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Direito, Economia e mercados.

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O texto mostra a questão dos conflitos entre os estudiosos das ciências do Direito e da Economia, como disse George Stigler “o economista e o advogado vivem em mundos diferentes e falam diferentes línguas”. Um busca a justiça para regular a conduta humana e o outro analisa a vida baseada nos preceitos econômicos. O advogado por sua vez foi visto pelo economista como um “chato necessário” e seu papel como nada construtivo.
Esse choque impetuoso agrava-se mais devido aos planos de estabilização econômica, especialmente na década de 1980 com a avalanche de planos econômicos e a constituição de 1988, pois esses planos desprezam as liberdades públicas e os direitos individuais. Em contraponto os economistas alegam que o poder judiciário, tal como os advogados, contribuem para aumentar o déficit das contas do Estado por julgar sem considerar a extensão do plano econômico. Nesse caso dão atenção especial e uma critica mais áspera aos advogados dizendo que estes entulham o judiciário e forçam a justiça a pagar contas fora do alcance público somente em busca de seus gordos honorários.
É dito também que muitos magistrados decidem pelas suas posições políticas e não pela lei, pois acreditam que o juiz tem um papel social a cumprir, e a busca da justiça social justifica decisões que violem os contratos. Porém aqueles que privilegiam as questões econômicas acreditam na prevalência do contrato, que esses devem sempre ser respeitados independentes de questões sociais.
No entanto a sociedade está em constante mutação e esse espaço feito de pedregulhos está se estreitando e ficando de mais fácil passagem. Afinal, de acordo dom Wald “se houver mercado sem direito, teremos uma selva selvagem. Se, ao contratio, tivermos um direito sem o funcionamento do mercado, haverá a paralisação do país, e não haverá desenvolvimento”. Ou seja, o Direito e a economia se complementam, e a prova de que a distancia entre eles está diminuindo é a introdução de uma disciplina de economia dentro das faculdades de Direito. Outro exemplo é a contribuição de economistas como peritos, na formulação de pareceres, na instrução de processos e na tomada de decisões judiciais sobre disputas econômicas.
Com bases nos estudos feitos na década de 1990 fica comprovado à influência que as instituições legais exercem sobre a atividade econômica, e os próprios economistas admitem essa implicação. Fica claro que países com boas instituições são mais eficiente e crescem mais rápido do que aqueles países com instituições ruins.
Nessas pesquisas há ênfase no papel das leis em alocar os direitos de propriedade de forma a minimizar o impacto dos custos de transação sobre a eficiência econômica e na utilização do judiciário para decidir caso com situações que não foram previstas nos contratos ou na lei.
As leis atuam sobre a atividade econômica, portanto, com o intermédio da política econômica que nada mais é do que a escolha de regras, procedimentos legais e estruturas administrativas com função de maximizar o bem estar social. Desempenha para isso algumas funções, são elas: proteger os direitos a propriedade privada; estabelecer regras para as negociações e alienação de tais direitos entre agentes privados e entre eles e o Estado; definir normas de acesso e saída dos mercados; promover competições; e regulamentar conduta industrial e empresarial nos setores onde exista monopólio ou baixa concorrência.
Conclusão:
Em suma a principal característica das duas ciências é que elas se complementam, apesar da desnecessária desavença entre as partes. Um necessita do outro para sobreviver e crescerem cada vez mais, felizmente, as barreiras estão sendo rompidas e os profissionais das áreas entendendo que a junção é a melhor opção para o desenvolvimento.
Ao meu ponto de vista, defendendo aos membros do judiciário e aos advogados, o compromisso maior do Direito não é resolver questões econômicas e sim lutar pela justiça, tais questões são do ramo econômico e não do Direito. É sempre importante para um advogado saber sobre economia para resolver muitos casos, pois ao vivermos em um mundo capitalista devemos ser guiados pelas razões econômicas, mas as questões de déficit, superávit ou desenvolvimento não são de responsabilidade de juristas.

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