Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
CÁLCIO E FÓSFORO UNIVERSADADE FEDERAL DE PERNAMBUCO CSS – DEPARTAMENTO DE NUTRIÇÃO BIOQUÍMICA DA NUTRIÇÃO Alunas: Dayana Dantas Erika Cadena Lílian Caroline Misma Maheli Thaysa Aguiar CÁLCIO ESTRUTURA QUÍMICA O cálcio é um elemento químico, símbolo Ca, de número atômico 20 (20 prótons e 20 elétrons) e massa atômica 40. Pertence à família 2A da tabela periódica, é um metal alcalino-terroso, de cor branco prateado. Foi isolado pela primeira vez no ano de 1808, mediante eletrólise. FUNÇÕES Adulto macho, pesando 70kg, contém aproximadamente 1.200g de cálcio. 99% 1% está nos fluidos do organismo, onde ele se encontra ionizado em parte. Na verdade, essa pequena quantidade de cálcio ionizado nos fluidos do corpo é de grande importância de excitabilidade normal do coração, músculos e nervos, e nos aspectos diferenciais da permeabilidade de membrana. FUNÇÕES A matriz do osso, na qual o cálcio está depositado, tem uma estrutura peculiar, essencial para a calcificação normal. Embora possa parecer que os depósitos minerais no osso são mais ou menos permanentes, esse material está, na realidade, em uma condição dinâmica, sendo formado e reabsorvido constantemente – mais rapidamente durante a fase inicial da vida e, mais lentamente, durante a vida adulta. FONTES Fontes mais ricas em cálcio Contribuem com pequenas quantidades METABOLISMO DO CÁLCIO FORMAS DE CÁLCIO NO SANGUE: Células sanguíneas contém pequena quantidade de cálcio; Maior parte do cálcio sanguíneo encontra-se no plasma; Pode ser subdividido em três categorias: Cálcio ligado à proteínas (40%): Principalmente à albumina; Cálcio ionizado ou livre (50%): Porção ultrafiltrável, é a única forma de Ca²+ biologicamente ativa. Cálcio não-ionizável (10%): Ligado a substâncias como citrato ou fosfato, é difusível pela membrana capilar. Formas de Cálcio no sangue: Cálcio Total (100%) Ligado à proteínas (40%) Ultrafiltrável (60%) Complexado com ânions (10%) Cálcio livre (50%) METABOLISMO DO CÁLCIO ABSORÇÃO Ocorre à nível do intestino delgado; Depende da presença da forma ativa da vitamina D: 1,25-diidroxicolecalciferol. Fontes de vitamina D: Dieta Sintetizada na pele a partir do 7-desidrocolesterol (pró-vit. D) em presença de luz UV. Pró-vitamina D3 colecalciferol 25-hidroxicolecalciferol 1,25 diidroxicolecalciferol METABOLISMO DO CÁLCIO FATORES QUE INTERFEREM NA ABSORÇÃO Ácido fítico: Encontrado em grãos de cereais, combina-se com cálcio no intestino, formando o fitato de cálcio (insolúvel); pH : Quanto mais alcalino o teor intestinal, menor a solubilidade dos sais de cálcio. Um aumento da flora acidófila, por exemplo, os lactobacilos, é indicado na redução do pH, o que favorece a absorção de cálcio; Presença de ácidos graxos livres: Quando a absorção de gorduras está prejudicada, há acúmulo de ácidos graxos, que reagem com o cálcio formando sabões cálcicos insolúveis; METABOLISMO DO CÁLCIO EXCREÇÃO Quantidade relativamente pequena de cálcio é excretada pela urina; A maior parte do cálcio é eliminada através das fezes; Através do suor, mas em pequenos valores, cerca de 15 mg, entretanto em casos de esforço físico extenuante, essa perda pode ser aumenta, mesmo durante períodos de baixa ingesta. METABOLISMO DO CÁLCIO REGULAÇÃO HORMONAL A homeostasia do cálcio envolve a interação coordenada de três sistemas: E três hormônios: Ossos Rins Intestino Paratormônio (PTH) Calcitonina Vitamina D METABOLISMO DO CÁLCIO Paratormônio (PTH) Secretado pelas paratireoides, quando a concentração plasmática de cálcio está diminuída. Calcitonina Sintetizada pelas células parafoliculares da tireoide. É secretada há excesso de cálcio. Essencial na absorção de cálcio, além de aumentar a mineralização do tecido ósseo. Vitamina D REGULAÇÃO HORMONAL Recomendações nutricionais •Nas novas recomendações, a ingestão diária de cálcio varia entre 700 e 1300mg e a de vitamina D, de 600 a 800 UI, depen- dendo da idade, sexo e da fase de vida em que o indivíduo se encontra; • As quantidades de cálcio necessárias durante os diferentes períodos da vida não são uniformes devido às alterações no crescimento, na absorção e na excreção relacionadas à idade. • As recomendações nutricionais de cálcio são maiores durante períodos de rápido crescimento, como na infância e na adolescência, durante a gravidez, a lactação e na velhice. Na adolescência é maior por causa do acelerado desenvolvimento muscular, esquelético e endócrino; Recomendações de ingestão diária de cálcio e vitamina D para homens, mulheres, gestantes, lactantes, segundo o instituto de medicina dos Estados Unidos. Deficiência Osteoporose: Faz parte do processo natural do envelhecimento; Também está relacionada possivelmente com a ingestão inadequada de cálcio; É uma doença em que ocorre um enfraquecimento dos ossos o que resulta em um maior risco de fraturas no quadril e nas vértebras, deformidades na coluna vertebral e diminuição da altura; Raquitismo •Caracterizada pela calcificação defeituosa dos ossos devido ao teor reduzido de vitamina D no organismo, à deficiência de cálcio e fósforo na dieta, ou a uma combina- ção de ambos. •O decréscimo do consumo de cálcio e vitamina D em períodos de crescimento pode influenciar negativamente o desenvolvimento ósseo, causando não apenas raquitismo, que é o resultado final da deficiência de vitamina D, como também prejudicando o alcance da altura programada geneticamente; Hiperparatireoidismo •É causado pela hiperatividade, hiperplasia ou adenoma das paratireoides; Sinais: hipercalcemia (cálcio sérico, 12 a 22 mg/ 100mL), diminuição do fosfato no soro, redução da reabsorção renal tubular do fosfato, aumento da atividade da fosfatase, elevação do cálcio e do fósforo urinários, devido à desclassificação óssea, desidratação e hemoconcentração. Hipoparatireoidismo: ocorre após a remoção das paratireoides e a concentração do cálcio no soro pode cair a menos de 7 mg/ 100 ml. Raquitismo renal • É herdado como um traço dominante ligado ao cromossomo X; •É um tipo de raquitismo resistente a vitamina D; •A doença é considerada como resultante de um transporte defeituoso de fosfato pelo intestino e pelos túbulos renais. Toxicidade Níveis excessivamente elevados de cálcio, especialmente na presença de um alto nível de vit D, é uma causa potencial de hipercalcemia e à calcificação dos tecidos moles, especialmente os rins; Hipercalcemia é um nível elevado de cálcio no sangue. (Concentrações normais: 9 - 10.5 mg/dL ou 2.2 - 2.6 mmol/L). Esses níveis elevados também são encontrados na hipercalciúria, hiperparatireoidismo e em certos cálculos renais; FÓSFORO FÓSFORO Distribuição do fósforo: representa 1% do peso corporal total. A sua distribuição é a seguinte: Tecidos conjuntivo, epitelial e muscular 14 % Tecidos moles 85% Ossos 1% Fluido extracelular Funções O fósforo é encontrado em todas as células, ou seja, em todas as fontes alimentares (vegetais < animais ); Está intimamente relacionado ao cálcio e uma deficiência ou excesso de um, irá interferir na utilização do outro; As principais funções do fósforo relacionam-se com a mineralização óssea e dos dentes, mas também participa do metabolismo energético. Armazenamento temporário de energia provinda do metabolismo de macronutrientes (P,LP,CH), na forma de ATP, nas reações metabólicas ; Funções Os ésteres de fosfato é de grande importância na transferência de energia; Responsável pela ativação, por meio da fosforilação de diversas cascatas enzimáticas; Na transmissão genética, formando os ácidos nucleicos (RNA e DNA); Fósforo tem a função de tamponar sistemas ácidos ou alcalinos (manutenção do pH). Fontes Alimentos proteicos de origem animal (carnes vermelhas e brancas, vísceras ); Produtos lácteos; No leite, a biodisponibilidadepode variar de 65 a 90% (Mais biodisponível no leite humano que no de vaca); Alimentos de origem vegetal ( Cereais , leguminosas ,frutas ) Bebidas carbonatadas). Fontes Fontes Indivíduos vegetarianos precisam de uma criteriosa avaliação da biodisponibilidade do fósforo dietético, porque nos cereais, leguminosas, hortaliças e frutas, o fósforo se encontra principalmente na forma de ácido fítico, hexafosfato de mioinositol, um potencial formador de quelatos . Este por sua vez, é muito pouco digerido no trato gastrintestinal humano, pois o homem não possui fitase ( enzima necessária para degradar e liberar o fósforo do fitato). METABOLISMO DO FÓSFORO ABSORÇÃO 70% do fósforo ingerido é absorvido no nível intestinal. No duodeno, sua absorção ocorre por meio de transporte ativo, intimamente relacionado e estimulado pela presença de vitamina D (cujo mecanismo é independente da absorção de cálcio), e pela concentração de sódio no lúmen intestinal. METABOLISMO DO FÓSFORO ABSORÇÃO Outro mecanismo envolvido é o transporte passivo, que ocorre no jejuno e no íleo e é diretamente proporcional à concentração de fósforo nestes segmentos. A concetração total de fósforo no sangue é de 35-45mg/100ml, mas somente 10% (3-5mg/100ml) estão sob a forma inorgânica, que é a forma rapidamente utilizada pelo organismo. METABOLISMO DO FÓSFORO EXCREÇÃO Eiminação pelas fezes (fósforo não absorvido). Eliminação pela urina. A excreção urinária de fosfato é regulada principalmente pelo hormônio da paratireóide que reduz sua reabsorção tubular. 80% da reabsorção (TCP) , quase nula na alça de Henle, 10% no (TCD). METABOLISMO DO FÓSFORO FATORES QUE INTERFEREM NA ABSORÇÃO. O cálcio e o magnésio em altas concentrações no lúmen digestivo se ligam ao fósforo, diminuindo sua absorção. O alumínio também forma complexos insolúveis no trato digestivo com o fósforo, sendo esta uma terapia utilizada na hiperfosfatemia da insuficiência renal crônica. Uso excessivo de antiácidos (com alumínio) diminuem a absorção de P. RECOMENDAÇÕES NUTRICIONAIS Estágio da Vida Fósforo (mg) Crianças 1 a 3 anos 4 a 8 anos 460 500 Homens e Mulheres 9 a 18 anos 19 a >70 anos 1250 700 Gestantes e Lactantes Menos de 18 anos 19 a50 anos 1250 700 Toxicidade (Hiperfosfatemia) Risco de osteoporose Calcificação de tecido moles Diminuição da absorção de cálcio e aumenta a libertação de cálcio dos ossos. Ex: IRC Deficiência (Hipofosfatemia) Fósforo abaixo de 2,3 mg/dL Redistribuição do fósforo extracelular para o espaço intracelular (alcalose respiratoria). Redução na absorção intestinal de fosfato (abuso de antiácidos). Aumento da excreção renal de fosfato (hiperparatireoidismo) REFERÊNCIAS HARPER HAROLD A. (HAROLD ANTHONY), 1911-. Manual de química fisiológica. 4.ed. -. Sao Paulo: Atheneu, 1973. http://www.unilestemg.br/nutrirgerais/downloads/artigos/fosforo.pdf http://www.rgnutri.com.br/alimentos/minerais/cme.php http://www.semlactose.com/index.php/2011/06/02/novas-recomendacoes-de-calcio-e-vitamina-d-pessoas-que-nao-consomem-leite-e-derivados-devem-se-preocupar/ http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0021-75572008000600003
Compartilhar