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CCJ0024-WL-O-LC-Slides - Princípios

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29/09/2013
1
PRINCÍPIOS DO DIREITO DO 
TRABALHO
1
PRINCÍPIOS DE DIREITO DO TRABALHO
a) Princípio da Proteção;
b) Princípio da Irrenunciabilidade;
c) Princípio da Continuidade;
d) Princípio da Primazia da Realidade;
e) Princípio da Razoabilidade;
f) Princípio da Boa-Fé
2
PRINCÍPIO DA PROTEÇÃO
• “O Direito do Trabalho estrutura em seu interior, com suas
regras, institutos, princípios e presunções próprias, uma teia de
proteção à parte hipossuficiente na relação empregatícia – o
obreiro – visando atenuar, no plano jurídico, o desequilíbrio
inerente ao plano fático do contrato de trabalho” (Godinho).
Segundo Plá Rodrigues, subdivide-se em:
a) In Dubio Pro Operario;
b) Norma Mais Favorável;
c) Condição mais Benéfica.
3
“IN DUBIO PRO MISERO”
• Transposição para a esfera trabalhista do antigo princípio do
Direito Penal “in dubio pro réu”.
• ATENÇÃO – ESSE PRINCÍPIO NÃO FUNCIONA EM DIREITO
PROCESSUAL DO TRABALHO (salvo se se considera a
inversão do ônus da prova como uma expressão do princípio em
questão).
4
29/09/2013
2
NORMA MAIS FAVORÁVEL
Segundo Alice M. Barros, o fundamento desse
princípio é a existência de duas ou mais
normas, cuja preferência na aplicação é objeto
de polêmica. Esse princípio autoriza a
aplicação da norma mais favorável ao
trabalhador, independentemente de sua
hierarquia.
Em outras palavras: se a Constituição prevê
adicional de 50% e a CCT prevê 60%, está
última prevalece.
5
UM EXEMPLO NA LEI (LEGAL...)
• Princípio da norma mais favorável:
• Artigo 620 da CLT - As condições estabelecidas
em Convenção, quando mais favoráveis,
prevalecerão sobre as estipuladas em acordo.
6
TEORIAS SOBRE A ESCOLHA DA NORMA 
MAIS FAVORÁVEL
• Para escolher a norma mais favorável, temos:
a) Teoria do conglobamento - Vale o bloco de normas mais
favorável, não a norma isolada (ex.: acordo coletivo X convenção
coletiva);
b) Teoria da Acumulação – Considera-se a cláusula mais favorável,
comparando duas cláusulas e não o instrumento normativo todo;
c) Teoria do Conglobamento orgânico ou por instituto - A
comparação não é em relação a todo o documento, mas a um
capítulo, ou matéria. Férias, v.g..
7
CONDIÇÃO MAIS BENÉFICA
• Ainda conforme Alice M. Barros, “se direciona a
proteger situações pessoais mais vantajosas que se
incorporam ao patrimônio do empregado, por força
do próprio contrato, de forma expressa ou tácita
consistente esta última em fornecimento habituais de
vantagens que não poderão ser retiradas, sob pena
de violação do artigo 468 da CLT”.
8
29/09/2013
3
Súmulas do TST que confirmam o princípio da condição mais
benéfica:
• Súmula 51 - As cláusulas regulamentares, que revoguem ou
alterem vantagens deferidas anteriormente, só atingirão os
trabalhadores admitidos após a revogação ou alteração do
regulamento.
• Súmula 288 - A complementação de proventos da
aposentadoria é regida pelas normas em vigor na data da
admissão do empregado, observando-se as alterações
posteriores desde que mais favoráveis ao beneficiários do
direito.
CONDIÇÃO MAIS BENÉFICA
9
POR ERRO NÃO...
• AMB aponta interessante acórdão firmando o
entendimento - contrário ao princípio - que “vantagem
auferida pelo trabalhador, por erro, não poderá gerar
direito, logo, não integra o rol das condições mais
vantajosas”. Ei-lo: “Não configura violação ao preceito
expresso no art. 468 da CLT e no art. 7o, IV da CF/88,
a redução salarial decorrente de erro de
enquadramento do reclamante” (TRT -- 10a Região --
1a Turma - RO-100/97).
10
EXCEÇÕES
• Interessantes exceções:
• Súmula 277 do TST - As condições de trabalho alcançadas por força de
sentença normativa vigoram no prazo assinado, não integrando, de forma
definitiva, os contratos.
• Súmula 265 - A transferência para o período diurno de trabalho implica a
perda do direito ao adicional noturno.
• Súmula 80 - A eliminação da insalubridade mediante fornecimento de
aparelhos protetores aprovados pelo órgão competente do Poder
executivo exclui a percepção do respectivo adicional.
• Súmula 291 do TST - A supressão, pelo empregador, do serviço
suplementar prestado com habitualidade, durante pelo menos 1 (um) ano,
assegura ao empregado o direito à indenização correspondente ao valor
de 1 (um) mês das horas suprimidas para cada ano ou fração igual ou
superiora seis meses de prestação de serviço acima da jornada normal.
O cálculo observará a média das horas suplementares efetivamente
trabalhadas nos últimos 12 (doze) meses, multiplicada pelo valor da hora
extra do dia da supressão. 11
PRINCÍPIO DA IRRENUNCIABILIDADE
• Fixa-se no conceito da indisponibilidade dos direitos.
• Limita a autonomia da vontade das partes. Dentro desse
princípio, podem se encontrar outras subespécies como a
“intangibilidade do salário” e “intangibilidade contratual”, de
sorte que o trabalhador não pode, salvo exceção expressa da lei
(com a presença do sindicato, v.g.), abrir mão de nenhum
benefício previsto em lei (não quero tirar férias, v.g.)
(v. arts. 9º, 444 e 468 da CLT)
Você já pensou como esse princípio funciona com a previsão de
conciliação, no processo do trabalho?
12
29/09/2013
4
PRINCÍPIO DA CONTINUIDADE
• Funciona informando as partes que o Direito do Trabalho
pretende que a relação de trabalho ocorra por prazo
indeterminado, reservando os contratos de prazo determinado
para situações especiais.
• O FGTS e o fim da estabilidade estão na contra-mão desse
princípio;
• Além disso, há a presunção de que o empregado pretende
permanecer no emprego, sempre, porque é assim que obtém a
subsistência (v. súmula 212 do TST).
13
SÚMULA 212 DO TST
• Súmula 212 do TST - O ônus de provar o término
do contrato de trabalho, quando negados a
prestação de serviço e o despedimento, é do
empregador, pois o princípio da continuidade da
relação de emprego constitui presunção favorável
ao empregado.
14
PRINCÍPIO DA PRIMAZIA DA 
REALIDADE
• Deve-se pesquisar, preferentemente, a prática
concreta efetivada ao longo da prestação de
serviços, independentemente da vontade
eventualmente manifestada pelas partes na
respectiva relação jurídica.
• Documentos, contratos, registros em órgãos
específicos perdem a vez para -- acima de
qualquer outra coisa – o que acontece no mundo
real.
15
PRINCÍPIO DA RAZOABILIDADE
• Trata-se de princípio abstrato, sem conteúdo específico,
que existe para “temperar” a aplicação das normas e
princípios existentes, evitando-se que a aplicação rígida
de algum preceito, fora do razoável, leve a resultados
indesejados pela sociedade.
São exemplos desse princípio a constatação de que:
a) o empregador pode impor medidas disciplinares, mas é
preciso que guardem proporção razoável com o ato
praticado pelo empregado;
b) eventuais transferências de empregados de confiança
(art. 469, parágrafo 1º da CLT), embora permitidas, devem
ser razoáveis. 16
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PRINCÍPIO DA BOA FÉ
As partes devem atuar no contrato sempre com boa fé.
Por conta disso:
a) o trabalhador deve reservar ao empregador todo o tempo a
que se comprometeu, evitando o trabalho para terceiros
durante o horário de trabalho;
b) o trabalhador está impedido de revelar segredos da
empresa;
c) não pode haver concorrência desleal;
d) o trabalhador deve evitar formas de corrupção. Ao mesmo
tempo, o empregador deve se abster de impor serviços que
não fizeram parte do contrato, ou que sejam lesivos ao
empregado ou que possam colocá-lo em perigo.
17
OUTRO EXEMPLO...
• No princípio da boa fé:
Súmula 42 do TST - Presume-se abusiva a
transferência de que trata o parágrafo 1º do artigo
469 da CLT, sem comprovação da necessidade de
serviço.
18
PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS
a) Princípio Fundamental da Liberdade – proíbe o trabalho
escravo e assemelhado;
b) Princípio da Isonomia – Quando alguns grevistas sãodespedidos e outros não, sendo que todos agiram da mesma
forma (art. 5º da CF);
c) Princípio de Liberdade de Sindicalização – A cobrança de
contribuições assistenciais e confederativas de não sócios
desrespeitaria esse princípio (art. 8o da CF), nos termos do
precedente 119 do TST.
d) Amauri Mascaro do Nascimento indica outros (direito de greve;
representação dos trabalhadores na empresa; irredutibilidade
de salários, salvo previsão de CCT, etc).
19
MUITOS OUTROS PRINCÍPIOS...
• Outros autores apontam a existência de outros princípios
exclusivos, ou não, do direito do trabalho, sendo quase
impossível apresentar uma lista definitiva.
• Pode-se destacar, porém:
• Princípio da Autonomia da Vontade, segundo o qual as relações
contratuais de trabalho podem ser objeto de livre estipulação
das partes interessadas em tudo quanto não contravenha às
disposições de proteção ao trabalho, aos contratos coletivos
que lhes sejam aplicáveis e às decisões das autoridades
competentes (ver artigo 444 da CLT).
20
29/09/2013
6
• Artigo 444 da CLT – As relações contratuais
de trabalho podem ser objeto de livre
estipulação das partes interessadas em tudo
quanto não contravenha às disposições de
proteção ao trabalho, aos contratos coletivos
que lhe sejam aplicáveis e às decisões das
autoridades competentes.
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DIFERENÇA ENTRE PRINCÍPIOS E 
NORMAS
• Para Alice M. Barros “a norma (vista como dever ser)
abrange tanto os princípios como as regras. Estes se
distinguem por meio de vários critérios apontados pela
doutrina, entre os quais destacamos: a) as regras
prescrevem atos relativamente específicos, e os
princípios atos inespecíficos; b) os princípios não podem
gerar direito subjetivo, ao contrário das regras que
geram esses direitos e podem ser aplicadas
diretamente; c) os princípios contêm uma enunciação
ampla, sendo, portanto, abstratos, enquanto as regras
são concisas”.
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