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CCJ0024-WL-B-APT-01-Direito do Trabalho I -Respostas Plano de Aula

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Curso de Direito 
Turma A – Manhã - 2012.1 
Direito do Trabalho I 
Profa.: Emmanuelle Benevides Moura Beltrão 
Disciplina: 
CCJ0024 
APT: 
001 
Aluno: Waldeck Lemos de Arruda Junior 
Matrícula: 2012.01.140749 
Folha: 
1 de 4 
Data: 
22/07/2013 
 
MD/Direito/Estácio/Período-04/CCJ0024/Aplicação Prática Teórica-001/WLAJ/DP 
TRABALHO PARA AV1 
 
Aplicação Prática Teórica = Web-Aula-01 
 
Caso Concreto 1: 
 
O Sindicato dos Empregados de Bares e Restaurantes de Minas Gerais celebrou convenção coletiva de 
trabalho com o Sindicato Patronal de Bares e Restaurantes de Minas Gerais. A referida norma coletiva 
estabeleceu que, para os integrantes da categoria profissional representada pelo sindicato profissional, a hora 
noturna, assim considerada aquela compreendida entre as 22 horas de um dia e as 5 horas do outro dia, teria 
adicional de 50% (cinquenta por cento) sobre a hora diurna. Finalmente, as partes estabeleceram um prazo de 
vigência de 1(um) ano para a vigência da convenção coletiva. Analisando o caso concreto apresentado, esclareça 
se esta norma coletiva poderia ser caracterizada como fonte material do direito do trabalho? Justifique. 
 
RESPOSTA: NÃO. A CCT – Convenção Coletiva do Trabalho se caracteriza como uma Fonte Formal, Autônoma 
e Mediata. 
Ato ou contrato-regra (Teoria de Duguit): Esta é a teoria defendida pela doutrina majoritária para explicar 
a natureza jurídica das normas coletivas. Segundo ela as normas coletivas teriam forma de contrato, mas 
características de lei. 
As Convenções Coletivas do Trabalho (CCT) é um acordo de caráter normativo sobre condições de 
trabalho celebrado entre sindicatos (obreiro e patronal), quer dizer em os sindicatos de empregados e 
empregadores. 
A norma coletiva tratada no caso concreto exposto é caracterizada como fonte formal autônoma de efeito 
mediato, isso porque tem natureza normativa e respaldo no sistema jurídico, é autônoma devido a sua origem que 
é privada e, tem efeito mediato, pois depende das já existentes regras plenamente construídas como a CLT. 
Fonte material do Direito do Trabalho se refere a um momento “pré-jurídico”, ou seja, são fenômenos quer 
de ordem social, política, econômica, filosófica que ocorrem antes da criação da lei. Portanto não há que se falar 
em fonte material. 
 
PESQUISA-01: A Natureza Jurídica das Normas Coletivas. 
Fonte: http://professoradeborahpaiva.blogspot.com.br/2011_08_07_archive.html 
 
A natureza jurídica das normas coletivas é explicada por algumas teorias, a saber: 
 
1ª. Teoria Contratual ou Civilista: Esta teoria enquadrava as normas coletivas no rol dos contratos 
de direito civil, devido ao acordo de vontades. 
2ª. Teoria de Transição: São construções que não enfocam os contratos civis, mas enquadram os 
institutos da negociação coletiva em modelos teóricos de caráter distinto. 
3ª. Teoria Jurídico-social: Enfatizam a função normativa dos diplomas coletivos negociados. Não 
são embasadas no acordo de vontades. 
 
Não creio que vocês devam mencionar com detalhamento a subdivisão das teorias nesta 
prova, mas optei por explicitá-la aqui para aprofundar o conhecimento de vocês sobre o tema. 
 
A. Teorias Civis: 
 
1. Teoria do mandato: Para esta teoria o empregado e o empregador são representados 
pelos Sindicatos na celebração de convenção coletiva de trabalho. 
2. Teoria da gestão de negócios: Para esta teoria, os sindicatos atuam como gestores de 
negócios em benefício do empregado e do empregador. 
3. Teoria da estipulação em favor de terceiro: Os Sindicatos de empregados, quando 
ajustam condições de trabalho atuam em favor de terceiros (empregado). 
4. Teoria da personalidade Moral fictícia: O sindicato teria personalidade jurídica fictícia, 
agindo em nome próprio para a defesa de seus interesses. 
 
Curso de Direito 
Turma A – Manhã - 2012.1 
Direito do Trabalho I 
Profa.: Emmanuelle Benevides Moura Beltrão 
Disciplina: 
CCJ0024 
APT: 
001 
Aluno: Waldeck Lemos de Arruda Junior 
Matrícula: 2012.01.140749 
Folha: 
2 de 4 
Data: 
22/07/2013 
 
MD/Direito/Estácio/Período-04/CCJ0024/Aplicação Prática Teórica-001/WLAJ/DP 
5. Teoria da representação legal: O próprio nome já diz, o Sindicato será o representante 
da categoria. 
 
B. Teorias Mistas: 
 
6. Teoria do pacto social: O empregado celebra um pacto social ao ingressar no Sindicato, 
e por isso deverá aceitar a vontade da maioria. 
7. Teoria da solidariedade necessária: Todos estariam subordinados ao bem da 
coletividade e ao à vontade da maioria. 
8. Teoria do uso e costume industrial: A norma coletiva poderá contrariar o costume. Ela 
somente não poderá contrariar a lei. 
 
C. Teorias Jurídico-sociais: 
 
9. Teoria da instituição corporativa: Para esta teoria a norma coletiva seria a expressão da 
vontade corporativa do grupo produtivo. 
10. Teoria regulamentar: Esta teoria nega o acordo de vontades, defendendo que a norma 
coletiva seria a lei interna da profissão ou da categoria. 
11. Teoria da lei delegada: Os Sindicatos poderão promulgar leis profissionais porque o 
Estado delegou tal poder para eles. 
12. Ato ou contrato-regra (Teoria de Duguit): Esta é a teoria defendida pela doutrina 
majoritária para explicar a natureza jurídica das normas coletivas. Segundo ela as normas 
coletivas teriam forma de contrato, mas características de lei. 
 
QUESTÕES OBJETIVAS 
 
1- (FCC) Determinado princípio geral do direito do trabalho prioriza a verdade real diante da verdade formal. 
Assim, dentro os documentos que disponham sobre a relação de emprego e o modo efetivo como, concretamente, 
os fatos ocorreram, deve-se reconhecer estes em detrimento daqueles. Trata-se do princípio: 
 
a) da irrenunciabilidade; 
b) da irrenunciabilidade dos direitos trabalhistas; 
c) da primazia da realidade; 
d) da prevalência do legislado sobre o negociado; 
e) da condição mais benéfica. 
 
RESPOSTA: C. Da primazia da realidade. 
 
Aplicação Prática Teórica (OUTRAS QUESTÕES) 
Caso Concreto 1 
 
Em meados de 2010 vivenciamos uma crise mundial nas bolsas valores, fato que interferiu diretamente no 
consumo. Na referida época várias indústrias brasileiras, dentre elas a automobilística, chamaram os sindicatos 
para uma negociação ofertando assim a redução de salários para evitar dispensas imotivadas. Após rodadas de 
discussões e diversas negativas, o Estado foi chamado a intervir e anunciou uma série de medidas que 
incentivassem o consumo a fim de movimentar o mercado consumidor, dentre essas medidas destacou-se a 
redução do IPI. 
Cediço que estamos diante de movimentos sociais e questiona-se: Tais movimentos podem ser situados 
como fontes do Direito do Trabalho? Explique. 
 
RESPOSTA: SIM. São fontes de direito materiais, ou seja, os acontecimentos responsáveis pelo nascimento da 
regra jurídica são o fato social, econômico ou político que inspira o legislador. 
 
Caso Concreto 2 
 
 
Curso de Direito 
Turma A – Manhã - 2012.1 
Direito do Trabalho I 
Profa.: Emmanuelle Benevides Moura Beltrão 
Disciplina: 
CCJ0024 
APT: 
001 
Aluno: Waldeck Lemos de Arruda Junior 
Matrícula: 2012.01.140749 
Folha: 
3 de 4 
Data: 
22/07/2013 
 
MD/Direito/Estácio/Período-04/CCJ0024/Aplicação Prática Teórica-001/WLAJ/DP 
Antonio, brasileiro, foi contratado no Brasil para prestar serviços em Paris, na França. Trabalhou durante 3 
(três) anos no estrangeiro e não recebeu as verbas trabalhistas garantidas pela legislação trabalhista brasileira. 
Sabendo-se que o art. 651 da Consolidação das Leis do Trabalho permite que o empregado brasileiro que tenha 
trabalhado no exterior possa ajuizar reclamação trabalhista no Brasil, quando não existir Convenção Internacional 
dispondo em contrário, responda justificadamente: No caso de Antonio ajuizar a ação trabalhista no Brasil, por não 
existir vedaçãoem Convenção Internacional, quais os direitos trabalhistas que poderá exigir: aqueles direitos 
garantidos aos empregados pela legislação trabalhista brasileira ou aqueles direitos assegurados aos 
trabalhadores em conformidade com a legislação francesa? Justifique. 
 
RESPOSTA: SIM. Não importa se o trabalhador foi contratado para trabalhar na França, a regra que vale é a 
brasileira, após o Cancelamento da Súmula 207-TST em 16/04/2012 só será aplicada a Lei 11.962. 
Anteriormente essa situação estava respaldada na Súmula 207-TST e no o art. 3º da Lei 7.064-82 que dispõe 
sobre a situação de trabalhadores contratados ou transferidos para prestar serviços no exterior, os direitos 
trabalhistas assegurados ao trabalhador era o da lei mais benéfica para ele. 
 
PESQUISA-02: Atividade no Estrangeiro. 
Fonte: http://ultimainstancia.uol.com.br/gestao/tst-define-que-lei-brasileira-rege-trabalho-no-exterior/ 
 
TST define que lei brasileira rege trabalho no exterior 
17 de abril de 2012 
 
Por Mariana Ghirello 
 
O TST (Tribunal Superior do Trabalho) cancelou nesta segunda-feira (16/4) a Súmula 207, que 
determinava qual a legislação era aplicada ao contrato de trabalho de empregado que prestava 
serviços no exterior. De acordo com especialistas em Direito do Trabalho, com o cancelamento, os 
pedidos serão feitos com base no que prevê a CLT (Consolidação das Leis do Trabalho). 
O advogado Ricardo Pereira de Freitas, do escritório Freitas Guimarães Advogados 
Associados, explica que a Lei 11.962/09 alterou a competência aos contratos internacionais de 
trabalho, ou seja, a regra válida para aqueles acordos. “Quando o empregado era contratado no Brasil 
e trabalhava fora do país só poderia fazer um pedido trabalhista com base na legislação do país onde 
atuava”, complementa. 
Agora, o trabalhador que presta serviços fora do país poderá propor ação com base na CLT. 
Freitas afirma que a alteração confere mais força às leis trabalhistas brasileiras “A decisão dá maior 
soberania de aplicação à legislação nacional”, destaca. 
De acordo com a advogada Carolina Giesbrecht Forte Korbage, do escritório Peixoto e Cury 
Advogados, as decisões serão proferidas não só pela CLT, como também pela Lei de Introdução do 
Código Civil. “Passa a valer a regra prevista nos dois”, complementa. 
A especialista explica que a mudança é pertinente porque o mercado de trabalho é globalizado, 
“muitas empresas têm sede em outros países ou são multinacionais, e ainda passam por fusões e 
aquisições”. 
“Não importa se o trabalhador foi contratado para trabalhar no Japão, a regra que vale é a 
brasileira”, reforça. Ela afirma também que com o cancelamento da súmula só será aplicada a Lei 
11.962. 
 
TST Enunciado nº 207 - Res. 13/1985, DJ 11.07.1985: Relação Jurídica Trabalhista - 
Conflitos de Leis Trabalhistas no Espaço - Princípio da "Lex Loci Executionis”. 
 
A relação jurídica trabalhista é regida pelas leis vigentes no país da prestação 
de serviço e não por aquelas do local da contratação. 
 
Atenção: Cancelada em 16/04/2012. 
 
 
QUESTÕES OBJETIVAS 
 
1ª) (OAB/SP – 132º EXAME - Março 2007) Tendo em vista o princípio da primazia da realidade, é correto afirmar 
 
Curso de Direito 
Turma A – Manhã - 2012.1 
Direito do Trabalho I 
Profa.: Emmanuelle Benevides Moura Beltrão 
Disciplina: 
CCJ0024 
APT: 
001 
Aluno: Waldeck Lemos de Arruda Junior 
Matrícula: 2012.01.140749 
Folha: 
4 de 4 
Data: 
22/07/2013 
 
MD/Direito/Estácio/Período-04/CCJ0024/Aplicação Prática Teórica-001/WLAJ/DP 
que: 
 
a) Simples documento firmado por pessoa alfabetizada, por ocasião da admissão no emprego, renunciando 
aos direitos trabalhistas, tem plena validade. 
b) Para o Direito do Trabalho, a verdade real deve prevalecer sobre a forma. 
c) Simples documento firmado por pessoa alfabetizada, por ocasião da admissão no emprego, renunciando 
aos direitos trabalhistas, tem plena validade, desde que em presença de duas testemunhas. 
d) Toda prestação de serviços configura relação de emprego. 
 
RESPOSTA: B. Para o Direito do Trabalho, a verdade real deve prevalecer sobre a forma. 
 
2ª) (OAB/RS – 2006.1) Classifica-se como fonte formal heterônoma específica do Direito do Trabalho: 
 
a) O Acordo Coletivo. 
b) A Convenção Coletiva. 
c) O Código Civil. 
d) A Sentença Normativa. 
 
RESPOSTA: D. A Sentença Normativa. 
 
 
____________________________________ 
 
Waldeck Lemos de Arruda Junior 
 
 
==XXX==

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