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CCJ0014-WL-B-AMMA-07-AV1

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DIREITO CIVIL III 
Aula 7 - Revisão 
Conteúdo Programático desta aula 
� Rever os principais pontos da disciplina 
abordados até o momento 
Teoria Geral dos Contratos 
Fato Juridico “strictoFato 
Juridico “stricto 
 sensu“sensu“ 
Fato Jurídico “latoFato 
Jurídico “lato 
 sensu”sensu” 
 AtosAtos 
JurídicosJurídico
s 
“stricto“stricto 
 sensusensu 
Atos jurídicos “latoAtos 
jurídicos “lato 
 sensu”sensu” 
NegócioNegóci
o 
JurídicoJurídico 
UnilateralUnilater
al 
BilateralBilateral 
Conceito de Contratos 
contrato é um acordo de duas partes ou mais, para 
constituir, regular ou extinguir entre elas uma relação 
 jurídica patrimonial 
 Código 
Civil Italiano, art. 1.321 
PartesPartes 
Estrutura do ContratoEstrutura 
do Contrato MediatoMediato 
 (bem(bem 
jurídico)jurídico) 
ObjetoObjeto 
ImediatoImediato 
(operaçã)(operaç
ã) 
Condições de validade dos contratos 
Quanto à validade, os contratos seguem os mesmos requisitos do art. 104, 
CC: 
Art. 104. A validade do negócio jurídico requer: 
I - agente capaz; 
II - objeto lícito, possível, determinado ou determinável; 
III - forma prescrita ou não defesa em lei. 
 Os contratos, enquanto negócios jurídicos que são, 
 desdobram-se 
em três planos distintos: existência, validade e eficácia 
Os Princípio Contratuais 
a) Princípio da Autonomia de vontade e 
consensualismo; 
-dirigismo contratual; 
-reequilíbrio da balança contratual; 
-hipossuficiente; 
-limite e condições através de normas de 
ordem pública; 
-não pode haver interpretação absoluta 
MODELO DE MOLDURA PARA 
IMAGEM COM ORIENTAÇÃO 
VERTICAL 
b) Princípio da força obrigatória do contrato 
- o contrato faz lei entre as partes - pacta sunt servanda; não se presta o 
caráter absoluto; mecanismos jurídicos de regulação do equilíbrio 
contratual 
 Teoria da Imprevisão - rebus sic stantibus; teoria da 
onerosidade excessiva; revisão ou resolução do contrato. 
Art. 478. Nos contratos de execução 
continuada ou diferida, se a prestação de uma 
das partes se tornar excessivamente onerosa, 
com extrema vantagem para a outra, em 
virtude de acontecimentos extraordinários e 
imprevisíveis, poderá o devedor pedir a 
resolução do contrato. Os efeitos da sentença 
que a decretar retroagirão à data da citação. 
Art. 479. A resolução poderá ser evitada, 
oferecendo-se o réu a modificar eqüitativamente 
as condições do contrato. 
Teoria da Imprevisão 
Art. 480. Se no contrato as obrigações couberem 
a apenas uma das partes, poderá ela pleitear que 
a sua prestação seja reduzida, ou alterado o modo 
de executá-la, a fim de evitar a onerosidade 
excessiva. 
c) Princípio da relatividade subjetiva dos efeitos dos contratos (entre 
partes ); 
- Efeitos entre as partes; oponibilidade relativa ( versus erga omnes ) 
exceção: estipulação em favor de terceiros (prestação em 
 benefício de terceiro) e contrato com pessoa a declarar 
 ( promessa de prestação por terceiro); relativização do 
 princípio. 
d) Princípio da função social do contrato 
- Subordinação do contrato ao interesse social 
da coletividade; 
- aspecto intrínseco – entre as partes, boa-fé 
objetiva e lealdade negocial; tratamento 
idôneo entre as partes; trato ético e leal; 
deveres jurídicos gerais de cunho patrimonial e 
dever jurídico colateral ou anexo decorrente 
deste esforço socializante; 
- aspecto extrínseco- em face da coletividade, 
impacto eficial na sociedade; instrumento de 
desenvolvimento social e de circulação de 
riquezas; dever de informação, 
confidencialidade, assistência, lealdade – 
princípio da dignidade da pessoa humana; 
MODELO DE MOLDURA PARA 
IMAGEM COM ORIENTAÇÃO 
VERTICAL 
• O contrato não pode mais ser entendido como mera relação 
 individual; por outro lado não se pode aniquilar os princípios da 
 autonomia da vontade ou do pacta sunt servanda; trata-se de 
 temperá-los à luz do bem comum; 
• Função social do contrato – efeito de impor limites a liberdade de 
 contratar em prol do bem comum; 
“Art. 421 CC A liberdade de contratar será exercida em razão e nos 
 limites da função social do contrato.” 
e) Princípio da Boa-Fé objetiva; 
- Princípio de substrato moral - 
Boa fé subjetiva – estado de 
ânimo ou espírito do agente sem 
ter ciência do vício. 
- Boa-fé objetiva – natureza de 
princípio jurídico, regra de 
comportamento, de fundo ético 
e exigibilidade jurídica; cláusula 
geral; espera-se que a outra 
parte aja conforme o contrato, 
lealdade contratual; 
comportamento comum ao 
homem médio; liga-se à 
eticidade. 
MODELO DE MOLDURA PARA 
IMAGEM COM ORIENTAÇÃO 
HORIZONTAL 
Art. 422. Os contratantes são obrigados a guardar, assim na 
conclusão do contrato, como em sua execução, os princípios de 
 probidade e boa-fé. 
Boa-fé objetiva e sua tríplice função 
 
funçãofunçãofunção 
interpretativainterpret
ativainterpretativa 
 criação de 
deveres anexos 
BOA-FÉ OBJETIVA 
controle docontrole 
do 
 abuso deabuso 
de 
 direitodireito 
Interpretação dos Contratos 
• Art. 112. Nas declarações de vontade se atenderá mais 
 à intenção nelas consubstanciada do que ao sentido 
 literal da linguagem. 
• Art. 113. Os negócios jurídicos devem ser interpretados 
 conforme a boa-fé e os usos do lugar de sua celebração. 
• Art. 114. Os negócios jurídicos benéficos e a renúncia 
 interpretam-se estritamente. 
A FORMAÇÃO E CLASSIFICAÇÃO DOS 
 CONTRATOS 
1. Negociações Preliminares (puntuação): 
nesta fase ocorrem as tratativas para a 
celebração do contrato. Não há vínculo 
jurídico entre os negociantes, portanto, a não 
conclusão do contrato não gera 
responsabilidade civil contratual. Na fase de 
puntuação pode ser elaborada minuta 
contratual. 
2. Policitação (proposta) 
É uma declaração de vontade, dirigida de uma pessoa a outra, com quem 
se deseja contratar,por força da qual a primeira manifesta sua intenção 
de se considerar vinculada, se a outra parte aceitar. 
Vincula o policitante, que responde, se injustificadamente se 
 retira do negócio. 
Oferta ao Público 
Art. 429. A oferta ao público equivale a 
proposta quando encerra os requisitos 
essenciais ao contrato, salvo se o contrário 
resultar das circunstâncias ou dos usos. 
Parágrafo único. Pode revogar-se a oferta 
pela mesma via de sua divulgação, desde que 
ressalvada esta faculdade na oferta realizada. 
Deixa de Ser Obrigatória a 
 Proposta 
Art. 428. Deixa de ser obrigatória a proposta: 
I - se, feita sem prazo a pessoa presente, não 
foi imediatamente aceita. Considera-se 
também presente a pessoa que contrata por 
telefone ou por meio de comunicação 
semelhante; 
Art. 428 do Código Civil 
II - se, feita sem prazo a pessoa ausente, tiver 
decorrido tempo suficiente para chegar a 
resposta ao conhecimento do proponente; 
III - se, feita a pessoa ausente, não tiver sido 
expedida a resposta dentro do prazo dado;. 
Art. 428 do Código Civil 
IV - se, antes dela, ou 
simultaneamente, chegar ao 
conhecimento da outra parte a 
retratação do proponente. 
Contra Proposta 
Considerada uma nova proposta, havendo, pois inversão da polaridade da 
relação inicial (o policitante passa a ser policitado e vice-versa). 
A discussão ou a modificação do conteúdo da proposta pelo policitado 
importa em nova proposta, desvinculando-se o policitante do conteúdo 
anterior. A alteração dos termos da proposta pode se dar: por acréscimo 
ou por restrição 
Art. 431. A aceitação fora do prazo, com adições, restrições, 
 ou modificações,importará nova proposta. 
3) Fase de Conclusão do Contrato 
A aceitação faz com que a vontade 
contratual seja formada, fazendo 
com que o contrato seja concluído 
(eficácia da aceitação). O Código 
Civil adota, regra geral, a teoria 
da agnição (ou declaração), na 
modalidade expedição. 
MODELO DE MOLDURA PARA 
IMAGEM COM ORIENTAÇÃO 
HORIZONTAL 
Art. 434. Os contratos entre ausentes tornam-se perfeitos desde que 
 a aceitação é expedida, exceto: 
I - no caso do artigo antecedente; 
II - se o proponente se houver comprometido a esperar resposta; 
III - se ela não chegar no prazo convencionado. 
Arrependimento 
Art. 433. Considera-se inexistente a aceitação, se antes dela ou com 
 ela chegar ao proponente a retratação do aceitante. 
Aceitação Tácita 
Art. 432. Se o negócio for daqueles em que não seja costume a 
 aceitação expressa, ou o proponente a tiver dispensado, reputar- 
 se-á concluído o contrato, não chegando a tempo a recusa. 
Aceitação Tardia 
Art. 430. Se a aceitação, por circunstância imprevista, chegar tarde 
 ao conhecimento do proponente, este comunicá-lo-á 
 imediatamente ao aceitante, sob pena de responder por perdas e 
 danos. 
Classificação dos Contratos 
1-Quanto à qualidade dos sujeitos 
contratantes, os contratos podem ser: 
a) Contratos de direito comum: são regulados 
pelo direito civil. São considerados contratos 
paritários, em decorrência do princípio da 
igualdade formal que informa o direito civil. 
b) Contratos de consumo: são contratos cuja 
polarização se dá entre consumidor e 
fornecedor. Os contratos de consumo 
são regulados pelas normas do Código de 
Defesa do Consumidor(Lei nº 8.078/90) 
MODELO DE MOLDURA PARA 
IMAGEM COM ORIENTAÇÃO 
VERTICAL 
2- Quanto ao momento do 
aperfeiçoamento do contrato, os 
contratos podem ser: 
a) Contratos consensuais: são 
aqueles que se aperfeiçoam 
simplesmente pela declaração da 
vontade dos contratantes. 
MODELO DE MOLDURA PARA 
IMAGEM COM ORIENTAÇÃO 
HORIZONTAL 
b ) Contratos reais: são aqueles que, para se aperfeiçoarem, precisam da 
efetiva entrega da coisa (traditio rei). A declaração de vontade é 
elemento necessário, porém insuficiente, devendo ocorrer a entrega do 
bem para que o contrato seja celebrado. 
Obs: aperfeiçoamento é diferente de cumprimento 
3- Quanto à forma, os contratos 
podem ser: 
a) Solenes: aqueles cuja forma é 
determinada pela lei. A 
desobediência à forma prevista 
em lei gera invalidade do 
negócio jurídico. 
MODELO DE MOLDURA PARA 
IMAGEM COM ORIENTAÇÃO 
HORIZONTAL 
b) Não solenes: aqueles em que não há forma especial para sua 
celebração, seguindo, pois, o princípio da liberdade das formas. 
Obs: parte da doutrina diferencia o contrato solene do contrato formal. 
Segundo esta linha de pensamento, os contratos solenes são aqueles em 
que há exigência de escritura pública para a sua celebração. Por outro 
lado, os contratos formais são aqueles em que há regras especiais para sua 
formação, como a exigência de forma escrita. 
4- Quanto à tipicidade, os contratos podem ser: 
a) Típicos: regulamentados por lei. 
b) Atípicos: não regulamentados por lei. 
OBS: Há parte da doutrina que não identifica como sinônimas as 
 expressões típico e nominado, admitindo hipóteses de contratos 
 nominados e atípicos, como o contrato de locação de garagem ou 
 estacionamento, previsto no art. 1°, parágrafo único, da Lei n° 
 8.245/90 (Lei de Locação). 
5-Quanto as Pessoas de Direito Público e 
Privado: 
a) Contratos de Direito Público: são os 
contratos em que a Administração Pública 
figura em um dos pólos. 
b) Contratos de Direito Privado: travados 
entre particulares e regidos pelas normas de 
direito privado. Os contratos de direito 
privado podem ser de direito comum, 
mercantis ou de consumo. 
6-Quanto às obrigações recíprocas, os contratos podem ser: 
a) unilaterais: impõem deveres a apenas uma das partes. 
b) bilaterais: impõem deveres recíprocos a ambas as partes. São chamados 
de contratos sinalagmáticos. 
Obs: atentar para os chamados contratos bilaterais 
 imperfeitos. 
7- Quanto ao sacrifício patrimonial das 
partes, o contrato pode ser: 
a) Gratuito ou benéfico: é aquele em que só 
há sacrifício de uma das partes. 
b) Oneroso: é aquele em que há sacrifício 
patrimonial de ambas as partes, de modo que 
inexiste uma prestação e uma 
contraprestação a ela correlata e 
proporcional 
7.b.1) Comutativos - quando 
ambas as partes sabem com 
exatidão suas prestações e 
Contraprestações. 
7.b.2) Aleatórios - quando há a 
presença do risco (álea), que 
pode recair tanto na própria 
existência da coisa (contrato 
aleatório emptio spei – de coisa 
esperada), quanto na quantidade 
da coisa (contrato aleatório 
emptio rei speratae). 
MODELO DE MOLDURA PARA 
IMAGEM COM ORIENTAÇÃO 
HORIZONTAL 
8-Quanto às relações recíprocas, os contratos podem ser: 
a) Principais: são independentes, existindo por si só. 
b) Acessórios: são aqueles que guardam uma relação de dependência com 
outro contrato, existindo em função dele 
Os contratos coligados constituem situação intermediária, pois 
se tratam de dois contratos principais por natureza, mas que, 
por vontade das partes, estão unidos por um nexo funcional. 
9- Quanto ao momento de seu cumprimento, os contratos 
 podem ser: 
a) de execução imediata (instantâneos): aqueles cujo 
 vencimento ocorre concomitantemente com o 
 aperfeiçoamento do contrato. 
b) de execução diferida: são contratos a termo, que 
 deverão ser adimplidos em sua totalidade na data do 
 vencimento ajustada. 
c) de execução continuada (execução sucessiva ou trato 
 sucessivo): aqueles cuja execução se dará de forma 
 periódica. 
10- Quanto a elaboração: 
a) Paritário – elaborado conjuntamente pelas partes 
b) Adesão – art. 54, CDC: Contrato de adesão é aquele cujas cláusulas 
 tenham sido aprovadas pela autoridade competente ou 
 estabelecidas unilateralmente pelo fornecedor de produtos ou 
 serviços, sem que o consumidor possa discutir ou modificar 
 substancialmente seu conteúdo. 
Art. 423. Quando houver no contrato de adesão cláusulas ambíguas ou 
 contraditórias, dever-se-á adotar a interpretação mais favorável 
 ao aderente. 
Art. 424. Nos contratos de adesão, são nulas as cláusulas que 
 estipulem renúncia antecipada do aderente a direito resultante da 
 natureza do negócio. 
Efeitos dos contratos perante 
 terceiros 
Estipulação em favor de terceiros 
É aquela em que uma das partes 
beneficiará terceiro. 
Elementos: 
•estipulante 
•promitente ou devedor 
• terceiro ou beneficiário 
Art. 436. O que estipula em favor de terceiro pode exigir 
 o cumprimento da obrigação. 
Parágrafo único. Ao terceiro, em favor de quem se 
 estipulou a obrigação, também é permitido exigi-la, 
ficando, todavia, sujeito às condições e normas do 
 contrato, se a ele anuir, e o estipulante não inovar nos 
 termos do art. 438. 
Art. 437. Se ao terceiro, em favor de quem se fez o 
 contrato, se deixar o direito de reclamar-lhe a 
 execução, não poderá o estipulante exonerar o 
 devedor. 
Promessa de Fato de Terceiro 
Ocorre quando uma parte declara uma 
vontade que será realizada por terceiro; 
Art. 439. Aquele que tiver prometido fato de 
terceiro responderá por perdas e danos, 
quando este o não executar. 
Parágrafo único. Tal responsabilidade não 
existirá se o terceiro for o cônjuge do 
promitente, dependendo da sua anuência o 
ato a ser praticado, e desde que, pelo regime 
do casamento, a indenização, de algum 
modo, venhaa recair sobre os seus bens. 
MODELO DE MOLDURA PARA 
IMAGEM COM ORIENTAÇÃO 
VERTICAL 
Dos Vícios Redibitórios 
São defeitos ocultos em coisa recebida em 
virtude de contrato comutativo, que a 
tornem imprópria ao uso a que se destina, 
ou lhe diminua o valor. 
Art. 441. A coisa recebida em virtude de contrato 
 comutativo pode ser enjeitada por vícios ou defeitos 
 ocultos, que a tornem imprópria ao uso a que é 
 destinada, ou lhe diminuam o valor. 
Parágrafo único. É aplicável a disposição deste artigo às 
 doações onerosas. 
Art. 442. Em vez de rejeitar a coisa, redibindo o contrato 
 (art. 441), pode o adquirente reclamar abatimento no 
 preço. 
Efeitos dos Vícios Redibitórios 
Art. 443. Se o alienante conhecia 
o vício ou defeito da coisa, 
restituirá o que recebeu com 
perdas e danos; se o não 
conhecia, tão-somente restituirá 
o valor recebido, mais as 
despesas do contrato. 
Art. 444. A responsabilidade do alienante subsiste ainda 
 que a coisa pereça em poder do alienatário, se perecer 
 por vício oculto, já existente ao tempo da tradição. 
Prazos Decadenciais: 
Art. 445. O adquirente decai do direito de obter a redibição ou 
 abatimento no preço no prazo de trinta dias se a coisa for móvel, 
 e de um ano se for imóvel, contado da entrega efetiva; se já 
 estava na posse, o prazo conta-se da alienação, reduzido à 
 metade. 
§ 1o Quando o vício, por sua natureza, só puder ser conhecido mais 
 tarde, o prazo contar-se-á do momento em que dele tiver ciência, 
 até o prazo máximo de cento e oitenta dias, em se tratando de 
 bens móveis; e de um ano, para os imóveis. 
§ 2o Tratando-se de venda de animais, os prazos de garantia por 
 vícios ocultos serão os estabelecidos em lei especial, ou, na falta 
 desta, pelos usos locais, aplicando-se o disposto no parágrafo 
 antecedente se não houver regras disciplinando a matéria. 
Garantia 
Art. 446. Não correrão os prazos do artigo antecedente na constância 
 de cláusula de garantia; mas o adquirente deve denunciar o 
 defeito ao alienante nos trinta dias seguintes ao seu 
 descobrimento, sob pena de decadência. 
Da Evicção 
É a perda do bem por sentença judicial 
que atribui a outrem a propriedade da 
coisa, em virtude de causa jurídica 
anterior ao contrato. 
O alienante é obrigado, não apenas a 
entregar a coisa, mas garantir seu uso e 
gozo 
Requisitos da Evicção 
1. Perda total ou parcial da propriedade 
2. Onerosidade da Aquisição 
3. Ignorância pelo adquirente da litigiosidade da coisa 
4. Anterioridade do direito do evictor 
5. Denunciação da lide do alienante 
Art. 456. Para poder exercitar o direito que da evicção lhe resulta, o 
 adquirente notificará do litígio o alienante imediato, ou qualquer 
 dos anteriores, quando e como lhe determinarem as leis do 
 processo. 
Parágrafo único. Não atendendo o alienante à denunciação da lide, e 
 sendo manifesta a procedência da evicção, pode o adquirente 
 deixar de oferecer contestação, ou usar de recursos. 
Código de Processo Civil: 
Art. 70 - A denunciação da lide é obrigatória: 
I - ao alienante, na ação em que terceiro reivindica a 
 coisa, cujo domínio foi transferido à parte, a fim de 
 que esta possa exercer o direito que da evicção lhe 
 resulta; 
O Posicionamento do STJ 
O STJ tem entendimento atual de que a não 
denunciação da lide não impede a indenização 
por evicção. 
Apenas, a mesma, somente será pleiteada 
mediante ação própria. 
Do Contrato Preliminar 
Contrato preliminar, também conhecido como 
pré-contrato, promessa de contratar, contrato 
preparatório ou compromisso, é a convenção 
de que se valem as partes, em uma fase inicial 
de entabulamento de negócio, para obrigarem, 
ou uma delas, à outorga futura de um contrato 
definitivo. É fonte de uma obrigação de fazer, 
qual seja, celebrar um contrato definitivo. 
Requisitos de Validade do Contrato Preliminar: 
Requisito Subjetivo – sujeito capaz (art. 104,I do Código 
 Civil) e legitimado 
Requisito Objetivo – lícito, possível, determinado ou 
 determinável (art. 104, II do Código Civil) 
Requisito Formal - Art. 462. O contrato preliminar, 
 exceto quanto à forma, deve conter todos os requisitos 
 essenciais ao contrato a ser celebrado. 
Da Promessa de Compra e Venda 
É a espécie de contrato preliminar 
mais comum. Nesse tipo de 
contrato as partes se obrigam a 
contratação de compra e venda 
definitiva posteriormente. 
Art. 1.417. Mediante promessa de compra e venda, em 
 que se não pactuou arrependimento, celebrada por 
 instrumento público ou particular, e registrada no 
 Cartório de Registro de Imóveis, adquire o promitente 
 comprador direito real à aquisição do imóvel. 
Art. 1.418. O promitente comprador, titular de direito 
 real, pode exigir do promitente vendedor, ou de 
 terceiros, a quem os direitos deste forem cedidos, a 
 outorga da escritura definitiva de compra e venda, 
 conforme o disposto no instrumento preliminar; e, se 
 houver recusa, requerer ao juiz a adjudicação do 
 imóvel. 
STJ Súmula nº 239 
 O direito à adjudicação compulsória não se condiciona 
 ao registro do compromisso de compra e venda no 
 cartório de imóveis. 
Extinção do Contrato 
1. Modo normal de extinção do contrato. 
Cumprimento: 
“O vínculo contratual é, por natureza, 
passageiro e deve desaparecer, naturalmente, 
tão logo o devedor cumpra a prestação 
prometida ao credor”. 
(Humberto Theodoro Junior) 
2. Modos anormais de extinção do 
 contrato. Extinção do contrato 
 sem cumprimento. 
2.1. Causas anteriores ou 
contemporâneas à formação do 
contrato: 
a) Nulidade absoluta e relativa. 
b) Cláusula resolutiva. 
Na execução do contrato, cada 
contraente pode pedir a resolução do 
acordo, se o outro não cumpre as 
obrigações avençadas. Essa faculdade 
pode resultar de estipulação ou de 
presunção legal. 
Art. 474. A cláusula resolutiva expressa opera de pleno 
 direito; a tácita depende de interpelação judicial. 
Art. 475. A parte lesada pelo inadimplemento pode pedir 
 a resolução do contrato, se não preferir exigir-lhe o 
 cumprimento, cabendo, em qualquer dos casos, 
 indenização por perdas e danos. 
c) Direito de arrependimento. 
Desde que expressamente previsto 
no contrato, o arrependimento 
autoriza qualquer das partes a 
rescindir o ajuste, mediante 
declaração unilateral da vontade, 
sujeitando-se à perda do sinal, ou 
à sua devolução em dobro, sem, 
no entanto, pagar indenização 
suplementar. Estamos diante das 
arras penitenciais 
Art. 420. Se no contrato for estipulado o direito de 
 arrependimento para qualquer das partes, as arras ou 
 sinal terão função unicamente indenizatória. Neste 
 caso, quem as deu perdê-las-á em benefício da outra 
 parte; e quem as recebeu devolvê-las-á, mais o 
 equivalente. Em ambos os casos não haverá direito a 
 indenização suplementar. 
2. Modos anormais de extinção do 
 contrato. Extinção do contrato 
 sem cumprimento. 
2.2. Causas supervenientes à 
formação do contrato: 
a) Resolução- tem como causa a 
inexecução por um dos 
contratantes. 
Exceção do contrato não cumprido 
Art. 476. Nos contratos bilaterais, nenhum dos 
contratantes, antes de cumprida a sua obrigação, pode 
exigir o implemento da do outro. 
b) Resilição 
b.1) Distrato 
Art. 472. O distrato faz-se pela 
mesma forma exigida para o 
contrato. 
b.2) Resilição unilateral: 
Art. 473. A resilição unilateral, nos 
casos em que a lei expressa ouimplicitamente o permita, opera 
mediante denúncia notificada à 
outra parte. 
Parágrafo único. Se, porém, dada a natureza do contrato, 
uma das partes houver feito investimentos consideráveis 
para a sua execução, a denúncia unilateral só produzirá 
efeito depois de transcorrido prazo compatível com a 
natureza e o vulto dos investimentos. 
 
c) Morte de um dos contratantes 
A morte de um dos contratantes só 
acarreta a dissolução dos 
contratos personalíssimos, que não 
poderão ser executados pela 
morte daquele em consideração do 
qual foi ajustado. Subsistem as 
prestações cumpridas, pois seu 
efeito é ex nunc.

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