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2 - GESSO

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UNINASSAU 
Curso de Arquitetura-Disciplina: Tecnologia de Construção 1 
Prof. MSc Fabrício Varejão 
Gesso 
 
 
 
Gesso. Massa plástica de gesso. 
 
 Criança brincando com gesso. 
O gesso é um mineral aglomerante produzido a partir do aquecimento da 
gipsita, um mineral abundante na natureza, e posterior redução a pó da 
mesma. É composto principalmente por sulfato de cálcio hidratado 
(CaSO4•2H2O) e pelo hemidrato obtido pela calcinação desse 
(CaSO4•½H2O). É encontrado em praticamente o mundo todo, e ocorre no 
Brasil em terrenos cretáceos de formação marinha, principalmente no 
Maranhão, no Ceará, no Rio Grande do Norte, no Piauí e em Pernambuco. 
Sua cor geralmente é branca, mas impurezas podem conferir a ele tons 
acinzentados, amarelados, rosados ou marrons.Ao umedecer o gesso com 
cerca de um terço de seu peso em água, forma-se uma massa plástica que 
sofre expansão e endurece em cerca de dez minutos. 
 
 
 
Esta é utilizada na confecção de moldes, na construção, em acabamentos de 
reboco e tetos de construções, e, modernamente, na produção de 
rebaixamentos e divisórias, em conjunto com o papelão. 
Também é usado em aparelhos ortopédicos, trabalhos de prótese dentária, 
confecção de formas e moldes, imobilização, adubo (na forma de gipsita), 
retardador ou acelerador de presa no cimento Portland, e isolante térmico, 
já que seu coeficiente de condutividade térmica é 0,46 W/m·°C. 
O gesso cristaliza no sistema monoclínico, formando cristais de espessuras 
variadas chamados de selenita. Pode ser encontrado também na forma de 
agregados granulares chamados alabastro ou em veios fibrosos com brilho 
sedoso chamados espato-de-cetim. 
 
Gesso em placas. 
Apresenta grande impacto ambiental, pois seu processo de calcinação 
precisa de altas temperatura, requerendo consumo energético, que e 
retirado da flora local, onde a maioria das empresas não se propõem em 
criar um plantio para esse fim devastando a flora, a fauna e a resiliencia 
doo lugar. Durante o processo é liberada grande quantia de água e resíduos 
da combustão, residuos estes que não são utilizados gerando um impacto 
devido a deposição inadequada do mesmo, no processo de calcinação são 
liberados óxidos de enxofre (SOx) que reagem coma água, resultando em 
gás sulfídrico (H2S) e ácido sulfúrico (H2SO4) criando uma possibilidade de 
chuva acida. 
 
 
 
 História 
O gesso é conhecido há muito tempo, sendo um dos mais antigos materiais 
de construção que exigem transformação no processo de obtenção, assim 
como a cal e o barro. Escavações na Síria e na Turquia revelaram que o 
gesso é utilizado desde há oito mil anos antes da era comum, na forma de 
rebocos que serviam de apoio a frescos decorativos, no preparo do solo e 
confecção de recipientes. Escavações em Jericó revelaram uso do gesso em 
moldagem há seis mil anos. A Pirâmide de Quéops, de aproximadamente 
2800 a.C., preserva um dos mais antigos vestígios do emprego de gesso em 
construção.1 
No século XVIII houve grande generalização no emprego do gesso em 
construção, de tal forma que a maior parte das edificações terem sido 
construídas com painéis de madeira tosca rebocados com gesso. Entretanto, 
nesta época a produção do gesso ainda era rudimentar e experimental. Em 
1768 Lavoisier apresenta à Academia de Ciências o primeiro estudo 
científico acerca dos fenômenos presentes no preparo do gesso. 
No século XIX, vários autores realizaram trabalhos explicando 
cientificamente a desidratação da gipsita, principalmente os de VantHoff e 
os de La Chatelier. Estes trabalhos serviram de base para uma profunda 
transformação nos equipamentos utilizados no processo. Apesar disto, 
apenas no século XX, devido à evolução da indústria, é que as 
transformações mais profundas foram introduzidas, resultando nos 
equipamentos atuais. 
Mineralogia 
O gesso é uma rocha sulfetada, com a fórmula química Ca[SO4]•2H2O. 
Como mineral cristaliza no sistema monoclínico, com um hábito 
prismático, em que por vezes, aparecem cristais de hábito tabular. 
Ocasionalmente possui maclas em ferro de lança e/ou em cauda de 
andorinha. A gipsite é um material granular, por vezes fino, em forma de 
maciço. Possui cores variáveis como o branco, cinza, verde ou incolor. As 
cores devem-se frequentemente à presença de impurezas que lhe estão 
associadas, como a calcite, dolomite, pirite, óxidos de Fe, argilas, barite, 
anidrite e quartzo secundário. O seu brilho pode ser vítreo, nacarado ou 
sedoso. É frequentemente translúcido. 
 
 
O gesso possui uma dureza de 2 e uma densidade que vai do 2,3 a 2,4. Pode 
possuir clivagens e a sua risca é de cor branca. A sua cor de florescência é 
verde. O gesso pode aparecer em diversas variedades: 
Gipsite: é das variedades mais abundantes de gesso. Facilmente se 
transforma em anidrite (variedade desidratada de gesso) se as condições de 
calor, pressão e presença de água variarem. 
• Anidrite: forma-se como mineral primário em sabkhas ou em bacias 
profundas. O termo está muito associado há gipsite porque a única 
diferença entre eles é as moléculas de água. A anidrite contém maior 
densidade que a gipsite, contudo, possui menor porosidade. 
 
• Selenite: é um mineral de gesso macrocristalina, incolor, hialina e 
euédrica. Encontra-se, muitas vezes, a preencher fendas em rochas. 
 
• Alabastro: o alabastro é uma variedade de gesso que faz lembrar o 
mármore, maciça, microgranular e translúcido. As suas cores 
dependem das impurezas contidas. Ocorre, frequentemente, em 
zonas de grandes depósitos de gesso. 
 
• Espato: o espato é acetinado, fibroso e possui um brilho sedoso. Este 
material em forma de agulha deposita-se em fraturas e ao longo de 
planos de estratificação. 
Gesso em Portugal 
Em Portugal, o gesso encontra-se principalmente na bacia Lusitânica e teve como 
origem evaporítica. Soure, Monte Redondo, Óbidos, Caldas da Rainha, Sesimbra e 
Loulé (pertence à bacia do Algarve) são os locais principais onde ocorrem afloramentos 
de gesso, segundo Galopim de Carvalho. Estas formações têm idade Jurássica. 
 
 
 
 
Bibliografia 
• GALOPIM DE CARVALHO, A.M., Introdução ao estudo dos minerais, Âncora 
Editora, Lisboa, 2002 
• GROVES, A.W., Gypsum and anhydrite, Her majesty´s stationery office, 
Londres, 1958 
Referências 
1. VIABILIDADES TÉRMICA, ECONÔMICA E DE MATERIAIS DE UM 
SISTEMA SOLAR DE AQUECIMENTO DE ÁGUA A BAIXO CUSTO 
PARA FINS RESIDENCIAIS (PDF) pp. 19-21. Universidade Federal do Rio 
Grande do Norte (Junho de 2007). Página visitada em 23 de outubro de 2011. 
Na referência citada a unidade de medida para condutividade térmica contém a 
temperatura relativa (°C), no entanto a temperatura absoluta (K) é usada na dedução da 
fórmula, o que pode causar discrepância e erros de cálculo.

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