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Lajes Nervuradas: custo x benefício

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LAJES NERVURADAS: CUSTO X BENEFÍCIO 
Pedro Victor Batista de Almeida, Edson Paulino de Alcantara, Khaleb Lacerda do 
Nascimento Mariano, Ruan Morais Borges Damasceno 
Faculdade Paraíso do Ceará – FAP 
Rua da Conceição, 1228 - São Miguel, Juazeiro do Norte - CE, 63010-220 
pedrovictorbatista@hotmail.com, edsonpaulino65@gmail.com, khaleblacerda2@hotmail.com e 
ruanmoraisborges08@gmail.com 
 
 
Resumo: 
A depender da construção, um breve estudo de qual a melhor opção de laje a ser utilizada é algo muito 
viável. Quando se trata de vencer grandes vãos a laje nervurada é uma ótima escolha, tendo ainda um 
maior rendimento e redução se comparada a uma laje maciça. De início as lajes eram construídas com 
vãos menores onde as cargas suportadas eram distribuídas, entretanto, esses vãos passaram a aumentar 
e cargas concentradas foram surgindo provenientes da alvenaria, assim a espessura da laje aumentou e 
isso gerou maiores custos. O emprego das lajes nervuradas solucionou esse problema juntamente com a 
redução de gastos, tempo de execução e desperdício de material. Este estudo tem como finalidade expor 
as vantagens e desvantagens da laje nervurada e a relação custo x benefício da sua aplicação. 
Palavras-Chave: laje nervurada; redução; vãos 
 
Introdução 
Considerada uma das melhores escolhas nas soluções estruturais de edificações, as lajes 
nervuradas são sempre bem empregadas por apresentarem uma maior praticidade quando se 
busca trabalhar com vãos grandes dos pavimentos, além de possuírem dimensões 
arquitetônicas, o que acrescenta ao projeto. 
Tendo em vista a alta competitividade do atual mercado da construção civil, faz-se 
necessário oferecer alternativas de estruturas que visem soluções que proporcionem maior 
eficiência e eficácia, sempre observando a redução de custos e otimização do serviço, 
implicando na melhoria da relação custo benefício. As soluções devem ser estudadas a fim de 
garantir segurança e economia (PINHEIRO; RAZENTE, 2007). 
Este é um estudo de comparação entre as lajes nervuradas e maciças com a finalidade 
de mostrar que há uma maior economia quando as nervuradas são utilizadas levando em 
consideração o tipo de construção em que ela será empregada. 
 
1. CONCEITO DE LAJES 
Tidas como estruturas planas e horizontais, as lajes podem constituir-se de pedra ou 
concreto armado, são apoiadas em vigas onde efetuam a transmissão das cargas destas para os 
pilares e são responsáveis por dividir os pavimentos da construção, elas podem ser utilizadas 
em tetos, pisos e em grandes obras de infraestrutura. Segundo um infográfico montado pelo site 
ArcelorMittal (2014), com auxílio da ferramenta bim.bon, cerca de 50% do concreto utilizado 
nas construções destinasse à composição das lajes. 
1.1Tipos de lajes: Maciça e Nervurada 
De acordo com Bastos (2015) a laje maciça é uma estrutura horizontal onde toda a 
espessura é composta por concreto, contendo armaduras longitudinais de flexão e 
eventualmente armaduras transversais, sendo apoiadas em vigas ou paredes ao longo das 
bordas. 
Esse tipo de laje geralmente é projetado com espessuras que variam de 7 a 15 cm, 
podendo ser utilizadas em diversos tipos de construção. 
A NBR 6118:2014 define lajes nervuradas como “lajes moldadas no local ou com 
nervuras pré-moldadas, cuja zona de tração é constituída por nervuras entre as quais pode ser 
colocado material inerte”. Elas são, na verdade, nada mais do que um conjunto de vigas que se 
cruzam e que são solidarizadas por uma capa ou mesa de compressão (ABNT, 2014, p. 97). 
2 LAJES DE CONCRETO: CONTEXTO HISTÓRICO 
“Estudando a evolução das construções na civilização ocidental, sob o ponto de vista 
das lajes, percebe-se que o homem precisou de milhares de anos para criar pisos acima do solo” 
(STRAMANDINOLI; LORIGGIO, 2003, p. 2). 
Em 1861, na França, um jardineiro chamado Joseph Monier associou arames à 
argamassa de cimento e areia para a confecção de vasos, descobrindo o concreto armado. Diante 
da descoberta feita por Monier, as estruturas passaram a adotar o concreto armado 
(FIGUEIREDO FILHO et al. 1996 apud BOROWSKI, 2005). As mudanças na concepção 
estrutural iniciaram em 1906 quando Claude A.P. Turner utilizou um sistema patenteado de 
lajes apoiadas diretamente sob pilares, denominado laje cogumelo, na construção de um edifício 
em Minneapolis, no estado de Minnesota, EUA. Na Europa, utilizando um sistema próprio e 
patenteado, Robert Maillart projetou as primeiras lajes cogumelo com armaduras ortogonais 
(BOROWSKI, 2005). 
 
2.1. Origem 
Um fabricante, inglês, de gesso e argamassa foi o primeiro a patentear um “sistema” de 
lajes em concreto armado em 1854, seu nome: William Boutland Wilkinson. Através deste 
esquema, Wilkinson construiu uma casa de campo com dois pavimentos de alvenaria onde ele 
aplicou um reforço com barras de ferro e arames nos pisos e telhado. Essa patente é o registro 
oficial mais antigo em termos de efetiva utilização do concreto armado em âmbito estrutural 
(VASCONCELLOS, 2004). 
2.2. Desenvolvimento dos Métodos de Aplicação 
Enquanto as lajes eram construídas com vãos relativamente pequenos e sujeitas apenas 
a cargas distribuídas, o emprego de laje maciça não trazia maiores problemas (SILVA et al., 
2003). À medida que os vãos aumentaram e as alvenarias foram sendo apoiadas diretamente 
sobre as lajes, o emprego de lajes maciças foi levando à espessuras antieconômicas. 
A solução mais eficiente para tal dificuldade foi o uso de lajes com nervuras. De acordo 
com Silva et al. (2003) tal uso foi decorrente da concepção estrutural das lajes com nervuras, 
que uma parte significativa do concreto da zona tracionada por flexão pode ser simplesmente 
eliminada, ou então substituída por materiais leves que permitam tornar plana a face inferior 
das lajes, ou seja, este sistema foi idealizado visando um alívio no peso próprio da estrutura e 
um aproveitamento mais eficiente do concreto e do aço. 
3. LAJES NERVURADAS 
As lajes nervuradas são um sistema em concreto armado de pequenas vigas 
regularmente espaçadas que se cruzam ao longo do seu comprimento. Os vazios entre as 
nervuras são obtidos pela colocação de moldes, sejam eles de gesso ou plástico, sendo uma fina 
capa de concreto executada como plano de piso. 
3.1. Implantação no Brasil 
 A laje nervurada já vem sendo utilizada no Brasil desde as primeiras construções. 
Inicialmente eram utilizadas fôrmas de madeiras para moldagem da laje, em seguida, evoluíram 
para inertes e fôrmas de fibra de vidro, porém todas com pouca produtividade. Atualmente 
fôrmas de gesso e plástico são as escolhidas, tornando-se a solução mais popular entre as 
construtoras. 
3.2. Vantagens e Desvantagens 
Segundo DACOL (2013), as lajes nervuradas são sempre bem empregadas quando os 
vãos do pavimento são grandes, porque ocorre um aumento na inércia da peça estrutural e uma 
 
diminuição do consumo de concreto e do aço, tornando a estrutura mais econômica. Assim, os 
gastos com materiais e mão-de-obra são reduzidos aumentando a viabilidade do sistema 
construtivo. 
Em contrapartida, as nervuras comprimidas apresentam baixa resistência à flexão para 
os momentos negativos nos apoios. Aumentam a altura total da edificação; aumentam também 
as dificuldades de compatibilização com outros subsistemas, como instalações e vedações; 
durante a etapa de concretagem um cuidado extra é necessário para que vazios nas nervuras 
sejam evitados, mantendo a integridade da peça (PORTAL AECWEB, 2016). 
CONCLUSÃO 
O método utiliza pouco concreto e aço no fundo da laje em relação às lajes maciças, 
abraçando a armadura localizada entre as nervuras e consumindo até 30% menos materiais e 
mão-de-obra (PORTALAECWEB, 2016). Mesmo possuindo sua deficiência quando se trata 
da flexão, esse tipo de laje mostra-se mais resistente aos momentos positivos dos vãos e à 
compressão. 
As lajes nervuradas tem a capacidade de simplificar a execução da obra gerando uma 
redução de perdas, tanto de material quanto de tempo e aumento da produtividade, dando à 
construção uma característica mais racional. 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
ABNT – ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6118: Projeto de 
estruturas de concreto: Procedimento. Rio de Janeiro, 3 ed. 2014. Disponível em: 
<http://www.ebah.com.br/content/ABAAAgmq8AA/nbr-6118-2014-versao-corrigida-07-08-2014 >. 
Acesso em: 27 out. 2016. 
ARCELORMITTAL. Guia completo de Lajes: tudo sobre lajes maciças, pré-fabricadas e 
mistas. 2014. ArcelorMittal. Disponível em: 
<http://portfolio.bimbon.com.br/uploads/news/InfograficoLajesArcelorMittal.pdf>. Acesso 
em: 21 out. 2016. 
BASTOS, P.S.S. Lajes de Concreto. Bauru, SP, Universidade Estadual Paulista-UNESP, 
2015. 
BOROWSKI, G.C. Cálculo de deslocamentos em lajes nervuradas. Dissertação (Mestrado 
em Engenharia Civil) – Universidade Federal de Santa Maria. Santa Maria, 2005. 
BRITTO, D. Lajes Nervuradas. 2009. ENGENHARIA CIVIL NA NET. Disponível em: 
<http://engenhariacivilnanet.blogspot.com.br/2009/08/lajes-nervuradas.htm>. Acesso em: 06 
set. 2016. 
 
DACOL, K., Tecnologia, Forma e Função. Téchne, São Paulo, 192 ed. mar. 2013, Disponível 
em: < http://techne.pini.com.br/engenharia-civil/192/artigo288026-1.aspx>. Acesso em: 08 set. 
2016. 
FIGUEIREDO FILHO, J.R.; CARVALHO, R.C.; FURLAN JUNIOR, S. Punção nas lajes 
sem vigas: a proposta da revisão da norma brasileira e resultados experimentais. In: Congresso 
Técnico-Científico de Engenharia Civil, 1996, Florianópolis. Anais. V. 5, p. 830-839. 
PINHEIRO, L.M.; RAZENTE, J.A. Lajes nervuradas. In: PINHEIRO, L.M. Fundamentos do 
concreto e projetos de edifícios. São Paulo, Universidade de São Paulo (USP), Escola de 
engenharia de São Carlos, Departamento de engenharia de estruturas, 2007. Cap. 17. 
PORTAL AECWEB. Vantagens e desvantagens das lajes nervuradas. 2016. BlogAEC. 
Disponível em: <http://blogaecweb.com.br/blog/vantagens-e-desvantagens-das-lajes-
nervuradas/>. Acesso em: 15 nov. 2016. 
SILVA, M.C.R.; ANGELIS NETO, G.; DONATONI, J.B.; VIEIRA, J.K. Aplicação de lajes 
de concreto armado na construção civil: estudo de caso em Maringá - PR. In: IV Encontro 
tecnológico da engenharia Civil e arquitetura, 2003, Maringá. Anais. Maringá: Departamento 
de Engenharia Civil, 2003. V. 2, p. 179 - 189. Disponível em: 
<http://www.dec.uem.br/eventos/enteca_2003/Temas/tema3/053.PDF>. Acesso em: 01 ago. 
2016. 
STRAMANDINOLI, J.S.B.; LORIGGIO, D. D. Lajes nervuradas: cálculo dos esforços e 
deslocamentos usando o processo de analogia de grelha. In: Simósio EPUSP sobre estruturas 
de concreto, 2003. 20 p. 
VASCONCELLOS, J.C. Concreto Armado: Arquitetura Moderna, Escola Carioca: 
levantamentos e notas. Porto alegre, RS, 2004. Dissertação (Mestrado em Arquitetura). 
Disponível em: <https://cddcarqfeevale.wordpress.com/2012/04/03/lajes-macicas-de-
concreto-armado>. Acesso em: 03 nov. 2016.

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