Buscar

Direito Constitucional - Processo Legislativo

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 4 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Capítulo 15 - Processo Legislativo
CF/88 - art. 59. O processo legislativo compreende a elaboração de espécies normativas primárias:
I - emendas à Constituição;
II - leis complementares;
III - leis ordinárias;
IV - leis delegadas;
V - medidas provisórias;
VI - decretos legislativos;
VII - resoluções.
Parágrafo único. Lei complementar disporá sobre a elaboração, redação, alteração e consolidação das leis.
OBS: Processo legislativo sumário - maior celeridade - regime de urgência constitucional
Deflagrado pelo Presidente da Republica em matéria de sua competência.
45 dias em cada casa + 10 dias para emendas
Descumprimento do prazo: todas as matérias ficam sobrestadas, exceto as com prazo constitucionalmente definido (MP). O prazo é suspenso no recesso.
Não se aplica a códigos.
Não é a mesma coisa que regime de urgência regimental (regimento interno de cada casa)
1. Lei ordinária x Lei complementar (Processo Legislativo Ordinário x Processo Legislativo Complementar)
	
	LEI ORDINÁRIA
	LEI COMPLEMENTAR (diferenças)
	1a fase (iniciativa)
	Art. 61. A iniciativa das leis complementares e ordinárias cabe a qualquer membro ou Comissão da Câmara dos Deputados, do Senado Federal ou do Congresso Nacional, ao Presidente da República, ao Supremo Tribunal Federal, aos Tribunais Superiores, ao Procurador-Geral da República e aos cidadãos, na forma e nos casos previstos nesta Constituição.
Sanção não supre vício de iniciativa parlamentar em matérias de iniciativa privativa do Presidente da República. STF 1974
Art. 64. A discussão e votação dos projetos de lei de iniciativa do Presidente da República, do Supremo Tribunal Federal e dos Tribunais Superiores terão início na Câmara dos Deputados.
P.L.O será encaminhado para a mesa da casa iniciadora, lido em plenário, receberá um número e será publicado no D.O. e em avulsos.
	Matérias taxativamente previstas na Constituição.
	2a fase (constitutiva)
	Juízo de admissibilidade: Presidente da mesa poderá devolver o P.L.O. se não estiver formalizado (exceto iniciativa popular - CCJ), se for antirregimental, alheio a competência da casa ou evidentemente inconstitucional.
Regime de tramitação: Presidente da mesa vai escolher se será regime tradicional (plenário) ou conclusivo (deliberado e votado nas comissões). Se determinar o regime conclusivo, cabe recurso de 1/10 dos membros da casa (art. 58, 2, I). P. de iniciativa popular, de códigos ou de comissões necessariamente tem que ir a plenário.
Comissões: O presidente vai escolher para quais comissões o P.L.O. vai. As comissões elaboram pareceres e votam (conclusivo). 
É obrigatório que ele passe pela CCJ, nas duas casas, que vai fazer o controle de constitucionalidade, legalidade, juridicidade, regimentalidade e técnica legislativa. 
Se o P.L.O. é aprovado (maioria simples) na casa iniciadora, vai para a casa revisora, onde segue o mesmo caminho. Se tramitou em regime tradicional, continuará nesse. O contrário não.
Se aprovado sem emendas na casa revisora, vai para sanção ou veto do presidente. 
Sem aprovado com emendas, volta para nova apreciação na casa iniciadora, a menos que a alteração seja mínima (STF). art. 65
Se o projeto foi rejeitado, em qualquer caso, poderá ser apresentado na mesma sessão legislativa (ano) mediante proposta de maioria absoluta dos membros de qualquer casa. art. 67
A sanção pode ser expressa ou tácita (omissão nos 15 dias úteis contados a partir do recebimento, art. 66).
O veto deve ser expresso e justificado por motivo político (projeto contrário ao interesse público), jurídico (projeto inconstitucional) ou político-jurídico.
O veto é total ou parcial (desde que todo o artigo, inciso ou alínea), é supressivo, irretratável, e relativo.
O veto poderá ser rejeitado pelo voto de maioria absoluta dos membros do Congresso Nacional em votação aberta. art. 66 p4. O prazo para análise do CN é de 30 dias. Esgotado, o veto será colocado na ordem do dia e as demais proposições ficarão sobrestadas.
	O regime de tramitação é necessariamente o tradicional.
Quórum para aprovação é de maioria absoluta.
Na Câmara haverá dois turnos de votação, conforme regimento.
No Senado apenas um turno.
No regime de urgência o turno extra é suprimido na Câmara.
Não há hierarquia entre espécies normativas primárias. Ambas tem fundamento de validade na Constituição.
Lei ordinária em matéria de lei complementar é inconstitucional.
Lei complementar em matéria de lei ordinária pode. Todavia poderá ser revogada por lei ordinária na matéria em que é desta a competência. 
	3a fase (integração de eficácia)
	Promulgação: Atestado de existência da lei. Ato declaratório de que existe nova lei no ordenamento.
Publicação: Oficialização e publicização da lei para todo o território nacional.
	Idem
2. Lei Delegada
	
	LEI DELEGADA
	OBS.
	1a fase (iniciativa)
	Elaborada pelo Presidente da República em virtude de autorização do poder legislativo, nos limites postos por este (art. 68).
Sempre dependerá da iniciativa solicitadora do Presidente da República.
	Leis delegadas são comuns no âmbito estadual. No âmbito federal existem outros recursos, como MP. Alguns estados tem MP, não é o caso de MG.
	2a fase (constitutiva)
	A solicitação do Presidente da República é encaminhada ao CN, apresentada ao presidente do Senado que convoca sessão conjunta realizada dentro de 72hrs. Nela será constituída comissão mista para emitir parecer. Publicado parecer será convocada sessão conjunta para votação. A aprovação, por maioria simples, será efetivada por meio de resolução do CN.
A resolução do CN especificará o conteúdo da delegação, os termos para seu exercício e prazo não superior a 45 dias para promulgação e publicação da lei ou remessa do projeto ao CN.
O CN pode sustar a resolução a qualquer momento, bem como produzir lei sobre a mesma matéria.
O Presidente da República não será obrigado a fazer a lei.
	Existem duas espécies de delegação:
Própria/típica: CN autoriza presidente a elaborar projeto, promulgar e publicar.
Imprópria ou atípica: CN autoriza presidente a elaborar projeto que posteriormente será submetido a apreciação do CN em sessão conjunta, sendo vedada a apresentação de emendas. Quorum para aprovação é de maioria simples.
	3a fase (integração de eficácia)
	A promulgação e publicação será feita pelo Presidente da República.
	Controle político sobre lei delegada:
O CN pode sustar a lei delegada com base no art. 49, inc IV, com efeitos ex nunc (para o futuro).
3. Medida Provisória
	
	MEDIDA PROVISÓRIA
	OBS.
	Aprovação de MP -
SEM EMENDAS
	MP é um ato normativo editado pelo Presidente da República, que tem força de lei (não é lei), sob o fundamento de relevância e urgência. 
Deve ser apreciada pelo CN em prazo de 60 dias prorrogáveis por mais 60.
Presidente publica MP - MP é enviada para mesa CN - mesa designa Comissão Mista Temporária - Comissão elabora parecer sobre relevância, urgência, adequação financeira e mérito - MP enviada para Câmara - CD analisa requisitos formais (relevância e urgência) e mérito - aprovação maioria simples - encaminhada para Senado - análise dos mesmos requisitos - votação maioria simples - aprovada MP no senado - Presidente do CN (tbm do Senado) promulga e Presidente da República publica a nova lei ordinária. 
A deliberação de MP é feita primeiro na Câmara e depois no Senado, necessariamente.
	Após a EC 32/01 tornou-se proibida a reedição de MP's no caso de não apreciação do CN (rejeição tácita), o prazo passou a ser suspenso no recesso, passou a existir regime de urgência (após o dia 45 todas as outras matérias ficam sobrestadas, resultado 75 dias de regime de urgência).
 Em 2009 o Presidente da Câmara, Michel Temer, tomou decisão normativa de interpretar que MP em regime de urgência so trancaria pauta de P.L.O. e em sessões ordinárias. Ainda não foi julgado pelo STF.
	Aprovação de MP -
COM
EMENDAS
	Prazo de 6 dias, contados da data da publicação da MP para apresentação de emendas por deputados e senadores.Comissão Mista Temporária deverá elaborar parecer também sobre as emendas. Se favorável, deverá elaborar um projeto de lei de conversão, um decreto legislativo para regular as situações jurídicas a época da MP pura.
Neste caso, o projeto é encaminhado para sanção ou veto do Presidente da República.
	As emendas devem ter pertinência temática com a MP (prática do contrabando legislativo).
É inconstitucional a MP transformada em lei sem o parecer da Comissão Mista, apenas a partir de 2012.
	MP REJEITADA
	MP rejeitada tacitamente ou expressamente perde eficácia desde sua edição pelo Presidente da República (ex tunc).
A regulação das relações jurídicas que ocorreram a época da MP será feita mediante decreto legislativo, elaborado no prazo de 60 dias pelo CN. Se CN se omite, as relações que ocorreram com base na MP (e não todas) continuarão regidas por ela.
PR não pode retirar de apreciação MP já editada e em vigor, mas pode editar MP2 com objetivo de extirpar MP1, e é a MP2 que passa a ser analisada pelo CN.
Art. 62 §1 e §2 da CF/88.
	Existe controle de constitucionalidade sobre MP. Porém, para STF, a inconstitucionalidade formal (relevância e urgência) será analisada apenas excepcionalmente, vez que este é juízo discricionário do PR. Haverá inconstitucionalidade se este agiu com desvio de finalidade e abuso de poder.
MP não revoga lei, mas a suspende do ordenamento. Se MP for rejeitada, a lei suspensa volta a vigorar.
4. Emendas Constitucionais
	
	EMENDA CONSTITUCIONAL
	OBS.
	1a fase (iniciativa)
	Apresentação de PEC pode ser feita por 1/3 dos membros de alguma casa, pelo Presidente da República ou por mais da metade das assembleias legislativas dos estados, cada uma manifestando pela maioria relativa de seus membros.
PEC vai para mesa da "casa iniciadora" (ex. Câmara)
	Espécie normativa produzida mediante procedimento e quorum especial. Uma vez aprovada passa a integrar o texto constitucional com o mesmo status do texto originário.
Está sujeita a controle de constitucionalidade.
	2a fase (constitutiva)
	A mesa da Câmara (ex) encaminha PEC para CCJ, que terá 5 sessões para realizar juízo de admissibilidade - Admitida, segue para Comissão especial (40 sessoes para elaborar parecer) - 1o turno ca Camara - quorum 3/5 - aprovada vai para 2o turno - 3/5 para aprovação - vai para o Senado - mesa do Senado - CCJ do Senado (30 dias para parecer e juizo) - 1o turno - 3/5 - 2o turno.
Aprovada em dois turnos, nas duas casas, surge nova EC.
	Caso aprovada com emendas na "casa revisora" deve voltar para a "iniciadora" para nova apreciação.
Se a PEC for rejeitada não poderá ser objeto de nova proposta na mesma sessão legislativa (ano).
	3a fase (integração de eficácia)
	Promulgada pelas Mesas da Câmara e do Senado.
	Polêmica PEC Reforma Política e PEC da Redução da Maioridade Penal.
5. Decretos Legislativos x Resoluções Legislativas
	
	DECRETO LEGISLATIVO
	RESOLUÇÃO
	1a fase (iniciativa)
	Em regra têm efeitos externos as casas.
Matérias de competência exclusiva do CN.
Iniciativa compete a deputados, suas comissões e sua mesa, a senadores, suas comissões e sua mesa, comissões do CN e sua mesa. 
	Em regra, efeitos internos a casa (ex. regimentos internos, perda de mandato).
Podem ser atos políticos (nomeação); de coparticipação jurisdicional (suspendem lei declarada inconstitucional pelo STF); de condição da função legislativa (lei delegada, uma das exceções em que a resolução tem efeitos externos) e ato deliberativo (fixação de alíquotas).
Para resoluções da Câmara, a competência é de seus membros, comissões e mesa.
Para resoluções do Senado e Congresso Nacional, idem.
	2a fase (constitutiva)
	Tramitação pode ser bicameral ou do CN em sessão conjunta.
	Resoluções do CN - Votação bicameral ou em sessão conjunta.
Resoluções da Câmara OU Senado - votação apenas na casa.
	3a fase (integração de eficácia)
	Promulgação e publicação pelo presidente do Congresso.
Presidente da República não participa.
	A promulgação e a publicação são feita pelo presidente da Mesa da Casa, para resoluções da Câmara ou Senado, e do presidente do CN, para resoluções do CN.

Outros materiais