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CCJ0014-WL-A-AMMA-10-Compra e Venda-01

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DIREITO CIVIL III
Aula 10- Contrato de Locação
Conteúdo Programático desta aula
 Compreender a Lei de Locações como
um microssistema;
 Identificar as situações em que o Código
Civil tem aplicação subsidiária;
 Diferenciar as espécies de locação;
 Examinar as formas de extinção do
contrato de locação;
 Compreender o novo regime das ações
locatícias instituído pela Lei
11.112/2009.
LOCAÇÃO PREDIAL
Locação predial consiste na locação regida
pela Lei 8.245/91 (Lei de Locações). Indica,
portanto, o contrato através do
qual o locador transfere ao locatário a posse
de determinado bem imóvel urbano para
utilização conforme determinado
pela avença e, subsidiariamente, pela
legislação.
Imóvel Urbano
Importante referir que por imóvel urbano deve
ser entendido aquele imóvel afetado à
residência, indústria, comércio ou
qualquer exercício de empresa (critério
finalístico), estando, pois, afastados da
disciplina da Lei do Inquilinato os imóveis
rurais, os imóveis rústicos e os bens móveis.
A Lei de Locações – Lei nº 8.245/91
Também chamada na doutrina de Lei do Inquilinato, é um
 microssistema que prevê não apenas normas de direito
 material civil, mas também de direito processual (ações
 locatícias) e de direito penal.
OBS: O Código Civil terá aplicação subsidiária aos
 contratos de locação predial. Por outro lado, a
 jurisprudência já firmou o entendimento de que não se
 aplica o CDC às relações decorrentes da Lei de
 Locações.
Espécies de Locação
a) Locação residencial
Art. 46. Nas locações ajustadas por
escrito e por prazo igual ou
superior a trinta meses, a
resolução do contrato ocorrerá
findo o prazo estipulado,
independentemente de notificação
ou aviso.
b) Locação por temporada
Art. 48. Considera - se locação
para temporada aquela destinada
à residência temporária do
locatário, para prática de lazer,
realização de cursos, tratamento
de saúde, feitura de obras em seu
imóvel, e outros fatos que
decorrem tão-somente de
determinado tempo, e contratada
por prazo não superior a noventa
dias, esteja ou não mobiliado o
imóvel.
c) Locação não residencial
Art. 51. Nas locações de imóveis
destinados ao comércio, o
locatário terá direito a renovação
do contrato, por igual prazo,
desde que, cumulativamente:
Deveres do Locador
Art. O locador é obrigado a:
 I - entregar ao locatário o imóvel alugado em estado de servir ao uso a
que se destina;
 II - garantir, durante o tempo da locação, o uso pacífico do imóvel
locado;
III - manter, durante a locação, a forma e o destino do imóvel;
IV - responder pelos vícios ou defeitos anteriores à locação;
 V - fornecer ao locatário, caso este solicite, descrição minuciosa do
estado do imóvel, quando de sua entrega, com expressa referência aos
eventuais defeitos existentes;
VI - fornecer ao locatário recibo discriminado das
 importâncias por este pagas, vedada a quitação
 genérica;
 VII - pagar as taxas de administração imobiliária, se
houver, e de intermediações, nestas compreendidas as
despesas necessárias à aferição da idoneidade do
pretendente ou de seu fiador;
 VIII - pagar os impostos e taxas, e ainda o prêmio de
seguro complementar contra fogo, que incidam ou
venham a incidir sobre o imóvel, salvo disposição
expressa em contrário no contrato;
 IX - exibir ao locatário, quando solicitado, os
comprovantes relativos às parcelas que estejam sendo
exigidas;
X - pagar as despesas extraordinárias de condomínio.
 Parágrafo único. Por despesas extraordinárias de
condomínio se entendem aquelas que não se refiram
 aos gastos rotineiros de manutenção do edifício,
 especialmente:
a) obras de reformas ou acréscimos que interessem à
 estrutura integral do imóvel;
b) pintura das fachadas, empenas, poços de aeração
e iluminação, bem como das esquadrias externas;
c) obras destinadas a repor as condições de
 habitabilidade do edifício;
d) indenizações trabalhistas e previdenciárias
 pela dispensa de empregados, ocorridas em
 data anterior ao início da locação;
 e) instalação de equipamento de segurança
 e de incêndio, de telefonia, de
intercomunicação, de esporte e de lazer;
f) despesas de decoração e paisagismo nas
 partes de uso comum;
g) constituição de fundo de reserva.
Deveres do Locatario
Art. 23. O locatário é obrigado a:
        I - pagar pontualmente o aluguel e os encargos da
 locação, legal ou contratualmente exigíveis, no prazo
 estipulado ou, em sua falta, até o sexto dia útil do mês
 seguinte ao vencido, no imóvel locado, quando outro
 local não tiver sido indicado no contrato;
        II - servir - se do imóvel para o uso convencionado ou
 presumido, compatível com a natureza deste e com o
 fim a que se destina, devendo tratá - lo com o mesmo
 cuidado como se fosse seu;
        III - restituir o imóvel, finda a locação, no estado em
 que o recebeu, salvo as deteriorações decorrentes do
 seu uso normal;
       
mesma pessoa, os locatários ficam obrigados ao pagamento das despesas referidas no § 1º deste artigo, desde que comprovadas.
IV - levar imediatamente ao conhecimento do locador o
 surgimento de qualquer dano ou defeito cuja reparação
 a este incumba, bem como as eventuais turbações de
 terceiros;
        V - realizar a imediata reparação dos danos
 verificados no imóvel, ou nas suas instalações,
 provocadas por si, seus dependentes, familiares,
 visitantes ou prepostos;
        VI - não modificar a forma interna ou externa do
 imóvel sem o consentimento prévio e por escrito do
 locador;
        VII - entregar imediatamente ao locador os
 documentos de cobrança de tributos e encargos
 condominiais, bem como qualquer intimação, multa ou
 exigência de autoridade pública, ainda que dirigida a
 ele, locatário;
      
  VIII - pagar as despesas de telefone e de
 consumo de força, luz e gás, água e esgoto;
        IX - permitir a vistoria do imóvel pelo
 locador ou por seu mandatário, mediante
 combinação prévia de dia e hora, bem como
 admitir que seja o mesmo visitado e examinado
 por terceiros, na hipótese prevista no art. 27;
        X - cumprir integralmente a convenção de
 condomínio e os regulamentos internos;
        XI - pagar o prêmio do seguro de fiança;
        XII - pagar as despesas ordinárias de
 condomínio.
       
1º Por despesas ordinárias de condomínio se entendem as
 necessárias à administração respectiva, especialmente:
        a) salários, encargos trabalhistas, contribuições
 previdenciárias e sociais dos empregados do
 condomínio;
        b) consumo de água e esgoto, gás, luz e força das
 áreas de uso comum;
        c) limpeza, conservação e pintura das instalações e
 dependências de uso comum;
        d) manutenção e conservação das instalações e
 equipamentos hidráulicos, elétricos, mecânicos e de
 segurança, de uso     comum;
        e) manutenção e conservação das instalações e
 equipamentos de uso comum destinados à prática de
 esportes e lazer;
       
f) manutenção e conservação de elevadores,
 porteiro eletrônico e antenas coletivas;
        g) pequenos reparos nas dependências e
 instalações elétricas e hidráulicas de uso
 comum;
        h) rateios de saldo devedor, salvo se
 referentes a período anterior ao início da
 locação;
        i) reposição do fundo de reserva, total ou
 parcialmente utilizado no custeio ou
 complementação das despesas referidas nas
 alíneas anteriores, salvo se referentes a período
 anterior ao início da locação.
     
 pagamento das despesas referidas no
 parágrafo anterior, desde que
 comprovadas a previsão orçamentária e o
 rateio mensal, podendo exigir a qualquer
 tempo a comprovação das mesmas.
        3º No edifício constituído por unidades
 imobiliárias autônomas, de propriedade
 da mesmapessoa, os locatários ficam
 obrigados ao pagamento das despesas
 referidas no § 1º deste artigo, desde que
 comprovadas.
   2º O locatário fica obrigado ao
O Direito de Preferência
Art. 27. No caso de venda,
promessa de venda, cessão ou
promessa de cessão de direitos ou
dação em pagamento, o locatário
tem preferência para adquirir o
imóvel locado, em igualdade de
condições com terceiros, devendo
o locador dar - lhe conhecimento
do negócio mediante notificação
judicial, extrajudicial ou outro
meio de ciência inequívoca.
Natureza Pessoal ou de Eficácia Real do Direito de
Preferência
Especial atenção se dá ao direito de preferência, que
 pode ter natureza de direito pessoal ou de obrigação
 com eficácia real, desde que, neste último caso, esteja
 o contrato devidamente averbado no Cartório de
 Registro de Imóveis
Art. 33. O locatário preterido no seu direito de
 preferência poderá reclamar do alienante as perdas e
 danos ou, depositando o preço e demais despesas do
 ato de transferência, haver para si o imóvel locado, se
 o requerer no prazo de seis meses, a contar do registro
 do ato no cartório de imóveis, desde que o contrato de
 locação esteja averbado pelo menos trinta dias antes
 da alienação junto à matrícula do imóvel.
Inovações - Lei 12.112/2009
LOCAÇÃO RESIDENCIAL (arts. 46 e 47) Os
contratos de locação, quanto à forma,
podem ser verbais ou por escrito. Os
contratos por escrito serão sempre
inicialmente celebrados por prazo
determinado, conforme as espécies:
a) prazo igual ou superior a 30 meses: há
prorrogação do contrato caso, ao final do
prazo estabelecido, não seja. requerida
a extinção e o locatário permaneça na
posse do imóvel por mais de 30 dias, sem
oposição.
b) prazo inferior a 30 meses: há prorrogação automática
 do contrato se, ao final do prazo estabelecido, não for
 o imóvel reclamado de volta pelo locador ou devolvido
 pelo locatário (não se exige, aqui, posse de mais de 30
 dias pelo locatário). Uma vez prorrogado, o contrato
 passará a prazo indeterminado.
Cabe atentar para relevante diferença com relação ao
contrato com prazo superior a 30 meses: após a
 prorrogação, o contrato somente poderá resilido pelo
 locador se este estiver motivado por uma das hipóteses
 elencadas no art. 47 (denúncia cheia).
Art. 47. Quando ajustada verbalmente ou por escrito e como prazo
 inferior a trinta meses, findo o prazo estabelecido, a locação
 prorroga - se automaticamente, por prazo indeterminado, somente
 podendo ser retomado o imóvel:
I - Nos casos do art. 9º;
 II - em decorrência de extinção do contrato de trabalho, se a
ocupação do imóvel pelo locatário relacionada com o seu
emprego;
 III - se for pedido para uso próprio, de seu cônjuge ou
companheiro, ou para uso residencial de ascendente ou
descendente que não disponha, assim como seu cônjuge ou
companheiro, de imóvel residencial próprio;
IV - se for pedido para demolição e edificação licenciada
 ou para a realização de obras aprovadas pelo Poder
 Público, que aumentem a área construída, em, no
 mínimo, vinte por cento ou, se o imóvel for destinado a
 exploração de hotel ou pensão, em cinqüenta por
 cento;
 V - se a vigência ininterrupta da locação ultrapassar
cinco anos.
 § 1º Na hipótese do inciso III, a necessidade deverá
ser judicialmente demonstrada, se:
a) O retomante, alegando necessidade de usar o imóvel,
 estiver ocupando, com a mesma finalidade, outro de
 sua propriedade situado nas mesma localidade ou,
 residindo ou utilizando imóvel alheio, já tiver retomado
 o imóvel anteriormente;
b) o ascendente ou descendente, beneficiário da
 retomada, residir em imóvel próprio.
§ 2º Nas hipóteses dos incisos III e IV, o retomante deverá
 comprovar ser proprietário, promissário comprador ou
 promissário cessionário, em caráter irrevogável, com
 imissão na posse do imóvel e título registrado junto à
 matrícula do mesmo.
LOCAÇÃO NÃO RESIDENCIAL (arts. 51 a 57)
Os contratos de locação não residencial têm proteção
 maior ou menor, conforme a atividade desempenhada
 no imóvel. Como regra, os contratos não residenciais
 são por tempo determinado, só sendo admitida a
 existência de contrato por tempo indeterminado se
 houver prorrogação na forma do art. 56, parágrafo
 único
Shopping Center:
. Art. 54. Nas relações entre lojistas e
empreendedores de shopping center ,
prevalecerão as condições livremente
pactuadas nos contratos de locação
respectivos e as disposições
procedimentais previstas nesta lei.
        1º O empreendedor não poderá
cobrar do locatário em shopping
center :
       
a) as despesas referidas nas alíneas a , b e d do parágrafo
 único do art. 22; e
b) as despesas com obras ou substituições de
 equipamentos, que impliquem modificar o projeto ou o
 memorial descritivo da data do habite - se e obras de
 paisagismo nas partes de uso comum.
2º As despesas cobradas do locatário devem ser previstas
 em orçamento, salvo casos de urgência ou força maior,
 devidamente demonstradas, podendo o locatário, a
 cada sessenta dias, por si ou entidade de classe exigir a
 comprovação das mesmas.
Denuncia vazia e Denuncia cheia
Como regra, aplica-se o art. 4º para determinar que os
 contratos de locação não residencial não poderão ser
 denunciados, conquanto por prazo determinado, pelo
 locador. Todavia, uma vez transformados em contratos
 por prazo indeterminado poderá ser resilido pelo
 locador através de denúncia vazia, desde que seja o
 locatário comunicado por escrito com 30 dias de
 antecedência (art. 57). Por outro lado, dada a
 relevante função sócioeconômica desempenhada pelos
 contratos de locação não residencial em que funcionam
 hospitais, unidades sanitárias oficiais, asilos,
 estabelecimentos de saúde e de ensino autorizados e
 fiscalizados pelo Poder Público, bem como por
 entidades religiosas devidamente registradas, é exigida
 denuncia cheia, e apenas será admitida a resilição pelo
 locador com fundamento em uma das seguintes causas
 (Art. 54):
Fundo de Comércio
a) legitimidade da sociedade e do locatário, sempre que o imóvel
 integrar fundo de comércio de sociedade da qual o locatário seja
 sócio (art. 51 § 2º);
b) escusa justificada à renovação, quando o locador quiser utilizar o
 imóvel para transferir a fundo de comércio existente há mais de
 um ano, de sociedade da qual ele, seu cônjuge, ascendente ou
 descendente seja detentor da maioria do capital social (art. 52,
 II). Nessa hipótese, como regra, o imóvel não poderá ser exercido
 na mesma atividade do locatário, salvo locação também envolvia o
 fundo de comércio, com as instalações e pertences (art. 52, §1º).
 Ainda nesse caso, a justificativa não será aceita se tratar-se de
 locação de espaço em Shopping Center.
c) indenização ao locatário, pela desvalorização do fundo de
 comércio, nas hipóteses do § 3º do art. 52.
Renovação do Contrato:
Art. 51. Nas locações de imóveis destinados
ao comércio, o locatário terá direito a
renovação do contrato, por igual prazo,
desde que, cumulativamente:
I- o contrato a renovar tenha sido celebrado
por escrito e com prazo determinado;
II- o prazo mínimo do contrato a renovar ou a
soma dos prazos ininterruptos dos contratos
escritos seja de cinco anos;
III- o locatário esteja explorando seu
comércio, no mesmo ramo, pelo prazo
mínimo e ininterrupto de três anos.
AÇÕES ATINENTES À LOCAÇÃO
 PREDIAL
Ação de despejo (art. 59 a 66).
•Inadimplemento do locatário;
•Termo final do contrato, sem que tenha
havido prorrogação;
•Extinção do contrato de trabalho;
•Falecimento do locatário;
•Necessidade de reparações urgentes no
imóvel;
•Não oferecimento de nova garantia.
AÇÕES ATINENTES À LOCAÇÃO
 PREDIAL
Ação revisional (arts. 68 a 70)
A ação revisional é cabível quando, ainda que
sejamfeitos os reajustes anuais pactuados, o
valor de mercado ainda restar superior ao valor
cobrado na locação. A finalidade da ação
revisional é a de recuperar a onerosidade
inicial do contrato, que às vezes pode não
decorrer do reajuste anual.
AÇÕES ATINENTES À LOCAÇÃO
 PREDIAL
Ação renovatória (arts. 71 a 75)
O objetivo da ação renovatória é tutelar o
direito à renovação compulsória já
anteriormente estudado, garantindo ao
locatário titular do fundo de comércio o direito
de permanecer no imóvel, explorando o seu
negócio, ainda que contra a vontade do
locador
OBS: Luvas – posicionamento atual do STJ
AÇÕES ATINENTES À LOCAÇÃO
 PREDIAL
Consignação em pagamento (art. 67)
Art. 335. A consignação tem lugar:
I se o credor não puder, ou, sem justa causa,
recusar receber o pagamento, ou dar quitação
na devida forma;
II se o credor não for, nem mandar receber a
coisa no lugar, tempo e condição devidos;
III se o credor for incapaz de receber, for
desconhecido, declarado ausente, ou residir
em lugar incerto ou de acesso perigoso ou
difícil;
IV se ocorrer dúvida sobre quem deva
legitimamente receber o objeto do
pagamento;
V se pender litígio sobre o objeto do
pagamento
Exercícios Semana 9
Caso concreto 1
Cristian alugou imóvel residencial urbano por prazo determinado a
 Leandra, contendo cláusulas expressas de vigência, de preferência
 e de renúncia a indenização e retenção pelas benfeitorias úteis e
 necessárias. O contrato não foi averbado no Cartório em que está
 registrado o imóvel. Durante a vigência do contrato, Cristian
 vendeu o imóvel a Tereza, que notificou Leandra para que ela se
 retirasse do imóvel em 90 dias. Considerando as normas que
 regulam a locação de imóveis urbanos, responda JUSTIFICADA E
FUNDAMENTADAMENTE:
A) É válida a cláusula de renúncia à indenização pelas benfeitorias
 necessárias e úteis?
B) Leandra pode opor a cláusula de vigência a Tereza para
 permanecer como locatária do imóvel?
C) O que pode fazer Leandra em razão do descumprimento do direito
 de preferência?
Questão objetiva 1
A respeito das luvas no contrato de locação empresarial, é correto
 afirmar:
A) A Lei da Usura revogou todas as disposições da Lei de Locações
 relativas à cobrança de luvas.
B) A Lei 12.112/2009, que alterou vários dispositivos da Lei 8.245/91,
 considerou ilícita a cobrança de luvas nos
contratos de locação empresarial.
C) A cobrança de luvas é permitida em qualquer situação, desde que
 não ultrapasse o valor de 5 alugueres.
D) De acordo com a jurisprudência do STJ, não há ilegalidade na
 cobrança de luvas em contrato inicial de locação, conforme a
 inteligência dos arts. 43, I, e 456 da Lei 8.245/91.
E) Atualmente a cobrança de luvas está restrita aos contratos de
 locação em shopping centers.
Gabarito: alternativa D.
Questão objetiva 2
Marque a alternativa correta a respeito das introduções feitas pela
 Lei 12.112/2009 ao regime jurídico das locações:
A) Durante o prazo estipulado para a duração do contrato, poderá o
 locador reaver o imóvel alugado nas mesmas hipóteses que o
 locatário.
B) Em casos de separação de fato, separação judicial, divórcio ou
 dissolução da união estável, a locação residencial prosseguirá
 automaticamente com o cônjuge ou companheiro que permanecer
 no imóvel.
C) Salvo disposição contratual em contrário, qualquer das garantias
 da locação não se estende até a efetiva devolução do imóvel,
 sempre que prorrogada a locação por prazo indeterminado.
D) Julgada procedente a ação de despejo, o juiz determinará a
 expedição de mandado de despejo, que conterá o prazo de 120
 dias para a desocupação voluntária.
E) A ação revisional de aluguel terá sempre o rito ordinário.
Gabarito: alternativa B.
Locação de Coisas
a) a locação de coisas (locatio res), referente
ao uso e gozo de bens infungíveis;
b) a locação de serviços (locatio operarum),
que consistia na prestação de serviço
economicamente apreciável,
independentemente do resultado,
atualmente denominada prestação de serviços;
c ) a locação de obra (locatio operis),
representada pela execução de obra certa ou
de determinado trabalho, visando um resultado
específico, hoje denominada empreitada
Locação de Coisas
“A locação de coisas é o negócio jurídico por
meio do qual uma das partes (locador) se
obriga a ceder a outra (locatário), por tempo
determinado ou não, o uso e gozo de coisa
infungível, mediante certa remuneração”
Elementos essenciais:
a) O tempo (art. 573 e ss CC)
O contrato de locação é essencialmente temporário.
 Mesmo que não haja referência expressa no negócio
 jurídico, deve-se presumir que o contrato é finito, não
 podendo ser considerado vitalício.
b) A coisa
O objeto do contrato de locação pode ser coisa móvel ou
 imóvel. De todo modo, é indispensável que se trate de
 bem infungível. A locação não pode versar sobre bens
 fungíveis ou consumíveis.
c) O preço:
Locação é contrato essencialmente oneroso. Caso
 contrário, estar-se-á diante de comodato.
Características:
a) Bilateral;
b) Oneroso;
c) Consensual
d) Não Solene;
e) Não é personalíssimo (art. 577 do CC);
Deveres do locador art.566CC
a) Entregar ao locatário a coisa alugada;
b) Manter a coisa alugada no mesmo estado;
c) Garantir o uso pacífico da coisa (CC, 568).
Deveres do locatário art. 569 CC
a) Servir-se da coisa locada para o fim
contratado (art. 570, V do CC);
b) Tratar a coisa alugada como se sua fosse;
c) Pagar pontualmente o aluguel;
d) Levar ao conhecimento do locador as
turbações de terceiros;
e) Restituir a coisa, ao término da locação, no
estado em que a recebeu.
Indenização por benfeitorias e direito de
retenção
Art. 578. Salvo disposição em contrário, o
 locatário goza do direito de retenção, no caso
 de benfeitorias necessárias, ou no de
 benfeitorias úteis, se estas houverem sido feitas
 com expresso consentimento do locador.
Extinção da locação:
a) O termo do contrato - art. 573 e arts. 46 e 47
 da Lei nº 8.245/91;
b) Extinção antecipada - art. 571 CC e art. 4º Lei
 8.245/91;
c) Resilição;
d) Descumprimento do contrato (resolução).
Contrato de Fiança
Art. 818. Pelo contrato de fiança, uma pessoa
garante satisfazer ao credor uma obrigação
assumida pelo devedor, caso este não a
cumpra.
Classificação
a) consensual;
b) unilateral;
Obs: há autores que classificam a fiança como um
 contrato bilateral imperfeito.
c) gratuito;
Súmula 214 STJ: O fiador na locação não responde por
 obrigações resultantes de aditamento ao qual não
 anuiu.
d) formal;
e) típico;
f) acessório;
g) personalíssimo
Benefício de ordem ou de excussão
Art. 827. O fiador demandado pelo pagamento da dívida
 tem direito de exigir, até a contestação da lide, que
 sejam primeiro executados os bens do devedor.
Parágrafo único. O fiador que alegar o benefício de
 ordem, a que se refere este artigo, deve nomear bens
 do devedor, sitos no mesmo município, livres e
 desembaraçados, quantos bastem para solver o débito.
Extinção da fiança
Art. 837. O fiador pode opor ao credor as exceções que
 lhe forem pessoais, e as extintivas da obrigação que
 competem ao devedor principal, se não provierem
 simplesmente de incapacidade pessoal, salvo o caso de
 mútuo feito a pessoa menor.
Exoneração voluntária
Art. 835. O fiador poderá exonerar-se da fiança que tiver
 assinado sem limitação de tempo, sempre que lhe
 convier, ficando obrigado por todos os efeitos da
 fiança, durante 60 (sessenta) dias após a notificação do
 credor.
Penhorabilidade do Bem de Família do Fiador nas
 Fianças de Locação Urbana – Lei nº 8.009/90
Art. 3º A impenhorabilidade é oponível em qualquer
 processo de execução civil, fiscal, previdenciária,
 trabalhista ou de outra natureza, salvo se movido:
(...)
VII - por obrigação decorrente de fiança concedida em
 contrato de locação.
Exercícios Semana 10
SANDRA alugou imóvel residencialurbano a ZÉLIA pelo
 prazo de 3 (três) anos. O contrato foi afiançado por
 ALBINO, que, em conformidade com o que consta na
 cláusula décima do instrumento contratual, obrigou-se
 com expressa renúncia ao benefício de ordem até a
 efetiva desocupação do imóvel e entrega das chaves ao
 locador.
Completados os 3 (três) anos, Zélia, diante da ausência de
 notificação para que desocupasse o imóvel, não
 restituiu o mesmo a Sandra, mas continuou pagando o
 valor dos alugueres. Cinco meses após a prorrogação
 tácita do contrato, Zélia deixou de pagar os alugueres.
Considerando o inadimplemento de Zélia, responda
 JUSTIFICADA E FUNDAMENTADAMENTE se Sandra poderá
 acionar Albino, como fiador, para que responda
 solidariamente pelo débito.
(TJPA/2009 – Juiz). Mévio realiza, com a instituição financeira K e K
 S/A, contrato de mútuo no valor de R$ 45.000,00 (quarenta e
 cinco mil reais), sendo que Túlio figura como fiador, pela quantia
 total ajustada. O devedor possuía vasto patrimônio à época do
 negócio jurídico referido. Posteriormente, faltando o pagamento
 de dez prestações, o devedor tem sua insolvência decretada, fato
 que foi comunicado ao fiador e à instituição financeira. Após isso,
 a instituição financeira pretende cobrar a dívida do fiador. Túlio
 não renunciou ao beneficio de ordem. Diante do narrado, analise
 as afirmativas a seguir.
I. O fiador poderá requerer, antes de ser cobrado, que o credor
 busque bens do devedor para satisfazer o seu crédito.
II. O credor pode optar por cobrar do devedor ou do fiador ou, ainda,
 de ambos, a dívida.
III. O benefício de ordem cede diante da declaração de insolvência do
 devedor afiançado.
IV. O patrimônio do fiador está protegido diante da inexistência de
 renúncia ao beneficio de ordem.
V. O fiador, ao pagar a dívida do afiançado, sub-rogase
nos direitos do credor.
Assinale:
(A) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas.
(B) se somente as afirmativas I, II e IV estiverem corretas.
(C) se somente as afirmativas II, III e V estiverem corretas.
(D) se somente as afirmativas I, II e III estiverem corretas.
(E) se somente as afirmativas II, III, IV e V estiverem
 corretas.
Gabarito: alternativa C.
Marque a alternativa CORRETA:
a) Na locação de coisas, uma das partes se obriga a ceder
 à outra, por tempo determinado ou não, o uso e gozo
 de coisa fungível, mediante certa retribuição.
b) A fiança prestada sem autorização de um dos cônjuges
 implica a ineficácia total da garantia.
c) O fiador na locação responde por obrigações resultantes
 de aditamento, ainda que não tenha anuído.
d) A locação por tempo determinado cessa de findo o
 prazo estipulado, mas depende de notificação ou aviso.
Gabarito: alternativa B.
Até a Próxima Semana!!! Bons Estudos!!!!

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