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CCJ0020-WL-A-PP-Ponto 14 – Do Poder Executivo - Sabrina Rocha

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Curso completo de Direito Constitucional
Profª. Sabrina Araújo Feitoza Fernandes Rocha
Atualizada até a EC n° 71 de 29/11/12
Esta apostila não é de autoria pessoal, pois foi produzida através das obras de doutrinadores constitucionalistas, dentre eles Ivo Dantas, J. J. Gomes Canotilho, José Afonso da Silva, Paulo Bonavides, Celso D. de Albuquerque Mello, Luís Roberto Barroso, Walber de Moura Agra, Reis Friede, Michel Temer, André Ramos Tavares, Sérgio Bermudes, Nelson Oscar de Souza, Alexandre de Moraes, Nelson Nery Costa/Geraldo Magela Alves, Nagib Slaibi Filho, Sylvio Motta & William Douglas, Henrique Savonitti Miranda e tomou por base a apostila do Prof. Marcos Flávio, com os devidos acréscimos pessoais.
PONTO 14 – DO PODER EXECUTIVO
		No nosso modelo presidencialista, a chefia do Executivo Federal assume dois papeis importantes ser chefe de Estado e ser chefe de Governo, como já demonstrado.
O Poder Executivo é exercido pelo Presidente da República, auxiliado pelos Ministros de Estado (CF, art. 76, caput);
O mandato do Presidente da República é de quatro anos e terá início em primeiro de janeiro do ano seguinte ao da sua eleição (art. 82, caput);
A eleição do Presidente da República importará a do Vice-Presidente com ele registrado (CF art. 77, caput);
O Vice-Presidente da República, além de outras atribuições que lhe forem conferidas por lei complementar, auxiliará o Presidente, sempre que por ele convocado para missões especiais(art. 79,parágrafo único).
Cuidado com as "cascas de banana” tais como: o Poder executivo é exercido pelo Presidente com o auxílio do Vice-Presidente, pois, assim estará errada a questão. O correto é afirmar "o Poder Executivo é exercido pelo Presidente da República, auxiliado pelos Ministros de Estado" (CF, art. 76, caput).
14.1 - Regra de Substituição
Substituirá o Presidente, no caso de impedimento, e suceder-lhe-á, no de vaga, o Vice-Presidente (art. 79, caput). 
Em caso de impedimento do Presidente e do Vice-Presidente, ou vacância dos respectivos cargos, serão sucessivamente chamados ao exercício da Presidência o Presidente da Câmara dos Deputados, o do Senado Federal e o do Supremo Tribunal Federal (art. 80, caput). Afora o Vice-Presidente, os demais substituirão temporariamente o Presidente da República.
Vagando os cargos de Presidente e Vice-Presidente da República, far-se-á eleição noventa dias depois de aberta a última vaga (art. 81, caput). Atenção só ocorrerá “eleição direta” pelo voto do povo caso falte mais de dois anos para encerrar o mandato.
Vagando nos últimos dois anos do período presidencial, a eleição para ambos os cargos será feita trinta dias depois da última vaga, pelo Congresso Nacional, na forma da lei (§1º, art. 81). Perceba que neste caso, faltando menos de 2 anos para encerrar o mandato a eleição será indireta. No mais, a eleição será pelo Congresso Nacional não necessariamente o escolhido terá que ser membro do Congresso Nacional. 
Em qualquer dos casos, os eleitos deverão completar o período de seus antecessores. Qualquer cidadão que preencha os requisitos do art. 14, §3º da CF poderá ser eleito pelo Congresso Nacional.
14.2 – Hipótese de perda do cargo
O Presidente e o Vice-Presidente da República não poderão, sem licença do Congresso Nacional, ausentar-se do País por período superior a quinze dias, sob pena de perda do cargo (CF, art. 83, caput). 
Além desta hipótese, o Presidente e o Vice-Presidente só perderão o cargo na hipótese de serem considerados culpados por crime de responsabilidade ou por crime comum, que estudaremos logo adiante.
14.3 – Eleição e Posse para a chefia do executivo
A eleição do Presidente e do Vice-Presidente da República realizar-se-á, simultaneamente, no primeiro domingo de outubro, em primeiro turno, e no último domingo de outubro, em segundo turno, se houver, do ano anterior ao do término do mandato presidencial vigente. A eleição do Presidente da República importará a do Vice-Presidente com ele registrado (CF art. 77, caput, com redação dada pela Emenda Constitucional nº 16, de 4-6-1997, e §1º).
Será considerado eleito Presidente o candidato que, registrado por partido político, obtiver a maioria absoluta de votos, não computados os em branco e os nulos (§2º, art. 77). Preste bem atenção: inúmeros concursos já solicitaram o conteúdo simplório, a primeira vista, deste último parágrafo: não computados os votos em branco e os nulos, parece simples mas...muitos candidatos erraram. 
O Presidente e o Vice-Presidente da República tomarão posse em sessão do Congresso Nacional, prestando o compromisso de manter, defender e cumprir a Constituição, observar as leis, promover o bem geral do povo brasileiro, sustentar a união, a integridade e a independência do Brasil (CF art. 78, caput).
Se, decorridos dez dias da data fixada para a posse, o Presidente ou o Vice-Presidente, salvo motivo de força maior, não tiver assumido o cargo, este serádeclarado vago (CF art. 78, parágrafo único).
Nos Estados, Distrito Federal e Municípios, se nenhum candidato obtiver a maioria absoluta de votos, não computados os em branco e os nulos haverá segundo turno na eleição de Governadores, e na de Prefeitos nos Municípios com mais de 200.000 eleitores (CF, art. 29, II, com redação dada pela EC nº 16/97).
Se, antes de realizado o segundo turno, ocorrer morte, desistência ou impedimento legal de candidato, convocar-se-á, dentre os remanescentes, o de maior votação (art. 77, §4º).Se, na hipótese dos parágrafos anteriores, remanescer, em segundo lugar, mais de um candidato com a mesma votação, qualificar-se-á o mais idoso.
Analise esta outra hipótese: se, decorridos dez dias da data fixada para a posse, o Presidente ou o Vice-Presidente, salvo motivo de força maior, não tiver assumido o cargo ? Nesta segunda assertiva a resposta é o cargo, será declarado vago (art. 78, parágrafo único).
14.4 – Reeleição para a chefia do executivo
O Presidente da República, os Governadores de Estado e do Distrito Federal, os Prefeitos e quem os houver sucedido ou substituído no curso dos mandatos poderão ser reeleitos para um único período subseqüente (CF, art. 14, §5º, redação dada pela EC nº 16, de 4-6-1997).
14.5 – Desincompatibilização da chefia do executivo
Para concorrerem a outros cargos, o Presidente da República, os Governadores de Estado e do Distrito Federal e os Prefeitos devem renunciar aos respectivos mandatos até seis meses antes do pleito (CF, § 6º, art. 14).
OBS: Tudo isto foi tratado no ponto 07, referente aos Direito Políticos.
14.6 – Subsídio do Presidente e do Vice-Presidente
É da competência exclusiva do Congresso Nacional fixar o subsídio do Presidente e do Vice-Presidente da República e dos Ministros de Estado, observado o que dispõem os arts. 37, XI, 39, § 4º, 150, II, 153, III, e 153, § 2º, I (art. 49, VIII);
14.7 – Processo e Julgamento do Presidente da República
	O Presidente da República, durante o curso do seu mandato, poderá responder por crimes comuns e de responsabilidade, conforme as regras constitucionais.
	Devido a relevância da função que exerce, para que isto ocorra haverá dois momentos distintos:
O juízo de admissibilidade, que é dado pela Câmara dos Deputados Federais, por ser a casa do povo, que apreciará a veracidade dos fatos alegados contra o Presidente e depois se é interessante para a Nação que seu chefe seja julgado.
CF Art. 86 - Admitida a acusação contra o Presidente da República, por dois terços da Câmara dos Deputados, será ele submetido a julgamento perante o Supremo Tribunal Federal, nas infrações penais comuns, ou perante o Senado Federal, nos crimes de responsabilidade.
Pelo caput deste artigo você sabe qual o órgão que admitirá ou não a acusação contra o Presidente, sem esta admissão, que é uma espécie de licença prévia, o Presidente não poderá nem ser processado. Uma vez admitida a acusação, o Presidente será processado e julgado pelo Senado ou pelo STF. Este na hipótese de crime comum, aquele nade crime de responsabilidade. Crime comum é aquele previsto nas leis penais, contudo pela regra da relativa irresponsabilidade do Presidente da República, ele só responderá por crimes tipificados no rol contra a Administração Públicae crime de responsabilidade que é previsto na própria Constituição e na Lei 1.079/50.
§ 1º - O Presidente ficará suspenso de suas funções:
I - nas infrações penais comuns, se recebida a denúncia ou queixa-crime pelo Supremo Tribunal Federa, 
A denúncia será recebida pelo STF caso atenda aos requisitos previstos no Código de Processo Penal.
II - nos crimes de responsabilidade, após a instauração do processo pelo Senado Federal.
O Senado decidirá por dois terços dos seus membros.
§ 2º - Se, decorrido o prazo de cento e oitenta dias, o julgamento não estiver concluído, cessará o afastamento do Presidente, sem prejuízo do regular prosseguimento do processo.
 Neste parágrafo consta o prazo final do afastamento do Presidente da República. Se, ao fim dos 180 dias, o processo não estiver concluído, o Presidente retornará ao seu cargo. Caso seja absolvido continua como legítimo representante do povo brasileiro. Caso seja condenado terá que deixar definitivamente o cargo.
§ 3º - Enquanto não sobrevier sentença condenatória, nas infrações comuns, o Presidente da República não estará sujeito a prisão.
Perceba que não será preso nem mesmo nos casos de flagrante de crime inafiançável. Só após a condenação do julgamento proferido pelo STF é que o Presidente poderá ser preso. Isto porque no caso de condenação por crimes de responsabilidade, esta se limitará a perda do cargo, com inabilitação, por oito anos, para o exercício de função pública.
OBS:Vale ressaltar que esta regra não se estendo às chefia estaduais nem municipais.
§ 4º - O Presidente da República na vigência do seu mandato não pode ser responsabilizado por atos estranhos ao exercício de suas funções. 
Interpretando este dispositivo o STF entendeu que o Presidente não responderá durante o mandato às infrações penais comuns praticadas em momento anterior ao da investidura no cargo de Chefe do Executivo da União, bem assim aquelas praticadas na vigência do mandato, desde que estranhas ao ofício da presidência e não se aplica a situações de ordem extrapenal, o que já foi esclarecido.. O Presidente da Republica não dispõe de imunidade, quer em face de ações judiciais que visem a definir-lhe a responsabilidade civil, nem em virtude de procedimentos destinados a apurar, para efeitos estritamente fiscais, a sua responsabilidade tributária. ”. (STF, inquérito 927-0/SP, rel. Min. Celso de Mello, de 23/2/1995). 
14.8 – Crimes de Responsabilidade ou infração político-administrativa
	É a prática de atos contrários ao exercício do Presidente. Por isso há o impeachment, ou seja, o impedimento de continuar. O Presidente não reúne mais os requisitos necessários para ser o representante do povo. Não é crime e não acarreta a reincidência penal.
	A denúncia é feito por qualquer cidadão no gozo dos direitos políticos. Legitimidade ativa ad causam e de pessoas investidas no status civitatis.
       Art. 85. São crimes de responsabilidade os atos do Presidente da República que atentem contra a Constituição Federal e, especialmente, contra:
        I - a existência da União;
        II - o livre exercício do Poder Legislativo, do Poder Judiciário, do Ministério Público e dos Poderes constitucionais das unidades da Federação;
        III - o exercício dos direitos políticos, individuais e sociais;
        IV - a segurança interna do País;
        V - a probidade na administração;
        VI - a lei orçamentária;
        VII - o cumprimento das leis e das decisões judiciais.
        Parágrafo único. Esses crimes serão definidos em lei especial, que estabelecerá as normas de processo e julgamento, trata-se da lei nº 1.079/1950.
	Este rol é meramente exemplificativo, daí a remessa para a lei especial, contudo deverá ser respeitado o brocardo jurídico “nullum crimem sine typo” .
	O Presidente do Supremo Tribunal Federal conduzirá o processo e julgamento feito pelos Senadores, para que seja respeita o devido processo legal, a ampla defesa e o contraditório.
14.9 – A função de defesa do Estado e das Instituições Democráticas
A Constituição Federal de 1988 preceitua que o Brasil é um Estado Democrático de Direito, anunciando que, no nosso País, o poder é exercido pelo povo e para o povo (quer de forma direta ou por meio de representantes escolhidos no exercício da cidadania popular) sob o estrito respeito à ordem legal estabelecida. Afastou, de plano, o exercício tirano e/ou absolutista do poder e deixou assentada a bandeira da perseguição da normalidade, do bem comum e da paz social. Contudo tinha que prever mecanismos de combate a qualquer tipo de instabilidade social, abrindo o Título V da Lex Mater para tratar do assunto.
	Existem três formas de responder às crises políticas, que ameaçam desestabilizar a própria ordem estatal: intervenção federal, estado de defesa e estado de sítio. Como os dois instrumentos são postos para a defesa do Estado, iremos nos aprofundar neles, a partir dos seus pontos de destaque.
	
	ESTADO DE DEFSA
	ESTADO DE SÍTIO
	ESTADO DE SÍTIO
	Previsão legal
	Art. 136, caput
	Art. 137, I
	Art. 137, II
	Hipóteses ou Fundamentos
	1. Ordem pública ou paz social ameaçada;
2. Instabilidade institucional;
3. Calamidade natural
	1. Comoção nacional;
2. Ineficácia do estado de Defesa
	1. Declaração de guerra;
2. Resposta à agressão armada estrangeira
	Atribuição para a decretação 
	Presidente da República
(art. 84, IX, da CF)
	Presidente da República
(art. 84, IX, da CF)
	Presidente da República
(art. 84, IX, da CF)
	Procedimento para decretação
	Presidente verifica a hipótese legal, solicita pareceres dos Conselhos da República (CF. art. 89) e de Defesa Nacional (CF. art. 91. Com os pareceres, decidirá se decreta ou não o Estado de Defesa.
	Presidente verifica a hipótese legal, solicita pareceres dos Conselhos da República (CF. art. 89) e de Defesa Nacional (CF. art. 91. Com os pareceres, solicitará ao Congresso Nacional (quorum de maioria absoluta) autorização para decretação do Estado de Sítio, expondo os motivos determinantes do pedido. Com a autorização, o Presidente decretará o estado de Sítio.
	Presidente verifica a hipótese legal, solicita pareceres dos Conselhos da República (CF. art. 89) e de Defesa Nacional (CF. art. 91. Com os pareceres, solicitará ao Congresso Nacional (quorum de maioria absoluta) autorização para decretação do Estado de Sítio, expondo os motivos determinantes do pedido. Com a autorização, o Presidente decretará o estado de Sítio.
	Prazo ou duração da madida
	Máximo de 30 dias, prorrogável por uma única vez, por igual período.
	Máximo de 30 dias, prorrogável por mais trinta dias a cada vez.
	O tempo necessário da guerra ou para repelir a agressão armada estrangeira.
	Áreas abrangidas
	Locais restritos e determinados (CF. art. 136, caput).
	Âmbito nacional. Após o Decreto, o Presidente indicará as medidas específicas e as áreas abrangidas (CF. art. 138, caput).
	Âmbito nacional. Após o Decreto, o Presidente indicará as medidas específicas e as áreas abrangidas (CF. art. 138, caput).
	
	ESTADO DE DEFSA
	ESTADO DE SÍTIO
	ESTADO DE SÍTIO
	Restrições a direitos e garantias individuais
	Poderão ser restringidas (art. 136) as previsões do art. 5º, XII (sigilo de correspondência e de comunicações telegráficas e telefônicas), XVI (direito de reunião) e LXI (exigibilidade de prisão somente em flagrante delito ou por ordem escrita da autoridade judicial competente)
	Poderão ser restringidas (art. 139) as previsões do art. 5º, XI (inviolabilidade domiciliar), XII (sigilo de correspondência e de comunicações telegráficas e telefônicas), XVI (direito de reunião), XXV (direito de propriedade), LXI (exigibilidade de prisão somente em flagrante delito ou por ordem escrita da autoridade judicial competente) etambém o art. 220 (liberdade de manifestação do pensamento, a criação, a expressão e a informação)
	Poderão ser restringidas em tese, todas as garantias constitucionais, desde que presentes três requisitos constitucionais:
1. Necessidade de efetivação da medida;
2. Tenham sido objeto de deliberação por parte do Congresso Nacional no momento de autorização da medida;
3. Devem estar expressamente previstos no Decreto presidencial (CF, art. 138, caput, c.c. 139, .
	Controle político sobre a decretação
	É concomitante. Decretado o Estado de defesa ou sua prorrogação, o Presidente da República, dentro de 24 horas, submeterá o ato com a respectiva justificativa ao Congresso Nacional, que somente aprovará a decretação por maioria absoluta de ambas as casas Legislativas (CF, art. 136, § 4º), editando o respectivo Decreto Legislativo (CF, art. 49, IV). É Concomitante, ainda, pois será formada uma comissão de cinco integrantes para acompanhar e fiscalizar a execução das Medidas (art. 140). E posterior, pois cabe ao CN averiguar tudo que foi feito durante a execução das medidas (art.141, § único).
	O controle Congressual é prévio, uma vez que há necessidade de autorização para que o Presidente o decrete. Concomitante, pois será formada uma comissão de cinco integrantes para acompanhar e fiscalizar a execução das Medidas (art. 140). E posterior, pois cabe ao CN averiguar tudo que foi feito durante a execução das medidas (art.141, § único).
	O controle Congressual é prévio, uma vez que há necessidade de autorização para que o Presidente o decrete.
Concomitante, pois será formada uma comissão de cinco integrantes para acompanhar e fiscalizar a execução das Medidas (art. 140). E posterior, pois cabe ao CN averiguar tudo que foi feito durante a execução das medidas (art.141, § único).
	Fiscalização Política sobre as medidas
	A mesa do Congresso Nacional, ouvidos os líderes partidários, designará Comissão composta de cinco de seus membros para acompanhar e fiscalizar a execução das medidas referentes ao estado de defesa e ao estado de sítio.
	A mesa do Congresso Nacional, ouvidos os líderes partidários, designará Comissão composta de cinco de seus membros para acompanhar e fiscalizar a execução das medidas referentes ao estado de defesa e ao estado de sítio.
	A mesa do Congresso Nacional, ouvidos os líderes partidários, designará Comissão composta de cinco de seus membros para acompanhar e fiscalizar a execução das medidas referentes ao estado de defesa e ao estado de sítio.
	Atividade Parlamentar
	O Congresso Nacional permanecerá em funcionamento até o término das medidas coercitivas (CF, art. 136, § 6º). Em hipótese alguma permite-se o constrangimento do Poder Legislativo, sob pena de crime de responsabilidade (CF, art. 85, II).
	IDEM (CF, art. 138, § 3º). Além disso, no Estado de Sítio na se incluirá a possibilidade de restrição à liberdade de informação, a difusão de pronunciamentos de parlamentares efetuados em suas Casas Legislativas, desde que liberada pela respectiva Mesa.
	IDEM (CF, art. 138, § 3º). Além disso, no Estado de Sítio na se incluirá a possibilidade de restrição à liberdade de informação, a difusão de pronunciamentos de parlamentares efetuados em suas Casas Legislativas, desde que liberada pela respectiva Mesa.
	Responsabilidade
	Cessado o estado de defesa ou de sítio, cessarão também seus efeitos, sem prejuízo da responsabilidade pelos ilícitos cometidos por seus executores ou agentes (CF, art. 141, caput). 
	Cessado o estado de defesa ou de sítio, cessarão também seus efeitos, sem prejuízo da responsabilidade pelos ilícitos cometidos por seus executores ou agentes (CF, art. 141, caput). 
	Cessado o estado de defesa ou de sítio, cessarão também seus efeitos, sem prejuízo da responsabilidade pelos ilícitos cometidos por seus executores ou agentes (CF, art. 141, caput). 
	Prestação de contas
	Cessada a situação excepcional, as medidas aplicadas em sua vigência será relatadas pelo Presidente da República, em mensagem ao Congresso Nacional, com especificação e justificativa das providências adotadas, com relação nominal dos atingidos, e indicação das restrições aplicadas (CF, art. 141, parágrafo único)
	IDEM
	IDEM
	Desrespeito dos requisitos e pressupostos constitucionais por parte do Presidente da República.
	Crime de Responsabilidade (CF, art. 85), sem prejuízo das responsabilidades civis e penais.
	Crime de Responsabilidade (CF, art. 85), sem prejuízo das responsabilidades civis e penais
	Crime de Responsabilidade (CF, art. 85), sem prejuízo das responsabilidades civis e penais
OBS: A Mesa do Congresso Nacional é composta de sete membros: Presidente do Senado Federal, 1º Vice-Presidente da Câmara dos Deputados, 2º Vice-Presidente do Senado Federal, 1º Secretário da Câmara dos Deputados, 2º Secretário do Senado Federal, 3º Secretário da Câmara dos Deputados, 4º Secretário do Senado Federal.
14.10 – A Segurança Pública
	A palavra polícia origina-se do termo grego politeia, através do termo latim politia, que tem o sentido de administração política. Depois, a expressão restringiu-se ao sentido de preservação da ordem e da segurança pública. O poder de polícia, conceituado no art. 78, no Código Tributário Nacional, dispõe que o mesmo significa “atividade da administração pública que, limitando ou disciplinando direitos, interesse ou liberdade, regula a prática de ato ou abstenção de fato, em razão de interesse público concernente à segurança, à higiene, à ordem, aos costumes, à disciplina da produção e do mercado, ao exercício de atividade econômica dependente da concessão ou autorização do Poder Público, à tranqüilidade pública ou ao respeito à propriedade e aos direitos individuais coletivos”. Trata-se, então, de toda restrição a direito individual ou social, em prol do bem comum ou do interesse da maioria. Dentro do âmbito da política está a questão da segurança pública, pois esta é o maior fundamento para que pessoas resolvam abrir mão de seus direitos, em favor da coletividade. 
	A segurança pública é, sob o comando da Ordem Maior, dever do Estado e responsabilidade de todos, de modo que se trata de uma moeda de duas faces, com a responsabilidade sendo compartilhada por diversos setores, sendo exercida para a preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio, e no Brasil, manifesta-se através de diversos órgãos. A função foi atribuída à polícia federal, polícia rodoviária federal, polícia ferroviária federal, polícias civis e polícias militares e corpos de bombeiros militares, estes últimos em cada Estado, além das guardas municipais (art. 144, CF).
	Segurança pública é a manutenção da ordem pública interna do Estado.	
	A ordem pública interna é o inverso da desordem, do caos, da desarmonia social, porque visa preservar a incolumidade da pessoa e do patrimônio, como já frisado.
	Paolo Barile associou a ideia de ordem pública a uma situação de pacífica convivência social, distante das ameaças de violência ou sublevação, que podem gerar, até mesmo, a curto prazo, a prática de delitos.
	Como a convivência harmônica reclama a preservação dos direitos e garantias fundamentais, é necessário existir uma atividade constante de vigilância, prevenção e repressão de condutas delituosas.
	A finalidade da segurança pública, pois, é manter a paz na diversidade, preservando o equilíbrio nas relações sociais. 
Daí a Carta Política de 1988 considerar no seu art. 144 que a “segurança pública, dever do Estado, direito e responsabilidade de todos, é exercida para a preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio, através dos seguintes órgãos:
I - POLÍCIA FEDERAL
	
	A polícia federal veio a ser o primeiro órgão que teve por função a segurança pública. A função que lhe cabe é a de cuidar, em especial, do combate ao crime que afete todo o território nacional ou mais de um Estado. Cuida de reprimir o crime na fronteira, de contrabando, ou, no âmbito interno, de combater ao narcotráfico, aos crimesfiscais federais e aos crimes contra a natureza, dentre outros.
	A polícia federal, instituída por lei como orgão permanente, organizado e mantido pela União e estruturado em carreira, destina-se (art. 144, § 1º):
apurar infrações penais contra a ordem política e social ou em detrimento de bens, serviços e interesses da União ou de suas entidades autárquicas e empresas públicas, assim como outras infrações cuja prática tenha repercussão interestadual ou internacional e exija repressão uniforme, segundo se dispuser em lei;
prevenir e reprimir o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, o contrabando e o descaminho, sem prejuízo da ação fazendária e de outros órgãos públicos nas respectivas áreas de competência;
exercer as funções de polícia marítima, aeroportuária e de fronteiras;
exercer, com exclusividade, as funções de polícia judiciária da União.
Obs 1: o contrabando e o descaminho estão dispostos no Decreto nº 2.730, de 10.08.1998. Já o Decreto nº 2.781, de 14.09.1998, dispõe sobre o Programa Nacional de Combate ao Contrabando e ao Descaminho. 
Obs 2: A Emenda Constitucional nº 19, de 4.6.98, modificou a expressão “aérea” , por “aeroportuária”.
II - POLÍCIA RODOVIÁRIA FEDERAL
	A polícia rodoviária federal tem a missão de manter a ordem pública e o respeito às leis do trânsito nas rodovias federais. Trata-se de um misto de polícia civil e militar, vez que atua como se fosse um corpo militar (fardada), mas desempenhando função civil de segurança, quando fiscaliza as estradas da União. Pode, inclusive, auxiliar a polícia federal, no combate ao narcotráfico e atividades análogas.	
A polícia rodoviária federal, órgão permanente, organizado e mantido pela União e estruturado em carreira, destina-se (art. 144, § 2º), na forma da lei, ao patrulhamento ostensivo das rodovias federais. Esta tratada no Decreto n.º 1.655/95, que atribui-lhe as competências e na Lei 9.654. de 02/06/98.
III - POLÍCIA FERROVIÁRIA FEDERAL
A polícia ferroviária federal tem a missão de manter a ordem pública e o respeito às leis nas ferrovias federais. Trata-se de um misto de polícia civil e militar, vez que atua como se fosse um corpo militar (fardada), mas desempenhando função civil de segurança, quando vigia as estradas de ferro da União. Pode, inclusive, auxiliar a polícia federal, no combate ao narcotráfico, e a outras atividades.
	A polícia ferroviária federal, órgão permanente, organizado e mantido pela União e estruturado em carreira (art. 144, § 3º), destina-se, na forma da lei, ao patrulhamento ostensivo das ferrovias federais. Mas, segundo o Pretório Excelso, a previsão constitucional de uma polícia ferroviária federal, por si só, não legitima a investidura nos cargos referentes a tal carreira; é necessário que ela seja, primeiro, estruturada. (precedentes: STF, MI 627, Rel. Min. Ellen Gracie, DJ de 7-2-2003. No mesmo sentido: STF, MI 545, DJ de 2-8-2002)
IV - POLÍCIAS CIVIS
	As polícias civis têm a função de polícia judiciária, a quem cabe a responsabilidade de conduzir os inquéritos policiais, previstos no Código de Processo Penal, artigo 4º e seguintes, bem como de realizar as diligências e as investigações para o elucidamento dos crimes. Os Estado, o Distrito Federal e os Territórios, cada um, têm sua polícia civil, sendo que a responsabilidade dos dois últimos é da União. É constituída por delegados, escrivães e agentes.
	Polícias civis, dirigidas por delegados de polícia de carreira, incumbem, ressalvada a competência da União, as funções de polícia judiciária e a apuração de infrações penais, exceto as militares (art. 144, § 4º).
V - POLÍCIAS MILITARES E CORPOS DE BOMBEIROS MILITARES
	As polícias militares e os corpos de bombeiros militares existem, também, em cada Estado, Distrito Federal ou Territórios. Possuem uma estrutura militar, com base na hierarquia e na disciplina. Tratam-se de corpos passíveis de incorporação pelas Forças Armadas, em razão de suas semelhanças, em caso de guerra. Hoje, podem as duas instituições estarem num mesmo corpo, organizadas de forma paralela mas unidas, como também em corpos separados.
	Polícias militares cabem a polícia ostensiva e a preservação da ordem pública; aos corpos de bombeiros militares, além das atribuições definidas em lei, incumbe a execução de atividades de defesa civil (art. 144, § 5º e 6º). São forças auxiliares e reserva do Exército, subordinam-se, juntamente com as polícias civis, aos Governadores dos Estados, do Distrito Federal e dos Territórios.
VI – GUARDA MUNICIPAL
	Está previsto no § 8º, do art. 144, que os Municípios podem constituir guardas municipais, destinadas à proteção de seus bens, serviços e instalações, conforme disposições de lei local. Podem ser incluídas em suas competências a segurança do seu patrimônio, como praças e ruas, bem como dos prédios próprios, em que se encontrem seus serviços, desde os administrativos e burocráticos, como também os relativos à saúde e a educação. Assim, revela-se seu caráter de polícia administrativa (fiscalização), prevista e criada, quando for o caso, “pelo Município e para o Município”.
CONSIDERAÇÕES IMPORTANTES
Segurança Pública é a manutenção da Ordem Pública Interna e consiste numa situação de preservação ou restabelecimento dessa convivência social que permite que todos gozem de seus direitos e exerçam suas atividades sem perturbação dos direitos de outrem, salvo nos limites de gozo e de reivindicação de seus próprios direitos e defesa de seus legítimos interesses;
Ordem Pública será uma situação de pacífica convivência social, isenta de ameaça de violência ou de qualquer outra forma de perigo para os cidadãos;
Sendo um dever para o Estado, ou seja, uma obrigação, esta imposta pela lei maior.
Polícia é uma instituição de Direito Público destinada a assegurar a segurança, a paz, a incolumidade e a ordem públicas. 
	Do ponto de vista jurídico, deve-se distinguir a Polícia Administrativa da Polícia de Segurança. 
Polícia Administrativa esta tem por fim evitar a prática de infrações administrativas, ou seja, lida com o ilícito administrativo, incide sobre Bens, Direitos e Atividades (liberdades e propriedades). Difunde-se por toda a Administração e seus respectivos órgãos. Qualquer órgão, dentro da Administração, que possua a função de fiscalizar os cidadãos e reprimir os ilícitos administrativos, deverá ser considerado como órgão de polícia administrativa.
Polícia de Segurança esta tem por finalidade reprimir infrações, punindo os infratores de acordo com as leis penais, atua por sobre pessoas, punindo-as, e compreende a polícia ostensiva e judiciária.
A Polícia de Segurança Ostensiva (preventiva) é aquela que tem por objeto a preservação da Ordem Pública, sua função é evitar que ocorram os crimes.
A Polícia de Segurança Judiciária (investigatória) serve para apurar os crimes que não foram possíveis de se evitar, ou seja, é responsável pela investigação, apuração das infrações penais e de sua autoria, a fim de fornecer materiais suficientes para o MP.
	Vejamos, a seguir, o quadro didático:
	Polícia Administrativa
	Polícia Judiciária
	Preventiva
	Repressiva
	Incide sobre Bens, Direitos e Atividades
	Incide sobre pessoas
	Combate o ilícito administrativo
	Combate o ilícito penal
	Difunde-se por toda a Administração
	Privativa das corporações
Obs: estabelecer os critérios de prevenção e repressão que se aplica a ambas

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