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Fichamento/resumo: El Derecho Natural en la Declaracion Universal de los Derechos humanos

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Fichamento/resumo: “El derecho natural em la Declaracion Universal de los Derechos Humanos” de Juan David Monsalve
Feito para realização de um trabalho cuja questão era: Os Direitos Humanos podem ser fundamentos nos Direitos Naturais? 
Disciplina de Filosofia Jurídica (por Bruno Camilloto) na UFOP
Nota: A maioria dos escritos em parênteses são reflexões a partir da leitura. Algumas podem estar fora dos parênteses. 
1 – Introducción: Los Derechos Humanos
Qual é a razão por qual o ser humano se descobre possuidor de certos direitos que reclama como absolutos, que todos devem respeitar?
Confiamos na existência de direitos cujo fundamento, reside na natureza própria do sujeito, e dos quais é titular independentemente de algum ordenamento jurídico o reconhecer ou não. 
Uma fonte que ajudou no surgimento da Declaração, foi a corrente do jusnaturalismo. Este entende que no ordenamento jurídico deve existir ao menos alguma norma ou princípio não-positivo, em que se encontra o fundamento do direito. 
2 – La Declaración Universal de los Derechos Humanos y sus retos
Os inúmeros horrores da Segunda Guerra foram a principal motivação para a criação da Declaração Universal.
Apesar da Declaração, a humanidade tem visto como se tem atropelado e violado a dignidade humana de todas as maneiras imagináveis e através de todo tipo de instrumentos e situações.
Debate sobre a Declaração, se é um texto de direito internacional positivo, obrigatório para os Estados e que impõe deveres aos membros da ONU, ou se é uma convenção internacional apenas de força moral que não impõe deveres específicos. 
A declaração não tem força coativa, não é um conjunto de normas jurídicas obrigatórias para os países. O que nos ajuda a entender porque na prática ela não serve plenamente para a defesa dos direitos. 
É necessária uma teoria dos direitos humanos fundamentais, que fundamente os direitos.
“Se não existe uma verdade última, a qual guia e orienta a ação política, então as ideias e as convicções humanas podem ser instrumentalizadas facilmente para fins de poder. Uma democracia sem valores se converte com facilidade em um totalitarismo visível ou encoberto, como demonstra a história” Juan Pablo II, 1991
Podemos dizer então que o problema da Declaração e em geral dos direitos humanos é o de sua natureza e seu fundamento. 
A harmonia entre a formulação legal com a base que a fundamenta na natureza e o fim do ser humano, é o único sustento possível para que uma lei seja verdadeiramente justa e suficientemente consistente para poder se aplicar. E esse conteúdo básico só se encontra na lei natural. Se isso não existe, é dizer que não se reconhece um substrato natural básico a partir de qual se constrói todo o edifício da lei positiva, o ser humana cai a mercê dos interesses de grupos, ideologias, estruturas e sob pessoas sem escrúpulos que pretendem usar a política e a administração das leis a favor de seus próprios fins. 
3 – Apuntes históricos sobre la Declaración
A comissão de direitos humanos responsável pela criação da Declaração se reuniu pela primeira vez em 1947, as reuniões iniciais foram tensas, sobretudo por divisões políticas fortes. (Afinal estavam no contexto da Guerra Fria, o que pode ter dificultado a instituição de um caráter normativo da Declaração.)
(A Declaração interferiria no âmbito interno de cada país, seria uma violação à soberania? )
Projeto da declaração inspirado inicialmente por um documento da Conferencia de San Francisco (Cuba e Panamá) e o documento da Conferencia Panamericana da Cidade do México. 
Muitos países, com razão, realizaram que sem um tribunal internacional que sancionasse as violações da Declaração, o documento não teria relevância. Porém tanto Estados Unidos quanto URSS bloquearam qualquer esforço tendente a constituir um mecanismo de monitoramento e tutela da Declaração, pois temiam que se geraria uma espécie de governo mundial que ameaçaria sua soberania nacional. 
Declaração aprovada em 10 de dezembro de 1948.
4 – El concepto clásico del Derecho Natural
O jusnaturalismo pode ser tratado dessa forma como uma posição teórica unitária? Existem múltiplas concepções em torno do que se denomina direito natural, por vezes discrepantes. 
Se faz necessário esclarecer quais são os pressupostos de uma versão clássica e realista do direito natural, pois se detém nesse trabalho justamente que esta versão jusnaturalista é usada na Declaração. 
Esta concepção do direito tem como ponto chave a existência de coisas que são intrinsecamente justas e outras que são intrinsecamente injustas. O que significa que há coisas conforme à natureza humana e outras contrárias à ela. 
Quando falamos de direito natural, no fundo o que se está afirmando é que o ser humano é a realidade central da sociedade. Na visão clássica do direito natural, concluímos que a dignidade humana é o fundamento de todo o direito. 
Pressupostos:
 - O conhecimento humana é o conhecimento do universal. O ser humano é capaz de apreender mediante a abstração das ideias gerais.
- O homem é capaz de conhecer a verdade. A verdade para a tradição clássica consiste na adequação da mente à realidade, ou seja, na correlação que deve existir entre o conhecimento adquirido e a realidade do conhecido, entre o objeto conhecido e o sujeito conhecedor.
- Existem mal e bem objetivos. O princípio de finalidade é de muita importância pois a moralidade se fundamenta no fim dos atos humanos. Este princípio nos leva a compreender que há uma ordem impressa no ser, uma ordem intrínseca a ele. 
- O homem deve guiar-se segundo o bem. Dado que objetivamente existem bem e mal, o ser humano deve guiar-se segundo aquele que o realiza mais plenamente, ou seja, o bem. A regra de medida dos atos humanos é a razão, porque por ser o homem um ser racional, é a esta que lhe corresponde dirigir a atividade do ser humano até o fim. É a razão a quem corresponde dar as ordens e impor obrigações. 
(O bem para o homem é aquilo que conviene (ser uma coisa boa, adequada a alguém) a sua natureza, aquilo a que tem inclinação natural como um ser racional).
- O homem é pessoa. Um ser dotado de dignidade ontológica e que portanto tem por natureza alguns direitos e deveres inerentes à essa dignidade. 
Lei natural: uma ordem ou uma disposição que a razão humana pode descobrir e segundo a qual a vontade humana deve atuar para ajustar-se aos fins necessários do ser humano (em virtude da natureza humana).
5 - Elementos de Derecho Natural em la Declaración
O mero feito de colocar-se a elaborar tal Declaração e o feito de aprova-la, implicam em admitir que há princípios “universalmente válidos”. 
Na Declaração Universal, a liberdade, a justiça e a paz são consideradas como os valores supremos do Direito, os quais tem como base a dignidade intrínseca ou inerente e os direitos básicos de todos, em todo o mundo, tem validez universal. 
A Declaração começa com uma afirmação de que “reconhece” direitos do homem. Não cria, nem inventa, só se dá conta de uma identidade, de uma natureza e circunstancias já existentes. 
Para o juspositivismo radical, só é direito aquilo que é posto por quem está autorizado a fazê-lo, o direito não se reconhece, se cria. Para o jusnaturalismo, há alguns direitos criados pelo homem, mas também há alguns que não são criados, são reconhecidos, pois recebem sua validez não por serem feitas por órgão competente, mas porque estão de acordo com a natureza do ser humano. Os direitos humanos não podem ser criados do nada, mas devem ser reconhecidos.
Na declaração, não se diz o comum quando se legisla, que é estabelece, estatui ou dispõe, diz-se que “proclama”, ou seja, proclama algo que tem validez por si só. Se faz a proclamação para facilitar o reconhecimento e a aplicação de tais princípios universais que eram já válidos antes da proclamação. 
A dignidade é algo essencial ao homem. O ser humano, por sua natureza, é um ser com dignidade. Isso permite concluir que toda pessoa tem todos os direitos e liberdades, sem distinções. 
A naturezadeve ser universal, deve ser a mesma em todos os seres humanos, portanto é uma natureza objetiva, não depende de opinião. Sendo uma natureza objetiva e universal, deve ser respeitada por todos. Os direitos são inalienáveis porque possuem sua fonte no próprio ser humano, sua natureza, não dependem de pacto, norma que os outorgue. 
Se todos os homens tem a mesma natureza, todos os homens nascem iguais, e por isso seus direitos devem ser os mesmos. 
Nós seres humanos somos distintos entre nós, apesar de termos elementos parecidos. São iguais em dignidade moral, e dignidade jurídica. 
Justiça não é dar a todos o mesmo, mas dar a cada um o seu. 
A defesa da dignidade do ser humano implica necessariamente o respeito de sua liberdade. A Declaração deixa claro que a liberdade é uma característica própria da natureza humana, ao afirmar desde o começo que todos os seres humanos nascem livres. 
A liberdade permite que o ser humano regule seus próprios atos. A liberdade no ser humano supõe, em primeiro lugar, uma capacidade de se orientar por um fim, a capacidade de escolher entre agir e não agir, e se agir, a possibilidade de optar por uma coisa ou outra. 
Na Declaração, a defesa do direito a liberdade tem duplo componente. Um componente negativo, que é uma série de limitações que servem de barreiras e que protegem o ser humano contra abusos provenientes de outras pessoas e do Estado. Por outro lado, o componente positivo faz referencia a tudo aquilo que ajuda a pessoa no livre desenvolvimento de seu ser, como os direitos democráticos, direitos sociais etc. 
A filosofia moral estabelece uma divisão dos atos do ser humano. Existem os “atos do homem” e os “atos humanos”. Os primeiros são aqueles que o homem realiza mas que não são propriamente humanos, pois outros animais realizam, como a digestão e os batimentos cardíacos, são atos que dependem e são causados por forças inerentes ao homem e sobre as quais não há controle direto da razão. Os “atos humanos” são aqueles que o ser humano realizar de acordo com sua vontade e que expressam o propriamente humano, pois estão dotados de razão e dependem da sua vontade.
Consequência disso é a responsabilidade que cada ser humano tem por seus atos. Se negarmos a razão, a consciência ou a liberdade do homem, então também teríamos que negar sua responsabilidade civil ou penal por seus atos exercidos. 
O artigo terceiro da declaração diz “Todo individuo tem direito a vida”. Uma consequência evidente e direta do respeito à vida humana é que deve-se reconhecer e cuidar desde sua concepção até sua morte natural. Não é “mais vida humana” a de um menino depois de 5 horas do nascimento e um que acabou de nascer. 
Parece que a sociedade vai-se impermeabilizando e insensibilizando diante de muitos atentados contra a vida humana. Se todo individuo tem direito a vida, não pode então existir critério algum para decidir quem tem mais direito a vida e quem tem menos. 
Se faz necessário voltar a defender com coerência esse valor e este direito a vida. 
Na Declaração se plasma uma concepção de família de acordo com o direito natural, em que a família é “o elemento natural e fundamental da sociedade e tem direito a proteção da sociedade e do Estado”. Na família o ser humano nasce e cresce como pessoa, e nela a pessoa pode desenvolver-se e se fazer consciente de sua dignidade, por isso a importância e centralidade da família. 
Uma sociedade que se estabelece na solidez da instituição familiar pode assegurar sua estabilidade, pois na família se aprendem as responsabilidades sociais e a solidariedade. Por isso é uma instituição que merece proteção especial. 
Sobre matrimônio: “Apenas mediante livre e pleno consentimento dos futuros esposos poderá se contrair o matrimonio”. Se diz que a instituição matrimonial é uma instituição natural, enquanto nasce da natureza humana. 
(Não existe natureza das coisas, nós que inventamos significados das coisas. O matrimônio foi inventado por nós de alguma coisa que acontecia.)
A Declaração consagra o direito à religião quando afirma “Toda pessoa tem direito a liberdade de pensamento, de consciência e de religião”. 
A liberdade religiosa é um direito inalienável da pessoa humana; o fundamento desse direito se encontra na natureza própria do homem; o Estado deve respeitar e favorecer a vida religiosa dos cidadãos, mas não lhe cabe dirigir ou impedir os atos religiosos. 
(Como seria da natureza do homem se nós criamos as religiões? Existem várias religiões e surgem novas)
Na Declaração de 1948 podemos evidenciar uma serie de elementos de direito natural que lhe dão estrutura e firmeza. Ao falar de dignidade intrínseca, de direitos iguais e inalienáveis, de direito a vida, a liberdade, a liberdade religiosa etc, nos remete ao ser humano e sua dignidade com fundamentos últimos do direito. 
Se os direitos humanos tiverem sua base somente no consenso e na maioria, poderiam mudar e inclinar-se para o lado de quem tem mais poder. 
(Mas se o direito for apenas colocado, criado por nós, não dá um critério de tanta validade e respeito, como dão as regras estabelecidas por “Deus”, por exemplo. Talvez para conseguir realmente aplicar os direitos humanos seja necessário fundamentar os direitos em algo além dos seres humanos. Poderia ser um exemplo o que acontece no Conselho de Segurança da ONU, os vetos aplicados por países como EUA, Russia etc à medidas que seriam aplicadas a outros países, mas que são aliados e possuem interesses em comum, agem em interesse próprio violando os direitos humanos)
A garantia real e a firmeza/segurança de qualquer declaração de direito humanos está sempre no reconhecimento da dignidade universal e objetiva da pessoa humana. É ali, no ser humano, onde encontraremos a base para fundar solidamente o direito. 
(Mas mesmo se nós criamos o direito, o direito positivo, criamos normas e regras, organização, em função de nós mesmos, então o direito não seria já fundado no ser humano?)

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