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CCJ0014-WL-C-SIA- Contratos - Evicção

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Conceito
FACULDADE DE DIREITO – PROF. ANDREI BRETTAS GRUNWALD
	 A evicção significa, portanto, a perda em juízo da coisa adquirida ..., isto é, a perda da coisa pelo adquirente em razão de uma decisão judicial. 
	
	A evicção garante contra os defeitos de direito, da mesma forma que os vícios redibitórios garantem contra os defeitos materiais.
VENOSA, Silvio de Salvo. Direito Civil. Vol 3. Atlas: São Paulo: 2010, p. 563
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Conceito
FACULDADE DE DIREITO – PROF. ANDREI BRETTAS GRUNWALD
	 Na esteira do conceito de evicção encontrado no Direito romano, a doutrina sustenta que a evicção ocorre quando o adquirente perde, inteira ou parcialmente, a coisa adquirida, em virtude de sentença judicial, que a atribui a terceiro, por reconhecer que este possui sobre ela direito anterior ao contrato.
ZANELLATO, Marco Antônio. Considerações sobre Evicção. Acessado: http://www.justitia.com.br/artigos/cz0a8z.pdf em 18/08/2010.
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Conceito
FACULDADE DE DIREITO – PROF. ANDREI BRETTAS GRUNWALD
	 O Prof. Flávio Tartuce (Direito Civil Vol. 3, 2010) ensina que “a evicção pode ser conceituada como sendo a perda da coisa diante de uma decisão judicial ou de um ato administrativo que a atribui a um terceiro. Há uma garantia legal quanto á evicção nos contratos bilaterais, onerosos e comutativos. Essa garantia existe ainda que a venda tenha sido realizado em hasta pública.
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Sujeitos
FACULDADE DE DIREITO – PROF. ANDREI BRETTAS GRUNWALD
Alienante é aquele que transfere a coisa viciada por meio de contrato oneroso. É o responsável pela evicção, que deverá indenizar o evicto;
Evicto (do latim evictus, vencido), adquirente que sofre a evicção ou perde a coisa adquirida; 
Evictor é o terceiro que teve a decisão judicial ou administrativa favorável; é aquele que alega direito anterior ao do alienante;
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Requisitos
FACULDADE DE DIREITO – PROF. ANDREI BRETTAS GRUNWALD
1. É indispensável que ocorra uma perturbação de direito, fundada em causa jurídica;
	
2. Esse vício de direito deve ser anterior ou concomitante à alienação, o que é ponto primordial. Se examina a existência da evicção no momento da transferência da posse ou da propriedade; 
3. Existência de uma sentença judicial. O direito do terceiro deve apresentar-se de forma clara e cristalina;
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Diagrama
FACULDADE DE DIREITO – PROF. ANDREI BRETTAS GRUNWALD
Adquirente / 
Evicto
Reivindicatória
Adquirente / 
Evicto
Terceiro / 
Evictor
Art. 456
Oneroso
Boa Fé
Má 
Fé
Art. 457
$ + Ind.
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Código Civil – 447 e 448
FACULDADE DE DIREITO – PROF. ANDREI BRETTAS GRUNWALD
	“Art. 447. Nos contratos onerosos, o alienante responde pela evicção. Subsiste esta garantia ainda que a aquisição se tenha realizado em hasta pública. 
	Art. 448. Podem as partes, por cláusula expressa, reforçar, diminuir ou excluir a responsabilidade pela evicção.” 
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Código Civil – 449 a 450
FACULDADE DE DIREITO – PROF. ANDREI BRETTAS GRUNWALD
	“Art. 449. Não obstante a cláusula que exclui a garantia contra a evicção, se esta se der, tem direito o evicto a receber o preço que pagou pela coisa evicta, se não soube do risco da evicção, ou, dele informado, não o assumiu. 
	Art. 450. Salvo estipulação em contrário, tem direito o evicto, além da restituição integral do preço ou das quantias que pagou: 
I - à indenização dos frutos que tiver sido obrigado a restituir; 
II - à indenização pelas despesas dos contratos e pelos prejuízos que diretamente resultarem da evicção;”
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Código Civil – 449 a 450
FACULDADE DE DIREITO – PROF. ANDREI BRETTAS GRUNWALD
	“Art. 450. Salvo estipulação em contrário, tem direito o evicto, além da restituição integral do preço ou das quantias que pagou: 
...
III - às custas judiciais e aos honorários do advogado por ele constituído. 
Parágrafo único. O preço, seja a evicção total ou parcial, será o do valor da coisa, na época em que se evenceu, e proporcional ao desfalque sofrido, no caso de evicção parcial.” 
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Código Civil – 449 a 450
FACULDADE DE DIREITO – PROF. ANDREI BRETTAS GRUNWALD
	“Art. 450. Salvo estipulação em contrário, tem direito o evicto, além da restituição integral do preço ou das quantias que pagou: 
...
III - às custas judiciais e aos honorários do advogado por ele constituído. 
Parágrafo único. O preço, seja a evicção total ou parcial, será o do valor da coisa, na época em que se evenceu, e proporcional ao desfalque sofrido, no caso de evicção parcial.” 
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Garantia
FACULDADE DE DIREITO – PROF. ANDREI BRETTAS GRUNWALD
	 Em decorrência dos artigos 449 e 450 do Código Civil, no ponto que se refere a garantia do bem adquirido e a responsabilidade do alienante pelo resultado da evicção, o Prof. Washington de Barros Monteiro criou três fórmulas, levando-se em consideração o conhecimento ou não dos fatos pelo evicto.
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Garantia
FACULDADE DE DIREITO – PROF. ANDREI BRETTAS GRUNWALD
Cláusula expressa de exclusão da garantia + conhecimento do risco da evicção pelo evicto = isenção de toda e qualquer responsabilidade por parte do alienante;
Cláusula expressa de exclusão da garantia – ciência específica desse risco por parte do adquirente = responsabilidade do alienante apenas pelo preço pago pelo adquirente pela coisa evicta;
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Garantia
FACULDADE DE DIREITO – PROF. ANDREI BRETTAS GRUNWALD
Cláusula expressa de exclusão da garantia, sem que o adquirente haja assumido o risco da evicção de que foi informado = direito deste de reaver o preço que desembolsou.
	Em não havendo a referida cláusula de exclusão da garantia (cláusula de non praestaenda evictione) ou irresponsabilidade pela evicção, a responsabilidade do alienante será plena.
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Código Civil
FACULDADE DE DIREITO – PROF. ANDREI BRETTAS GRUNWALD
	“Art. 451. Subsiste para o alienante esta obrigação, ainda que a coisa alienada esteja deteriorada, exceto havendo dolo do adquirente. 
	Art. 452. Se o adquirente tiver auferido vantagens das deteriorações, e não tiver sido condenado a indenizá-las, o valor das vantagens será deduzido da quantia que lhe houver de dar o alienante. 
	Art. 453. As benfeitorias necessárias ou úteis, não abonadas ao que sofreu a evicção, serão pagas pelo alienante.”
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Código Civil
FACULDADE DE DIREITO – PROF. ANDREI BRETTAS GRUNWALD
	 “Art. 454. Se as benfeitorias abonadas ao que sofreu a evicção tiverem sido feitas pelo alienante, o valor delas será levado em conta na restituição devida. 
	Art. 455. Se parcial, mas considerável, for a evicção, poderá o evicto optar entre a rescisão do contrato e a restituição da parte do preço correspondente ao desfalque sofrido. Se não for considerável, caberá somente direito a indenização.” 
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Indenização e Benfeitorias
FACULDADE DE DIREITO – PROF. ANDREI BRETTAS GRUNWALD
	O Prof. Silvio de Salvo Venosa esclarece:
	
	“O montante indenizatória é conseqüência do direito de garantia, que, por sua vez, tem relação com o princípio da boa-fé, como vimos. Os prejuízos efetivos decorrentes da perda da coisa devem ser devidamente provados. ... Na evicção, a idéia é de que o patrimônio seja recomposto integralmente.”
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Indenização e Benfeitorias
FACULDADE DE DIREITO – PROF. ANDREI BRETTAS GRUNWALD
	E complementa:
	“São conseqüências lógicas dos princípios gerais que regem as benfeitorias. Se o adquirente fez benfeitorias úteis e necessárias e não tiver sido reembolsado, na sentença (a lei diz abonado), seus respectivos valores devem ser incluídos na indenização devida pelo alienante (que terá ação regressiva contra o evictor). Se houve abono delas na sentença, mas foi o alienante quem as realizou, devem ser descontadas na ação contra este último.”
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Código Civil – art. 456 e 457
FACULDADE DE DIREITO – PROF. ANDREI BRETTAS GRUNWALD
	“Art. 456. Para poder exercitar o direito que da evicção lhe resulta, o adquirente notificará do litígio o alienante imediato, ou qualquer dos anteriores, quandoe como lhe determinarem as leis do processo. 
	Parágrafo único. Não atendendo o alienante à denunciação da lide, e sendo manifesta a procedência da evicção, pode o adquirente deixar de oferecer contestação, ou usar de recursos.” 
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Denunciação
FACULDADE DE DIREITO – PROF. ANDREI BRETTAS GRUNWALD
	O artigo 70 do Código de Processo Civil fixa que o alienante imediato é que deverá ser denunciado a lide. 
	“Artigo 70. A denunciação da lide é obrigatória:
	I – ao alienante, na ação em que terceiro reivindica coisa, cujo domínio foi transferido á parte, a fim de que esta possa exercer o direito que da evicção lhe resulta;”
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Denunciação
FACULDADE DE DIREITO – PROF. ANDREI BRETTAS GRUNWALD
	Nos ensinamentos de Silvio de Salvo Venosa (Direito Civil,vol. 3, 2010,p 567), conclui que:
	“A exigência absoluta da litisdenunciação não inibe, em sua falta, a ação de indenização decorrente dos princípios gerais, do inadimplemento dos contratos, ação essa transmissível aos sucessores universais e singulares.”
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Denunciação
FACULDADE DE DIREITO – PROF. ANDREI BRETTAS GRUNWALD
	Nos ensinamentos de Silvio de Salvo Venosa (Direito Civil,vol. 3, 2010,p 567), conclui que:
	“A exigência absoluta da litisdenunciação não inibe, em sua falta, a ação de indenização decorrente dos princípios gerais, do inadimplemento dos contratos, ação essa transmissível aos sucessores universais e singulares.”
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Código Civil – art. 457
FACULDADE DE DIREITO – PROF. ANDREI BRETTAS GRUNWALD
	“Art. 457. Não pode o adquirente demandar pela evicção, se sabia que a coisa era alheia ou litigiosa. ”
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Da Coisa
FACULDADE DE DIREITO – PROF. ANDREI BRETTAS GRUNWALD
	 O Prof. Silvio de Salvo Venosa esclarece que: quem adquire coisa que sabe ser litigiosa ou que sabe ser de outrem assume os riscos desse negócios. Não pode reclamar a evicção se a coisa não lhe chega indene. As hipóteses do artigo são: o adquirente deve saber dessas situações quando do negócio e as situações em que a coisa adquirida está onerada com gravame real.
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Da Coisa
FACULDADE DE DIREITO – PROF. ANDREI BRETTAS GRUNWALD
	 O Prof. Silvio de Salvo Venosa esclarece que: quem adquire coisa que sabe ser litigiosa ou que sabe ser de outrem assume os riscos desse negócios. Não pode reclamar a evicção se a coisa não lhe chega indene. As hipóteses do artigo são: o adquirente deve saber dessas situações quando do negócio e as situações em que a coisa adquirida está onerada com gravame real.
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Jurisprudência
FACULDADE DE DIREITO – PROF. ANDREI BRETTAS GRUNWALD
EVICÇÃO. INDENIZAÇÃO. DENUNCIAÇÃO DA LIDE. 1. Por não se ter denunciado, quando reinvidicada a coisa por terceiro, não impede se pleitear ‘a devolução do preço da coisa vendida, se não provado que o alienante sabida do risco dessa evicção ou, em dele sabendo, que não o assumira’. Em tal sentido precedentes do STJ: RESP´s 9.552 e 22.148, DJ´s de 03.08.92 e 05.04.93. 2. A pretensão de simples reexame de prova não enseja o recurso especial (Súmula 7). 3. Recurso Especial não conhecido.”(STJ, Resp 132.258/RJ, Recurso Especial 1997/0034131-3, DJ 17.04.2000, p. 56, RDTJRJ 44/52, Rel. Min. Nilson Vaves, j. 06.12.1999, 3ª Turma)
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Jurisprudência
FACULDADE DE DIREITO – PROF. ANDREI BRETTAS GRUNWALD
PROCESSO CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL. AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR PERDAS E DANOS. VEÍCULO IMPORTADO. EVICÇÃO. DENUNCIAÇÃO DA LIDE. AUSÊNCIA DE OBRIGATORIEDADE. 1. Esta Corte tem entendimento assente no sentido de que "direito que o evicto tem de recobrar o preço, que pagou pela coisa evicta, independe, para ser exercitado, de ter ele denunciado a lide ao alienante, na ação em que terceiro reivindicara a coisa" (REsp 255639/SP, Rel. Min. CARLOS ALBERTO MENEZES DIREITO, Terceira Turma, DJ de 11/06/2001). 2. Agravo regimental desprovido. (STJ, AgRg no Ag 917314 / PR, Agravo Regimental no AI 2007/0134267-6, Rel. Min. Fernando Gonçalves, 4ª Turma, j. 15/12/2009, DJe 22/02/2010)
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Jurisprudência
FACULDADE DE DIREITO – PROF. ANDREI BRETTAS GRUNWALD
Evicção. Denunciação da lide. Precedentes da Corte. 1. Já assentou a Corte, em diversos precedentes, que o "direito que o evicto tem de recobrar o preço, que pagou pela coisa evicta, independe, para ser exercitado, de ter ele denunciado a lide ao alienante, na ação em que terceiro reivindicara a coisa". 2. Recurso especial não conhecido. (STJ. REsp nº 2000/0037768-6 no RESP 255639 / SP, 3ª Turma, Rel. Min. Carlos Alberto Menezes Direito, julgado 24/04/2001, DJ 11/06/2001)
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Jurisprudência
FACULDADE DE DIREITO – PROF. ANDREI BRETTAS GRUNWALD
CIVIL. INDENIZAÇÃO. EVICÇÃO. 1.- "A orientação jurisprudencial desta Terceira Turma é no sentido de que, pela perda sofrida, tem o evicto direito à restituição do preço, pelo valor do bem ao tempo em que dele desapossado, ou seja, ao tempo em que se evenceu" (REsp 132.012/SP, Rel. Min. WALDEMAR ZVEITER, DJ 24.5.1999). Recurso Especial conhecido e provido para que o pagamento se faça pelo preço do imóvel do tempo da evicção, devidamente corrigido. (STJ, REsp 748477 / RS Recurso Especial 2005/0073447-6, Rel. Min. Sidnei Beneti, 3ª Turma, Julgado em 03/11/2009, DJ: 25/11/2009)

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