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CCJ0014-WL-D-SIA-Contratos - Princípios

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Conceito
FACULDADE DE DIREITO – PROF. ANDREI BRETTAS GRUNWALD
“São os regramentos básicos aplicáveis a um
determinado instituto jurídico, no caso em questão
os contratos. Os princípios são abstraídos das
normas, dos costumes, da doutrina, da
jurisprudência e de aspectos políticos, econômicos e
sociais.”
TARTUCE, Flávio. Direito Civil – Vol. 3. 5ª ed. São Paulo: Editora Método, 2010 – pág. 77 e 78
Princípios
FACULDADE DE DIREITO – PROF. ANDREI BRETTAS GRUNWALD
- Da Autonomia Privada das Partes;
- Da Função Social dos Contratos;
- Da Força Obrigatória;
- Da Boa Fé Objetiva;
- Da Relatividade dos Efeitos.
Princípio da Autonomia Privada
FACULDADE DE DIREITO – PROF. ANDREI BRETTAS GRUNWALD
O Princípio da Autonomia Privada é o poder
que os particulares têm de regular, pelo exercício de
sua própria vontade, as relações que participam,
estabelecendo-lhe o conteúdo e a respectiva
disciplina jurídica.
Princípio da Autonomia Privada
FACULDADE DE DIREITO – PROF. ANDREI BRETTAS GRUNWALD
A autonomia privada é o poder que os particulares
têm de regular, pelo exercício de sua própria vontade, as
relações que participam, estabelecendo-lhe o conteúdo
e a respectiva disciplina jurídica. Sinônimo de autonomia
da vontade para grande parte da doutrina
contemporânea, com ela porém não se confunde,
existindo entre ambas sensível diferença. A expressão
autonomia da vontade tem uma conotação subjetiva,
psicológica, enquanto a autonomia privada marca o
poder da vontade no direito de um modo objetivo,
concreto e real.
(AMARAL, Francisco. Direito civil: introdução. 5.ed. Rio de Janeiro: Renovar, 2003. p. 348).
P. Autonomia Privada - Limitação
FACULDADE DE DIREITO – PROF. ANDREI BRETTAS GRUNWALD
A principal limitação é a eficácia social, relacionada
a função social que não elimina a autonomia ou liberdade
de contratar, mas reduza o alcance desse princípio.
As limitações estão presentes para contratar com o
Poder Público se não houver autorização para tal fim,
dando-se por exemplo a vedação do artigo 497 do CC que
proíbe a compra e venda de bens confiados à
administração.
P. Autonomia Privada - Limitação
FACULDADE DE DIREITO – PROF. ANDREI BRETTAS GRUNWALD
Enunciado 23 do CJF
“A função social do contrato, prevista no art.
421 do novo Código Civil, não elimina o princípio da
autonomia contratual, mas atenua ou reduz o
alcance desse princípio, quando presentes
interesses metaindividuais (direitos coletivos latu
sensu) ou interesse individual relativo a dignidade da
pessoa humana”.
Princípio da Função Social
FACULDADE DE DIREITO – PROF. ANDREI BRETTAS GRUNWALD
O Código Civil Brasileiro não conceitua
contrato, porém, estabelece que este está limitado a
uma função social (art. 421).
“A liberdade de contratar será exercida em
razão e nos limites da função social do contrato.”
Princípio da Função Social
FACULDADE DE DIREITO – PROF. ANDREI BRETTAS GRUNWALD
“A função social dos contratos pode ser
conceituada como sendo um princípio contratual, de
ordem pública, pelo qual o contrato deve ser,
necessariamente, visualizado e interpretado de
acordo com o contexto da sociedade.”
(TARTUCE, Flávio. Função Social do Contrato. Do Código de Defesa do Consumidor ao Código Civil de 
2002. 2ª ed. São Paulo: Método, 2007, pág. 415.)
Princípio da Função Social
FACULDADE DE DIREITO – PROF. ANDREI BRETTAS GRUNWALD
“Tal como observado em relação à propriedade, em
que a estrutura interna do direito é remodelada de acordo
com sua função social, concretamente definida, e que se
constitui em pressuposto de validade do exercício do próprio
domínio, também o contrato, uma vez funcionalizado, se
transforma em um instrumento de realização do projeto
constitucional. (...) Disto decorre que a norma do art. 421 não
pode ser compreendida apenas como uma restrição
ocasional à liberdade contratual – como se o direito subjetivo
de contratar fosse, em si mesmo, essencialmente absoluto,
embora sujeito a restrições externas – mas, antes, o próprio
conceito de contrato deve ser reformulado à luz da função
social que lhe é cometida. “
(TEPEDINO, Gustavo. Código civil interpretado: à luz da constituição federal. Rio de Janeiro: Renovar, 
2006. p. 10)
Princípio da Função Social
FACULDADE DE DIREITO – PROF. ANDREI BRETTAS GRUNWALD
“A função econômico-social do contrato foi
reconhecida, ultimamente, como a razão
determinante de sua proteção jurídica. Sustenta-se
que o Direito intervém, tutelando determinado
contrato, devido à sua função econômico-social. Em
conseqüência, os contratos que regulam interesses
sem utilidade social, fúteis ou improdutivos não
merecem proteção jurídica. Merecem-na apenas os
que têm função econômico-social reconhecidamente
útil.”
(GOMES, Orlando. Contratos. 17.ed. Rio de Janeiro: Forense, 1996. p. 20)
Princípio da Função Social
FACULDADE DE DIREITO – PROF. ANDREI BRETTAS GRUNWALD
“A função econômico-social do contrato foi
reconhecida, ultimamente, como a razão
determinante de sua proteção jurídica. Sustenta-se
que o Direito intervém, tutelando determinado
contrato, devido à sua função econômico-social. Em
conseqüência, os contratos que regulam interesses
sem utilidade social, fúteis ou improdutivos não
merecem proteção jurídica. Merecem-na apenas os
que têm função econômico-social reconhecidamente
útil.”
(GOMES, Orlando. Contratos. 17.ed. Rio de Janeiro: Forense, 1996. p. 20)
Princípio da Função Social
FACULDADE DE DIREITO – PROF. ANDREI BRETTAS GRUNWALD
O princípio da função social do contrato está
contido em uma cláusula geral que se revela
vinculante, sobretudo do ponto de vista axiológico,
pois permite sejam permeados valores
constitucionais a orientar a autonomia contratual.
Impõe deveres referentes a interesses
extracontratuais socialmente relevantes.
P. Função Social - Enunciados
FACULDADE DE DIREITO – PROF. ANDREI BRETTAS GRUNWALD
Enunciado n° 21, I Jornada de Direito Civil:
“A função social do contrato, prevista no CC
421, constitui cláusula geral, a impor a revisão do
princípio da relatividade dos efeitos do contrato em
relação a terceiros, implicando a tutela externa do
crédito.”
FACULDADE DE DIREITO – PROF. ANDREI BRETTAS GRUNWALD
Enunciado n° 22, I Jornada de Direito Civil:
“A função social do contrato, prevista no CC
421, constitui cláusula geral, que reforça o princípio
de conservação do contrato, assegurando trocas
úteis e justas.”
P. Função Social - Enunciados
FACULDADE DE DIREITO – PROF. ANDREI BRETTAS GRUNWALD
Enunciado n° 23, I Jornada de Direito Civil:
“A função social do contrato, prevista no CC
421, não elimina o princípio da autonomia contratual,
mas atenua ou reduz o alcance desse princípio
quando presentes interesses metaindividuais ou
interesse individual relativo à dignidade da pessoa
humana.”
P. Função Social - Enunciados
FACULDADE DE DIREITO – PROF. ANDREI BRETTAS GRUNWALD
Interna (relacionado aos contratantes)
- Proteção da parte vulnerável;
- Vedação da onerosidade excessiva;
- Proteção de direitos individuais relativos a
dignidade humana;
- Nulidade das cláusulas contratuais abusivas;
P. Função Social - Eficácia
FACULDADE DE DIREITO – PROF. ANDREI BRETTAS GRUNWALD
Interna (relacionado aos contratantes)
- Proteção da parte vulnerável;
- Vedação da onerosidade excessiva;
- Proteção de direitos individuais relativos a
dignidade humana;
- Nulidade das cláusulas contratuais abusivas;
Externa (relacionado além dos contratantes)
- Proteção de direitos metaindividuais e difusos;
- Função socioambiental do contrato.
P. Função Social - Eficácia
FACULDADE DE DIREITO – PROF. ANDREI BRETTAS GRUNWALD
Estabelece que tem força de lei o estipulado
pelas partes na avença,constrangendo os
contratantes ao cumprimento do conteúdo completo
do negócio jurídico.
Princípio da Força Obrigatória
FACULDADE DE DIREITO – PROF. ANDREI BRETTAS GRUNWALD
Pacta sunt servanda: que no modelo
induvidualista-liberal típico dos códigos oitocentistas,
esse princípio era tomado como absoluto.
No entanto, na concepção atual do direito civil,
à luz dos preceitos constitucionais vigentes e dos
próprios princípios consagrados pelo CC/2002, tal
princípio foi relativizado com vistas à melhor
proteção da dignidade humana.
Princípio da Força Obrigatória
FACULDADE DE DIREITO – PROF. ANDREI BRETTAS GRUNWALD
Com o novo Código Civil o princípio da boa-fé
objetiva (relacionado com a conduta leal dos
negociantes), ganhou força em detrimento a boa-fé
subjetiva (relacionado com a intenção do sujeito de
direito).
Art. 422
Boa-fé objetiva = boa-fé subjetiva(intenção) + 
probidade(lealdade)
Princípio da Boa Fé Objetiva
FACULDADE DE DIREITO – PROF. ANDREI BRETTAS GRUNWALD
Obriga as partes a terem comportamento
compatível com os fins econômicos e sociais
pretendidos objetivamente pela operação negocial.
No âmbito contratual, portanto, o princípio da boa-fé
impõe um padrão de conduta a ambos os
contratantes no sentido da recíproca cooperação,
com consideração aos interesses comuns, em vista
de se alcançar o efeito prático que justifica a própria
existência do contrato.
(Código civil interpretado: à luz da constituição federal. Rio de Janeiro: Renovar, 2006. p. 16)
Princípio da Boa Fé Objetiva
FACULDADE DE DIREITO – PROF. ANDREI BRETTAS GRUNWALD
A conduta dos contratantes está relacionada a
deveres:
- De cuidado em relação à outra parte negocial;
- De respeito;
- De informar a outra parte quanto ao conteúdo do
negócio;
- De agir conforme a confiança depositada;
- De lealdade e probidade;
- De colaboração ou cooperação;
- De agir conforme a razoabilidade, a equidade e a
boa razão.
Princípio da Boa Fé Objetiva
FACULDADE DE DIREITO – PROF. ANDREI BRETTAS GRUNWALD
O deveres oriundos da boa fé objetiva envolve
toda a conclusão do contrato, incluindo, assim, as
fases pré-contratual (culpa in contrahendo) e pós-
contratual (culpa post factum finitum).
Princípio da Boa Fé Objetiva
FACULDADE DE DIREITO – PROF. ANDREI BRETTAS GRUNWALD
Enunciado n° 24, I Jornada de Direito Civil:
“Em virtude do princípio da boa-fé, positivado
no CC 422, a violação dos deveres anexos constitui
espécie de inadimplemento, independentemente de
culpa.”
Princípio da Boa Fé Objetiva
FACULDADE DE DIREITO – PROF. ANDREI BRETTAS GRUNWALD
Enunciado n° 25, I Jornada de Direito Civil:
“O CC 422 não inviabiliza a aplicação, pelo
julgador, do princípio da boa-fé nas fases pré e pós-
contratual.”
Princípio da Boa Fé Objetiva
FACULDADE DE DIREITO – PROF. ANDREI BRETTAS GRUNWALD
Enunciado n° 26, I Jornada de Direito Civil:
“A cláusula geral contida no CC 422 impõe ao
juiz interpretar e, quando necessário, suprir e corrigir
o contrato segundo a boa-fé objetiva, entendida
como a exigência de comportamento legal dos
contratantes.”
Princípio da Boa Fé Objetiva
FACULDADE DE DIREITO – PROF. ANDREI BRETTAS GRUNWALD
Princípio da Boa Fé Objetiva - Função
Função interpretativa:
A boa-fé enquanto cânone interpretativo-
integrativo, as relações jurídicas decorrentes do
contrato devem ser interpretadas à luz da boa-fé. Tal
mandamento se direciona tanto às partes envolvidas
no contrato quanto ao magistrado. A função
interpretativa está contida no art. 113, CC.
FACULDADE DE DIREITO – PROF. ANDREI BRETTAS GRUNWALD
Princípio da Boa Fé Objetiva - Função
Função Criadora:
A função criadora de deveres jurídicos (boa-fé
enquanto norma criadora de deveres jurídicos): a
boa-fé objetiva é fonte dos deveres de conduta
(deveres anexos, deveres secundários, deveres
laterais).
FACULDADE DE DIREITO – PROF. ANDREI BRETTAS GRUNWALD
Princípio da Boa Fé Objetiva - Função
Função de controle:
Enquanto norma de limitação ao exercício de
direitos subjetivos. A boa-fé objetiva, combinada
com a disciplina jurídica do abuso de direito (art.
187, CC/2002) para considerar ilícitos os atos
atentatórios à boa-fé objetiva. Ex: teoria dos atos
próprios (venire contra factum proprium, tu quoque,
supressio, surrectio e duty to mitigate the loss).
FACULDADE DE DIREITO – PROF. ANDREI BRETTAS GRUNWALD
O Prof. Eugênio Kruchewsky ensina que os
efeitos oriundos de um contrato são relativos, não
absolutos, incidindo exclusivamente sobre os
contratantes, sobre os quais se exaurem.
Por envolver relação obrigacional, afeta
apenas os que dela participaram.
Ex. A unidade de saúde não poderá intervir na
relação contratual entre o plano de saúde e o
beneficiário.
Princípio da Relatividade dos 
Efeitos
FACULDADE DE DIREITO – PROF. ANDREI BRETTAS GRUNWALD
O Princípio da Relatividade não é absoluto,
pois, não raro terceiros são atingidos pelos efeitos
de determinados contratos:
- Estipulação em favor de terceiro (art. 436 a 438):
seguro de vida;
- Promessa de fato de terceiro (art. 439 a 440):
promotor de eventos que promete espetáculo de um
cantor famoso.
Princípio da Relatividade dos 
Efeitos

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