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BIOELETROGÊNESEBIOELETROGÊNESE Dra. Maria Cláudia Gonçalves de Oliveira Fusaro Roteiro Aula � Potencial de Membrana � Potencial de Difusão � Potencial de Equilíbrio� Potencial de Equilíbrio � Potencial de Membrana em Repouso e a contribuição da difusão dos íons � Potenciais de Ação (etapas, canais participantes, características, propagação e velocidade de condução) Definição de potencial de ação: São variações rápidas (milissegundos) da eletricidade da membrana de células nervosas e musculares necessárias para que o S.N. seja constantemente informado das condições do meio interno informado das condições do meio interno e externo e possa dar os devidos comandos para músculos e órgãos internos. POTENCIAL DE AÇÃO Neurônio motor somático Neurônio sensitivo Potencial de Membrana - - - - - + + + + + + Diferença de potencial (de cargas elétricas) que existe entre o lado interno e externo de uma célula. - - - - - - - - - - - - - - - - - - + + + + + + + + + + + + + + + + POTENCIAL DE MEMBRANA EM REPOUSO Esquema da separação de cargas Diferença de voltagem elétrica através da membrana plasmática celular LIC LEC TECIDOS EXCITÁVEIS Gerar e propagar potenciais de ação Axônio Potencial de ação Segmento Sinais elétricos para a condução da informação entre as células excitáveis Células musculares Neurônios Segmento axonal Potencial de ação Potencial de ação Potencial de Ação Íon Intracelular Extracelular K+ 150 5 Na+ 2 140 Diferença de concentração através da membrana Cl- 10 105 Ânions Orgânicos 65 0 Potencial de Difusão É a diferença de potencial gerada pela difusão de íons. Equilíbrio (Fc = Fe) Na+ Cl- Na+ Cl- - + - + - + - + Membrana seletiva para o Na+ Fc Fe Equilíbrio Eletroquímico Exemplo: Fibra nervosa de mamífero K+ 4mEq/L K+ 140 mEq/L + - Potencial de Equilíbrio 140 mEq/L (-94 mV) Na+ 142 mEq/L Na+ 14 mEq/L (+61 mV) - + Equação de Nernst Converte a diferença de concentração de um íon em voltagem. Relação do potencial de difusão e a diferença de concentração íon em voltagem. E(mV) = ±±±±61 log [ Ci ] [ Ce ] ENa+ = + 61mV EK+ = - 94mV Combinação de várias constantes + a temperatura Equação de Goldman P = permeabilidade C = concentração FEM (mv)= -61log CNai+PNai + Cki+Pki + CCle+Pcle CNae+PNae + Cke+Pke + CCli+Pcli Ecélula = - 90 mV Eletrodo de registro Para dentro QUANTIFICAÇÃO DO POTENCIAL DE MEMBRANA QUANTIFICAÇÃO DO POTENCIAL DE MEMBRANA registro Para dentro Para fora Eletrodo de referência (0mV) Equipamento de registro Voltímetro Célula Solução salina Potencial de Repouso Fica na faixa entre –70 e –90 mV. Células Excitáveis: K+ 4mEq/L K+ 140 mEq/L + - Nernst = - 94 mV Origem do Potencial de Repouso 1) Potencial de Difusão do Potássio: E(mV) = ±±±±61 log [ Ci ] [ Ce ] = -61.log 140 4 -61.log 35 -61.1,54 = -94 - + Nernst = +61 mV Origem do Potencial de Repouso 2) Potencial de Difusão do Sódio: Na+ 142 mEq/L Na+ 14 mEq/L E(mV) = ±±±±61 log [ Ci ] [ Ce ] = +61.log 14 142 +61.log 0,1 +61.1 = +61 K+ 4mEq/L K+ Na+ 142 mEq/L Na+ Origem do Potencial de Repouso Interação entre os potenciais de difusão NaNa KK+ + K+ 140 mEq/L (-94 mV) Na+ 14 mEq/L Potencial resultante de - 86 mV (+61 mV) NaNa KK+ + Canais de “vazamento”Canais de “vazamento” de Nade Na++ -- KK++ Canais de ”vazamento” K+ - Na+ 3) Bomba de Na+ - K+: Origem do Potencial de Repouso K+ 4mEq/L K+ 140 mEq/L (-94 mV) - 90 mV Na+ 142 mEq/L Na+ 14 mEq/L (+61 mV) Potencial Final 3 Na+ 2 K+ (- 86 mV) (- 4 mV) Força Força propulsorapropulsora para o Napara o Na Força Força propulsorapropulsora para o Napara o Na++ 5555 4040 2020 00 1010 ++ ++ ++ (E(ENa Na ))(E(ENa Na )) P e r m e a b i l i d a d e P e r m e a b i l i d a d e ++ Força Força propulsorapropulsora para o kpara o k++ 3030 5050 7070 9090 Potencial dePotencial de repousorepouso ( E( EK K )) P e r m e a b i l i d a d e P e r m e a b i l i d a d e Na Na KK ++++ ++ POTENCIAL DE MEMBRANA EM REPOUSO COMO DESCOBRIRAM QUE A MEMBRANA CELULAR É MAIS PERMEÁVEL AO K+ DURANTE O REPOUSO? Alan Hodgkin e Bernanrd Katz (1949) O que aconteceria com o potencial de membrana em repouso se a concentração externa de K+ fosse alterada?se a concentração externa de K+ fosse alterada? Aumento da concentração externa de potássio alterava o potencial de membrana muito mais que o aumento da concentração externa de Cl- ou Na+ A MAIOR PERMEABILIDADE DA MEMBRAN AO K+ CONTRIBUI SIGNIFICATIVAMENTE COM O POTENCIAL DE MEMBRANA EM REPOUSO Potenciais de Ação São variações rápidas do potencial de membrana que se propagam pelas células excitáveis. São variações rápidas do potencial de membrana que se propagam pelas células excitáveis. + + + + + + - - - - - -- - - - - - - + - - - - - + + + + + Etapas de um potencial de ação � Etapa de repouso � Etapa de despolarização� Etapa de despolarização � Etapa de repolarização Etapa de repouso É o potencial de repouso da membrana. Devido à grande eletronegatividade da membrana (-70 a -90mv), diz-se que está polarizada. Etapa de despolarização Ocorre intensa entrada de íons sódio do LEC para o LIC (influxo) e o potencial de membrana pode até ficar positivo (o interior da ficar positivo (o interior da membrana torna-se positiva em relação à face externa da membrana). Etapa de repolarização Os íons sódio param de se difundir para o LIC, ao mesmo tempo, grande quantidade de íons potássio saem (efluxo) do LIC em direção ao LEC. (efluxo) do LIC em direção ao LEC. Ao final dessa etapa, o interior da membrana volta a ficar mais eletronegativo (-70 a -90mv) que o lado externo da membrana celular . Dessa maneira, a membrana foi repolarizada. Etapas do Potencial de Ação 1. Potencial de membrana em repouso. 2. Estímulo para despolarização. 3. A membrana despolariza até o limiar. Os canais de Na+ voltagem-dependentes se abrem e o Na+ entra na célula. Os canais de K+ voltagem-dependentes começam a Limiar de K+ voltagem-dependentes começam a se abrir lentamente. 4. A entrada rápida de Na+ despolariza a célula. 5. Os canais de Na+ fecham-se e os de K+ mais lentos se abrem. 6. O K+ move-se da célula para o fluido extracelular, repolarizando-a. 7. Os canais de K+ permanecem abertos e mais K+ deixa o interior da célula, hiperpolarizando-a. 8. Os canais de K+ voltagem-dependentes fecham-se. 9. A célula retorna à permeabilidade iônica de repouso e ao potencial de membrana de repouso. Fora Fora Despolarização: canais de Na+ se abrem 2 Repolarização: canais de Na + se fecham e de K+ se abrem 3 P e r m e a b i l i d a d e r e l a t i v a d a m e m b r a n a P o t e n c i a l d e m e m b r a n a ( m V ) Potencial de Ação Dentro Canal de Na + fecha Canal de K + abre POTENCIAL DE AÇÃO Dinâmica da abertura e fechamento dos canais voltagem dependentes Canal de Na+Canal de K+ Membrana plasmática Repouso: canais de Na+ e K+ estão fechados Comporta de Inativação Comporta de ativação Fora 1 Hiperpolarização: canais de K+ permanecem abertos e de Na+ fechados 4 Tempo (ms) P e r m e a b i l i d a d e r e l a t i v a d a m e m b r a n a P o t e n c i a l d e m e m b r a n a ( m V ) Limiar Canal de Na + abre Canais de Na+ voltagem-dependentes a. Durante o potencial de membrana em repouso, a comporta de ativação fecha o canal b. O estímulo de despolarização chega ao canal d. A comporta de inativação se fecha e o Na+ pára de entrar na célula c. Com a comporta de ativação aberta , o Na+ entra na célula e. Durante a repolarização as duas comportas retornam às posições originais Na+ Lidocaína X X Canal K+ Canais de Potássio Voltagem- Dependentes 3 1 2 Repouso Despolarização (ativação lenta) Repolarização K+ 1 2 3 Mas qual seria a importância da existência de comportas de ativação e inativação? Fenômeno conhecido como período refratário P o t e n c i a l d e m e m b r a n a ( m V ) Despolarização Na + entra Repolarização K + sai Potencial de Ação Absoluto Relativo Período refratário Período no qual a membrana não responde normalmente a estímulos P o t e n c i a l d e m e m b r a n a ( m V ) Hiperpolarização Limiar Estímulo Potencial de membrana de repouso Tempo (ms) ABSOLUTO Período em que um novo PA não pode ser iniciad RELATIVO Período em que um novo PA só pode ser iniciado por um estímulo mais intenso Período Refratário Período refratário absoluto Período refratário relativo Alça de Retroalimentação positiva do Potencial de Ação Fase de Aumento Pico Fase de queda Na+ entra na célula Despolarização Comporta de ativação de Na+ se abre rapidamente Mais despolarização Feedback + Para interromper o ciclo, comportas de inativação mais lentas de Na+ se fecham Canais lentos de K+ se abrem O K+ deixa a célula Repolarização Contribuição da Bomba de Na+- K+-ATPase no Potencial de Ação � As pequenas quantidades de íons sódio e potássio que atravessam a membrana durante o potencialque atravessam a membrana durante o potencial de ação não modificam os gradientes normais de concentração � Alteração ocorrerá após mil ou mais potenciais de ação � Os gradientes de concentração para os íons sódio e potássio serão mantidos pela bomba de Na+-K+- ATPase Características dos Potenciais de Ação - Amplitude - Propagação - - - - - - - + + + + + + + + - - + - Resposta Tudo ou Nada Potencial de ação Potencial de ação P o t e n c i a l d e m e m b r a n a ( m v ) ALTERAÇÕES DE POTENCIAL DE MEMBRANAALTERAÇÕES DE POTENCIAL DE MEMBRANA O potencial graduado pode ou não desencadear um potencial de ação Conceito de Limiar de excitabilidade O potencial graduado pode ou não desencadear um potencial de ação Conceito de Limiar de excitabilidade Limiar influxo de Na maior que efluxo de K+ influxo de Na maior que efluxo de K+ efluxo de k+ maior que influxo de Na+Potencialde repouso70 P o t e n c i a l d e m e m b r a n a ( m v ) - Alterações de potencial de membrana que podem ocorrer nas células Potential Graduado Potential de AçãoCaracteristica Variável Sempre a mesma (tudo ou nada)Amplitude Variável (depende do estímulo) Alteração rápida de membranaDuração Químico ou mecânico- dependente Voltagem-dependenteCanais Com decremento Sem decrementoCondução Nenhum Absoluto (não há novos PA); Refratório (PA apenas com estímulos mais intensos) Período refratório Despolarização ou hiperpolarização Despolarização, seguida por repolarização e hiperpolarização Alteração da voltagem da membrana Dendritos, soma Cone de implantação axônico, músculo Localização Não propagável PropagávelPropagação Abertura canais de Na+ voltagem-dependentes Propagação do Potencial de Ação Potencial acima do limiar chega na zona de estímulo e influxo de Na+ Condução do Potencial de Ação N e u r ô n i o N e u r ô n i o Fibra muscular: condução bidirecionalFibra muscular: condução bidirecional N e u r ô n i o N e u r ô n i o Velocidade de Condução a) Diâmetro do Neurônio Maior calibre →→→→ + velocidade b) Mielinização � + rápida � economiza energia DIÂMETRO DO AXÔNIO Axônio gigante da lula AXÔNIO GIGANTE DA LULA Nervo Axônios AXÔNIO DE MAMÍFERO Um axônio gigante de uma lula 0,8 mm de diâmetro 400 axônios mielinizados de mamíferos Seria necessário um nervo com este diâmetro de cada axônio de mamíferos fosse do tamanho do axônio gigante da lula PROPAGAÇÃO DO PA EM FIBRAS MIELINIZADASPROPAGAÇÃO DO PA EM FIBRAS MIELINIZADAS Nódulo de Ranvier Bainha de mielina Despolarização Nódulo Nódulo Corrente se espalha e a condução fica lenta Corrente se espalha e a condução fica lenta Potencial de Ação com platô Potencial de Ação com platô 0 - canais de Na+ se abrem 1- canais de Na+ se fecham 2- canais de Ca+ (lentos) se abrem 3 - canais de Ca+ se fecham, e canais de K+ se abrem lentamente 4- Potencial de repouso Importância do potássio EC na excitabilidade neuronal Estímulo supralimiar, normocalemia Limiar Estímulo sublimiar, normocalemia Limiar Estímulo P o t e n c i a l d e m e m b r a n a ( m V ) Estímulo Estímulo Estímulo sublimiar, hipercalemia Estímulo supralimiar, hipocalemia Limiar Estímulo Limiar Estímulo Tempo
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