrito Federal. Como atualmente não existem territórios no Brasil, hoje em dia somente o Distrito Federal exerce a competência cumulativa ou múltipla.
- Competência Tributária Geral Residual: pode ser utilizada exclusivamente pela União, não só para a instituição de impostos novos mas também para a criação de contribuições para a seguridade social, incidentes sobre fontes diversas.
- Competência Tributária Extraordinária ou Especial: atribui à União a possibilidade de instituir impostos extraordinários na iminência ou no caso de guerra externa, compreendidos ou não em sua competência tributária, os quais serão suprimidos gradativamente, cessadas as causas de sua criação. 
- Bis in idem ou Bitributação: quando o mesmo poder tributário competente cria um tributo repetido sobre a mesma coisa. Exemplo: IPVA. Se após instituir o IPVA, um Estados resolver instituir o IAR (Imposto sobre automóveis rodantes), estaríamos claramente diante do bis in idem.
- O bis in idem não se confunde com a bitributação que ocorre quando um poder tributante cria um imposto que seja da competência de outro poder tributante, como exemplo, se um Estado resolve criar um imposto similar ao IPTU, que é da competência dos Municípios.
- A competência tributária é indelegável, salvo em relação às funções: • de arrecadar ou fiscalizar tributos; e • de executar leis, serviços, atos ou decisões em matéria tributária.
- Capacidade Tributária: atribuída a entidades ou órgãos tais como a Receita Federal, as secretarias de fazenda (estaduais ou municipais) ou similares.
- Diferença entre Competência Tributária e Capacidade Tributária: Competência Tributária refere-se à atribuição constitucional de instituir impostos; e Capacidade Tributária refere-se à possibilidade de arrecadar ou fiscalizar tributos. 
- Diferença entre Competência Tributária e Capacidade Tributária: • Competência Tributária (atribuída constitucionalmente à União, Estados, Distrito Federal e Municípios); • Capacidade Tributária (atribuída por meio de lei, a órgãos ou entidades que tenham as funções aqui referidas).
- Competência para instituir taxas: Geral Comum
- Competência para instituir contribuições sociais: Geral Privativa
- Competência para instituir impostos novos: Geral Residual
- Competência para instituir impostos, no caso de guerra externa: Extraordinária
- Principal característica que distingue o bis in idem e a bitributação: no bis in idem, o mesmo poder tributário competente cria um tributo repetido sobre a mesma coisa; na tributação, existem dois poderes tributários, um invadindo a esfera de competências do outro.
- Limitações ao Poder de Tributar: aquelas, previstas constitucionalmente, que limitam a competência tributária. 
- O poder de tributar não é absoluto, devendo respeito: • aos princípios tributários; • às imunidades; • às isenções; e • à não incidência.
- Princípios Tributários: podem ser gerais ou específicos
- Princípios Tributários Gerais: aqueles aplicáveis, em regra geral, a todos os tributos. 
- Tipos de Princípios Tributários Gerais: Princípio da Capacidade Contributiva; Princípio da Legalidade ou da Reserva Legal; Princípio da Isonomia ou da Igualdade Tributária; Princípio da Inetroatividade da Lei Tributária; Princípio da Anterioridade da lei Tributária; Principio da proibição do confisco; Principio da não limitação ao tráfego; principio da uniformidade tributária; principio da vedação de tributação; principio da vedação da instituição de isenções; e principio da vedação de diferenciação tributária.
- Princípio da Capacidade Contributiva: estabelece que os impostos terão caráter pessoal e serão graduados segundo a capacidade econômica do contribuinte, facultado à administração tributária, especialmente para conferir efetividade a esses objetivos, identificar, respeitados os direitos individuais e nos termos da lei, o patrimônio, os rendimentos e as atividades econômicas dos contribuintes.
- Principio da Capacidade Contributiva: destina-se apenas aos impostos; sua graduação diz respeito à capacidade econômica do contribuinte (aquela que diz respeito ao seu patrimônio).
- Princípio da Legalidade ou da Reserva Legal: origina-se no princípio geral da legalidade; estabelece que é vedado a quem tenha competência tributária exigir ou aumentar tributo sem lei que o estabeleça.
- O princípio da legalidade é princípio absoluto quanto à instituição de tributos, não existindo, para tanto, qualquer exceção. A criação de tributo jamais pode ser feita por ato normativo infralegal e nem a lei pode delegar ao Executivo poder para instituição de tributo por decreto. 
- Princípio da Isonomia ou da Igualdade Tributária: estabelece que é vedado instituir, por quem tenha competência tributária, tratamento desigual entre contribuintes que se encontrem em situação equivalente; veda qualquer distinção em razão de ocupação profissional ou função por ele exercida, independentemente da denominação jurídica dos rendimentos, títulos ou direitos.
- Princípio da Irretroatividade da Lei Tributária: estabelece que é vedado, a quem tenha competência tributária, cobrar tributos em relação a fatos geradores ocorridos antes do início da vigência da lei que os houver instituído ou aumentado. 
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- Retroatividade, no Direito Tributário, somente é possível quando: (a) quando a nova regra for expressamente interpretativa, sem aplicação de penalidades; (b) a nova regra tratar de situações não definitivamente julgadas e sejam mais benéficas ao contribuinte.
- Exemplo de Retroatividade: determinada lei tributária não deixava claro qual o limite de isenção para um certo imposto. Em razão disto, um contribuinte entendeu estar dentro do limite de isenção e, em conseqüência, não recolheu o referido imposto. O fiscal competente, no entanto, entendeu que o tributo era devido e lavrou o auto de infração, que cobrava o valor do tributo acrescido da multa pelo seu não-recolhimento espontâneo. Posteriormente, uma lei interpretativa esclareceu que, casos como o desse contribuinte, estariam enquadrados como isentos. Portanto, não havia a prática da infração tributária pela qual foi autuada, de modo que, caso o contribuinte já tivesse pago o valor que lhe foi cobrado, teria direito à restituição, acrescida de juros e correção.
- Princípio da Anterioridade da Lei Tributária: princípio particular do Direito Tributário; estabelece que é vedado, a quem tenha competência tributária, cobrar tributo no mesmo exercício financeiro em que haja sido publicada a lei que o instituiu ou aumentou, e desde que transcorrido o prazo mínimo de noventa dias da publicação da referida lei.
- Princípio da Proibição do Confisco: é conseqüência da garantia ao direito de propriedade; preceito aplicável a todos os tributos, o que significa dizer que todos devem ser suportáveis ao contribuinte, não podendo ser abusivos; objetiva impedir que uma dívida tributária seja paga com o confisco dos bens do contribuinte.
- Princípio da Não-limitação ao Tráfego: estabelece que é vedado, a quem tenha competência tributária, utilizar o tributo com a finalidade de limitar o tráfego, de pessoas ou bens, pelo território da União, Estados, Distrito Federal ou Municípios. 
- Princípio da Vedação de Tributação: somente se pode aplicar à União, visto que só ela pode tributar a renda.
- O que não pode ser tributado pela União, de acordo com o Principio da Vedação de Tributação: (a) a renda destinada às obrigações da dívida pública dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios; e (b) a remuneração e os proventos dos respectivos agentes públicos, em níveis superiores ao que fixar para os de seus próprios agentes.
- Princípio da vedação da instituição de isenções: estabelece que é vedado, à União, instituir isenções de tributos da competência dos Estados, Distrito Federal ou Municípios. A União só pode conceder isenções em seus próprios tributos.
- Princípio da Vedação de Diferenciação Tributária: estabelece queé vedado, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios, estabelecer diferença tributária de qualquer natureza, entre bens e serviços, em razão da sua procedência ou destino.
- Princípios Tributários Específicos: aqueles que dizem respeito apenas ao ICMS e ao IPI. 
- Tipos de Princípios Tributários Específicos: Princípio da Não-Cumulatividade; e Princípio da Seletividade.
- Princípio da Não-Cumulatividade: estabelece que deve ser abatido, na última operação do pagamento do imposto, o montante do imposto recolhido nas operações anteriores. No caso do IPI e ICMS cada empresa recolhe uma parcela do imposto.
- O ISS, em regra, é um imposto cumulativo: se uma pessoa procure um serviço odontológico para a colocação de uma prótese, o ISS incidirá sobre o serviço do protético e do dentista, ou seja, sobre o valor do serviço da confecção da prótese, feito pelo protético, que paga o seu ISS, e sobre o serviço do dentista, que inclui o valor da prótese e do ISS do protético, além do seu próprio trabalho, e paga o seu ISS. Incidiu, portanto, duas vezes o ISS sobre o valor da prótese. A cumulatividade do ISS é um dos motivos pelos quais sua alíquota deve ser baixa.
- Princípio da Seletividade: estabelece que, quanto maior a essencialidade do produto, menor a alíquota a ser aplicada. Com isso, o leite é menos tributado do que o cigarro.
- Diferença entre capacidade econômica e capacidade contributiva do contribuinte: Capacidade econômica do contribuinte é aquela que diz respeito ao seu patrimônio; já a capacidade contributiva do contribuinte é aquela que resulta do abatimento, da totalidade do patrimônio, das despesas necessárias à manutenção do indivíduo e de sua família.
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- IPI: Configura uma das exceções ao princípio da legalidade.
- ITBI: imposto que não se enquadra dentre as exceções do princípio da anterioridade.
- Princípio da anterioridade: Confundido com o princípio da anualidade.
- Princípio da proibição do Confisco: Conseqüência da garantia ao direito constitucional de propriedade.
- Princípio da não-limitação ao tráfego: Sua aplicação faz com que os impostos que incidem sobre a circulação de mercadorias, como o ICMS, sejam razoáveis, ou seja, não excessivamente onerosos.
- Princípio da uniformidade tributária: A concessão de incentivos fiscais não se insere dentre as limitações impostas por ele.
- Princípio da vedação de tributação: Impede a União de tornar seus títulos públicos mais atrativos, por meio de tributação.
- Princípio da vedação da instituição de isenções: Impede que a União institua isenções de tributos da competência dos Estados, Distrito Federal ou Municípios.
- Princípio da vedação de diferenciação tributária: Impede que os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, estabeleçam diferença tributária de qualquer natureza, entre bens e serviços, em razão da sua procedência ou destino.
- Princípio da não-cumulatividade: Estabelece que deve ser abatido, na última operação do pagamento do imposto, o montante do imposto recolhido nas operações anteriores.
- Princípio da seletividade: Estabelece que, quanto maior a essencialidade do produto, menor a alíquota a ser aplicada.
- A CPMF deixou de ser cobrada, no Brasil, a partir de 1º de janeiro de 2008, uma vez que teve a sua prorrogação rejeitada pelo Senado Federal na sessão do dia 13 de dezembro de 2007. Diante da possibilidade de uma nova contribuição, com as mesmas características, vir a ser criada, em quanto tempo, a contar da data da sua publicação, este novo tributo poderá vir a ser exigido: Em princípio, em 90 dias, visto que às contribuições sociais não se aplica o princípio geral da anterioridade da lei tributária, embora se aplique o da anterioridade nonagésimal. É claro que, em vindo a ser criada essa nova contribuição, ela exigirá a edição de nova Emenda à Constituição, que poderá criar uma nova regra específica, como a que existiu durante a vigência da CPMF.
Aula 5 - Limitações ao poder de tributar: as imunidades tributárias
- Incidência tributária: situação em que o tributo é devido por ter ocorrido o fato gerador.
- Não-incidência tributária: o oposto da incidência, a não-ocorrência do respectivo fato gerador. 
- Fatos que estão fora do campo de incidência: os fatos não previstos pelo legislador como necessários e suficientes à ocorrência do fato gerador; os que o legislador não quis que fossem objeto de tributação.
- Isenção tributária: é a forma de exclusão do crédito tributário, conforme dispõe o art. 175 do Código Tributário Nacional. Sendo exclusão, é fácil concluir que o crédito tributário existiu, assim como ocorreu o fato gerador, fazendo nascer a obrigação tributária. A isenção assume então a característica de um favor fiscal, instituído em lei, consistente na dispensa do pagamento do tributo devido, a partir do nascimento da obrigação respectiva. 
- Dinâmica da isenção: • ocorrência do fato gerador; • incidência tributária; • nascimento da obrigação; e • dispensa do pagamento do tributo devido. 
- Isenção: nada tem a ver com a não-incidência tributária.
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- Diferença da não-incidência e isenção: não-incidência, o tributo não é devido porque não chega a surgir a própria obrigação tributária; e na isenção, ao contrário, o tributo é devido, porque existe a obrigação, mas a lei dispensa o seu pagamento (disso se conclui que a isenção pressupõe a incidência).
- As duas espécies de não-incidência: • a pura e simples (se refere a fatos inteiramente estranhos à regra jurídica de tributação, a circunstâncias que se colocam fora da competência do ente tributante); e • a qualificada (dividida em duas subespécies: não-incidência por determinação constitucional e não-incidência decorrente de lei ordinária). 
- Não-incidência qualificada por determinação constitucional: corresponde à imunidade tributária. 
- Não-incidência qualificada decorrente de lei ordinária: corresponde à isenção.
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- Diferença entre imunidades tributárias e isenções tributárias: • as imunidades tributárias dizem respeito, em regra, aos impostos, não se referindo a outras espécies de tributos, enquanto as isenções podem ser instituídas em relação a qualquer tributo; • as imunidades tributárias estão previstas constitucionalmente, enquanto as isenções podem ser fixadas por lei.
- Sendo concedida por lei, a isenção pode também, por lei, ser revogada: não tendo sido concedida por prazo determinado e sob determinadas condições, pode ser retirada a qualquer tempo, nada podendo fazer o contribuinte.
- Imunidades garantidas pela Constituição: o Estado não pode instituir regras que as contrarie. As imunidades não podem ser revogadas, a não ser que isto ocorra por emenda à Constituição. 
- Características da Imunidade: Prevista na Constituição; Não ocorre fato gerador; Não paga tributo; O legislador não pode tributar, porque não tem competência para isto.
- Características da Não-Incidência: Fatos ou circunstâncias inteiramente estranhos à regra jurídica de tributação; Não ocorre fato gerador; Não paga tributo; O legislador pode tributar, mas não prevê a tributação.
- Características da Isenção: Prevista em lei; Ocorre fato gerdor; Não paga tributo; O legislador pode tributar, prevê a tributação, mas suspende a eficácia jurídica da norma.
- Quando ocorre o fato gerador temos a incidência tributária; em contrapartida, a não ocorrência do respectivo fato gerador é entendida como não-incidência.
- Na não-incidência, não é devido o tributo, porque não chega a surgir a própria obrigação tributária; ao contrário, na isenção o tributo é devido, porque existe a obrigação, mas a lei dispensa o seu pagamento; disso se conclui que a isenção pressupõe a incidência.
- As imunidades tributárias estão previstas constitucionalmente, ao passo que as isenções podem ser fixadas por lei.
- As imunidades tributárias, em nossa sistemática constitucional, dizem respeito, em regra, aos impostos, não se referindo a outras espécies de tributos. Há, no entanto, exceções a estaregra: imunidade referente às taxas relativas do habeas corpus e ao habeas date.
- Imunidade tributária: Quando o legislador não tem o poder de tributar, porque lhe falta competência tributária.
- Isenção tributária: Quando o legislador pode tributar, prevê a tributação, mas suspende a eficácia jurídica da norma.
- Imunidades tributárias encontradas na Constituição: Imunidade recíproca e Imunidade dos templos de qualquer culto.
- Imunidade recíproca: estabelece que a União, os estados, o Distrito Federal e os municípios não podem, no âmbito da respectiva competência tributária, instituir impostos sobre o patrimônio, a renda ou os serviços uns dos outros (um ente federativo não pode instituir imposto que comprometa o patrimônio, a renda ou os serviços de outro ente federativo. É uma vedação que funciona de forma recíproca).
- Exemplo de imunidade recíproca: IRPJ, imposto federal, não é cobrado do município, que é uma pessoa jurídica de direito público. O IPTU, imposto municipal, não é cobrado em relação aos imóveis de propriedade da União.
- Imunidade dos templos de qualquer culto: objetivo de assegurar a liberdade de prática religiosa no país, sem qualquer forma de restrição ou discriminação, independentemente do modo como ocorra sua manifestação e divulgação.
- Imunidade do IPI: diz respeito ao IPI de produtos industrializados destinados ao exterior. É imunidade objetiva, pois protege as mercadorias, não sendo importante quem as exporte. 
- Imunidade do ITR: diz respeito às pequenas glebas rurais, quando as explora o proprietário que não possui outro imóvel.
- Imunidade do ICMS: prevista pela Constituição Federal nas seguintes situações: sobre as operações que destinem mercadorias ao exterior; sobre serviços prestados a destinatários no exterior, assegurada a manutenção e o aproveitamento do montante do imposto cobrado nas operações e prestações anteriores; nas operações que destinem petróleo aos estados, inclusive lubrificantes, combustíveis líquidos e gasosos dele derivados, e energia elétrica; sobre o ouro, quando definido como ativo financeiro ou instrumento cambial, embora sobre ele incida o IOF.
- O álcool carburante, apesar de ser combustível, não é derivado de petróleo e, portanto, não se beneficia dessa imunidade.
- Imunidade do ITBI: prevista na Constituição, desde que: sobre a transmissão de bens ou direitos incorporados ao patrimônio de pessoa jurídica em realização de capital; sobre a transmissão de bens ou direitos, decorrente de F USÃO , I NCORPORAÇÃO , C ISÃO ou extinção de pessoa jurídica (essa imunidade não se aplica, nesses casos, se a atividade preponderante do adquirente for a compra e venda desses bens ou direitos, locação de bens imóveis ou arrendamento mercantil).
- Quando um partido político produz e vende material de campanha e propaganda eleitoral, como camisetas, adesivos, bandeiras, etc., faz jus à imunidade tributária prevista na alínea “c” do inciso VI do art. 150 da Constituição Federal? Não, porque sobre a atividade descrita incidem ICMS e IPI, tributos que não são sobre o patrimônio ou a renda e que, portanto, não são beneficiados pela imunidade.
- Imunidade recíproca: Impede que o IPVA seja cobrado dos municípios.
- Imunidade dos templos: Refere-se à entidade religiosa e não somente à edificação usada para o culto.
- Imunidade das entidades sindicais: Não se estende à representação patronal.
- Imunidade cultural: As publicações, que são objeto desse tipo de imunidade, são aquelas destinadas à produção literária, didática, científica ou técnica.
- Imunidade do IPI: É imunidade objetiva, pois protege as mercadorias, não sendo importante quem as exporte.
- Imunidade do ITR: Diz respeito às pequenas glebas rurais, quando as explora o proprietário que não possui outro imóvel.
- Imunidade do ICMS: Refere-se às operações que destinem mercadorias ao exterior.
- Imunidade do ITBI: Não se aplica, se a atividade preponderante do adquirente for, por exemplo, a locação de bens imóveis.
- Uma igreja adquiriu uma fazenda com o objetivo de promover reuniões periódicas de seus fiéis e sacerdotes, como retiros religiosos. Transcorrido algum tempo, resolve, no entanto, dar destinação econômica à propriedade. A instituição religiosa faz jus a algum tipo de imunidade tributária? Inicialmente, faz jus à imunidade dos templos de qualquer culto, pois ela objetiva assegurar a liberdade de prática religiosa no país, sem qualquer forma de restrição ou discriminação. Porém, a partir do momento em que a fazenda passou a ter uma destinação econômica a entidade religiosa pode vir a ser constrangida a pagar os impostos normais, no caso o ITR.
Aula 6 - Vigência, integração e interpretação da legislação tributária
- Vigência: momento a partir do qual a lei está pronta para produzir efeitos. 
- A vigência pode ser considerada em relação: • ao tempo (data em que passará a produzir efeitos); • ao espaço (região geográfica onde será válida).
- Aplicação da lei no tempo: corresponde ao seu período de eficácia da lei (está compreendida entre a sua vigência e a sua revogação).
- Classificação da vigência quanto ao modo: • Expressa (quando estabelecida no texto da própria lei - Ex.: Esta lei entra em vigor na data de sua publicação; ou, entra em vigor no dia X) ou • Tácita (quando o texto legal omite o dia de início da sua vigência. Nesse caso, se estabelece um prazo de 45 dias após sua publicação, para a entrada em vigor, no território nacional, da lei referida, ou de três meses após sua publicação, no estrangeiro).
- Período em que a lei está publicada, mas ainda não está em vigor: vacatio legis (período em que a sociedade deve adaptar-se à nova lei, antes de ela entrar em vigor).
- Não há vacatio legis apenas na vigência tácita; também na vigência expressa ela pode estar presente. Exemplo: nosso atual Código Civil foi publicado em 2002, mas só entrou em vigor em 2003. Durante um ano a sociedade discutiu o novo Código, de modo que, quando ele entrou em vigor, ela já estava mais adaptada às suas inovações.
- Classificação da vigência quanto ao tempo: • Indeterminada (quando não se sabe o momento em que a lei, que está sendo editada, vai perder a sua eficácia) ou • Determinada (quando o legislador fixa o período de eficácia da lei que está sendo editada. Esse período pode decorrer de uma data fixa, predeterminada (lei temporária), ou de uma situação ou acontecimento, findo o qual a lei perde a sua eficácia (lei excepcional).
- Exemplos de leis temporárias: as leis orçamentárias, que são elaboradas para vigorar em um determinado ano; certas normas orientadoras da declaração do imposto de renda, alteradas anualmente.
- Exemplos de leis excepcionais: leis editadas em tempo de guerra, de calamidade pública ou na vigência do estado de sítio, dentre outras situações.
- Período de eficácia da lei no tempo: período compreendido entre a sua vigência e a sua revogação.
- Efeitos possíveis do período de eficácia da lei no tempo: • Irretroatividade (quando a lei só se ocupa dos fatos ocorridos no período de sua eficácia); • Retroatividade (quando a lei atinge também os fatos ocorridos anteriormente à sua vigência); e • Ultratividade (quando a lei prolonga os seus efeitos após a sua revogação, para continuar tutelando fatos ocorridos no seu período de eficácia).
- Atos administrativos normativos: aqueles que determinam uma conduta aos seus destinatários, objetivando a correta aplicação da lei e o bem-estar social. São chamados de normativos porque contêm um comando geral que atinge a todos, contribuintes ou não. 
- Exemplos de atos administrativos normativos: os Decretos, as Portarias Ministeriais, as Instruções Normativas, os Regulamentos, as Resoluções etc. 
- Lei tributária: tão logo seja publicada estará em vigor e poderá ser aplicada. Sua aplicação é imediata destinando-se aos fatos futuros (fatos geradores ocorridos a partir da vigência da lei).
- A lei tributária não pode retroagir em face do princípio da irretroatividade.Só excepcionalmente ela se destinará a fatos passados.
- Situações em que excepcionalmente pode ocorrer a retroatividade da lei tributária: • quando a lei nova for expressamente interpretativa da lei antiga; • quando a lei nova for mais benéfica ao infrator que ainda não tenha sido definitivamente julgado. 
- Vigência no espaço: a lei será eficaz no espaço quando aplicável no espaço territorial do Estado que a elaborou, não importando a nacionalidade das pessoas que ali se encontrem.
- Exceções da regra de vigência da lei no espaço: os diplomatas; as embarcações estrangeiras etc.
- As possibilidades de uma pessoa fora do território do seu país ser amparada pela lei do país de origem são muito grandes, gerando a possibilidade do conflito entre a lei do seu país e a lei do país onde está.
Exemplo: a questão da bitributação internacional.
- Os conflitos de leis no espaço são solucionados pela aplicação de um dos princípios seguintes: • Territorialidade (quando as leis de um país circunscrevem-se apenas às suas fronteiras, embora dentro delas todas as pessoas, estrangeiros ou nacionais, sejam alcançadas); • Nacionalidade (segundo o qual a pessoa é regida, mesmo no estrangeiro, pela lei do seu país de origem); ou • Domicílio (segundo o qual a pessoa é regida pela lei do país em que fixou o seu domicílio).
- Regra Geral da Lei tributária no espaço: determina a aplicação do Princípio da Territorialidade, mas o Código Tributário Nacional autoriza a vigência territorial além dos limites físicos ou espaciais do ente tributante, ao que se chama extraterritorialidade.
- Esta regra visa à harmonia, de forma a não permitir que um agente político interfira nas questões tributárias de outro ente, ultrapassando os limites de sua competência.
- Situações em que o CTN autoriza a extraterritorialidade: • quando os convênios celebrados pelos entes federativos reconheçam a extraterritorialidade; ou • quando houver previsão da extraterritorialidade, em lei da união, que fixe normas gerais tributárias.
- A vigência é o momento a partir do qual a lei está pronta para produzir efeitos. Pode ser considerada em relação: ao tempo, isto é, à data em que passará a produzir efeitos; e ao espaço, ou seja, à região geográfica onde será válida. 
- Se a lei estabelece a seguinte regra: “Esta lei entra vigor transcorridos 30 dias de sua publicação”, temos que tipo de vigência? Vigência Expressa e determinada 
- Regra geral da vigência tributária: salvo disposição em contrário, a lei entrará em vigor em 45 dias depois de oficialmente publicada, no território nacional, e depois de três meses, no exterior.
- Regra da vigência tributária dos atos administrativos: na data da publicação.
- Regra da vigência tributária das decisões administrativas: 30 dias após sua publicação
- Regra da vigência tributária dos convênios: nas datas neles(as) previstas.
- Regra da vigência tributária das leis que instituem ou majoram impostos: respeito aos princípios da anterioridade, tradicional e nonagesimal.
- Os princípios da irretroatividade e da retroatividade são admitidos na legislação tributária? Sim. Se entendermos a lei tributária no sentido amplo de ato normativo, tão logo ela seja publicada estará em vigor e poderá ser aplicada. Pode-se, portanto, afirmar que, neste caso, ela tem aplicação imediata, destinando-se aos fatos ocorridos a partir da sua vigência. Isso é irretroatividade. Só excepcionalmente é que ela se destinará a fatos pretéritos ou passados, até porque a lei tributária só pode retroagir nas seguintes situações: quando a lei nova for expressamente interpretativa da lei antiga, ou quando a lei nova for mais benéfica ao infrator que ainda não tenha sido definitivamente julgado.
- É possível a aplicação do princípio da extraterritorialidade, em se tratando de legislação tributária? Sim. O art. 102 do Código Tributário Nacional, autoriza, em duas situações, a extraterritorialidade: 1. quando os convênios celebrados pelos entes federativos reconheçam a extraterritorialidade; e 2. quando houver previsão da extraterritorialidade, em lei da união, que fixe normas gerais tributárias.
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- Regra básica de integração, para todos os ramos do Direito: Quando a lei for omissa, o juiz recorrerá à analogia, aos costumes e aos princípios gerais do direito.”
- Fontes do Direito: são aquelas de que o aplicador do Direito (juiz) lança mão, no intuito de alicerçar sua decisão;
- Principal fonte de Direito: a lei.
- Quando a lei, fonte principal (imediata ou direta) do Direito, for omissa, poderá o juiz lançar mão de fontes secundárias (ou mediatas): a analogia, os costumes e os princípios gerais do Direito.
- Analogia: consiste em aplicar-se à hipótese não prevista em lei, dispositivo legal concernente a caso semelhante.
- Exemplo de analogia: Se o ordenamento jurídico não estabelece regra específica para os acidentes em bondes elétricos, por analogia pode ser aplicada a tais acidentes a lei que regula os acidentes ocorridos em estradas de ferro.
- Costumes: são procedimentos constantes e uniformes, adotados como obrigatórios por um grupo social. Diferem das regras de uso social porque são reconhecidos e impostos pelo Estado. 
- Elementos característicos dos costumes: • o uso (elemento material e objetivo, que consiste na observância freqüente da norma pelo social) e • a convicção (elemento psicológico, subjetivo, que consiste na conscientização de que a norma estabelecida funciona como lei, tendo em vista a necessidade de se resolver o caso a que ela se refere, pelo modo nela estabelecido).
- Diferença entre hábito e uso: hábito é comportamento individual, e uso é coletivo.
- Princípios gerais do direito: algumas das normas fundamentais, como as que dizem respeito à igualdade, à liberdade e à solidariedade, que se encontram na base de todas as legislações ocidentais contemporâneas, constituindo-lhe a diretiva, o roteiro que as orienta no atual momento histórico. 
- Em casos em que não haja lei expressa (em caso de omissão de normas), em termos de legislação tributaria, termos de legislação tributária, a aplicação ocorre nesta ordem: • da analogia; • dos princípios gerais do direito tributário; • dos princípios gerais de direito público; e • da eqüidade, conforme dispõem os arts. 108 e 109 do Código Tributário Nacional.
- Analogia: o emprego dela não poderá resultar na exigência de tributo não previsto em lei, o que feriria o Princípio da Legalidade.
- O mesmo raciocínio deve ser aplicado à eqüidade, cuja aplicação não poderá resultar na dispensa do pagamento de tributo devido.
- Não se conseguindo solução para a lacuna na legislação tributária, através da analogia, recorre-se aos princípios gerais do Direito Tributário (Princípio da legalidade tributária; da anterioridade tributária (tradicional e nonagesimal); da isonomia; da imunidade tributária, etc).
- O Código Tributário Nacional autoriza o recurso aos princípios gerais do Direito Público, parte daqueles princípios gerais do Direito, mas que se referem apenas ao Direito Público (Direito Constitucional, Direito Administrativo, Direito Financeiro e Direito Processual, dentre outros ramos de Direito Público).
- Falhando todos esses meios de suprir a lacuna na legislação tributária, o aplicador do Direito deve recorrer à eqüidade, que pode ser definida como a justiça no caso concreto.
- Diferença entre eqüidade e analogia: pela analogia se busca suprir a lacuna com uma norma específica destinada a regular situação análoga, e pela eqüidade se busca uma solução para o caso concreto a partir da norma genérica, adaptando-a sob os critérios de justiça e igualdade.
- Espécies de interpretação da lei quanto aos meios empregados: Gramatical; Lógica; Histórica; Sistemática; Teleológica.
- Interpretação das Leis pelo meio gramatical: Através dela, examina-se cada termo normativo, observando pontuação, etimologia e colocação das palavras.
- Interpretação das leis pela lógica: através dela procura-se atingir a perfeitacoerência do alcance das expressões constitucionais, analisando os períodos das leis e combinando-os, mutuamente, por meio de raciocínio dedutível.
- Interpretação histórica das leis: busca descobrir a finalidade da norma, visando aos valores que ela pretenda atingir. 
- Interpretação sistemática das leis: quando o intérprete considera que o texto sob interpretação faz parte de um sistema jurídico, composto de inúmeras normas, que devem atuar em harmonia.
- Interpretação teleológica das leis: corresponde à combinação desses critérios usuais, citados anteriormente, objetivando determinar-se os fins a que se destina a norma sob interpretação.
- Espécies de Interpretação das Leis quanto ao sujeito que a faça: autêntica; Popular; Doutrinária; e Jurisprudencial.
- Interpretação autêntica das leis: realizada pelo próprio órgão que elaborou a norma. 
- Interpretação popular das leis: a interpretação é feita com a participação do povo, dos grupos de pressão, dos partidos políticos, dos sindicatos etc., mediante os mecanismos consagrados na ordem jurídica: o plebiscito, o referendo, a iniciativa e o veto popular.
- Interpretação doutrinária das Leis: substanciada na doutrina desenvolvida pela meditação dos juristas, servindo de substrato para a interpretação das normas. 
- Interpretação jurisprudencial das leis: é a interpretação dada pelos tribunais, tornando-se uniforme, ficando, muitas vezes, contida nas Súmulas do Supremo Tribunal Federal.
- Espécies de interpretação das leis quanto aos seus efeitos: Restritiva ou Extensiva.
- Interpretação Restritiva das Leis: aplica-se quando o intérprete verifica que o legislador disse mais, foi mais amplo do que devia, não correspondendo aos valores e fatos da atualidade.
- Interpretação Extensiva das Leis: ocorre quando o legislador foi muito sintético na linguagem, havendo uma necessidade de ampliação do que foi escrito para que não haja interpretação dúbia. 
- Em caso de omissão da legislação tributária, como deve proceder o aplicador do Direito? Deverá aplicar, sucessiva e exatamente na ordem indicada, os seguintes mecanismos de integração: a analogia; os princípios gerais do direito tributário; os princípios gerais de direito público; e a eqüidade.
- Interpretação Gramatical: Através dela, examina-se cada termo normativo, observando pontuação, etimologia e colocação das palavras.
- Interpretação lógica: Através dela procura-se atingir a perfeita coerência do alcance das expressões constitucionais, analisando os períodos das leis e combinando-os mutuamente, por meio de raciocínio dedutível.
- Interpretação Histórica: Através dela busca-se descobrir a finalidade da norma, visando aos valores que ela pretenda atingir, e pautando-se a investigação nos antecedentes históricos da norma.
- Interpretação Sistemática: Através dela o intérprete considera que o texto sob interpretação faz parte de um sistema jurídico, composto de inúmeras normas, que devem atuar em harmonia.
- Interpretação Teleológica: Através dela, objetiva-se determinar os fins a que se destina a norma sob interpretação.
- Interpretação Autêntica: É a realizada pelo próprio órgão que elaborou a norma.
- Interpretação Restritiva: Através dela, o intérprete verifica que o legislador disse mais, foi mais amplo do que devia, não correspondendo aos valores e fatos da atualidade.
- Interpretação Extensiva: Através dela, o intérprete amplia o entendimento do que foi escrito na lei, para que não haja interpretação dúbia.
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- Supondo que uma lei federal publicada em 1º de dezembro de 2007, tenha majorado as alíquotas da tabela progressiva para cálculo do Imposto sobre a Renda, prevendo em um de seus artigos que essa lei entraria em vigor no dia 1º de janeiro de 2008. Em face dos estudos realizados, quando entrará em vigor a referida lei? Considerando que o imposto sobre a renda e proventos de qualquer natureza estão submetidos apenas ao tradicional princípio da anterioridade, a lei entrará em vigor na data que estabelece o seu artigo, ou seja, no dia 1º de janeiro de 2008.
Aula 7 - Obrigação tributária e responsabilidade tributária
- Não só pela existência da lei pode o sujeito ativo (pessoa jurídica de direito público), exigir o tributo. Para que isso ocorra, é necessário um fato ou uma situação em que se configure a obrigação tributária.
- Incidência tributária: é a situação em que o tributo é devido por ter ocorrido o fato gerador. Portanto, aquele que incide no fato gerador passa a ter uma obrigação tributária. 
- Ocorrência do fato gerador: institui relações jurídicas de natureza tributária ou obrigações tributárias. 
- Relações jurídicas de natureza tributária: são todas as relações da vida social entre pessoas capazes de contrair direitos e obrigações cujos efeitos a lei garante. 
- Essas pessoas são denominadas sujeitos ativo e passivo. 
- Sujeito ativo: pessoa jurídica de direito público, titular da competência tributária, nas relações jurídicas de natureza tributária.
- Sujeito Passivo: Pessoa sobre quem recai a obrigação tributária. 
- Elementos construtivos da obrigação tributária existentes, além do sujeito ativo e passivo: o objeto e o vínculo jurídico. 
- Elementos da relação jurídica de natureza tributária (ou obrigação tributária): sujeito ativo; sujeito passivo; objeto; e vínculo jurídico.
- Objeto: prestação pecuniária que o sujeito passivo tem para com o sujeito ativo: o pagamento de tributos.
- A obrigação tributária consiste em: dar (pagar o tributo); fazer (declarar em livro ou formulário, como exemplo, escriturar livros, preencher declarações etc) ou não-fazer (não ter uma atitude estabelecida em lei, como exemplo, não importar mercadoria proibida etc.).
- Vínculo jurídico: documento jurídico que possibilita a obrigação tributária. É a própria legislação tributária.
- Exemplos de fontes de legislação tributária: Constituição Federal; as leis; os tratados e as convenções internacionais; os atos administrativos; e as normas complementares.
- Tipos de obrigação tributária: obrigação principal e obrigação acessória.
- Obrigação principal: é a que surge pela ocorrência de fato gerador. É sempre prevista em lei, tendo como objeto o pagamento de tributos ou de multas.
- Exemplo de obrigação principal: pagamento de imposto, taxa, multa etc.
- Obrigação acessória: é aquela que objetiva o cumprimento de obrigação tributária diferente da principal. Engloba as situações referentes à melhoria da arrecadação ou à fiscalização dos tributos.
- Exemplo de obrigação acessória: escrituração de livro fiscal ou contábil; emissão de nota fiscal; inscrição no CGC/MF; prazo de entrega de declaração de IR; etc.
- Tipos de sujeitos da obrigação tributária: sujeito ativo e sujeito passivo (contribuinte ou responsável).
- Sujeito Ativo: a pessoa jurídica de direito público, titular da competência tributária. Pode ser a União, os estados, o Distrito Federal ou os municípios.
- Sujeito Passivo: a pessoa sobre quem recai a obrigação tributária. 
- Espécies de Sujeito Passivo: Contribuinte ou Responsável.
- Contribuinte: é sujeito passivo porque realizou pessoalmente o fato gerador do tributo.
- Responsável: aquele que é sujeito passivo sem ter realizado o fato gerador do tributo.
- Acontecimento em virtude do qual nasce a obrigação tributária: Fato Gerador
- Elementos da relação jurídica de natureza tributária (ou obrigação tributária): Sujeito ativo; Sujeito passivo; objeto e vínculo jurídico.
- A obrigação tributária principal surge com a ocorrência do fato gerador e tem por objeto o pagamento de tributo ou penalidade pecuniária.
- A obrigação tributária acessória é aquela que objetiva o cumprimento de obrigação tributária diferente da principal. 
- Exemplo de obrigação de fazer: a necessidade de anualmente fazer a declaração de ajuste do imposto sobre a renda.
- Decretos: Podem constituir o vínculo jurídico da obrigação tributária.
- Exemplo de sujeito ativo da obrigação tributária: Distrito Federal.- Exemplo de sujeito passivo (contribuinte): proprietário de um automóvel.
- Exemplo de sujeito passivo (responsável tributário): o inventariante dos bens que constituem o espólio.
- Responsável tributário: é aquele que é sujeito passivo sem ter realizado o fato gerador do tributo.
- Tipos de responsabilidade tributária que pode ter o responsável tributário: Por sucessão (imobiliária, pessoal empresarial ou negocial); De Terceiros ou Por Infrações.
- Responsabilidade Tributária Por sucessão: é aquela resultante da transmissão de titularidade de obrigações tributárias existentes na época da sucessão, ou seja, na época do falecimento do titular de bens transmissíveis ao seus herdeiros.
- Tipos de responsabilidade tributária por sucessão: Imobiliária (quando a obrigação tributária transmitida diz respeito aos bens imóveis deixados pelo falecido, inclusive taxas e contribuições de melhoria. Exemplo: pagamento do IPTU ou do ITR); Pessoal (quando a obrigação tributária transmitida disser respeito a pessoas que tenham direitos sobre os bens deixados pelo falecido); ou Empresarial ou Negocial (quando a obrigação tributária disser respeito à transmissão de empresas ou estabelecimentos comerciais, industriais ou profissionais, tais como: barbearias, bares, armarinhos etc). 
- Tipos de pessoas que tem responsabilidade tributária pessoal por sucessão: o adquirente ou remitente (responsável pelos tributos pessoais relativos aos bens adquiridos ou remidos); o sucessor a qualquer título e o cônjuge meeiro (responsável pelos tributos devidos até à data da partilha); e o espólio ou conjunto de bens deixados pelo falecido (responsável em relação aos tributos deixados por ele até o momento da abertura da sucessão, isto é, da sua morte).
- A responsabilidade pessoal é solidária: na mesma obrigação, concorre mais de um credor, ou mais de um devedor, cada um com direito ou obrigação em relação à dívida toda.
- Responsabilidade Tributária De terceiros: refere-se aos casos de impossibilidade de exigência do cumprimento da obrigação principal pelo contribuinte.
- Exemplos de responsabilidade tributária de terceiros: os pais são responsáveis pelos tributos devidos por seus filhos menores; os tutores e curadores, pelos tributos devidos por seus tutelados e curatelados; os administradores de bens de terceiros, pelos tributos devidos por estes; o inventariante, pelos tributos devidos pelo espólio. 
- Responsabilidade Tributária Por Infrações: é aquela que diz respeito a violações praticadas contra a legislação tributária. 
- No Direito Tributário não há, como no Direito Civil, absolutamente ou relativamente incapazes. Qualquer pessoa pode ser sujeito passivo da obrigação tributária. 
- Contribuinte, segundo o CTN: sujeito passivo que tem relação pessoal e direta com o respectivo fato gerador
- Responsável, segundo o CTN: sujeito passivo que, sem se revestir da condição de contribuinte, sua obrigação decorre de disposição expressa em lei.
- A responsabilidade tributária pode ser: por sucessão, que se subdivide em imobiliária, pessoal e empresarial; de terceiros; e por infrações. 
- João faz um testamento e deixa para o amigo 1 dois imóveis e os demais bens para a esposa meeira e os dois filhos desse casamento. 
 - A quem cabe a responsabilidade pelo pagamento do IPTU relativo aos referidos bens, até a abertura da sucessão? Ao espólio de João.
 - A quem cabe a referida responsabilidade até a partilha dos bens, isto é, às pessoas indicadas no testamento? Ao sucesso a qualquer título e à cônjuge meeira.
 - Após a partilha, quem tem a responsabilidade tributária? Cada um deles.
Aula 8 - Crédito tributário
- A obrigação tributária não dá direito ao Poder Público de exigir o pagamento do tributo. Esse direito só nasce quando a obrigação tributária é transformada em crédito tributário.
- Crédito: direito de exigir de outrem o pagamento de certa soma em dinheiro. 
- Crédito tributário: é o direito decorrente da obrigação tributária.
- O crédito tributário se constitui pelo lançamento que, segundo o CTN, é a atividade administrativa, vinculada e obrigatória, que tem por finalidade: • verificar a ocorrência do fato gerador da obrigação; • determinar a matéria tributável, ou seja, o bem que é o objeto da tributação; • calcular o montante do tributo devido; • identificar o sujeito passivo; e • propor a aplicação da penalidade cabível.
- Uma vez lançado o tributo, temos o crédito tributário e o sujeito passivo, que devem ser notificados disso.
- Tipos de lançamentos: • Por declaração ou misto (quando o sujeito passivo presta informações ao sujeito ativo para que ele faça o lançamento. Exemplo: No II o viajante, ao chegar à alfândega, declara os bens passíveis de tributação); • Por homologação (quando o sujeito passivo informa e antecipa o pagamento do tributo, sendo tudo homologado pelo sujeito ativo através de uma notificação. Exemplo: No IRPF o contribuinte declara e já paga o tributo por ele calculado); ou • De ofício (quando o sujeito ativo lança o tributo sem a participação do sujeito passivo. Exemplo: É o que acontece no IPTU; no IPVA; etc).
- O prazo para homologação pela Receita Federal, com a correspondente notificação ao sujeito passivo, é de 5 (cinco) anos, contados da ocorrência do fato gerador. 
- Como pode ser a homologação do lançamento: • expressa (quando efetuada e comunicada ao sujeito passivo, no prazo de 5 anos acima); e • tácita (quando o Fisco não se manifestar no prazo acima).
- Exemplos de situações em que ocorre os lançamentos de Ofício: situações enumeradas no art. 149, do Código Tributário Nacional, como: • determinação legal; • declarante omisso; • recusa ou insuficiência de esclarecimento; • falsidade, erro etc.; • verificação a posteriori (no caso do lançamento por homologação, havendo erro ou omissão na declaração).
- Fato Gerador: acontecimento que gera a obrigação tributária.
- A possibilidade de o Poder Público exigir o pagamento de um tributo só nasce quando a obrigação tributária é transformada em crédito tributário, o que ocorre pelo lançamento. 
- Finalidade do Lançamento: • Calcular o montante devido; • Determinar a matéria tributável, ou seja, o bem que é o objeto da tributação; • Identificar o sujeito passivo; • Propor, se for o caso, a aplicação da penalidade cabível; e • Verificar a ocorrência do fato gerador da obrigação.
- Feito o lançamento, que tipo de providência deve ser tomada pelo Poder Público? Notificar o sujeito passivo.
- José viaja para a Disney e ao voltar para o Brasil, traz em sua bagagem um moderníssimo laptop, adquirido em território norte-americano. Ao ser indagado pela Receita Federal se trazia algum bem adquirido no estrangeiro, disse que sim e apresentou a nota fiscal de aquisição do laptop. De posse deste documento, o fiscal da Receita Federal procede ao lançamento do tributo correspondente. Que tipo de lançamento foi feito? Lançamento misto.
- Tipos de Alterações que podem ocorrer no crédito tributário: suspensão, extinção ou exclusão.
- Suspensão do crédito tributário: sustação da exigência do crédito tributário, em razão da ocorrência de algumas situações, como • Moratória (dilatação ou prorrogação do prazo para cumprimento de uma obrigação não vencida); • Depósito do montante integral (ocorre quando o sujeito passivo discorda do lançamento feito pelo sujeito ativo e quer impugná-lo, recorrendo ao órgão competente); • Reclamações e Recursos; • Medida liminar em mandado de segurança; • Medida liminar ou tutela antecipada, em outras espécies de ação judicial; ou • Parcelamento.
- Montante integral: valor do tributo somado aos acréscimos legais (multas, juros, correção).
- Depósito do Montante integral: é feito perante a autoridade administrativa e não se confunde, portanto, com a consignação em pagamento, que é feita judicialmente.
- Extinção do crédito tributário: diz respeito às alterações surgidas após o lançamento. 
- Situações em que ocorre a extinção do crédito tributário:• Pagamento (corresponde ao cumprimento da obrigação de dar. Se o pagamento for indevido ou maior que o devido, o sujeito passivo tem direito à restituição, também chamada repetição do indébito); • Compensação (resulta do fato de serem os sujeitos, ativo e passivo, credores e devedores reciprocamente. Exemplo: o contribuinte deve pagar um tributo, mas faz jus à restituição de outro); • Transação ( consiste em concessões recíprocas, autorizadas por lei, feitas entre os sujeitos ativo e passivo em litígio, com a finalidade de encerrarem causas fiscais ajuizadas e pendentes de pagamento); • Remissão (consiste no perdão do crédito tributário, autorizado por lei. Pode ser total, quando atinge todo o crédito tributário, ou parcial); • Prescrição (impossibilidade do exercício de uma ação, por parte do Fisco, para cobrar um crédito lançado e constituído, em razão do transcurso do prazo de 5 (cinco) anos, contados de sua constituição definitiva); ou • Decadência (impossibilidade, por parte do Fisco, de exercer o seu direito de fazer o lançamento de um tributo, em razão do transcurso do prazo de 5 (cinco) anos, contados da ocorrência do fato gerador).
- Na prescrição o Fisco deixa transcorrer 5 (cinco) anos sem cobrar o crédito lançado; na decadência, transcorre o mesmo tempo sem que tenha sido feito o lançamento.
- Exclusão do crédito tributário: diz respeito às alterações surgidas antes do lançamento e que o impedem. 
- Situações em que ocorrem a exclusão do crédito tributário: • Isenção (dispensa, por lei, da obrigatoriedade do tributo. Não confundir com a imunidade, que é estabelecida pela Constituição); ou • Anistia (dispensa, por lei, das penalidades e juros moratórios incidentes sobre o tributo. Não abrange a correção monetária).
- Redução da Carga Tributária: são os meios utilizados para a redução do montante de tributos a pagar. 
- Tipos de meios utilizados para redução da carga tributária: meios lícitos (como a elisão), e ilícitos (como a evasão e o conluio). 
- Elisão: chamada “economia de imposto” ou “economia fiscal”. É um comportamento legal, mas pode ser confundido com a evasão, daí, às vezes, ser denominada também “evasão legal”. 
- Exemplo de elisão: ocorre quando a lei tributária estabelece que se uma bebida for engarrafada em um recipiente de 3 litros pagará uma alíquota de 8%, ao passo que, sendo engarrafada em um recipiente de 1 litro, a alíquota será de 10%, ou seja, maior.
- Evasão: toda conduta que, por meio ilícito, impede a configuração do fato gerador. Pode configurar uma simples infração administrativa, se for culposa, mas também pode ocasionar delito fiscal se for dolosa. 
- Exemplo de evasão: omissão de informações na declaração do IR; erro de cálculo; etc. Na maior parte das vezes, são considerados infrações administrativas.
- Se comprovado o dolo do sujeito passivo, estará configurado o delito fiscal de fraude fiscal, sonegação ou conluio. 
- Conluio: ajuste doloso entre duas ou mais pessoas, visando os efeitos da sonegação ou da fraude.
- Transação: Procedimento que extingue o crédito tributário.
- Isenção: Procedimento que suspende o crédito tributário.
- Pode ocorrer antes do lançamento e, conseqüentemente, antes da constituição do crédito tributário: Isenção e decadência
- Repetição do indébito: direito à restituição pelo pagamento, indevido ou maior que o devido, a que o sujeito passivo faz jus.
- A compensação, desde que autorizada por lei, resulta do fato de serem os sujeitos, ativo e passivo, credores e devedores reciprocamente; já na transação, os dois fazem concessões recíprocas, autorizadas por lei, com a finalidade de encerrarem causas fiscais ajuizadas e pendentes de pagamento.
- Exemplo de evasão por delito fiscal: José deixa de mencionar na declaração de IRRF, valores ganhos no ano anterior e intencionalmente, ao lançar as deduções, arredonda os valores para maior, causando uma restituição que não lhe era devida. Por inconsistências nas informações prestadas, José é convocado a comparecer à Receita Federal. Como é denominado o artifício que José utilizou para reduzir sua carga tributária? Justifique sua resposta. Evasão ilegal por delito fiscal. Por ter agido intencionalmente, José cometeu os delitos fiscais de sonegação, por ter ocultado renda, e fraude fiscal, por ter alterado valores de dedução.
- José, fez sua declaração de ajuste do IRPF dentro do prazo estabelecido, guardando em seu poder o recibo de entrega à Receita Federal. Sete anos depois a Receita Federal o convoca a prestar esclarecimentos relativos à esta declaração. 
 - É válido este lançamento feito pela Receita Federal, transcorrido tanto tempo? Esse lançamento é denominado lançamento por homologação, que deve ser feita, pela Receita Federal e comunicada ao Sujeito Passivo, em até 5 (cinco) anos contados do fato gerador do tributo. Se isto não é feito, ocorre a homologação tácita. 
 - José está obrigado a atender a convocação da Receita Federal? Deste modo, já tendo ocorrido a homologação tácita, a Receita Federal decaiu do seu direito de fazer o lançamento referente ao IRPF de José.
Aula 9 - Repartição das Receitas Tributárias. Fundos de Participação
- Entes integrantes da Federação no Brasil: União, Estados, DF e Municípios.
- Pertencem aos Estados-Membros e ao Distrito Federal, em sede de Repartição de Receitas Tributárias: o produto da arrecadação do IR na fonte sobre os rendimentos pagos por eles, suas autarquias e pelas fundações que instituírem e mantiverem; e 20% do produto da arrecadação dos impostos de competência residual, que a União venha a instituir).
- Pertencem aos Municípios, em sede de Repartição de Receitas Tributárias: o produto da arrecadação do IR na fonte sobre os rendimentos pagos por eles próprios, suas autarquias e pelas fundações que instituírem e mantiverem; 50% do ITR arrecadado dos imóveis situados no Município, quando houver arrecadação por parte da União; 50% do IPVA arrecadado dos veículos automotores licenciados no seu território; 25% do ICMS arrecadado, sendo 3⁄4 sobre o imposto arrecadado em seu território e 1⁄4 conforme dispuser a lei local.
- Tributos que não sofrem repartição: (1) as taxas, as contribuições de melhoria, os empréstimos compulsórios e as contribuições especiais e parafiscais; (2) todos os impostos municipais (IPTU, ITBI e ISS), já que somente existe repartição dos Entes maiores para os menores; (3) todos os impostos instituídos e arrecadados pelo DF, já que ele não pode ser dividido em Municípios; (4) o imposto estadual sobre transmissão causa mortis e doações; (5) os impostos federais de importação, exportação, sobre grandes fortunas e extraordinários de guerra.
- Participações diretas que pertencem aos Estados-membros: • o IR incidente na fonte sobre os rendimentos pagos, a qualquer título, por eles, suas fundações públicas e autarquias; • os impostos residuais (20%); • IOF sobre o ouro, ativo financeiro ou instrumento cambial (30%).
- Participações diretas que pertencem aos Municípios: • o IR incidente na fonte sobre os rendimentos pagos, a qualquer título, por eles, suas fundações públicas e autarquias; • ITR (50%) ou (100%); • IOF sobre o ouro, ativo financeiro ou instrumento cambial (70%); • IPVA (50%); • ICMS (25%).
- As participações indiretas efetivam-se por meio de quatro fundos: • três fundos compostos de 47% da arrecadação do IPI e do IR, excluída deste último a parcela do IR já pertencente aos Estados, DF e municípios por sua participação direta (IR retido na fonte pelos respectivos Entes); • e o quarto, destinado aos Estados e ao DF, composto de 10% da arrecadação do IPI.
- Fundos que efetivam as participações indiretas: (1) Fundo de Participação dos Estados e do DF (21,5% do IR e do IPI); (2) Fundo de Participação dos Municípios (22,5% do IR e do IPI); e (3) Fundo Compensatório de Exportações de Produtos Industrializados (10% do IPI, aos Estados e ao DF, devendo cada Estado repassar 25% do recebido aos seus Municípios).
- Regras Específicas

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