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Permanbuco e o Patrimônio Cultural

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IFPE
Disc. Patrimônio Cultural
Prof. Marcio Alves Ficha 04
______________________________________________________________________________
PERNAMBUCO E O PATRIMÔNIO CULTURAL
1- FUNDARPE - Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco
Criada em 17 de julho de 1973, na forma jurídica de direito privado sem fins lucrativos, a Fundação visa, além do incentivo à cultura, a preservação dos monumentos históricos e artísticos do Estado. Hoje está vinculada à Secretaria de Educação.  A Fundarpe tem como objetivo principal a promoção, o apoio, o incentivo, a preservação e a difusão das identidades e produções culturais de Pernambuco de forma estruturadora e sistêmica, focada na inclusão social.
Atrelada a Fundarpe, existe o FUNCULTURA - Fundo Pernambucano de Incentivo à Cultura (Funcultura), concebido e implantado pelo Governo de Pernambuco, em diálogo com os artistas e produtores, para unificar as ações de fomento à produção cultural no Estado.
2-SECRETARIA DE CULTURA DE PERNAMBUCO – SECULT-PE
Entre as atribuições dessa nova Secretaria Estadual do Governo Eduardo Campos é promover e executar a política cultural do Estado; promover ações para mobilizar o apoio técnico necessário à produção cultural; fomentar e promover a arte brasileira fundamentada nas raízes da nossa cultura; executar a política de preservação e conservação da memória do patrimônio histórico, arqueológico, paisagístico, artístico, documental e cultural
Neste contexto, foi desenvolvido o Festival Pernambuco Nação Cultural (FPNC), visto como um dos principais momentos de materialização da política pública de cultura desenvolvida pelo Governo de Pernambuco, através da Secretaria de Cultura e da Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco (Fundarpe). O ciclo de ações culturais foi criado em 2008 e, desde 2011, incorporou um formato descentralizado, que busca levar cultura a cada vez mais cidades de todas as regiões pernambucanas. Shows, espetáculos de teatro e dança, mostras de cinema, encontros de cultura popular, debates literários, exposições de fotografia e design, apresentações circenses, além de oficinas e seminários integram o festival, que, só em 2012, teve 10 edições realizadas. O FPNC é uma ação de acesso totalmente gratuito, que respeita e promove as expressões culturais de cada localidade, estimulando a continuidade das tradições e o surgimento de novas expressões artísticas. Apenas no biênio 2011/2012, 82 municípios pernambucanos receberam ações do festival. O investimento no período chegou aos R$ 50,5 milhões. Recursos que possibilitam uma maior circulação de artistas locais e nacionais, ajudam na formação cultural dos diferentes públicos, estimulam o turismo, movimentam a economia e garantem ainda mais visibilidade à rica diversidade cultural pernambucana.
3- CONSTITUIÇÃO DO ESTADO DE PERNAMBUCO
Também a Constituição do Estado de Pernambuco, refletindo a intenção expressa na Lei Maior, estabelece no artigo 197, parágrafo 4: "Ficam sob a organização, guarda e gestão dos governos estadual e municipal (...) a proteção especial de obras, edifícios e locais de valor histórico ou artístico, os monumentos, paisagens naturais e jazidas arqueológicas". 
Para definir os procedimentos necessários ao tombamento de bens culturais, no âmbito estadual, vigoram a lei n 6.239, de 18 de setembro de 1979.
4- LEI Nº 7.970, de 18 de setembro de 1979
 Art. 1º O Estado de Pernambuco procederá, nos termos desta lei e de legislação federal específica, ao tombamento total ou parcial de bens móveis ou imóveis, públicos ou particulares, existentes em seu território e que, por seu valor arqueológico, etnográfico, histórico, artístico, bibliográfico, folclórico ou paisagístico, devam ficar sob a proteção do Poder Público, segundo os artigos 180, parágrafo único, da Constituição da República e 144 da Constituição do Estado.
 Art. 2º Efetua-se o tombamento, de ofício ou mediante proposta, por resolução do Conselho Estadual de Cultura, pela maioria absoluta de seus membros, discriminando as características do bem, ou de parte ou partes deste, objeto do tombamento.
§1º	A resolução do Conselho, depois de homologada pelo Governador do Estado, será publicada no Diário Oficial e só então inscrita no livro próprio, mantido pelo conselho para esse fim.
§2º	As propostas de tombamento, que podem ser feitas por qualquer pessoa, devem ser encaminhadas, por escrito, ao Secretário de Turismo, Cultura e Esportes, para que este, deferindo-as, inicie o processo de tombamento, encaminhando-as, para exame técnico, à Fundação do Patrimônio Artístico e Histórico de Pernambuco – FUNDARPE. 
§3º	Serão liminarmente indeferidas, pelo Secretário de Turismo, Cultura e Esportes, as propostas que não estejam devidamente justificadas ou tenham por objeto bens insuscetíveis de tombamento, nos termos da legislação federal.
§4º	Se a iniciativa do tombamento não partir do próprio dono do bem objeto da proposta, notificá-lo-á a FUNDARPE, para, no prazo de trinta dias, anuir à medida ou impugná-la.
§5º	A abertura do processo de tombamento, por despacho do Secretário de Turismo, Cultura e Esportes, deferindo a proposta ou por decisão preliminar do Conselho Estadual de Cultura, agindo de ofício, assegura ao bem em exame, até a resolução final, o mesmo regime de preservação dos bens tombado
Art. 3º O tombamento de cidades, vilas e povoados, para lhes dar caráter de monumentos, dependerá de autorização expressa de lei estadual, de iniciativa do Governador do Estado, mediante proposta do Conselho Estadual de Cultura, dispensada a notificação a que se refere o 4º do artigo anterior.
 Art. 4º Consideram-se tombados pelo Estado, sendo automaticamente l
levados a registro, todos os bens que, situados no seu território, sejam tombados pela União.
 Art. 5º As restrições à livre disposição, uso e gozo dos bens tombados, bem como as sanções ao seu desrespeito, são as estabelecidas na legislação federal, cabendo à FUNDARPE providenciar a sua aplicação em cada caso.
 Art. 6º O Conselho Estadual de Cultura manterá, para registro, os seguintes livros de Tombo:
I	Livro de Tombo dos Bens Móveis de valor arqueológico, etnográfico, histórico, artístico ou folclórico;
II	Livro de Tombo de Edifícios e Monumentos isolados;
III	Livro de Tombo de Conjuntos Urbanos e Sítios Históricos;
IV	Livro de Tombo de Monumentos, Sítios e Paisagens Naturais;
V	Livro de Tombo de Cidades, Vilas e Povoados;
Art. 7º O destombamento de bens mediante cancelamento do respectivo registro, dependerá, em qualquer caso, de resolução do Conselho Estadual de Cultura tomada por maioria de dois terços dos Conselheiros e homologada pelo Governador do Estado.
Parágrafo Único – Podem propor o destombamento previsto neste artigo:
I	os membros do Conselho Estadual de Cultural e as pessoas jurídicas de direito público, a qualquer tempo;
II	o proprietário do bem tombado, na hipótese do art. Iº do decreto-lei Federal Nº 25, de 30 de novembro de 1937, se o Estado não adotar as providências ali determinadas.
 Art. 8º Compete ao Conselho Estadual de Cultura, além das atribuições que foram conferidas pela lei Nº 6003, de 27 de setembro de 1967:
I	tombar os bens de valor arqueológico, etnográfico, histórico, artístico, bibliográfico, folclórico ou paisagístico existentes no Estado de Pernambuco, e destombá-los quando for o caso;
II	comunicar as resoluções sobre tombamento ao oficial de registro de imóveis, para as transcrições e averbações previstas no decreto-lei Federal 25, de 30 de novembro de 1937, bem como ao Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional- IPHAN;
III	adotar as medidas administrativas previstas na legislação federal para que se produzam os efeitos de tombamento;
IV	deliberar quanto à adequação do uso proposto para o bem tombado, ouvida a Fundação do Patrimônio Artísticoe Histórico de Pernambuco – FUNDARPE;
V	decidir, ouvida a Fundação do Patrimônio Artístico e Histórico de Pernambuco – FUNDARPE, sobre os projetos de obras de conservação, reparação e restauração de bens tombados;
VI	supervisionar a fiscalização da preservação dos bens tombados;
propor ao Secretário de Turismo, Cultura e Esportes, bem como às entidades, medidas para preservação do patrimônio histórico e artístico pernambucano;
VII	divulgar, em publicação oficial, anualmente atualizada, a relação dos bens tombados pelo Estado.
 Art. 9º Cabe à Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco – FUNDARPE:
I	dar parecer técnico sobre as propostas de tombamento de bens e seu eventual cancelamento;
II	fiscalizar a observância do uso aprovado pelo Conselho para o bem tombado;
III	opinar sobre os projetos de conservação, reparação e restauração de bens tombados;
IV	verificar, periodicamente, o estado dos bens tombados e fiscalizar as obras e serviços de conservação dos mesmos;
V	atender às solicitações do Conselho Estadual de Cultura e opinar sobre matéria que este lhe encaminhar;
VI	exercer, em relação aos bens tombados pelo Estado, os poderes que a lei federal atribui ao Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional quanto aos bens tombados pela União.
5-FUNCULTURA
“Criado em 2003, o Fundo Pernambucano de Incentivo à Cultura (Funcultura) é o mecanismo concebido e implantado pelo Governo de Pernambuco para unificar as ações de incentivo à produção cultural no Estado. O Funcultura é uma ferramenta que veio substituir o antigo Sistema de Incentivo à Cultura (SIC) e acabou servindo de modelo para o Sistema Nacional de Cultura, do Governo Federal.
As mudanças adotadas no Funcultura desde 2007 - ampliação do recurso em 200% para projetos independentes, destinação de recursos por linha de ação, circulação das ações pelas diversas regiões do Estado, modelo de co-gestão com a classe cultural e órgãos ligados à cultural, entre outros avanços - vem garantindo que cada vez mais produtores e projetos concorram ao incentivo, dando ainda mais legitimidade e transparência ao processo de seleção.
Um exemplo da movimentação que o Funcultura provoca na cena cultural é o número de projetos apoiados. São os recursos provenientes do fundo que tornam possível a realização de eventos como o Janeiro de Grandes Espetáculos, o Festival de Teatro para Crianças, a Bienal Internacional do Livro, a Mostra Internacional de Música em Olinda (Mimo), o Circuito Pernambucano de Choro, o Encontro de Sanfoneiros, entre tantos outros.”
6- FESTIVAL PERNAMBUCO NAÇÃO CULTURAL – FPNC
“O Festival Pernambuco Nação Cultural (FPNC) é um dos principais momentos de materialização da política pública de cultura desenvolvida pelo Governo de Pernambuco, através da Secretaria de Cultura e da Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco (Fundarpe). 
O ciclo de ações culturais foi criado em 2008 e, desde 2011, incorporou um formato descentralizado, que busca levar cultura a cada vez mais cidades de todas as regiões pernambucanas. Shows, espetáculos de teatro e dança, mostras de cinema, encontros de cultura popular, debates literários, exposições de fotografia e design, apresentações circenses, além de oficinas e seminários integram o festival, que, só em 2012, teve 10 edições realizadas. 
O FPNC é uma ação de acesso totalmente gratuito, que respeita e promove as expressões culturais de cada localidade, estimulando a continuidade das tradições e o surgimento de novas expressões artísticas. Apenas no biênio 2011/2012, 82 municípios pernambucanos receberam ações do festival. O investimento no período chegou aos R$ 50,5 milhões. Recursos que possibilitam uma maior circulação de artistas locais e nacionais, ajudam na formação cultural dos diferentes públicos, estimulam o turismo, movimentam a economia e garantem ainda mais visibilidade à rica diversidade cultural pernambucana.”
7- BENS MATERIAIS TOMBADOS EM PERNAMBUCO
São muitos os Bens pernambucanos tombados, ora pela Fundarpe, ora pelo IPHAN, e também pela UNESCO.
A partir década de 1980, os Bens abaixo, entre outros no Recife, foram tombados pelo estado de Pernambuco:
-Arquivo da Antiga Casa de Detenção do Recife
-Casa de Manuel Bandeira
-Cemitério dos Ingleses
-Cine Glória
-Cine Teatro Apolo
-Conjunto urbano da Rua da Aurora
-Escola de Medicina do Recife
-Estação Central do Recife
-Fábrica da Tacaruna 
-Hospital Ulysses Pernambucano
-Igreja de Santo Amaro das Salinas
-Liceu de Artes e Ofícios
-Quartel do Derby
-Torre Malakoff 
-Torre do Graf Zeppelin (Campo do Jiquiá) 
-Conjunto Ambiental, Paisagístico e Histórico do Prata
-Casa Grande do Engenho Barbalho
-Prédio da  etc.
8- BENS IMATERIAIS TOMBADOS EM PERNAMBUCO
Já foram registrados por proposição da ALPE, os seguintes bens imateriais de Pernambuco, além daqueles classificados pelo IPHAN, e também UNESCO:
Feira de Caruaru (2006) -IPHAN
Frevo (2007) – IPHAN e UNESCO (2012) 
Bolo Souza Leão (2008)
Cachaça (2008)
Bolo-de-rolo (2008)
Agremiação Carnavalesca Bloco da Saudade, Recife (2009)
Alto do Moura, Caruaru (2009)
Bloco Carnavalesco Galo da Madrugada (2009)
Carnaval de Olinda (2009)
Cartola (alimento) (2009)
Cj. Arq. e Espetáculo da Paixão de Cristo de Nova Jerusalém, Brejo da Madre de Deus (2009)
Dança do Brinquedo Popular Ciranda (2009)
Dança do Xaxado (2009)
Festa da Pitomba, Prazeres, Jaboatão dos Guararapes (2009)
Festa do Vaqueiro e Missa do Vaqueiro, Serrita (2009)
Papangus de Bezerros (2009)
São João de Caruaru (2009)
Manguebeat, Olinda/Recife (2009)
9- PATRIMÔNIO VIVO DE PERNAMBUCO
Além do patrimônio de bens imateriais, Pernambuco foi o primeiro estado brasileiro a instituir, no âmbito da Administração Pública, o Registro do Patrimônio Vivo, (Lei nº 12.196, de 2 de maio de 2002) que reconhece e gratifica com uma pensão vitalícia mensal representantes da cultura popular e tradicional do Estado. 
A Lei do Registro do Patrimônio Vivo (Lei nº 12.196, de 2 de maio de 2002) tem como objetivo preservar as manifestações populares e tradicionais da cultura pernambucana, assim como permitir que os artistas repassem seus conhecimentos às novas gerações de alunos e aprendizes. 
A seleção dos contemplados é realizada através de um processo de candidatura por indicação de entidades culturais e órgãos governamentais e da avaliação do Conselho Estadual de Cultura (CEC). Os agraciados assumem a missão de transmitir os seus conhecimentos a alunos e aprendizes em programas de ensino e aprendizagem. 
Para concorrer os candidatos devem ser brasileiros, residentes em Pernambuco há mais de 20 (vinte) anos; comprovar participação em atividades culturais há mais de 20 anos anteriores à data do pedido de inscrição; estar capacitados a transmitir seus conhecimentos ou técnicas a alunos e aprendizes.
Relação alfabética dos agraciados com o título de Patrimônio Vivo de Pernambuco (2002 a 2010):
Ana das Carrancas
Arlindo dos Oito Baixos
Associação Musical Euterpina de Timbaúba
Caboclinho Sete Flexas de Água Fria
Camarão
Canhoto da Paraíba
C. de Aleg. e Crítica O Homem da Meia Noite 
Clube Indígena Canindé do Recife
Confraria do Rosário de Floresta do Navio.
Didi (Pagode do Didi)
Dila (José Soares da Silva)
Dona Selma do Coco
Fernando Spencer
Índia Morena (Margarida Pereira de Alcântara)
J. Borges
João Silva
José Costa Leite
Lia de Itamaracá
Maestro Duda (José Ursicino da Silva)
Maestro Nunes (José Nunes de Souza)
Manuel Eudócio
Maracatu Carnavalesco Misto Leão Coroado
Maracatu de baque virado Estrela Brilhante de Igarassu
Maracatu Estrela de Ouro de Aliança
Maria Amélia da Silva
Mestre Galo Preto
Mestre Salustiano
Nuca (Manoel Borges da Silva) 
Sociedade Musical Euterpina Juvenil Nazarena (Capa-Bode)
Sociedade Musical Curica 
Teatro Experimental de Arte de Caruaru.
Zé do Carmo
Zezinho de Tracunhaém
Fontes: 05/2013
www.google.com.br
www.nacaocultural.com.br
http://basilio.fundaj.gov.br
http://www.cultura.pe.gov.brhttp://www.pe.gov.br
http://fpnc.org
http://www.fundarpe.pe.gov.br 
http://fpnc.org

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