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O PENSAMENTO DA CEPAL OBJETIVO Formular estudos e análises dos problemas da América Latina, para o desenvolvimento de políticas para a mesma. PRINCIPAIS TEÓRICOS Raul Presbich – Dicotomia centro-periferia; periferia exporta produtos primários, com baixo valor de mercado e demanda estática; Centro exporta produtos industrializados, com alto valor de mercado e demanda crescente. Celso Furtado - AVALIAÇÃO DA ESTRATÉGIA DA ISI (industrialização por substituição de importações) Protecionismo – inflacionar produtos exportados; afim de inviabilizar as importações. (aumento de impostos; proibição de importações; desvalorização cambial; restrição de saída de turistas e trabalhadores; limitações ao investimento estrangeiro). CRÍTICAS A ISI Proteção a indústria em detrimento da agricultura; a indústria era mais vantajosa; agricultura sem modernização já não produzia alimento suficiente; Aumento do desemprego por falta de especialização; Elevação dos custos com o avanço da ISI para setor tecnológico; busca por tecnologia aumenta os preços; o alto custo seleciona quais empresas poderiam ter tal produto. HACIA ADENTRO; HACIA AFUERA Necessidade da América Latina de se deslocar do modelo primário-exportador (afuera; regiões exportadoras) para o urbano-industrial (adentro; país industrializa; há migração para as cidades, que se desenvolvem); RELAÇÕES CENTRO-PERIFERIA (países ricos x países pobres) Discrepância na difusão do progresso tecnológico; a industrialização faz com que os países ricos se afastem cada vez mais dos países mais pobres; DETERIORAÇÃO DOS TERMOS DE TROCA As relações comerciais eram prejudiciais para os países pobres, pois exportavam produtos baratos, com demanda estável; enquanto os países ricos exportavam produto industrializado caro, com demanda crescente. DOGMAS DA CEPAL Dicotomia centro-periferia, periferia depende do centro; Demanda estática dos produtos primários x demanda crescente dos produtos industrializados; Organização dos trabalhadores da indústria (estabilidade; maior demanda de empregos) e desorganização na agricultura (instáveis; salários incertos); INDUSTRIALIZAÇÃO Países centrais se organizaram melhor afim da industrialização, suas indústrias se autorregulavam; enquanto os países da América Latina não se organizaram, cada empresário buscou um setor, trazendo a dependência das indústrias de fora. PADRÕES ESTRUTURAIS DE DESEMPREGO E INFLAÇÃO Desemprego - mecanização (industrialização), retira trabalhadores; Estado não investe em educação, a falta de especialização também gera desemprego. Inflação - Negligência no consumo agrícola, gera altos preços. DEPENDÊNCIA DOS MERCADOS EXTERNOS (empréstimos; mão-de-obra; produtos). ALIANÇA POLÍTICA (latifundiários e burguesia nacional) Elite rural perde espaço para a elite urbana. A elite urbana tem ideais mais compreensíveis das mudanças necessárias ao país; Quando há essa aliança é prejudicial, pois ela contribui para uma mentalidade conservadora (advinda da elite rural), atrelada ao passado. CONTRIBUIÇÃO CEPALINA PARA O DESENVOLVIMENTO Medidas necessárias para o desenvolvimento latino-americano: Restringir compra de produtos superforos; focar em bens de capital; Incentivo ao ingresso de Capital estrangeiro desde que seja usado para infraestrutura do país; Reforma agrária seria fundamental para o desenvolvimento econômico; Aumento da participação do Estado em setores estratégicos, usando o cpaital em prol do país; Defesa do protecionismo. DEPENDÊNCIA E ENTRAVES DAS ECONOMIAS LATINO-AMERICANAS Insuficiência de poupança; ficam dependentes de empréstimos exteriores, que geram dívidas externas. Dependência Comercial (depende do crescimento da renda externa); Dependência Tecnológica (depende da tecnologia(máquinas) dos países centrais); Dependência Estrutural (depende das importações dos EUA). CRÍTICAS AO PENSAMENTO DA CEPAL VINER – Concorda com a deterioração dos termos de troca, mas não seria uma condição permanente; Cepalinos dizem que não é permanente, mas é um problema estrutural que vai demorar a ser resolvido. BARAN – Para ele a questão era política; As elites locais tendem a ter sintonia com as elites estrangeiras por conta dos interesses econômicos e poderem influenciar nas decisões do país, sem que haja tal desenvolvimento. CRÍTICA MARXISTA – Rejeitavam o foco na dicotomia centro-periferia; O problema estaria nas questões internas da luta de classes, se os trabalhadores tomassem o poder, essa relação mudaria. A elite deseja a manutenção dessa dicotomia , por isso haveria a necessidade de retirar as elites do poder, para que haja as mudanças necessárias. CRÍTICA A TENTATIVA DE REPRODUZIR PADRÕES HISTÓRICOS. MUITOS ESTUDOS NÃO CONSIDERAVAM AS PARTICULARIDADES DE CADA PAÍS DA AMÉRICA LATINA. GUNDER FRANK – Pensa que o período para se tornar industrializado em tal sistema já passou, agora não teria como alcançar os países centrais; A solução seria romper com o Capitalismo e aderir ao Socialismo, pois em outro sistema econômico seria possível a industrialização. FHC E ENZO FALETTO – Para eles o Socialismo era uma solução radical demais; Haveria soluções menos traumáticas sem romper com o Capitalismo, para conseguir depender menos dos outros países, e se desenvolver; também criticam o evolucionismo cepalino.
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