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Princípios do direito administrativo e poder administrativo

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Princípios do direito administrativo
O direito busca ser o mais lógico possível para que todos sejam tratados de forma igual, mas ele não é necessariamente justo.
Dois pilares do direito administrativo: Supremacia do interesse público e indisponibilidade do interesse público.
Supremacia enseja prerrogativas ao Estado que não existem aos entes privados como restringir direitos individuais (desapropriação).
Indisponibilidade acaba por estabelecer restrições ao Estado (restrições na forma de agir)
Prerrogativa versus limitações: regime jurídico administrativo.
Exemplos: contratos e servidores.
Todos os princípios do direito administrativo decorrem da constituição, alguns expressos e outro implícitos.
Cinco princípios expressos no artigo 37 da Constituição Federal: LIMPE (legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência)
Legalidade: no direito privado é pautado pela não contradição à lei; já no direito público, o administrador só pode atuar se a lei permitir.
Impessoalidade: não discriminação, critérios objetivos. Teoria do órgão: agente representa o Estado.
Moralidade: honestidade, boa-fé de conduta, não corrupção, probidade. Moralidade jurídica. Exemplos na lei 8.112.
Publicidade: Controle e eficácia dos atos administrativos. Restrições, intimidade, vida privada, honra, segurança nacional, representam exceções.
Eficiência: Inserido pela emenda 19/98. Representa a busca pela execução de bons resultados, menos custos com mais benefícios.
Princípio presente no artigo 5º, LV: princípio do contraditório e ampla defesa. Ampliando esse princípio temos a defesa prévia, defesa técnica e duplo grau de julgamento. Situações de urgência existe o contraditório diferido no caso do direito administrativo. Ausência de defesa por advogado (defesa técnica) não gera nulidade do processo por vontade do particular interessado. 
Princípios implícitos 
Princípio da continuidade: artigo 6º, parágrafo primeiro da lei 8.117. A atuação pública deve ser ininterrupta.
Agente público (sentido amplo) tem direito de greve? Depende, militares não podem se sindicalizar e nem fazer greve. Já os servidores públicos civis têm direto de greve exercidos em lei específica. Eficácia limitada para essa norma, enquanto não criarem essa lei, usasse a lei geral de greve. Não recebe nos dias parados, mas pode compensar depois.
Inadimplemento pode interromper serviço público? Pode, artigo 6º, parágrafo terceiro, ocorrem nos casos de ordem técnica (urgência) e inadimplemento (aviso prévio). Não podendo parar serviço essencial à sociedade.
Exceção de contrato não cumprido é admitido no direito administrativo? Sim, artigo 78, XV da lei 8.666 é um exemplo que passados 90 dias, pode ocorrer a quebra do contrato. Exceção de contrato não cumprido diferida, postergada.
Princípio da razoabilidade e proporcionalidade: proporcionalidade é inerente à razoabilidade. Adequação entre o ato praticado e os motivos para a execução.
Princípio da autotutela: revogação e anulação. Súmula 473 do STJ. A administração pública pode rever seus próprios atos, porém não impede a tutela jurisdicional que pode ocorrer posteriormente. Anulação nos casos de ilegalidade (poder-dever) e revogação é exposta no caso de atos que demonstrem oportunidade e conveniência.
Princípio da motivação: artigo 50, lei 9784. Dever de fundamentar os atos. Exceções: cargos de comissão, não necessitam de motivação.
Poderes Administrativos
Poderes-deveres dados a administração pública, não são os poderes estruturais do Estado, mas, sim, poderes instrumentais.
Todas as vezes que o administrador público corromper esse poder administrativo, ocorre o abuso de poder.
Abuso de poder pode se manifestar por meio de excesso de poder (excedendo competência definida em lei) ou pelo desvio (vício de finalidade).
Poder discricionário versus poder vinculado são forma de exercício de poder.
Toda a atuação administrativa é vinculada à lei, só que no caso o discricionário tem uma maior margem de decisão.
Mérito administrativo: possibilidade dada pela lei ao agente público para escolher a melhor maneira de atuação.
Conceitos jurídicos indeterminados: trazem uma margem de discricionariedade.
O poder judiciário não pode decidir o mérito administrativo.
Quatro poderes administrativos a serem trabalhados: poder normativo, hierárquico, disciplinar e o poder de polícia.
Poder normativo (regulamentar): poder de expedição de normas gerais e abstratas dentro dos limites da lei. Não inova o ordenamento jurídico, apenas complementa uma lei. Expedição de atos administrativos normativos.
Regulamento é expedido por meio de um decreto, o decreto é a forma do regulamento.
Regulamento é privativo do chefe do poder executivo.
Poder regulamentar está dentro do poder normativo.
Decreto (regulamento) executivo: expedido para a fiel execução da lei. Regra no Brasil.
Decreto (regulamento) autônomo: regulamento substituto do texto legal. Artigo 84, VI é exceção que diz que o presidente pode extinguir cargos públicos vagos e tratar de matérias administrativas que não envolvam despesa e nem mudança de órgãos públicos.
Poder hierárquico: distribuição interna de competência. Hierarquia por coordenação (mesmo nível hierárquico) e hierarquia por subordinação (vertical).
Hierarquia é diferença de vinculação. Hierarquia é do mesmo setor, já vinculação é o controle geral entre instituições diferentes.
Poder disciplinar: poder sancionatório. Poder de aplicação de penalidade. Poder de aplicar sanções aqueles que tem um vínculo com a administração pública. Vínculo especial são o contratual e o hierárquico. Os que estão sujeitos à disciplina interna da administração. Garantia do devido processo legal e contraditório e ampla defesa.
Poder de polícia: supremacia geral, interesse público. Diferente de polícia judiciária. Poder de polícia administrativa está no artigo 78 do CTN: restrição ao exercício de liberdades individuais, propriedade privada para adequá-los ao interesse público.
Poder de polícia se manifesta de forma geral ou por atos individuais. Por atos preventivos e repressivos.
São atributos do poder de polícia: discricionariedade, mas nem todo o ato é discricionário.
Conselhos profissionais são autarquias que exercem o poder de polícia.
De acordo com o STF, o poder de polícia não pode ser delegado à pessoa jurídica de direito privado, apenas as pessoas jurídicas de direito público.
Aspectos materiais do poder de polícia podem ser delegados. Atividade de execução do poder de polícia admitem delegação.
Atributos inerentes aos atos de polícia: imperatividade, coercibilidade (meios indiretos e diretos de coerção), discricionariedade, autoexecutoriedade decorre de lei ou de uma situação de urgência.
Lei 9873, prazos de prescrição, 5 anos para aplicar as sanções administrativas decorrentes do poder de polícia.
Uma vez instaurado o processo administrativo para a execução do poder de polícia, se esse processo ficar parado por 3 anos, ocorre a prescrição intercorrente se depois de instaurado o processo administrativo voltar.
Se o ilícito administrativo também configura o ilícito penal, haverá uma compatibilidade entre os dois.

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