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INFLAÇÃO NO BRASIL E SEU DESENVOLVIMENTO

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SOCIEDADE EDUCACIONAL SANTO ANTÔNIO – INESA
CURSO DE BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO
Professor: Carlos Barcelos 
Disciplina: Mercado de Capitais
Aluna: Aline Schauer, Silvania Silva
A EVOLUÇÃO DA INFLAÇÃO NO BRASIL
A inflação é o aumento geral dos preços que resulta na perda constante do poder aquisitivo da moeda, como fala Nascimento (DANIELE, 2014, p. 4) “A inflação é um fenômeno monetário e pode ser conceituada como um persistente aumento dos preços dos bens e serviços na economia, e que acaba por ocasionar uma desvalorização monetária”. No Brasil a inflação ou, como ficou mais conhecida, hiperinflação, teve início na ditadura militar. No ano de 1968 foi instituído o ato institucional 5, como consequência dada pelos militares na tentativa de boicotagem de um deputado que, em discurso, sugeriu a população fazer greve, não acatar as ordens dos militares, não comemorar o 7 de setembro e outras coisas.
Foi criada então a política de substituição das importações que só fez crescer as dívidas públicas. Na década de 70 surgiu “Milagre Econômico” onde foram feitos financiamentos de empréstimos internacionais que fez o Brasil crescer economicamente, Santiago, Emerson diz que “o país vive o chamado "Milagre Econômico", resultado de investimentos internos, empréstimos no exterior, além da súbita valorização dos produtos exportados.”, porém mais tarde com a crise internacional em relação ao petróleo, assim como explica Vasconcelos, Marco (1998, p. 184) “a partir de 1973, a crise no petróleo trouxe repercussões profundas na economia mundial e, desde essa data, a economia brasileira passou a apresentar taxas de inflação crescentes.”. Esta crise no exterior fez o preço do combustível se elevassem descontroladamente, e o país (Brasil) acabou regredindo, aumentando as taxas de inflação novamente. Foram vários anos de inflação crônica no país, as taxas e, consequentemente, os preços dos produtos eram atualizados diariamente, fazendo com que todos os alimentos e produtos comercializados sumissem das prateleiras, pois toda a população estocava comida e produtos como garantia de posse, já que no dia seguinte, com a atualização das taxas, o mesmo produto poderia estar o dobro do valor.
No ano de 1985, com a morte do presidente eleito Tancredo Neves, José Sarney assume a presidência. Foi então no ano de 1986, que o presidente adotou medidas para tentar reverter a situação, medidas como congelamento de preços, câmbio fixo, troca de moeda (cruzeiro para cruzado), porém o governo não se planejou e a diminuição dos gastos não se fez, ora a demanda também não caiu, e junto caiu o plano cruzado. O ponto crucial para que a proposta instalada não desse certo foi a medida de congelamento dos preços, pois as empresas não teriam mais tanta rentabilidade na produção, isso quando não tivessem prejuízos, o que fez com que os produtos começassem a sumir dos mercados e, novamente, a população passou a estocar comida, dessa vez como garantia de sobrevivência, já que em vários locais nem o leite estava mais a venda e Duarte, Marcos explica bem esta situação.Ainda em 1986 como nova tentativa de melhoria, Sarney faz o plano Cruzado 2, onde as medidas eram redução de consumo e déficit público com a elevação dos impostos, fora a elevação dos preços de produtos tabelados. A proposta não foi aceita e o plano acabou caindo também.
Em 1987, foi criado o “Plano Bresser”, onde o congelamento dos preços tinha o prazo de 3 meses, o câmbio foi elevado para favorecer a exportação e assim o país acumular verba, plano feito entre Sarney e o ministro Bresser, que notou a redução no corte dos gastos, porém não se antecipou em relação a dívida externa e fez com que o plano não prosseguisse. O Plano Verão criado em 1989, também por José Sarney, novamente faz o congelamento dos preços, também a elevação das taxas de juros e a moeda até então Cruzado passa a ser Cruzado Novo, porém assim como no plano Bresser, não são feitos planejamentos e hiperinflação volta a acontecer.
Em 1990 presidente eleito Fernando Collor de Mello, após dezenas de medidas tomadas para a melhoria na economia do país pelo presidente anterior, instaura a medidas para congelamento dos preços, a retenção do dinheiro da população (poupança), diminuiu o dinheiro que estava em circulação (como tentativa de conter a inflação), abriu o mercado, e novamente a troca da moeda que era Cruzado Novo e passa a ser Cruzeiro. Porém estas medidas também não funcionam,pois o presidente acabou abrindo uma estagnação na economia, uma vez que não há muito dinheiro em circulação, e a arrecadação do governo cai, juntamente com o plano, e como explica CANCIAN (Renato, 2013) 
Os salários e os preços foram congelados, os depósitos bancários foram confiscados por um período de 18 meses. Apenas por um breve período de tempo, a inflação ficou sob controle. A recessão e o agravamento da crise econômica afetou a popularidade do presidente Collor de Mello. No Congresso Nacional, Collor foi perdendo apoio parlamentar com o consequente enfraquecimento político de seu governo.
 Collor faz então o plano 2 em 1991, tentativas desesperadas para manter-se no governo, porém falhas e acabam induzindo o seu impeachment aprovado no ano de 1992, porém Collor resolve renunciar antes, marcando a história como primeiro presidente eleito democraticamente a se afastar por vontade própria.
Em 1994 ‘assume’ o poder Fernando Henrique Cardoso, porém antes mesmo de assumir o governo Fernando Henrique já mostrava grandes capacidades quando ainda era ministro da fazenda, formulando o plano real, como explica DUARTE, Lidiane “ele reuniu um grupo de economistas que elaborou um plano capaz de estabilizar a economia. Com uma moeda estável, o país pode voltar a crescer nos governos subsequentes. ”. No ano anterior, quando FHC assume a presidência e com ele vieram medidas como as medidas de regime de câmbio fixo e equilíbrio cambial, abertura de mercado nas importações, redução dos gastos públicos, a instalação do COPOM e a troca da moeda de Cruzeiro para Real (que aconteceu no ano de 1994 quando ainda ministro), e que é usada até os dias de hoje. Fernando Henrique Cardoso regeu o país por dois mandatos, o que mostra perfeita aceitação das medidas pela grande maioria da população.
REFERENCIA
CANCIAN, Renato. Governo Collor de Mello (1990-1992): Presidente renuncia. 2013. Disponível em: <https://educacao.uol.com.br/disciplinas/historia-brasil/governo-collor-de-mello-1990-1992-presidente-renuncia.htm>. Acesso em: 05 de mar. 2017.
DUARTE, Lidiane. Governo Fernando Henrique Cardoso. Disponível em: <http://www.infoescola.com/historia/governo-de-fernando-henrique-cardoso/>. Acesso em: 05 de mar. 2017.
DUARTE, Marcos. Plano Cruzado. Disponível em: <http://www.infoescola.com/historia-do-brasil/plano-cruzado/>. Acesso em: 05 de mar. 2017.
NASCIMENTO, Danille Vitoria Gomes do. A Evolução Recente da Inflação no Brasil. Sobral, 2014.
SANTIAGO, Emerson. Planos de Combate à Inflação no Brasil. Disponível em: <http://www.infoescola.com/economia/planos-de-combate-a-inflacao-no-brasil/>. Acesso em: 05 de mar. 2017.
VASCONCELLOS, Marco; GARCIA, Manuel. Fundamentos da Economia. São Paulo: Saraiva, 1998.

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