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INTRODUÇÃO AO ESTUDO DE DIREITO

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INTRODUÇÃO AO ESTUDO DE DIREITO
CASO 1- Tema: Característica da norma.
Mario dirigindo seu automóvel BMW/2005, em alta velocidade, atropelou Carla. Hospitalizada, Carla submeteu-se a duas cirurgias, ficando impossibilitada de exercer suas atividades laborativas pelo prazo de três meses. Tendo em vista os prejuízos que lhe foram causados, a vitima ajuizou ação de ressarcimento por danos morais e matérias sofridos, com pedido julgado procedentes para condenar Mario ao pagamento de R$50.000,00. Mario deixou de cumprir a decisão, razão pela qual teve seu carro penhorado e alienado judicialmente para suportar a divida. O juiz, para fundamentar sua decisão, baseou-se nos artigos 186 e 927 do CC, que determina o seguinte: art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntaria, negligencia ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito; art. 927. Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano a outrem, fica obrigado a repará-lo. Identifique, no caso, a partir da analise dos artigos de lei acima, as seguintes características da norma jurídica:
Abstração, generalidade, imperatividade, heteronomia, alteridade, coercibilidade e bilateralidade atributiva.
R.:a) abstração: visando atingir o maior numero possível de situações, a norma jurídica é abstrata, regulando os casos dentro do seu denominador comum, ou seja, como ocorrem via de regra. Se o método legislativo pretendesse abandonar a abstratividade em favor da casuísta, para alcançar os fatos como ocorrem singularmente com toda as suas variações e matrizes, alem de se produzir leis e códigos muito mais extensos, o legislador não lograria o seu objetivo, pois a vida social é mais rica do que a imaginação do homem e cria sempre acontecimentos novos e de formas imprevisíveis.(NADER,p. 85).
b) Generalidade: a norma jurídica é preceito de ordem legal que obriga a todos que se acha em igual situação jurídica. (NADER,p. 85). No caso: aplicação das normas jurídicas a Mario. No caso: previsão legal das hipóteses.
c) imperatividade: o caráter imperativo da Norma significa imposição de vontade e não mero aconselhamento. (NADER,p. 85). No caso: as normas jurídicas citadas são obrigatórias, devendo ser obedecidas.
d) heteronomia: as normas de direito são postas pelo legislador, pelos juízes, pelos usos e costumes, sempre por terceiros, podendo coincidir ou não s seus mandamentos com as convicções que as pessoas têm sobre o assunto. Podem-se criticar as leis, mas deve-se agir de conformidade com elas, mesmo sem lhes dar adesão de nosso espírito. Isto significa que elas valem objetivamente, independentemente, e a despeito da opinião e do querer dos obrigados. Essa validade objetiva e transpessoal das normas jurídicas, as quais se põem acima das pretensões dos sujeitos de uma relação, superando-as na estrutura de um querer irredutível ao querer dos destinatários, é o que se denomina heteronomia. Foi Kant o primeiro pensador a trazer a luz essa norma diferenciadora, afirmando ser a moral autônoma e o direito heterônomo. O direito é heterônomo, visto ser posto por terceiros aquilo que juridicamente somos obrigados a cumprir. (REALE, p. 48/ 49). No caso: de nada adianta Mario querer furtar-se ao cumprimento da lei, uma vez que sua vontade não interfere na existência, vigência e validade das normas jurídicas.
e) alteridade: significa dizer que a norma de direito implica intersubjetividade, ou seja, relação entre duas ou mais pessoas. ( DINIZ, Maria Helena, p. 376). No caso: a relação intersubjetiva se da entre Mario e Carla em razão do atropelamento desta por aquele. 
f) Coercibilidade: possibilidade do uso da coação; uso da força a serviço do direito. É a possibilidade de o mecanismo estatal utilizar a força a serviço das instituições jurídicas. (NADER, p . 86). No caso: penhora e alienação judicial do carro de Mario para reparação dos danos causados a Carla. 
g) Bilateralidade atributiva: é uma proporção intersubjetiva, em função da qual os sujeitos de uma relação ficam autorizados a pretender, exigir, ou a fazer, garantidamente algo. Da relação jurídica entre duas ou mais pessoas deve resultar a atribuição garantida de uma pretensão ou ação, que pode se limitar aos sujeitos da relação ou estender-se a terceiros. (REALE, p. 51). No caso: o direito exercido por Carla de ver reparado os danos causados por Mario.
CASO 2 – Tema: característica da norma.
Antonia, portadora de uma grave doença, encontra-se internada em estado terminal. Como esta “desenganada” e sofrendo muito, a paciente solicita à equipe medica que abrevie sua dor, tirando-lhe a vida mediante o desligamento dos aparelhos que a mantém viva.
No caso em tela, sobre a ótica da norma moral e da norma de direito, tomando como parâmetros a idéia da morte digna, sem sofrimento, e o dispositivo penal que prevê tal conduta medica como crime de homicídio, responda:
Quais as principais características das normas morais e das normas jurídicas? Justifique.
R.: As diferencias entre as normas jurídicas e as normas morais são:
- Determinação do direito e forma não concreta da moral: enquanto o direito se manifesta mediante um conjunto de regras que definem a dimensão da conduta exigida, que especificam a formula do agir; a moral estabelece uma diretiva mais geral, sem particularizações.
-A bilateralidade do direito e a unilateralidade da moral: as normas jurídicas possuem uma estrutura imperativo-atributiva, isto é, ao mesmo tempo em que impõem um dever jurídico a alguém, atribuem um poder ou direito subjetivo a outrem. Daí se dizer que cada direito corresponde um dever. A moral possui uma estrutura mais simples, pois impõe deveres apenas. Perante ela, ninguém tem poder de exigir uma conduta de outrem. Fica-se apenas na expectativa de o próximo aderir as normas. Assim, enquanto o direito é bilateral, a moral é unilateral.
- Exterioridade do direito e interioridade da moral: enquanto a moral se preocupa com a vida interior das pessoas, como a consciência, julgado os atos exteriores apenas como meio de aferir a intencionalidade; o direito cuida das ações humanas em primeiro plano e, em função destas, quando necessário, investiga o animus do agente.
-Autonomia e heteronomia: de modo geral, os compêndios registram a autonomia, o querer espontâneo, como um dos caracteres da moral. Nesta parte, é indispensável a distinção suscitada por Heinrich Henkel. Se adesão espontânea ao padrão moral é inerente á moral autônoma e peculiar a Ética superior, o mesmo não ocorre em relação á moral social. Diante do conjunto de exigências morais que a sociedade formula a seus membros, o agente se sente compelido a seguir os mandamentos. Neste setor, não há espontaneidade da consciência. O fenômeno que se da é o de adaptação das condutas aos padrões morais que a sociedade elege. A moral social, portanto, não é autônoma. Em relação ao direito, este possui heteronomia, que quer dizer sujeição ao querer alheio. As regras jurídicas são impostas independentemente da vontade de seus destinatários.
-Coercibilidade do direito e incoercibilidade da moral: entre os processos que regem a conduta social, apenas o direito é coercível, ou seja, capaz de adicionar a força organizada do estado, para garantir o respeito aos seus preceitos. A moral, por seu lado, carece do elemento coativo. É incoercível. (NADER, p. 37/39).
a) No caso em tela varias podem ser as hipóteses de debate:
- a questão da eutanásia/ distanásia , sobre se podem ou não ser admitidas; (eutanásia provocar morte sem dor, distanasia prolongar ao Maximo o momento da morte).
- A consideração da abreviação do sofrimento de um parente ser um valor social- moral, que levasse o homicidio praticado a ser caracterizado como privilegiado, o que garantiria vários benefícios ao agente.
- Admissibilidade da eutanásia/ distanasia como valores sociais – morais, já que há diferença entre a moral individual e a moral social, conforme acima descrito;
-Já que em sendo admitidas como tais, caracterizaria o privilegiodo homicídio, como se pode identificar a partir das seguintes decisões: “o valor social – moral deve ser apreciado não segundo o ponto de vista do agente, mas com critérios objetivos, segundo a consciência ético- social geral. “(TJ/SP – RT 417101) e “o valor social deve ser realmente relevante, isto é, notável, importante, especialmente digno de apreço.” (TJ/PR – RT 689376);
- A contrario senso, pode-se argumentar a qualificadora do homicídio que prevê a impossibilidade de defesa do ofendido.
QUESTÃO ABERTA PARA ESTUDO.
Questões objetivas:
(Respostas justificadas)
A norma jurídica compreende um instrumento de controle de conduta social.
Qual das características abaixo não diz respeito a ela?
Espontaneidade;
Coercibilidade;
Bilateralidade atributiva;
Alteridade;
Heterônomia;
R. A – ESPONTANEIDADE. A espontaniedade não se coaduna com as normas jurídicas, uma vez que, dentre suas características, estão a imperatividade que consiste no caráter imperativo da norma, significa imposição de vontade e não mero aconselhamento.
A norma jurídica (continuação) . os diversos critérios da classificação das normas jurídicas: critério da destinação; da existência; critério da extensão territorial; critério do conteúdo; critério da imperatividade e critério da sanção.
CASO 1- TEMA: CLASSIFICAÇÃO DAS NORMAS JURIDICAS.
Estabelece o art.9º da consolidação das leis do trabalho: “ serão nulos de pleno direito os atos praticados com objetivo de desvirtuar, impedir ou fraudar a aplicação de preceitos contidos na presente consolidação.”
A referida norma jurídica, de acordo com a especie de sanção que a acompanha, há que ser classificada como? Como pode ser classificada a norma quanto a sua sanção?
R.: A sanção apresentada na norma em analise corresponde a nulidade, que conforme ensinamentos de Silvio Rodrigues (1), implica no “ reconhecimento da existência de um vicio que impede um ato de ter existência legal, ou produzir efeito.” Neste caso, a norma se classifica como perfeita, tendo em vista que determina a aplicação de uma única sanção, correspondendo a mesma a nulidade do ato produzido. Maria Helena Diniz ressalta que normas perfeitas “ são aquelas cuja violação as leva a autorizar a declaração da nulidade do ato ou a possibilidade de anulação do praticado contra sua disposição.
CASO 2 – TEMA: CLASSIFICAÇÃO DAS NORMAS JURIDICAS.
O chefe do poder executivo de certo estado da federação promove licitação para construir hospital publico visando atender a uma comunidade onde tal serviço de saúde não existe.
A que ramo de direito pertencem as normas que regulam a conduta desta autoridade?
R.: as normas que regulam o fato, acima disposto, estão presentes no ramo do direito administrativo, cujo ponto central esta voltado para normatização do serviço publico.
b) qual a natureza destas normas?
R.: NORMAS DE DIREITO PÚBLICO.
c) que espécie de relação há entre o particular e o estado neste caso?
R.: trata-se de relação jurídica de subordinação, pois o poder publico participa” investido de seu imperium, impondo sua vontade aos administrados.
Questões objetivas.
(respostas justificadas)
A classificação das normas em implícitas decorre do critério quanto:
À destinação;
À natureza;
À existência;
À hierarquia;
À extensão territorial;
Ao conteúdo;
A imperatividade;
A sanção;
R.: C. Quanto à existência, classifica-se a norma como explicita e implícita. A norma explicita é aquela que se reconhece no próximo texto legal, podendo-se encontra-la, em muitos casos, através da mera interpretação gramatical e, não exposta claramente no texto legal, reconhecendo-se sua existência, em regra, a partir da interpretação extensiva.
Caso 1- tema: processo legislativo e espécies legislativas.
Uma emenda à constituição foi proposta por todos os estados da federação, manifestando-se cada um deles pela respectiva assembléia legislativa. O conteúdo da emenda era o seguinte: “a partir de 5 de outubro de 2002, o crime de trafico ilícito de entorpecentes poderá, nos terms da lei, ser punido com pena de morte, ou prisão perpetua”. Votada em dois turnos e aprovada por dois terços dos respectivos membros de cada casa do congresso nacional, a emenda foi promulgada pelo presidente da republica e entrou em vigor na data de sua publicação.
À vista disso, analise se há, na hipótese acima traçada, violação ao devido processo legislativo ditado pela constituição da republica.
R.: A referida emenda constitucional encontra-se elevada de vícios formal e material. Quanto à afronta, não há informações no enunciado da questão quanto à manifestação da maioria relativa dos membros das assembléias legislativas. E mais, a proposta devera ser discutida e votada em cada casa do congresso nacional, em dois turnos, considerando-se aprovada se obtiver, em ambos, três quintos dos votos respectivos membros, e não por dois terços. O descompasso formal é verificado, ainda, pelo fato de que a promulgação se Dara pelas mesas da câmara dos deputados e do senado federal, e não pelo presidente da republica. O vicio material caracteriza-se pela afronta à “clausula pétrea”, inciso IV, do parágrafo 4º, do artigo 60, da CRFB/88, uma vez que a inserção da pena de morte é vedada pela constituição, conforme se verifica no inciso XLVII, do artigo 5º, da CRFB/88. Pelo exposto, houve desrespeito ao devido processo legislativo ditado pela CRFB/88.
b) quais são as diferenças entre a espécie legislativa a cima , o ordenamento jurídico e o direito?
R.: a principal diferença se da pelo fato de a espécie normativa objeto da questão, juntamente com outras alinhadas no artigo 59, da CRFB/88, integrarem o ordenamento jurídico. O direito caracterizado somente pelo direito posto.

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