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História da Educação Profissional no Brasil

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OBJETIVOS E CONTEÚDO PROGRAMÁTICO 
Esta aula tem como objetivos caracterizar a história da educação profissional no país até os anos 80 e analisar as principais questões relativas à política pública de educação profissional brasileira: a dualidade estrutural do sistema de ensino e a equivalência entre os ensinos profissional e regular
Iremos destacar as principais características de cada momento histórico, ressaltando como foram sendo construídos espaços distintos para a educação das diferentes classes sociais (escolas propedêuticas para as elites e profissionalizantes para os trabalhadores). Buscaremos ainda enfatizar os avanços e recuos no campo das políticas públicas, mostrando como a equivalência entre os ensinos regular e profissional foi sendo negada ou conquistada.
Tema da Apresentação
PONTOS DE PARTIDA: A DUALIDADE ESTRUTURAL
Para entender a história da educação profissional no país é preciso tomar como ponto de partida a dualidade histórica presente no sistema educacional brasileiro. A educação destinada ao trabalhador historicamente sempre apresentou características distintas daquela oferecida aos filhos da elite. Nos tempos coloniais, enquanto as elites recebiam um ensino individualizado junto aos preceptores ou eram enviadas aos colégios internos, a educação do trabalhador no Brasil tinha como alvo, nos tempos mais remotos da colonização, índios e os escravos, e estava voltada para a preparação de ofícios manuais. Desde o início, portanto, nos habituamos a ver a educação profissional “como destinada somente a elementos das mais baixas categorias sociais”(FONSECA, 1961, p. 68).
Tema da Apresentação
AS MARCAS DE ORIGEM DA EDUCAÇÃO PROFISSIONAL
No Brasil a formação do trabalhador ficou marcada já no início com o estigma da servidão, por terem sido os índios e os escravos os primeiros aprendizes de ofício. Outros fatores influenciaram para a cristalização dessa mentalidade. O primeiro fator foi a entrega do trabalho pesado e das profissões manuais aos escravos, isto agravou o pensamento generalizado de que os ofícios eram destinados aos deserdados da sorte. Um outro fator foi que a educação eminentemente intelectual que os jesuítas ministravam aos filhos dos colonos afastava os “elementos socialmente mais altos” de qualquer trabalho físico ou profissão manual.
A característica de origem da educação profissional no Brasil trazia implícita a separação entre o trabalho manual e o trabalho intelectual, entre os que pensam e os que executam. 
Tema da Apresentação
AS MARCAS DE ORIGEM DA EDUCAÇÃO PROFISSIONAL
Na formação do trabalhador essa dicotomia sempre gerou uma disputa: de um lado aqueles que defendem que todos os trabalhadores sejam educados de modo integral e de outro os que temem essa educação, uma vez que ela pode prejudicar a manipulação e os processos de dominação das classes populares. 
Para Arroyo essa disputa faz parte de um problema maior. Segundo ele, ao longo de nossa formação social os conflitos pela educação entre elite-massas, Estado-povo, burguesia-proletariado passaram basicamente pela negação-afirmação: do saber, da identidade cultural e da educação de classe.
Tema da Apresentação
AINDA NO PERÍODO COLONIAL
Com a descoberta do ouro em Minas Gerais apareceram as Casas de Fundição e de Moeda, e com elas a necessidade do ensino de ofícios para aprendizes trabalharem nestas Casas. A aprendizagem feita nas Casas da Moeda diferenciava-se da realizada nos engenhos, pois só era destinada aos homens brancos, filhos dos empregados da própria Casa. Outra diferença era que aqueles que aprendiam o ofício, nos engenhos, faziam-no de forma assistemática e não precisavam provar o seu conhecimento prático por meio de exames. Nas Casas de Moeda os aprendizes, no fim do período de cinco a seis anos, tinham que demonstrar as suas habilidades perante uma banca examinadora e, sendo aprovados, recebiam uma certidão de aprovação. 
No mesmo período também se iniciaram nos Arsenais da Marinha no Brasil centros de aprendizagem de ofícios com operários especializados trazidos de Portugal e aprendizes recrutados nas ruas.
Tema da Apresentação
NO SÉCULO XIX
Em 1808, com a abertura dos portos e com a permissão para a instalação de fábricas no Brasil, D. João VI criou o Colégio de Fábricas, que representou o primeiro estabelecimento que o poder público instalou em nosso país, com a finalidade de atender à educação dos aprendizes. 
Com o Império e com a Assembléia Constituinte de 1823 não houve nenhum progresso em relação ao ensino de ofícios, isto é, continuava a mesma mentalidade de destinar este ramo de ensino aos humildes, pobres e desvalidos.
A história da educação profissional no Brasil, assim, tem várias experiências registradas de aprendizagem dos ofícios manufatureiros destinadas ao “amparo” da camada menos privilegiada da sociedade brasileira. As crianças e os jovens eram encaminhados para casas onde, além da instrução primária, aprendiam ofícios de tipografia, encadernação, alfaiataria, tornearia, carpintaria, sapataria, entre outros.
Tema da Apresentação
PONTOS DE PARTIDA: A RELAÇÃO COM O CONTEXTO ECONÔMICO
Para entender a história da educação profissional no país é preciso ainda entender que o desenvolvimento das políticas públicas de educação profissional sempre esteve articulado às mudanças e demandas da economia.
Assim, desde o Brasil-Colônia, trabalho e educação estiveram intrinsecamente a serviço do modelo econômico agro exportador e dependente (RIBEIRO, 1987). Como este modelo econômico não necessitava de mão-de-obra qualificada, as políticas de educação profissional não tiveram caráter sistemático. O trabalhador aprendia fazendo, trabalhando na agricultura.
As propostas de educação profissional, como acabamos de ver, eram pontuais, assistemáticas e traziam a marca da exclusão.
Tema da Apresentação
NA REPÚBLICA TEM INÍCIO A POLÍTICA PÚBLICA DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL
A formação profissional como responsabilidade de Estado inicia-se no Brasil em 1909. Em 23 de setembro de 1909, pelo Decreto nº 7.566 são criadas, nas diferentes unidades da federação, sob a jurisdição do Ministério dos Negócios da Agricultura, Indústria e Comércio, dezenove “Escolas de Aprendizes Artífices”, destinadas ao ensino profissional, primário e gratuito. Essas escolas de artes e ofícios são as precursoras das escolas técnicas federais e estaduais. 
“Estas escolas, antes de pretender atender às demandas de um desenvolvimento industrial praticamente existente, obedeciam a uma finalidade moral de repressão: educar, pelo trabalho, os órfãos, pobres e devalidos da sorte, retirando-os da rua. Assim, da primeira vez que aparece a formação profissional como política pública, ela o faz na perspectiva da formação do caráter pelo trabalho” (KUENZER, 1998)
Tema da Apresentação
NA PRIMEIRA REPÚBLICA
Posteriormente, as Escolas de Aprendizes Artífices foram desligadas do Ministério da Agricultura, Indústria e Comércio, passando a fazer parte do Ministério da Educação e Saúde Pública. As Escolas de ofícios, até então denominadas de Escolas de Aprendizes Artífices, passaram a ser chamadas de Liceus e destinadas ao ensino profissional de todos os ramos e graus. 
Percebemos nesse período uma total desvinculação entre formação profissional e educação; aos trabalhadores era destinada uma formação voltada para o treinamento, adestramento até porque a nossa indústria ainda era bastante elementar, baseada no artesanato e manufatura com poucas exigências.
Tema da Apresentação
OS ANOS 30 – TRAJETÓRIAS DISTINTAS
A dualidade estrutural do sistema de ensino brasileiro se caracteriza por uma bifurcação histórica entre o ensino das diferentes classes sociais, garantindo a cada uma das classes sociais fundamentais, uma trajetória escolar diferenciada. Até 1932, essa dualidade assumia o seguinte perfil: 
Aos filhos das elites era destinado o ensino primário e a seguir o ensino ginasial, propedêutico, voltado para o acesso ao ensino superior, comsubáreas profissionalizantes (cursos complementares). 
Os filhos dos trabalhadores tinham, como alternativa ao curso primário, o curso rural e o primário profissional com 4 anos de duração. No nível ginasial poderiam realizar, exclusivamente, cursos profissionalizantes: o normal, o técnico comercial e o técnico agrícola. Nesse contexto essas modalidades educativas não davam ingresso ao curso superior.
Tema da Apresentação
UM MODELO ORGANICO ÀS NECESSIDADES DO PARADIGMA TAYLORISTA-FORDISTA
Desse modo, a educação brasileira no início da República reafirma a separação entre os que devem pensar e os que devem executar, estabelecendo uma educação dirigida aos que devem exercer funções instrumentais e os que devem exercer funções intelectuais, reproduzindo no âmbito educativo a divisão social e técnica do trabalho.
Essa era uma proposta orgânica ás necessidades do paradigma taylorista-fordista, isto é, reproduzindo a cisão entre aqueles que de um lado exercem funções de execução e, de outro, aqueles que exercem atividades de planejamento e supervisão do processo de trabalho (KUENZER, 1999).
Tema da Apresentação
AS FUNÇÔES DO SISTEMA PRODUTIVO E A EDUCAÇÂO 
A essas duas funções do sistema produtivo correspondiam trajetórias educacionais e escolas diferentes. Para os filhos das elites, a formação acadêmica intelectualizada, descolada de ações instrumentais. 
Para os filhos da classe trabalhadora, formação profissional em instituições especializadas ou no próprio local de trabalho, com ênfase no aprendizado, quase que exclusivo, de formas de fazer e no desenvolvimento de habilidades psicofísicas. 
Tema da Apresentação
O CONTEXTO DOS ANOS 40 
Na década de 1940 a política econômica favorecia o protecionismo da burguesia industrial, delegando ao operariado uma política de salários baixos. Também se intensifica o processo de migração interna da população. 
Vive-se o chamado processo de substituição das importações. Em função do crescimento dos setores secundários e terciários da economia, há nas cidades uma intensificação das diferenciações profissionais e amplia-se o número de ramos profissionais, levando a uma maior oferta da rede escolar para atender aos diferentes ramos profissionais que se multiplicam.
Tema da Apresentação
A REFORMA CAPANEMA
Em 1942, a Reforma Capanema, com as chamadas Leis Orgânicas, faz o ajuste entra as propostas pedagógicas existentes para a formação dos intelectuais e trabalhadores e as mudanças que estavam ocorrendo no mundo do trabalho. O ensino profissional passou a ser considerado de nível médio.
O ensino primário (5 anos) e o ginasial (4 anos) englobam todas as crianças. No ensino médio permanece a bifurcação. Para as elites, são criados os cursos clássico e científico (3 anos), destinados a preparar para o ensino superior. Para as classes trabalhadoras recebiam uma formação profissional de nível médio, instrumental, que contava com os cursos agrotécnico, o comercial técnico, o industrial técnico e o normal, que não davam acesso ao ensino superior. Convive-se com uma trajetória diferenciada, agora, no nível médio, marcando a dualidade estrutural do ensino brasileiro.
Tema da Apresentação
AINDA OS ANOS 40
A indústria pressionava para a criação de formas mais rápidas para a formação do trabalhador. Foi criado então um sistema de ensino paralelo ao sistema oficial, organizado em convênio com as indústrias. Criou-se o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial – SENAI, destinado a organizar escolas de aprendizagem industrial no país. O empresariado industrial, através de um sistema de formação profissional paralelo e complementar à política estatal de preparação para o trabalho, tomou a si a tarefa de formação técnico-política de uma parcela da classe operária. Assim, com a intermediação do Estado, o empresariado industrial recuperou parcialmente seu projeto político-pedagógico de conformação da força de trabalho. Em 1946 foi criado o SENAC.
Combinam-se a iniciativa privada e a pública para atender a demandas bem definidas da divisão social e técnica do trabalho organizado pelo paradigma taylorista-fordista, como resposta ao desenvolvimento industrial que passa a exigir mão-de-obra mais qualificada.
Tema da Apresentação
AINDA OS ANOS 40
Com a Reforma Capanema, não há inicialmente equivalência entre os dois tipos de ensino – regular e profissional – no nível médio - uma vez que apenas os cursos regulares davam direito ao acesso ao nível superior. 
O Decreto nº 4.127, de 25 de fevereiro de 1942 transforma as Escolas de Aprendizes e Artífices (germinadas em 1909) em Escolas Industriais e Técnicas, e dá início formal à vinculação do ensino profissional à estrutura do ensino do país como um todo, uma vez que os alunos formados nos cursos técnicos ficavam autorizados a ingressar no ensino superior em área semelhante à da sua formação, desde que prestassem exames de adaptação. É uma primeira tentativa de articular ensino regular e profissional de nível médio e de torná-los equivalentes, com acesso ao ensino superior.
Tema da Apresentação
AINDA OS ANOS 40
Mesmo com essa articulação inicial proposta pelo Decreto 4.127/42, a dualidade estrutural ainda é a categoria explicativa da constituição do ensino profissional no país, legitimando a existência de dois caminhos de formação: um para os que serão preparados pela escola para exercer as funções de dirigentes, outro para os, que com poucos anos de escolaridade, serão preparados para o mundo do trabalho.
Importante observar que o acesso ao nível superior se dá pelo domínio de conteúdos gerais, das letras, das humanidades, dos saberes de classe, os únicos reconhecidos como válidos para aqueles que desenvolverão as funções dirigentes e não se reconhece como ciência o saber próprio de um campo específico do trabalho.
Tema da Apresentação
OS ANOS 60
A promulgação da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei 4.024/61) reconhece a ampla articulação entre ensino profissional e ensino regular e produz a PLENA equivalência entre os cursos profissionalizantes e os propedêuticos em função da continuidade dos estudos. A nova lei tinha como pano de fundo a noção de que o Brasil deveria se modernizar e dar ênfase ao ensino técnico-profissionalizante e à educação para o trabalho. Essa valorização da educação profissionalizante encontra ressonância na intensidade das mudanças ocorridas no mundo do trabalho, onde se assistia ao crescimento dos setores secundário e terciário, que validava os saberes oriundos do mundo das experiências profissionais, os saberes para além do mundo acadêmico.
Embora a plena equivalência constitua um avanço, não fica superada a dualidade estrutural, uma vez que continuam a existir dois ramos distintos de ensino, voltados para duas clientelas distintas, voltadas para o atendimento de necessidades bem definidas da divisão do trabalho.
Tema da Apresentação
OS ANOS 70
Em 1971, a Lei 5692 pretendeu substituir a equivalência pelo estabelecimento da profissionalização compulsória do ensino médio. Dessa forma, todos teriam uma mesma trajetória: Primeiro Grau com 8 anos de duração e Segundo Grau, profissionalizante, com 3 anos de duração.
Teria tido fim a dualidade estrutural da educação brasileira?
Essa proposta educacional do governo militar tem sido explicada como uma medida política de adequação da educação brasileira ao novo contexto vivido pelo país. 
Vivia-se uma nova etapa de desenvolvimento, marcada: a) pela internacionalização do capital e b) pela superação da substituição de importações pela hegemonia do capital financeiro. 
A Lei 5692/71 representa um ajuste a essa nova etapa
Tema da Apresentação
O CONTEXTO DOS ANOS 70
O tempo do Milagre Brasileiro apontava para o ingresso do Brasil no bloco do primeiro mundo, através do crescimento acentuado da economia. A expectativa de crescimento industrial parecia que iria demandar mais força de trabalho qualificada. Caberia adequar a educação brasileira a esse tipode desenvolvimento. Esta era a finalidade declarada da lei: formar mão-de-obra especializada, de nível técnico, contribuindo para o desenvolvimento econômico. 
Mas havia outra finalidade não declarada: conter a demanda dos estudantes secundaristas ao ensino superior. A organização estudantil nos anos 60 havia marcado fortemente a oposição ao regime militar. A profissionalização compulsória do Segundo Grau visa conter ou absorver temporariamente a força de trabalho “supérflua”, contribuindo para a manutenção da ordem social.
Tema da Apresentação
A DUALIDADE ESTRUTURAL
As dificuldades da implementação da profissionalização compulsória do Segundo Grau e seu caráter político-ideológico fizeram com que o governo abandonasse a profissionalização compulsória.
O Parecer 75/76 a tornou opcional e, posteriormente, a Lei 7.044/82 retirou a obrigatoriedade da profissionalização, admitindo, portanto, a idéia de que o sistema educacional não dispunha das condições para a profissionalização.
Para Kuenzer (1998), essas legislações normatizaram um novo avanço conservador, pois reafirmaram o lugar da escola como espaço para os já incluídos nos benefícios da produção e do consumo de bens materiais e culturais, já que a escola retoma o dualismo estrutural e consagra os princípios educativos do paradigma taylorista-fordista.
Tema da Apresentação
CONCLUSÃO
Os vínculos estabelecidos entre a educação profissional e as demandas econômicas da nação e das empresas, especialmente a partir da década de 40, determinaram o delineamento do perfil da força de trabalho técnica e de suas atribuições. O paradigma taylorista/fordista de produção, característica marcante da organização do trabalho e do processo de industrialização no Brasil, exerceu influência na estrutura, funcionamento e na pedagogia do sistema de educação profissional, em suas várias instâncias e sob diferentes aspectos.
Essa pedagogia do trabalho taylorista-fordista priorizou os modos de fazer e o disciplinamento, sem nunca se comprometer com o estabelecimento de uma relação entre o trabalhador e o conhecimento que propiciasse o domínio intelectual das práticas sociais e produtivas”. O desenvolvimento de competências intelectuais superiores e o domínio do conhecimento científico-tecnológico não se colocava para os trabalhadores. (KUENZER, 1998). 
Tema da Apresentação

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