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Considerações sobre o NCPC e jurisdição internaciona e auxílio direto

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Considerações sobre o NCPC
Constitucionalização dos direitos, o mesmo fato se adequa ao novo código de processo civil.
Princípios, regras e valores da Constituição Federal estão contidas no dispositiva. Neoconstitucionalismo processual.
Noções iniciais
Trilogia estruturante do direito processual: jurisdição, ação e processo.
Três figuras importantes: autotutela, autocomposição e arbitragem.
Autotutela: resolução pela força, forma mais antiga de resolução do conflito. É, em regra, proibida, porém há algumas exceções em que ela ainda é utilizada como a greve e reintegração de posse.
Autocomposição: nasce como não jurisdicional e os envolvidos resolvem os conflitos por meio do diálogo. Subcategorias desse instituto são transação, renúncia e reconhecimento do direito alheio.
Arbitragem: terceiro eleito pelos indivíduos que estão em conflito para decidir a resolução de conflitos, pode ser utilizada até mesmo pela administração pública.
Jurisdição é o poder que tipicamente resolve os mais variados conflitos à luz do caso concreto, executado pelo Estado, mais especificamente, o poder judiciário.
Ação é a causada pela ameaça e pela efetiva lesão ao direito.
Processo é o instrumento de que se vale o Estado para garantir a todos o direito de ação.
Detalhando mais:
Jurisdição: é a função atribuída a terceiro imparcial de realizar o Direito de modo imperativo e criativo, reconhecendo, efetivando, protegendo situações jurídicas concretamente deduzidas em decisão insuscetível de controle externo e com aptidão para tornar-se indiscutível. Observa-se que a jurisdição é um poder e dever do Estado, de resolver de modo imparcial o conflito de interesse dos indivíduos, substituindo a vontade deles pela sentença, que declarará o direito material aplicável ao caso e será imperativa e passível de tornar-se imutável pelo fenômeno da coisa julgada.
Poderes da jurisdição: decisão, coerção e documentação.
As acepções da jurisdição são: poder (capacidade de decidir imperativamente e impor decisões), atividade (dos órgãos para promover pacificação dos conflitos) e função (complexo de atos do juiz no processo). Além do mais, também é um dever estatal.
Fins da jurisdição: De acordo com a concepção instrumentalista do processo, a jurisdição tem três fins.
O escopo jurídico, que consiste na atuação da vontade concreta da lei (ordenamento jurídico). A jurisdição tem por fim primeiro, portanto, fazer com que se atinjam, em cada caso concreto, os objetivos das normas de direto substancial.
Escopo social (educativo) que consiste em promover o bem comum, com a pacificação, com justiça, pela eliminação dos conflitos, além de incentivar a consciência dos direitos próprios e o respeito aos alheios.
O escopo político é aquele pelo qual o Estado busca a afirmação de seu poder, além de incentivar a participação democrática (ação popular, ação coletiva, presença de leigos nos juizados) e a preservação do valor liberdade, com a tutela das liberdades públicas por meio dos remédios constitucionais (tutela dos direitos fundamentais).
Resumindo: escopo jurídico, social e político
Princípios da jurisdição
Princípio da investidura: concurso público é a regra. Exceções: juízes leigos dos juizados (juizados especiais), nomeação de advogados, membros do ministério público através do quinto constitucional e nomeações de ministros pelo presidente.
Princípio da indelegabilidade: não podem repassar suas atribuições para demais membros, exceto em casos específicos, como afastamento por licença, aposentadoria, morte e outros.
Princípio da aderência e territorialidade: juízes só atuam dentro do território nacional e no limite de suas comarcas, se for necessária essa comunicação entre lugares diferentes, utiliza-se as cartas precatórias (juízes no território brasileiro).
Jurisdição internacional: presente no novo cpc
Carta rogatória se estabelece entre jurisdições.
Exceções do NCPC: a desnecessidade da emissão de cartas precatórias para comarcas contíguas ou situadas na mesma região metropolitana. Art. 255, cpc. Vide também a disposição do artigo 60, cpc.
Princípio da Inevitabilidade: sendo manifestação do poder estatal, a decisão judicial é imposta as partes, independentemente da vontade delas.
Não é possível se eximir por meio do argumento da lacuna ou obscuridade existente no ordenamento jurídico.
Princípio da indeclinabilidade (princípio do controle jurisdicional) (inafastabilidade): não se excluirá da apreciação do poder judiciário lesão ou ameaça a direito, motivo pelo qual a nenhum juiz é lícito deixar de decidir porque há lacuna, devendo servir-se dos mecanismos de integração.
Jurisdição atua desde que provocada.
Processo se inicia por uma petição inicial.
Não há mais disposição de que um juiz possa iniciar de ofício inventário e partilhas de bens, se os herdeiros de ofício não o fizerem no prazo legal.
O juiz pode proceder a arrecadação de bens, outra exceção existente.
Características
Substitutividade: o ordenamento jurídico substitui a vontade das partes.
Jurisdição voluntária: jurisdição não conflituosa.
Nas hipóteses de jurisdição voluntária não há substitutividade.
Imparcialidade: é consequência do quanto já visto: pois para que se possa aplicar o direito objetivo ao caso concreto, o órgão judicial há de ser imparcial. Para muitos, é a principais características da jurisdição.
Impedimento (objetivo) e suspeição (subjetiva).
No novo CPC, a relação de suspeição se estabelece quando o juiz é amigo ou inimigo das partes.
Lide: conflito. Não é o pressuposto primordial do processo.
Jurisdição é una e indivisível.
A coisa julgada é um fenômeno que atinge a jurisdição, não devendo ser modificada.
Divisão da jurisdição
Jurisdição civil e penal.
Jurisdição contenciosa (reprimenda de conflitos) e voluntária (não conflituosas).
Em se tratando de jurisdição voluntária, o juiz pode se valer da equidade e só há coisa julgada formal, ou seja, a matéria pode ser novamente discutida (exemplo: interdição).
Jurisdição comum e especializada
Jurisdição comum: justiça comum federal (art. 109, cf) w justiça comum estatual.
Jurisdições especializadas: trabalhista (ec 45, cf), eleitoral e penal militar.
Limites da jurisdição nacional
A jurisdição é fruto da soberania do Estado e, por consequência natural, deve ser exercida dentro do seu território. Entretanto, a necessidade de convivência entre os Estados, independentes e soberanos, fez nascer regras que levam um Estado a acatar, dentro de certos limites estabelecidos em tratados internacionais, as decisões proferidas por juízes de outros Estados. Nos pareceu mais apropriado falar em limites da jurisdição nacional ao invés de competência internacional, como mencionava o texto anterior. As hipóteses foram ampliadas.
Jurisdição internacional concorrente.
Autoridade judiciária brasileira processa e julga as ações em que:
O réu, qualquer que seja a sua nacionalidade, estiver domiciliado no Brasil.
No Brasil tiver de ser cumprida a obrigação.
O fundamento seja fato ocorrido ou ato praticado no Brasil.
Considera-se domiciliada no Brasil a pessoa jurídica estrangeira que nele tiver agência, filial ou sucursal.
Compete, ainda, à autoridade judiciária brasileira processar e julgar as ações:
De alimentos, quando:
O credor tiver domicílio ou residência no Brasil
O réu mantiver vínculos no Brasil, tais como posse ou propriedade de bens, recebimento de renda ou obtenção de benefícios econômicos.
Decorrentes de relações de consumo, quando o consumidor tiver domicílio ou residência no Brasil.
Em que as partes, expressa ou tacitamente, se submeterem à jurisdição nacional.
Compete à autoridade judiciária brasileira, com exclusão de qualquer outra: 
Conhecer de ações relativas a imóveis situados no Brasil.
Em matéria de sucessão hereditária, proceder à confirmação de testamento particular e ao inventário e à partilha de bens situados no Brasil, ainda que o autor da herança seja de nacionalidade estrangeira ou tenha domicílio fora do território nacional;
A ação propostaperante tribunal estrangeiro não induz litispendência e não obsta a que a autoridade judiciária brasileira conheça a mesma causa e das que lhes são conexas, ressalvadas as disposições em ademais, a pendência de causa perante a jurisdição brasileira não impede a homologação de sentença judicial estrangeira quando exigida para produzir efeitos no Brasil.
Exclusiva e concorrente (jurisdição internacional).
Não compete à autoridade judiciária brasileira o processamento e o julgamento da ação quando houver cláusula de eleição de foro exclusivo estrangeiro em contrato internacional, arguida pelo réu na contestação. As regras acima não se aplicam às hipóteses de competência internacional exclusiva previstas neste capítulo.
Cooperação internacional
Em substancial crescimento estão as demandas envolvendo interesses transnacionais e a correspondente necessidade de produção de atos em um país para o cumprimento de outro, o que, de certo, decorre de crescente internacionalização da economia.
A cooperação jurídica internacional figura como uma maneira de contribuir para as informações e prática de atos voltados à solução de controvérsias ultrapassem as fronteiras de determinado Estado.
O art. 26 do NCPC traça a base principiológica da cooperação internacional e estabelece o ministério da Justiça como autoridade central – salvo estipulação diversa.
Tratado internacional e respeitar às garantias do devido processo legal no Estado requerente
A igualdade de tratamento entre nacionais e estrangeiros, residentes ou não no Brasil, em relação ao acesso à justiça e à tramitação dos processos, assegurando-se assistência judiciária aos necessitados.
Na ausência de tratado, a cooperação jurídica internacional poderá realizar-se com base em reciprocidade, manifestada por via diplomática.
Não se exigirá a reciprocidade referida acima para homologação de sentença estrangeira.
Tem que haver coerência com o ordenamento jurídico brasileiro.
O ministério da justiça exercerá as funções caso não tenha nenhuma outra pessoa indicada.
Objeto da cooperação internacional: citação, intimação, notificação judicial e extrajudicial, colheita de prova e obtenção de informações, homologação e cumprimento de decisão, concessão de medida judicial de urgência, assistência jurídica internacional e qualquer outra não proibida pela jurisdição brasileira.
Marco civil da internet.
Auxílio direto
Cabe auxílio direto quando a medida não decorrer diretamente de decisão de autoridade jurisdicional estrangeira a ser submetida a juízo de deliberação no Brasil.
A solicitação de auxílio direito será encaminhada pelo órgão estrangeiro interessado à autoridade central, cabendo ao Estado requerente assegurar a autenticidade e clareza do pedido.
Além dos casos previstos nos tratados de que o Brasil faz parte, o auxílio direto terá seus objetivos:
Obtenção e prestação de informações sobre o ordenamento jurídico e sobre processos administrativos ou jurisdicionais findos ou em curso e colheita de provas, salvo se a medida for adotada em processo, em curso no estrangeiro, de competência exclusiva de autoridade judiciária brasileira e qualquer outra medida judicial ou extrajudicial não proibida pela lei brasileira.
Comunicando-se os países estrangeiros com os seus devidos meios.
Ministério público requererá em juízo a medida solicitada quando for autoridade central em nível federal.
A carta rogatória é ato processual clássico de comunicação entra autoridades judiciárias estrangeiras para fins de solicitação ao cumprimento do conteúdo da mesma. Jurisdição contenciosa. Restringida a discussão quando ao atendimento dos requisitos. Revisão do mérito estrangeiro é vedado.

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