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Conceito FACULDADE DE DIREITO – PROF. ANDREI BRETTAS GRUNWALD “É o contrato pelo meio do qual uma parte se obriga a entregar uma coisa diversa de dinheiro a outra, que, por sua vez, procederá à entrega de outro bem diverso de dinheiro àquela.” (LISBOA, Roberto Senise. Manual de Direito Civil. 5ª ed. São Paulo: Saraiva, 2010, p.245) “É aquele pelo qual as partes se obrigam a dar uma coisa por outra que não seja dinheiro. Operam-se, ao mesmo tempo, duas vendas, servindo as coisas trocadas para uma compensação recíproca.” (TARTUCE, Flávio. Direito Civil. 5ª ed. rev. e atual. São Paulo: Método, 2010, p. 308) Natureza Jurídica FACULDADE DE DIREITO – PROF. ANDREI BRETTAS GRUNWALD 1. Bilateral: cada parte assume respectivamente obrigações; 2. Oneroso: equivalência de prestações, ambas as partes obtêm vantagem econômica; 3. Comutativo: porque as partes já sabem antecipadamente as suas prestações 4. Solene e Não-solene: se existe previsão legal com relação a forma; 5. Consensual: se aperfeiçoa com a manifestação das partes; Elementos FACULDADE DE DIREITO – PROF. ANDREI BRETTAS GRUNWALD 1. Partes: pessoas interessadas no negócio; 2. Consenso: as partes exteriorizam a sua vontade de acordarem; 3. Preço: não é considerado para a transação; 4. Coisa: a transferência do domínio de um determinado bem. Observações FACULDADE DE DIREITO – PROF. ANDREI BRETTAS GRUNWALD 1. Em sendo imóvel o objeto da troca é necessária a outorga conjugal; 2. A permuta entre ascendente e descendente, se o valor for desigual e o mais valioso pertencer a ascendente, deverá haver autorização dos demais descendentes e do cônjuge; 3. A permuta entre ascendente e descendente, ser o valor for igual ou desigual e o mais valioso pertencer ao descendente, não haverá necessidade de autorização dos demais descendentes; Observações FACULDADE DE DIREITO – PROF. ANDREI BRETTAS GRUNWALD 4. Distingue-se o contrato de troca ou permuta com o de compra e venda em virtude de que o objeto é predominante nesta espécie e não o seu valor; 5. Aplicar-se-á as mesmas regras do contrato de compra e venda, no que for cabível (evicção e vícios redibitórios). 6. O contratante pode pedir a devolução da coisa que entregou, se o outro não cumprir com a sua parte; DIREITO CIVIL III Contrato Estimatório Art. 534 a 537 PROF. ANDREI BRETTAS GRUNWALD Conceito FACULDADE DE DIREITO – PROF. ANDREI BRETTAS GRUNWALD O Prof. Dr. Silvio de Salvo Venosa conceitua o contrato de consignação ou estimatório como sendo aquele que: “Contrato de consignação ou contrato estimatório, uma parte, denominada consignante, faz a entrega a outra, denominada consignatário, de coisas móveis, a fim de que esta conclua a venda em um prazo e preço fixados.” Conceito FACULDADE DE DIREITO – PROF. ANDREI BRETTAS GRUNWALD O Prof. Dr. Flávio Tartuce conceitua o contrato de consignação ou estimatório como sendo aquele que: “O contrato estimatório ou venda em consignação pode ser conceituado como sendo o contrato em que alguém, o consignante, transfere ao consignatário bens móveis, para que o última os venda, pagando um preço de estima; ou devolva os bens findo o contrato, dentro do prazo ajustado.” Artigo 534 FACULDADE DE DIREITO – PROF. ANDREI BRETTAS GRUNWALD “Art. 534. Pelo contrato estimatório, o consignante entrega bens móveis ao consignatário, que fica autorizado a vendê-los, pagando àquele o preço ajustado, salvo se preferir, no prazo estabelecido, restituir-lhe a coisa consignada.” Natureza Jurídica FACULDADE DE DIREITO – PROF. ANDREI BRETTAS GRUNWALD 1. Bilateral: as partes assumem obrigações recíprocas; 2. Oneroso: equivalência de prestações, ambas as partes obtêm vantagem econômica; 3. Não-solene: o negócio se realiza independentemente da sua forma; 4. Real: se aperfeiçoa com a tradição efetiva do objeto; 5. Comutativo: as partes já conhecem as suas prestações; Elementos FACULDADE DE DIREITO – PROF. ANDREI BRETTAS GRUNWALD 1. Entrega da coisa móvel: o consignatário recebe a posse; 2. Disponibilidade da coisa: o consignatário poderá dispor da coisa da forma pactuada; 3. Obrigação de restituir ou pagar o preço estimado e prazo; Consignado FACULDADE DE DIREITO – PROF. ANDREI BRETTAS GRUNWALD 1. É conferido o direito de dispor da coisa por determinado tempo, para venda a terceiro; 2. O objeto do contrato poderá ser restituído pelo consignatário antes do prazo estipulado; 3. Responde pela perda ou deterioração da coisa e continua obrigado pelo preço estimado, como obrigação principal conforme o artigo 535 do CC. Artigo 535 FACULDADE DE DIREITO – PROF. ANDREI BRETTAS GRUNWALD “Art. 535. O consignatário não se exonera da obrigação de pagar o preço, se a restituição da coisa, em sua integridade, se tornar impossível, ainda que por fato a ele não imputável.” Consignante FACULDADE DE DIREITO – PROF. ANDREI BRETTAS GRUNWALD 1. Obrigação de entregar a coisa móvel ao consignatário; 2. O consignante conserva a propriedade da coisa móvel; 3. É vedado a pretensão de restituição ou turbação da posse do consignatário; 4. Poderá ofertar a coisa consignada, somente após a restituição da coisa; 5. O objeto do contrato não pode ser penhorado por credores do consignatário. Consignante FACULDADE DE DIREITO – PROF. ANDREI BRETTAS GRUNWALD “Art. 536. A coisa consignada não pode ser objeto de penhora ou seqüestro pelos credores do consignatário, enquanto não pago integralmente o preço.” “Art. 537. O consignante não pode dispor da coisa antes de lhe ser restituída ou de lhe ser comunicada a restituição.”
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