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Resenha: Educação Escolar: Políticas, Estrutura e Organização

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1.1 Resenha 
A resenha é um tipo de trabalho acadêmico que exige de seu autor um 
determinado nível de conhecimento sobre o assunto. Esse conhecimento permitirá 
estabelecer comparações e a emissão de juízos de valor, ou seja, dizer se concorda ou 
discorda das considerações apresentadas na obra ou texto a ser resenhado. Pode ser 
utilizado para descrever acontecimentos da realidade (um filme, uma peça teatral, um 
evento esportivo, etc.), além de livros ou textos diversos.
Ao elaborar uma resenha o seu autor tem o objetivo principal de apresentar uma 
determinada obra para um tipo específico de leitor. Nesse caso, sugerimos que sejam 
considerados na elaboração da resenha os seguintes aspectos: 
• Apresentar o autor e dar referências sobre sua vinculação institucional e 
sua obra, bem como outras obras que tenha produzido; 
• Identificar o foco principal da discussão elaborada pelo autor no texto 
(objetivo; questão central que orienta a discussão do texto, pressupostos 
que norteiam as abordagens adotadas e a discussão elaborada); estrutura 
argumentativa apresentada no texto, ou seja, como o autor vai 
construindo os seus com o intuito de dar conta dos objetivos propostas ou 
de responder a questão central; 
• Apresentar as principais conclusões do autor e os comentários pessoais 
do autor da resenha. 
Vale destacar, que os comentários pessoais podem ser apresentados ao longo do 
texto, ou no final conforme estilo do autor. No entanto, esses comentários pessoais 
precisam estar respaldados em argumentos teóricos convincentes ou contradições que 
possam ser apreendidas no próprio texto.
A resenha deve ser, portanto, um texto que apresenta informações selecionadas e 
resumidas sobre o conteúdo de outro texto, trazendo, além das informações, 
comentários e avaliações do autor da resenha.
Veja o exemplo, a seguir, de uma resenha formulada por uma aluna de um curso 
de graduação. 
RESENHA DA OBRA: 
LIBÂNEO, J. C., OLIVEIRA, J. F de, TOSCHI, M. S. Educação escolar: políticas, 
estrutura e organização. São Paulo: Cortez, 2005.
Resenhado por: _______________________________________
Este livro traz uma reflexão sobre nosso comportamento como educadores 
frente às transformações em curso na sociedade contemporânea, tendo em vista 
compreender a escola e a atuação dos professores nos processos decisórios concretos 
que ocorrem no âmbito da organização e da gestão. Proporciona aos alunos em 
processo de formação a compreensão sobre os contextos mais amplos em que os 
professores exercem suas atividades profissionais e o seu papel na organização da 
escola é a questão central que permeia toda essa rica leitura.
Vale ressaltar a importância da produção de José Carlos Libâneo, João Ferreira 
de Oliveira e Mirza Seabra Toschi para o cenário acadêmico, sobretudo, por suas 
contribuições na formação de muitos pesquisadores que tiveram nas obras desses 
autores respaldo para compreender e edificar o árduo caminho da construção da 
ciência.
Doutor em educação, professor da Universidade Católica de Goiás e 
pesquisador, Libâneo é conhecido em nosso meio através de seus estudos nas áreas de 
Teoria da Educação, Didática e Organização do Trabalho Escolar, e pela publicação 
de vários títulos: Didática; Adeus, professor, adeus, professora?; Pedagogia e 
pedagogos para quê? e Organização e gestão da escola. João Oliveira, pedagogo, 
mestre em Educação Brasileira pela UFG e doutor em Educação pela USP, é professor 
na Faculdade de Educação da UFG e no Programa de Pós-Graduação em educação 
dessa universidade. Além de exercer o cargo de diretor da seção Goiás da Associação 
Nacional de Política e Administração da Educação (ANPAE). Mirza Toschi, graduada 
em Ciências Sociais e em Comunicação Social, mestre em Educação Brasileira pela 
UFG e doutora em Educação pela UNIMEP, é professora da Faculdade de Educação 
da UFG nas áreas de Estrutura e Funcionamento do Ensino e Organização do Trabalho 
Escolar, bem como no Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade. É 
ainda vice-presidente da ANPAE. Seus estudos, de certa forma, influenciaram muitos 
pesquisadores, dado sua importância na área educacional.
A obra está organizada em quatro partes. A primeira é escrita por João Ferreira 
de Oliveira; as segunda e terceira partes por Mirza Seabra Toschi e a quarta por José 
Carlos Libâneo. Nos artigos os autores buscam atender aos alunos dos cursos de 
Pedagogia e de formação de professores, no sentido de ampliar sua compreensão 
crítica sobre a educação brasileira, com base no conhecimento e na discussão de 
aspectos fundamentais das políticas educacionais e do funcionamento da escola. Nesta 
resenha voltamos a atenção apenas ao primeiro capítulo da primeira parte que trata da 
“A educação escolar no contexto das transformações da sociedade”. Nela é 
apresentado um breve histórico de como a escola vem sendo questionada acerca de 
seu papel ante as transformações econômicas (Globalização), políticas e culturais do 
mundo contemporâneo. O autor estrutura esta primeira parte em dois capítulos. No 
capítulo 1 discute “As transformações técnico-científicas, econômicas e políticas”, 
promovendo uma reflexão do tema através dos seguintes aspectos: 1. Revolução 
tecnológica: impactos e perspectivas, em que traz discussões à respeito de uma tríade 
revolucionária: a energia termonuclear, a microbiologia e a microeletrônica; 2. 
Globalização e exclusão social, com os subtítulos: Globalização dos mercados; 
inclusão ou exclusão? e Globalização do poder:o Estado global e a nova ordem 
econômica mundial; e no 3. Neoliberalismo: o mercado como princípio fundador, 
unificador e auto-regulador da sociedade, com as seguintes discussões: O paradigma 
da igualdade, o Paradigma liberdade econômica, da eficiência e da qualidade e 
Neoliberalismo e educação: reformas e políticas educacionais de ajuste.
Em linhas gerais o livro mostra a escola (de hoje) e seu papel ante as 
transformações econômicas como construção ideológica do novo sistema capitalista, o 
Neoliberalismo. Este sistema mundial auto-regulado trouxe a globalização como 
solução para a crise que o capitalismo sofreu ao longo das décadas. Dentre as 
principais mudanças estão: a valorização da ciência e da tecnologia e o trabalhador 
qualificado constituído de pleno desenvolvimento cognitivo, social e pessoal e ainda 
flexível e polivalente.
O sistema aponta para escola com a finalidade de satisfazer os interesses do 
mercado (capitalista) e como isso trouxe mudanças nos interesses e necessidades e nos 
valores escolares. Inclusive na postura do professor que altera sua atitude e seu 
trabalho devido aos avanços nos meios de comunicação e tecnologia. O autor ainda 
apresenta elementos constitutivos da realidade contemporânea, implicações e 
desafios apresentados, com a finalidade de reunir elementos críticos que possibilitem 
estabelecer objetivos para uma educação escolar pública e democrática que 
contemple as exigências do mundo contemporâneo, tendo em vista a construção de 
uma sociedade mais justa e igualitária (p.56).
 Porém, como construir uma sociedade igualitária em meio a um sistema tão 
avassalador como o Neoliberal? Não é possível pensar nesta questão sem compará-la 
à acentuação da crise social em que vivemos atualmente no Brasil e no mundo, em 
que a valorização da velocidade de informação e as exigências de qualificação para o 
trabalho nos obrigam adistanciarmos da reflexão de questões como esta, 
fundamentais à nossa prática docente.
Esta brilhante obra de cunho político-educacional, além de ser bem escrita 
(linguagem simples e acessível), torna-se ainda mais grandiosa por seu “poder de 
reflexão”, na medida em que, através de sua leitura, atentamos para a questão de que a 
reflexão deve ser, sempre, incorporada como atitude do professor e do aluno, com 
ênfase na educação como processo de formação da competência humana e histórica.

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