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O Patrimônio Cultural no Brasil

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O Patrimônio Cultural e Histórico no Brasil
Ainda no período Imperial (1822-1889), percebe-se certa mudança no pensamento das elites brasileiras no que se refere à questão do nacionalismo, dos valores e da identidade nacionais. 
A Literatura e as Artes, especificamente, trazem à tona o Romantismo e o Academicismo do século XIX, respectivamente, quando a ideia de nação e a busca da identidade nacional passam a ser temáticas trabalhadas pelos escritores e artistas brasileiros.
Nas primeiras décadas do período republicano, refletindo as transformações socioeconômicas pela qual passava a sociedade desenvolveu-se, também , o reconhecimento da necessidade de proteger o patrimônio histórico e artístico, época em que se registraram iniciativas preservacionistas locais e estaduais. 
O Patrimônio Público e Preservacionismo
O preservacionismo no Brasil seguiu, certamente, a tendência mundial, esta resultante, por sua vez, de três momentos/fatos históricos:
-A Revolução Francesa de 1789 – A burguesia toma o poder, abolindo o Estado absolutista, e inicia a concepção de Patrimônio Público;
-A Revolução Industrial – A tecnologia introduz novas ciências e hábitos na sociedade, valorizando a cultura e a preservação dos bens patrimoniais;
-Primeira Grande Guerra (1914-18) – Com os estragos provocados pelo conflito, tornaram-se necessárias maiores habilidades para tratar os bens culturais danificados.
O Patrimônio Cultural no Brasil 
Cronologia
1920 - Bruno Lobo, presidente da Sociedade Brasileira de Belas Artes, encarrega o prof. Alberto Childe, do Museu Nacional, de elaborar anteprojeto de lei de defesa do Patrimônio Artístico Nacional;
1923 - Luis Cedro, deputado pernambucano, apresenta à Câmara dos Deputados o primeiro projeto visando organizar a defesa dos monumentos históricos e artísticos do país;
1925 - Iniciativa estadual de Mello Vianna, Presidente de Minas, que organiza comissão para impedir que o patrimônio das velhas cidades mineiras se consumissem pelo efeito do comércio de antiguidades;
1933 - O Decreto 22.928 erige a cidade de Ouro Preto em Monumento Nacional. Trata-se de um marco por assinalar a decisão do poder público nacional em traçar políticas de proteção;
1937 - Projeto da nova organização do Ministério da Educação e Saúde, com emenda prevendo a criação do Iphan, convertendo-se na Lei n° 378. No dia 30 de novembro é criado o Decreto Lei n° 25 organizando a Proteção ao Patrimônio Histórico e Artístico Nacional.
Os Modernistas e o SPHAN
Em plena República, no início do século XX, vários autores se empenharam em construir narrativas históricas e antropológicas que representassem a identidade nacional, muitos deles apoiados pelo Estado através do IHGB e do SPHAN.
Considera-se que Rodrigo Melo Franco de Andrade, Carlos Drummond de Andrade, Lúcio Costa e Gustavo Capanema foram, dentre outros, os fundadores e formadores das primeiras visões sobre o patrimônio histórico e artístico brasileiro.
Intelectuais e artistas brasileiros ligados ao movimento modernista, cujo momento maior foi a Semana de 1922, também contribuíram para despertar o sentimento de preservação e proteção dos monumentos históricos brasileiros. 
Mario de Andrade, a pedido do governo, elaborou um anteprojeto de lei para salvaguarda dos bens patrimoniais do País, cujo trabalho resultou, em parte, na criação do SPHAN, em 1937. 
O IPHAN- O Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional 
Criado em 13 de janeiro de 1937, como SPHAN, pela Lei nº 378, no governo de Getúlio Vargas. Já em 1936, o então Ministro da Educação e Saúde, Gustavo Capanema, preocupado com a preservação do patrimônio cultural brasileiro, pediu a Mário de Andrade a elaboração de um anteprojeto de lei para salvaguarda desses bens. Em seguida, confiou a Rodrigo Melo Franco de Andrade a tarefa de implantar o Serviço do Patrimônio.
Posteriormente, em 30 de novembro de 1937, foi promulgado o Decreto-Lei nº 25, que organiza a “proteção do patrimônio histórico e artístico nacional”. 
A partir daí, técnicos foram preparados e tombamentos, restaurações e revitalizações foram realizados assegurando a permanência da maior parte do acervo arquitetônico e urbanístico brasileiro, assim como do acervo documental e etnográfico, das obras de arte integradas e dos bens móveis.
Com IPHAN, hoje vinculado ao Ministério da Cultura, tem início no Brasil, portanto, o processo de institucionalização das  práticas patrimoniais.
O Patrimônio Material Brasileiro
“O conjunto de bens móveis e imóveis existentes no País e cuja conservação seja do interesse público quer por sua vinculação a fatos memoráveis da História do Brasil, quer por seu excepcional valor arqueológico ou etnográfico, bibliográfico ou artístico“ – SPHAN.
“O conjunto dos bens móveis e imóveis” que representam “fatos memoráveis da história do Brasil” ou que tenham “excepcional valor arqueológico ou etnográfico, bibliográfico ou artístico” – Art. 1º da Lei Nº 25 de 30 de Novembro de 1937.
“Monumentos naturais, bem como sítios e paisagens que importe conservar e proteger pela feição notável com que tenham sido dotados pela natureza ou agenciados pela indústria humana“ - SPHAN.
As Cidades Históricas Brasileiras
As cidades e núcleos históricos traduzem as referências urbanas no Brasil e sua história.
A história das cidades brasileiras se confunde com nosso próprio processo histórico, a partir do período colonial. São Vicente, Salvador, Olinda, São Paulo, Rio de Janeiro foram fundadas no séculos XVI.
Tais núcleos urbanos foram protagonizadores do processo de ocupação e desenvolvimento do País ao longo de quase cinco séculos, testemunhas de atividades econômicas, sociais e políticas, além da promoção das manifestações culturais enraizadas em nossa sociedade.
Assim, muitas de nossas históricas cidades, como Vila Rica, Salvador, Recife, Maranhão tornaram-se lugares especiais no cenário nacional e em nossa memória. Daí a necessidade de serem preservadas, conservadas e mantidas suas atuais funções sociais.
O Patrimônio Imaterial Brasileiro
No Brasil, o Patrimônio Imaterial é amparado no Decreto nº. 3.551, de 4/08/2000, que institui o Registro de Bens Culturais de Natureza Imaterial. – Art. 1º.
O Decreto cria, ainda, o PNPI (Plano Nacional do Patrimônio Imaterial), o qual busca viabilizar projetos de identificação, reconhecimento, salvaguarda e promoção da dimensão imaterial do patrimônio cultural nacional. 
São inúmeros os Patrimônios Intangíveis no Brasil, muitos dos quais agraciados com títulos de Patrimônio Nacional, e também da Humanidade, como o Frevo.
O Patrimônio Imaterial Brasileiro
Norte: 
Círio de Nossa Senhora de Nazaré (PA) – Importante evento religioso no País;
Cachoeira de Iauaretê – Lugar sagrado dos povos ameríndios do Rio Uaupés e do Rio Papuri (AM);
Arte Kusiwa – Pintura Corporal e Arte Gráfica dos ameríndios Wajãpi (AP);
Centro-Oeste
Modo de Fazer Viola de Cocho (MT/MS) – Instrumento musical produzido artesanalmente;
Festa do Divino de Pirenópolis (GO) – Evento folclórico, religioso e profano.
Arte Kusiwa  
Pintura Corporal e Arte Gráfica dos Wajãpi - Amapá
Festa do Divino de Pirenópolis - GO
O Patrimônio Imaterial Brasileiro 
Sudeste
Modo artesanal de fazer queijo em Minas Gerais, nas regiões do Serro e da Serra da Canastra e da Serra do Salitre (MG)
Toque dos Sinos em Minas Gerais e o Ofício de Sineiros (MG)
Matrizes do Samba no Rio de Janeiro: Partido Alto, Samba de terreiro e Samba-Enredo (RJ)
Jongo (samba) no Sudeste (RJ)
Ofício das Paneleiras de Goiabeiras (ES)
Paneleiras de Goiabeiras - ES
Modo artesanal de fazer queijo - MG
O Patrimônio Imaterial Brasileiro 
Nordeste
Apresentação dos caboclos de lança no Maracatu de Baque Solto (PE)
Tambor de Crioula (MA)
Samba de Roda do Recôncavo Baiano (BA)
Ofício das Baianas de Acarajé (BA)
Roda de capoeira e Ofício dos Mestres de Capoeira (NE)
Teatro de Nova Jerusalém e a Peça da Paixão de Cristo (PE)
Bolo Souza Leão PE)
Maracatu (PE)
Bloco carnavalesco Galo da Madrugada(PE)
Bolo de Rolo (PE)
Feira de Caruaru (PE)
Frevo (PE)
Missa do vaqueiro (PE)
Festa de Santana de Caicó (RN)
Forró (NE)
O Maior São João do Mundo em Campina Grande (PB)
Lavagem da Igreja do Bonfim (BA)
Torcida do Bahia (BA)
Caboclo de Lança do Maracatu - PE
Samba de Roda - BA
Missa do Vaqueiro - PE
Lavagem da Igreja do Bonfim - BA 
Festa de Santana de Caicó - RN
Roda de capoeira - NE
O Frevo 
Patrimônio Imaterial da Humanidade
O carnaval é uma data comemorativa bastante popular e comemorada em praticamente todo o território brasileiro. Para esta festa, foram criados vários tipos de músicas e também de danças, sendo que seu estilo pode variar de região para região dentro do país.
Animado ritmo carnavalesco, o Frevo é uma forma de expressão musical, coreográfica e poética densamente enraizada em Recife e Olinda, tendo surgido em Pernambuco, entre 1910 e 1911, ocorreu o aparecimento de um ritmo carnavalesco bastante animado. A palavra frevo vem de “ferver”, uma vez que o estilo da dança faz parecer que abaixo dos pés das pessoas exista uma superfície com água fervendo.  
Os dançarinos de frevo, com uma sombrinha aberta, encantam com sua técnica e improvisação.  
O frevo é tocado e, em alguns casos, pode ser cantado. Há ainda uma forma mais lenta de frevo, chamado de frevo-canção.
Comemorado no dia 14 de setembro, o Frevo recebeu da UNESCO em Paris, em 2012, o título de Patrimônio Imaterial da Humanidade.
Samba de Roda do Recôncavo Baiano
Patrimônio Imaterial do Brasil
O Samba de Roda é uma expressão musical, coreográfica, poética e festiva das mais significativas e importantes da cultura brasileira. 
Um estilo musical tradicional afro-brasileiro, associado a uma dança, que por sua vez está associada à capoeira e ao culto aos orixás. É tocado por um conjunto de pandeiro, atabaque, berimbau, viola e chocalho, acompanhado principalmente por canto e palmas.
Registros datam o ano de 1860 como a origem do Samba de Roda na Bahia, notadamente no Recôncavo, fortemente ligado a comunidade negra da região.
O Samba de Roda pode ser realizado em paralelo a outros festejos nordestinos ao longo do ano. Muitos o consideram a origem do samba carioca, além de referência do samba nacional presente em composições de artistas como Dorival Caymmi, João Gilberto, Caetano Veloso e outros. 
Patrimônio imaterial pelo IPHAN, em 2005, cuja proposta do registro foi encaminhada ao IPHAN pela Associação Cultural do Samba de Roda Dalva Damiana, entre outras entidades ligadas ao fenômeno musical.
Expressões orais e gráficas dos Wajãpi (Amapá)
Patrimônio Imaterial do Brasil e da Humanidade
Os Wajãpi é um grupo indígena pertencente ao grupo cultural de tradições e língua Tupi-guarani, e que vivem em pequenas aldeias no estado do Amapá. 
Estes indígenas desenvolveram uma linguagem única, unindo a arte gráfica da pintura e a verbal, através da qual transmitem conhecimentos e significados culturais, estéticos e religiosos.
Seus ornamentos, conhecidos por kusiwa, são aplicados com tinturas vegetais elaboras a partir de sementes de urucum, gordura de macaco, suco de jenipapo verde e resinas perfumadas. A arte kusiwa compreende um repertório de códigos que têm como motivos mais frequentes animais como pássaros, peixes, borboletas, cobras, jacarés, jabutis, etc. Eles a utilizam como adorno para o corpo e decoração de artefatos.
Patrimônio Imaterial do Brasil, pelo IPHAN, e Patrimônio Imaterial da Humanidade, pela UNESCO, em 2003.
A Capoeira
Desenvolvida no Brasil principalmente por descendentes de escravos africanos , é caracterizada por golpes e movimentos ágeis e complexos, utilizando primariamente chutes e rasteiras, além de cabeçadas, joelhadas, cotoveladas, acrobacias em solo ou aéreas.
Uma arte marcial marcada pela musicalidade, pois o praticante da Capoeira toca instrumentos típicos e cantam.
A palavra capoeira significa "o que foi mata", através da junção dos termos ka'a ("mata") e pûer ("que foi"). Refere-se às áreas de mata rasteira do interior do Brasil onde era praticada agricultura indígena.
Em 1890, o governo da República decretou a proibição da capoeira em todo o território nacional, daí as rodas de capoeira serem praticadas em locais afastados ou escondidos.
 Mestre Bimba, em 1932, fundou em Salvador a primeira academia de capoeira da história.
Hoje em dia, a capoeira se tornou não apenas uma arte ou um aspecto cultural, mas uma verdadeira exportadora da cultura brasileira para o exterior.
Patrimônio Arqueológico no Brasil
Definido e protegido por lei (3.924/61), o Patrimônio Arqueológico no País diz respeito aos Sítios Arqueológicos, sendo estes considerados bens da União, e cujo tombamento é feito por interesse científico e ambiental.
Sítios Arqueológicos: áreas de qualquer natureza, origem e finalidade, testemunhas da existência, das tradições, das atividades e da cultura dos paleoameríndios brasileiros. Segundo o IPHAN, o Brasil possui quase 20 mil sítios arqueológicos, espalhados por todas as regiões brasileiras.
Principais Sítios Arqueológicos no Brasil
- Pré-história brasileira -
Parque Nacional Serra da Capivara (S. Raimundo Nonato –PI) - PCH
Parque Nacional Vale do Catimbau (Buíque –PE)
Sitio arqueológico da Furna do Estrago (Brejo da Madre de Deus –PE)
Sítios Arqueológicos da Toca da Esperança, Toca do Aragão, Toca da Lagoa da Velha, Toca do Caldeirão (Central –BA)
Sítios Arqueológicos de Inhazinha e Rodrigues Furtado (Triângulo Mineiro –MG)
Sítio Arqueológico Lapa Vermelha (Lagoa Santa/Pedro Leopoldo – MG)
Sítio Arqueológico de Mangueiros (Macaíba –RN)
Sítio Arqueológico do Lajedo de Soledade (Apodí –RN)
Sítio Arqueológico Pedra Pintada (Pacaraima –RO)
O Patrimônio Natural Brasileiro
O Patrimônio Natural de um país reúne áreas de importância preservacionista e histórica. São áreas que transmitem a importância do ambiente natural para que possamos lembrar do passado, de onde viemos, o que estamos fazendo com o ambiente e para onde vamos.
Fazem parte do Patrimônio Natural formações geológicas e regiões que constituem habitat de espécies animais e vegetais ameaçadas, com valor universal excepcional do ponto de vista da ciência ou da conservação.
No Brasil, existem sete sítios do Patrimônio Mundial Natural. Além de benefícios à natureza, os territórios geram lucros com a exploração e desenvolvimento do ecoturismo.
Patrimônios Naturais Brasileiros
Parque Nacional do Iguaçu (PR)
Reservas de Mata Atlântica da Costa do Descobrimento (BA)
Reservas da Mata Atlântica do Sudeste (RJ/ES)
Área de Conservação do Pantanal (MT/MS)
Complexo de Conservação da Amazônia Central (AM)
Ilhas Atlânticas Brasileiras: Fernando de Noronha (PE) e Atol das Rocas (RN)
Parques Nacionais Chapada dos Veadeiros e Emas (GO).
Educação Patrimonial no Brasil 
A consciência para a valorização, conservação e preservação do patrimônio cultural e histórico brasileiro, por parte da sociedade, é uma atividade relativamente nova no País, sendo hoje uma preocupação do IPHAN.
Entende-se por educação patrimonial ações educativas promovidas por pessoas e entidades no sentido de buscar conhecer, entender e valorizar nosso patrimônio cultural e histórico. É, ainda segundo o IPHAN, todo processo educativo que vise a construção coletiva do conhecimento através do diálogo entre agentes sociais e as comunidades detentoras das referências culturais. 
Casas do Patrimônio 
As Casas do Patrimônio constituem-se, essencialmente, em um projeto pedagógico e de educação patrimonial, fundamentando-se na necessidade de estabelecer novas formas de relacionamento do IPHAN com a sociedade e com o poder público. 
Importante passo para transformar as representações regionais, escritórios técnicos do IPHAN e instituições da sociedade civil em polos de referência. 
Propõem-se atuar de maneira articulada com outras políticas públicas, especialmente aquelas promovidas pelos Ministérios da Educação, Cultura, Cidades, Justiça, Turismo e Meio-Ambiente, bem como pela gestão executiva dosEstados, do Distrito Federal e municípios.
Visa qualificar e atender a população residente, estudantes, professores e turistas, trabalhando em uma perspectiva de diálogo e reflexão, no sentido de propiciar a participação para uma construção coletiva dessa nova postura institucional no campo do patrimônio nacional.
Trata-se de conferir transparência e ampliar os mecanismos de gestão da preservação do patrimônio cultural. Apoiando-se principalmente em ações educacionais, em parceria com escolas, instituições educativas formais e informais e demais segmentos sociais e econômicos.
Casa do Patrimônio do Recife
Inaugurada em 2009, a Casa do Patrimônio em Recife surgiu da necessidade de realizar ações efetivas de educação, que permitissem uma maior interação do IPHAN com a sociedade. 
Fruto do esforço de um grupo de trabalho composto por técnicos do IPHAN, representantes da Universidade Católica e consultores convidados, a Casa tornou-se um centro para a sediar eventos de caráter cultural. 
Oficinas de educação patrimonial, lançamento de livros, reuniões interinstitucionais, palestras, cursos e apresentações, são exemplos do que vem sendo realizado na entidade.
Funciona atualmente no prédio do Antigo Colégio Nóbrega.
O Tombamento
O Tombamento é um ato administrativo realizado pelo Poder Público visando preservar, via legislação específica, bens móveis e imóveis de valor histórico, cultural e ambiental, impedindo sua destruição e descaracterização. Tombar é inventariar e proteger o patrimônio cultural e histórico brasileiro.
O Tombamento no Brasil pode ser feito pela União, por intermédio do IPHAN; pelo Governo Estadual, por meio de órgãos competentes; ou pelas administrações municipais, utilizando leis específicas ou a legislação federal.
Com origem na Lei 25/1937, o tombamento no País é feito com a inscrição dos bens em questão nos 4 livros do Tombo: Histórico; Artes Aplicadas; Belas Artes; e Arqueológico, Etnográfico e Paisagístico.
Livros do Tombo no Brasil
IPHAM
Nos Livros do Tombo do IPHAM estão registrados centenas de Bens Culturais e Históricos, e Materiais (móveis e imóveis), entre os anos de 1938 e 2012.
Nesse sentido, as ações do IPHAN voltadas à identificação, documentação, restauração, conservação, preservação, fiscalização e difusão, estão calcadas em legislações específicas sobre cada um dos temas pertinentes ao seu universo de atuação 
Praticamente todos os estados da Federação possuem bens culturais, reconhecidos por relevância histórica, ambiental e identidária. São imóveis civis antigos, igrejas, sítios históricos, construções militares do passado, acervos museológicos, santuários, áreas de valor histórico e de testemunho das atividades do paleoameríndio brasileiro, reservas naturais, parques históricos e ambientais etc. 
Cidades/Monumentos Brasileiros 
Patrimônio Cultural e Natural da Humanidade - UNESCO
Cidade Histórica de Ouro Preto (Cultural) - MG – 1980
Centro Histórico de Olinda (Cultural) - PE – 1982
Missões Jesuíticas Guarani – Missões (Cultural) - RS – 1983
Centro Histórico de Salvador (Cultural) - BA – 1985
Santuário do Sr. Bom Jesus de Matosinhos (Cultural) - MG-1985
Parque Nacional de Iguaçu (Natural) - PR – 1986
Plano Piloto de Brasília (Cultural) - DF – 1987
Parque Nacional Serra da Capivara (Cultural) - PI – 1991
Centro Histórico de São Luis (Cultural) - MA – 1997
Centro Histórico de Diamantina (Cultural) – MG – 1999 
Reservas de Mata Atlântica do Sudeste (Natural) - SP-PR – 1999
Reserva de Mata Atlântica da Costa do Descobrimento (Natural) – BA/ES - 1999
Pq. Nacional do Pantanal Mato-grossense (Natural) - MS-MT – 2000
Pq. Nacional do Jaú (Natural) – Amazonas - 2000
Ilhas de Fernão de Noronha e Atol das Rocas (Natural) - PE-RN – 2001
Parques nacionais de Chapada dos Veadeiros e das Emas (Natural) – Goiás – 2001
Centro Histórico de Goiás (Cultural) - Goiás – 2001
Praça de São Francisco (Cultural) – Sergipe – 2010 
Paisagens Culturais do Rio de Janeiro (Cultural) - RJ – 2012
Centro Histórico de Olinda - PE
O Centro Histórico de Olinda conserva o traçado urbano e a paisagem da vila fundada em 1535, por Duarte Coelho Pereira, quando os portugueses iniciaram a ocupação do Brasil.
A preservação desse sítio histórico começou na década de 1930, quando os principais monumentos foram tombados.
Entre as construções existentes atualmente, se destacam a Catedral de Olinda, o Mosteiro de São Bento, o Convento de São Francisco,a Igreja de Nossa Senhora do Carmo, O Seminário de Olinda, entre outras edificações religiosas e civis, em estilo Maneirista, Barroco/Rococó, Neoclássico e Eclético, Mourisco.
O sítio foi declarado, em 1980, Monumento Nacional, pelo Congresso Nacional, e, em 1982, reconhecido como Patrimônio Mundial pela UNESCO.
Centro Histórico de Olinda
Ouro Preto - MG
Foi a primeira cidade brasileira a ser declarada, pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura, Patrimônio Histórico e Cultural da Humanidade, no ano de 1980.
Antes da chegada dos colonizadores toda a região mineira era habitada por povos indígenas que falavam línguas do tronco linguístico macro-jê.
No século XVII, Minas foi palco do dinâmico “ciclo do Ouro” na colônia, originando diversas cidades.
Monumentos: I. e Sta. Efigênia, I. S. Francisco de Paula, Museu da Inconfidência, I. N.S. do Carmo, I. S. Francisco de Assís.
Ouro Preto
Brasília - DF
Brasília  é a capital federal do Brasil e a sede do governo do Distrito Federal, localizando-se na região Centro-Oeste do país, Planalto Central.
 Abriga a sede dos três Poderes de Estado,  e hospeda 124  embaixadas estrangeiras.
O plano urbanístico da capital, conhecido como "Plano Piloto", foi elaborado pelo urbanista Lúcio Costa, que, aproveitando o relevo da região, adequou-o ao projeto do lago Paranoá (1893, Missão Luís Cruls). A cidade começou a ser planejada e desenvolvida em 1956 por Lúcio Costa e pelo arquiteto Oscar Niemeyer. Inaugurada em 21 de abril de 1960, pelo então presidente JK.
Plano Piloto Brasília
Goiânia - GO
Localizada no centro de Goiás, foi planejada e construída para ser a capital política e administrativa de estado, sob influência da Marcha para o Oeste, política desenvolvida pelo governo Vargas para acelerar o desenvolvimento e incentivar a ocupação do Centro-Oeste brasileiro.
Desde seu início, a sua arquitetura teve influência do Art Déco, que definiu a fisionomia dos primeiros prédios da cidade, e destaca-se entre as capitais brasileiras por possuir o maior índice de área verde por habitante do Brasil. 
Em novembro de 2003, um conjunto de 22 prédios e monumentos públicos localizados no núcleo central de Goiânia e do bairro de Campinas foi incorporado oficialmente ao patrimônio histórico e artístico nacional.
Goiânia - GO
Rio de Janeiro - RJ
É a segunda maior metrópole do Brasil, situada no Sudeste do país, sendo a mais conhecida no exterior e a maior rota do turismo internacional no Brasil. É também conhecida por Cidade Maravilhosa.
Foi a capital do Brasil de 1763 a 1960, quando o governo transferiu-se para a recém-construída Brasília.
Importante centro econômico, cultural e financeiro do País, o Rio é internacionalmente conhecida por diversos ícones culturais e paisagísticos, como o Pão de Açúcar, o Corcovado com a estátua do Cristo Redentor, a Central do Brasil, as praias de Copacabana, Ipanema e Barra da Tijuca, o Maracanã, o Estádio Olímpico João Havelange, o Teatro Municipal do Rio de Janeiro, as florestas da Tijuca, a Quinta da Boa Vista, a Biblioteca Nacional, o réveillon de Copacabana, o carnaval carioca, a Bossa Nova e o Samba.
Sediará os Jogos Olímpicos de 2016 e dos Jogos Paraolímpicos de Verão de 2016, além de alguns jogos da Copa do Mundo de 2014.
Rio de Janeiro
São Luis - MA
É a única cidade brasileira fundada por franceses, no dia 8 de setembro de 1612, ocasião em que foi fundado o Forte de São Luis, tendo sido posteriormente invadida por holandeses e, mais tarde, colonizada pelos portugueses.
A capitalmaranhense, lembrada hoje pelo enorme casario de arquitetura francesa, foi no passado densamente habitada por povos indígenas, como os tupinambás.
São Luis é famosa também por suas belas praias, destinos de milhares de turistas que chegam ao estado maranhense, além das tradicionais manifestações folclóricas do Bumba-meu-boi.
Tombada pela Unesco como Patrimônio cultural da Humanidade, em 1997, São Luis possui um acervo arquitetônico colonial avaliado em cerca de 3 500 prédios, sendo grande parte deles sobradões com mirantes, muitos revestidos com preciosos azulejos portugueses. 
Centro Histórico de São Luis
Fontes
http://portal.iphan.gov.br
www.cpdoc.fgv.br 
http://www.patrimoniocultural.pr.gov.brr 
http://www.historiaehistoria.com.brr 
http://jus.com.brr 
http://pt.wikipedia.org
http://www.icomos.org.bR
http://blogs.mp.mg.gov.br
http://www.patrimoniocultural.pr.gov.br
WWW.unesco.org 
http://www.cidade-brasil.com.br
http://www.monumenta.gov.br
LEMOS, Carlos A. C. O que é Patrimônio Cultural. 2ª Ed. Ed. Brasiliense: SP. Col. Primeiros Passos.2010.
FUNARI, Pedro Paulo. Turismo e Patrimônio Cultural.Ed. Contexto: SP. 2009.

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