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CCJ0051-WL-B-PA-07-TP Argumentação-Antigo

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Título 
Teoria e Prática da Argumentação Jurídica 
Número de Aulas por Semana 
 
Número de Semana de Aula 
7 
Tema 
Tipos de argumento: seleção e combinação (continuação) 
Objetivos 
- Reconhecer estrutura e aspectos persuasivos dos argumentos de oposição, de causa e efeito e de analogia. 
- Compreender que a quebra de expectaƟvas como estratégia discursiva do argumento de oposição, apoiada no uso dos operadores argumentaƟvos de concessão e adversidade. 
- IdenƟficar o uso da jurisprudência como importante fonte argumentaƟva. 
Estrutura do Conteúdo 
1. Relação entre fontes do Direito e Ɵpos de argumento 
2. Argumento de oposição. 
2.1. Estrutura, caracterísƟcas e informações lingüísƟcas relevantes 
3. Argumento de causa e efeito 
3.1. Estrutura, caracterísƟcas e informações lingüísƟcas relevantes 
4. Argumento de senso comum 
4.1. Estrutura, caracterísƟcas e informações lingüísƟcas relevantes 
Aplicação Prática Teórica 
O ARGUMENTO DE OPOSIÇÃO serve  ao profissional do Direito como uma estratégia discursiva eficiente para a  redação de uma boa fundamentação. Compõe-se da 
introdução de uma perspecƟva oposta ao ponto de vista defendido pelo argumentador, admitindo-o como uma  possibilidade de conclusão, para depois apresentar, como argumento 
decisivo, a perspecƟva contrária. 
Apoiada no uso dos conectores argumentativos concessivos e adversativos, essa estratégia permite antecipar as possíveis manobras discursivas que formarão a 
argumentação da outra parte durante a busca de solução jurisdicional para o conflito, enfraquecendo, assim, os fundamentos mais fortes da parte oposta. 
Para ficar clara essa estrutura, desenvolvemos adiante esses parágrafos. Compreenda que as estruturas sugeridas não são, de forma alguma, instrumentos que impedem 
a liberdade redacional do argumentador; ao contrário,  a parƟr delas novas informações podem ser acrescidas ? sem descaracterizar a estratégia. 
  
Argumento  de oposição concessiva 
Embora haja quem argumente ser impossível pensar a afeƟvidade como valor jurídico, pois não existe lei que obrigue alguém a ser pai, nem garanta reaproximações 
indesejadas , a JusƟça pode, sim, fazer valer o direito de um filho em relação aos cuidados paternais, por meio de uma reparação afeƟva. Essa reparação André Júlio deve a Alexandre, 
por sua luta inglória desde quase os sete anos de idade, a fim de reaver o afeto do  pai. Falta de carinho, de atenção e de presença não se quanƟfica, mas pode ser compensada para 
amenizar o sofrimento de Alexandre, por ter tido um pai ausente. 
  
Também podemos redigir o argumento desta maneira: 
  
Argumento de oposição restriƟva 
Há quem argumente ser impossível pensar a afeƟvidade como valor jurídico, ou seja, que não existe lei que obrigue alguém a ser pai, nem garanta reaproximações 
indesejadas, mas a JusƟça pode, sim, fazer valer o direito de um filho em relação aos cuidados paternais, por meio de uma reparação afeƟva. Essa reparação André Júlio deve a 
Alexandre, por sua luta inglória desde quase os sete anos de idade, a fim de reaver o afeto do pai. Falta de carinho, de atenção e de presença não se quantifica, mas pode ser 
compensada para amenizar o sofrimento de Alexandre, por ter tido um pai ausente. 
  
  
Além do argumento de oposição, outro que também se mostra de grande eficiência na  práƟca argumentaƟva é o ARGUMENTO DE CAUSA E EFEITO, que estabelece uma 
relação de causalidade, ou seja, são apresentadas as causas e as consequências jurídicas de um ato praticado. 
  
Com relação ao ARGUMENTO DE ANALOGIA , a obra principal adotada para esta disciplina ? Lições de GramáƟca aplicadas ao Texto Jurídico ? menciona que é importante 
discuƟr se é possível usar a jurisprudência com fonte. Antes de enfrentar qualquer questão, tomemos como conceito de jurisprudência, em  senƟdo estrito, o conjunto de decisões 
uniformes, sobre uma determinada  questão jurídica, prolatadas pelos órgãos do Poder Judiciário. 
O próprio conceito  atribuído à fonte aqui discuƟda sugere que sua autoridade advém do órgão que a profere (jurisdição). Isso é inegável. O que se quesƟona é que, 
independentemente da autoridade que a reveste, o que faculta verdadeiramente  seu uso ? e a torna eficiente ? é a proximidade do caso analisado com os outros cujas decisões são 
tomadas como referência. 
Isso implica dizer que, em úlƟma instância, o que faz do uso da jurisprudência uma estratégia interessante para a argumentação é o raciocínio de que casos semelhantes 
devem  receber tratamentos análogos por parte do Judiciário, para que não sejam observadas injusƟças ou discrepâncias. É a semelhança entre o caso concreto analisado e o 
processo já transitado em julgado que autoriza o uso da jurisprudência. 
Tanto é assim que se ambos os conflitos versarem sobre direito possessório, por exemplo, mas as  circunstâncias em que cada um deles ocorreu não forem as mesmas, a 
simples  proximidade temáƟca não autoriza o uso da jurisprudência pela autoridade de que é revesƟda. Por essa razão, preferimos elencar as decisões judiciais reiteradas como 
motivadoras de argumentos por analogia. 
Uma observação se faz necessária, neste ponto: para o acadêmico de Direito importa, muitas vezes, mais o domínio das estratégias argumentaƟvas e dos Ɵpos de argumento, 
do  ponto de vista práƟco, que a própria classificação desses elementos, pois esta é uma preocupação prioritariamente didáƟca. 
  
CASO CONCRETO 
  
Cliente baleado diz que vigia disparou após discussão em porta giratória 
O cabeleireiro João Adriano Santos, de 29 anos, foi baleado por um vigia de uma agência bancária em São Mateus, na Zona Leste de São Paulo, após ser 
parado na porta giratória e discuƟr com o funcionário. O Ɵro aƟngiu João nas costas, mas não causou ferimentos graves. Ele está consciente e foi  liberado após 
receber tratamento no Hospital São Mateus. 
A Polícia Militar foi acionada pouco depois das 14h para ir até o banco, na Avenida Mateo Bei. O vigia, de 37 anos, está deƟdo. João Adriano relatou que 
havia ido ao banco pagar uma conta e foi parado na entrada. O segurança teria pedido que ele reƟrasse todos os objetos de metal do bolso, mas João disse que 
não carregava nenhum objeto desse Ɵpo. Houve uma discussão e João conta ter sido insultado pelo vigia. 
Após entrar, João Adriano ficou ao lado do segurança, esperando que o amigo que o acompanhava passasse pela porta giratória. Nesse momento, afirma 
ter levado uma rasteira e, em seguida, o tiro. Ele foi levado para o hospital e, às 19h, estava no 49º Distrito Policial, em São Mateus, prestando depoimento. ?Acho 
que todas as portas giratórias de banco Ɵnham que ser reƟradas porque não há funcionários preparados para trabalhar com elas?, afirmou. A agência bancária foi 
fechada logo após o incidente. 
O Banco disse estar acompanhando a  recuperação do cliente e lamentou o ocorrido. Em nota oficial, a insƟtuição afirmou que "colabora com as 
invesƟgações sobre o incidente até o total esclarecimento dos fatos". 
(Disponível em: <http://g1.globo.com/sao-paulo/noticia/2012/03/cliente-baleado-diz -que -vigia-disparou -apos-discussao -em -porta-giratoria.html>. Acesso em: 
12 fev. 2012. 
QUESTÃO DISCURSIVA 
  
Leia o caso concreto indicado para esta aula e recorra, se desejar, às fontes indicadas. Redija um texto argumentaƟvo que contenha, além dos argumentos já trabalhados 
este  semestre, três parágrafos: um argumento de oposição, um argumento de causa e efeito e um argumento de analogia. O caso concreto desta aula tem repercussão civil e criminal. 
Escolha apenas uma dessas linhas para teu texto. 
  
Se  julgar adequado, recorra às polifonias adiante: 
Lesão corporal 
Art. 129 do CP: Ofender a integridade corporal ou a saúde de outrem: 
Pena - detenção, de três meses a um ano. 
Lesão corporal de natureza grave 
§ 1º Se resulta: 
I - Incapacidade para as ocupações habituais, por mais de trinta dias; 
II - perigo de vida; 
III - debilidade permanente de membro, senƟdo ou função; 
IV - aceleração de parto: 
Pena - reclusão,de um a cinco anos. 
§ 2° Se resulta: 
I - Incapacidade permanente para o trabalho; 
II - enfermidade  incurável; 
III - perda ou  inuƟlização do membro, senƟdo ou função; 
IV - deformidade permanente; 
V - aborto: 
Pena - reclusão, de dois a oito anos. 
Lesão corporal seguida de morte 
§ 3° Se resulta morte e as circunstâncias evidenciam que o agente não quis o resultado, nem assumiu o risco de produzi-lo: 
Pena - reclusão, de quatro a doze anos. 
  
Art. 14 do CP: Diz-se o crime: 
II - tentado, quando, iniciada a execução, não se consuma por circunstâncias alheias à vontade do agente.  
Pena de tentativa 
Parágrafo único - Salvo disposição em contrário, pune -se a tentaƟva com a pena correspondente ao crime consumado, diminuída de um a dois terços. 
  
Homicídio simples 
Art. 121 do CP: Matar alguém: 
Pena - reclusão, de seis a vinte anos. 
Homicídio qualificado 
§ 2° Se o homicídio é comeƟdo: 
I - mediante paga ou promessa de recompensa, ou por outro motivo torpe; 
II - por moƟvo fúƟl; 
III - com emprego de veneno, fogo, explosivo, asfixia, tortura ou outro meio insidioso ou cruel, ou de que possa resultar perigo comum; 
IV - à traição, de emboscada, ou mediante dissimulação ou outro recurso que dificulte ou torne impossível a defesa do ofendido; 
V - para assegurar a execução, a ocultação, a impunidade ou vantagem de outro crime: 
Pena - reclusão, de doze a trinta anos. 
  
Art. 6º do CDC: São direitos básicos do consumidor: 
I - a proteção da vida, saúde e segurança contra os riscos provocados por práƟcas no fornecimento de produtos e serviços considerados perigosos ou nocivos; 
Art. 14 do CDC: O fornecedor de serviços responde, independentemente da existência de culpa, pela reparação dos danos causados aos consumidores por 
defeitos  relaƟvos à prestação dos serviços, bem como por informações insuficientes ou inadequadas sobre sua fruição e riscos. 
Plano de Aula: Teoria e Prática da Argumentação Jurídica 
TEORIA E PRÁTICA DA ARGUMENTAÇÃO JURÍDICA
Estácio de Sá Página 1 / 2
Título 
Teoria e Prática da Argumentação Jurídica 
Número de Aulas por Semana 
 
Número de Semana de Aula 
7 
Tema 
Tipos de argumento: seleção e combinação (continuação) 
Objetivos 
- Reconhecer estrutura e aspectos persuasivos dos argumentos de oposição, de causa e efeito e de analogia. 
- Compreender que a quebra de expectaƟvas como estratégia discursiva do argumento de oposição, apoiada no uso dos operadores argumentaƟvos de concessão e adversidade. 
- IdenƟficar o uso da jurisprudência como importante fonte argumentaƟva. 
Estrutura do Conteúdo 
1. Relação entre fontes do Direito e Ɵpos de argumento 
2. Argumento de oposição. 
2.1. Estrutura, caracterísƟcas e informações lingüísƟcas relevantes 
3. Argumento de causa e efeito 
3.1. Estrutura, caracterísƟcas e informações lingüísƟcas relevantes 
4. Argumento de senso comum 
4.1. Estrutura, caracterísƟcas e informações lingüísƟcas relevantes 
Aplicação Prática Teórica 
O ARGUMENTO DE OPOSIÇÃO serve  ao profissional do Direito como uma estratégia discursiva eficiente para a  redação de uma boa fundamentação. Compõe-se da 
introdução de uma perspecƟva oposta ao ponto de vista defendido pelo argumentador, admitindo-o como uma  possibilidade de conclusão, para depois apresentar, como argumento 
decisivo, a perspecƟva contrária. 
Apoiada no uso dos conectores argumentativos concessivos e adversativos, essa estratégia permite antecipar as possíveis manobras discursivas que formarão a 
argumentação da outra parte durante a busca de solução jurisdicional para o conflito, enfraquecendo, assim, os fundamentos mais fortes da parte oposta. 
Para ficar clara essa estrutura, desenvolvemos adiante esses parágrafos. Compreenda que as estruturas sugeridas não são, de forma alguma, instrumentos que impedem 
a liberdade redacional do argumentador; ao contrário,  a parƟr delas novas informações podem ser acrescidas ? sem descaracterizar a estratégia. 
  
Argumento  de oposição concessiva 
Embora haja quem argumente ser impossível pensar a afeƟvidade como valor jurídico, pois não existe lei que obrigue alguém a ser pai, nem garanta reaproximações 
indesejadas , a JusƟça pode, sim, fazer valer o direito de um filho em relação aos cuidados paternais, por meio de uma reparação afeƟva. Essa reparação André Júlio deve a Alexandre, 
por sua luta inglória desde quase os sete anos de idade, a fim de reaver o afeto do  pai. Falta de carinho, de atenção e de presença não se quanƟfica, mas pode ser compensada para 
amenizar o sofrimento de Alexandre, por ter tido um pai ausente. 
  
Também podemos redigir o argumento desta maneira: 
  
Argumento de oposição restriƟva 
Há quem argumente ser impossível pensar a afeƟvidade como valor jurídico, ou seja, que não existe lei que obrigue alguém a ser pai, nem garanta reaproximações 
indesejadas, mas a JusƟça pode, sim, fazer valer o direito de um filho em relação aos cuidados paternais, por meio de uma reparação afeƟva. Essa reparação André Júlio deve a 
Alexandre, por sua luta inglória desde quase os sete anos de idade, a fim de reaver o afeto do pai. Falta de carinho, de atenção e de presença não se quantifica, mas pode ser 
compensada para amenizar o sofrimento de Alexandre, por ter tido um pai ausente. 
  
  
Além do argumento de oposição, outro que também se mostra de grande eficiência na  práƟca argumentaƟva é o ARGUMENTO DE CAUSA E EFEITO, que estabelece uma 
relação de causalidade, ou seja, são apresentadas as causas e as consequências jurídicas de um ato praticado. 
  
Com relação ao ARGUMENTO DE ANALOGIA , a obra principal adotada para esta disciplina ? Lições de GramáƟca aplicadas ao Texto Jurídico ? menciona que é importante 
discuƟr se é possível usar a jurisprudência com fonte. Antes de enfrentar qualquer questão, tomemos como conceito de jurisprudência, em  senƟdo estrito, o conjunto de decisões 
uniformes, sobre uma determinada  questão jurídica, prolatadas pelos órgãos do Poder Judiciário. 
O próprio conceito  atribuído à fonte aqui discuƟda sugere que sua autoridade advém do órgão que a profere (jurisdição). Isso é inegável. O que se quesƟona é que, 
independentemente da autoridade que a reveste, o que faculta verdadeiramente  seu uso ? e a torna eficiente ? é a proximidade do caso analisado com os outros cujas decisões são 
tomadas como referência. 
Isso implica dizer que, em úlƟma instância, o que faz do uso da jurisprudência uma estratégia interessante para a argumentação é o raciocínio de que casos semelhantes 
devem  receber tratamentos análogos por parte do Judiciário, para que não sejam observadas injusƟças ou discrepâncias. É a semelhança entre o caso concreto analisado e o 
processo já transitado em julgado que autoriza o uso da jurisprudência. 
Tanto é assim que se ambos os conflitos versarem sobre direito possessório, por exemplo, mas as  circunstâncias em que cada um deles ocorreu não forem as mesmas, a 
simples  proximidade temáƟca não autoriza o uso da jurisprudência pela autoridade de que é revesƟda. Por essa razão, preferimos elencar as decisões judiciais reiteradas como 
motivadoras de argumentos por analogia. 
Uma observação se faz necessária, neste ponto: para o acadêmico de Direito importa, muitas vezes, mais o domínio das estratégias argumentaƟvas e dos Ɵpos de argumento, 
do  ponto de vista práƟco, que a própria classificação desses elementos, pois esta é uma preocupação prioritariamente didáƟca. 
  
CASO CONCRETO 
  
Cliente baleado diz que vigia disparou após discussão em porta giratória 
O cabeleireiro João Adriano Santos, de 29 anos, foi baleado por um vigia de uma agência bancária em São Mateus, na Zona Leste de São Paulo, após ser 
parado na porta giratória e discuƟr com o funcionário. O Ɵro aƟngiu João nas costas, mas não causou ferimentos graves. Ele está consciente e foi  liberado após 
receber tratamento no Hospital São Mateus. 
A Polícia Militar foi acionada pouco depois das 14h para ir até o banco, na Avenida Mateo Bei. O vigia, de 37 anos, está deƟdo. JoãoAdriano relatou que 
havia ido ao banco pagar uma conta e foi parado na entrada. O segurança teria pedido que ele reƟrasse todos os objetos de metal do bolso, mas João disse que 
não carregava nenhum objeto desse Ɵpo. Houve uma discussão e João conta ter sido insultado pelo vigia. 
Após entrar, João Adriano ficou ao lado do segurança, esperando que o amigo que o acompanhava passasse pela porta giratória. Nesse momento, afirma 
ter levado uma rasteira e, em seguida, o tiro. Ele foi levado para o hospital e, às 19h, estava no 49º Distrito Policial, em São Mateus, prestando depoimento. ?Acho 
que todas as portas giratórias de banco Ɵnham que ser reƟradas porque não há funcionários preparados para trabalhar com elas?, afirmou. A agência bancária foi 
fechada logo após o incidente. 
O Banco disse estar acompanhando a  recuperação do cliente e lamentou o ocorrido. Em nota oficial, a insƟtuição afirmou que "colabora com as 
invesƟgações sobre o incidente até o total esclarecimento dos fatos". 
(Disponível em: <http://g1.globo.com/sao-paulo/noticia/2012/03/cliente-baleado-diz -que -vigia-disparou -apos-discussao -em -porta-giratoria.html>. Acesso em: 
12 fev. 2012. 
QUESTÃO DISCURSIVA 
  
Leia o caso concreto indicado para esta aula e recorra, se desejar, às fontes indicadas. Redija um texto argumentaƟvo que contenha, além dos argumentos já trabalhados 
este  semestre, três parágrafos: um argumento de oposição, um argumento de causa e efeito e um argumento de analogia. O caso concreto desta aula tem repercussão civil e criminal. 
Escolha apenas uma dessas linhas para teu texto. 
  
Se  julgar adequado, recorra às polifonias adiante: 
Lesão corporal 
Art. 129 do CP: Ofender a integridade corporal ou a saúde de outrem: 
Pena - detenção, de três meses a um ano. 
Lesão corporal de natureza grave 
§ 1º Se resulta: 
I - Incapacidade para as ocupações habituais, por mais de trinta dias; 
II - perigo de vida; 
III - debilidade permanente de membro, senƟdo ou função; 
IV - aceleração de parto: 
Pena - reclusão, de um a cinco anos. 
§ 2° Se resulta: 
I - Incapacidade permanente para o trabalho; 
II - enfermidade  incurável; 
III - perda ou  inuƟlização do membro, senƟdo ou função; 
IV - deformidade permanente; 
V - aborto: 
Pena - reclusão, de dois a oito anos. 
Lesão corporal seguida de morte 
§ 3° Se resulta morte e as circunstâncias evidenciam que o agente não quis o resultado, nem assumiu o risco de produzi-lo: 
Pena - reclusão, de quatro a doze anos. 
  
Art. 14 do CP: Diz-se o crime: 
II - tentado, quando, iniciada a execução, não se consuma por circunstâncias alheias à vontade do agente.  
Pena de tentativa 
Parágrafo único - Salvo disposição em contrário, pune -se a tentaƟva com a pena correspondente ao crime consumado, diminuída de um a dois terços. 
  
Homicídio simples 
Art. 121 do CP: Matar alguém: 
Pena - reclusão, de seis a vinte anos. 
Homicídio qualificado 
§ 2° Se o homicídio é comeƟdo: 
I - mediante paga ou promessa de recompensa, ou por outro motivo torpe; 
II - por moƟvo fúƟl; 
III - com emprego de veneno, fogo, explosivo, asfixia, tortura ou outro meio insidioso ou cruel, ou de que possa resultar perigo comum; 
IV - à traição, de emboscada, ou mediante dissimulação ou outro recurso que dificulte ou torne impossível a defesa do ofendido; 
V - para assegurar a execução, a ocultação, a impunidade ou vantagem de outro crime: 
Pena - reclusão, de doze a trinta anos. 
  
Art. 6º do CDC: São direitos básicos do consumidor: 
I - a proteção da vida, saúde e segurança contra os riscos provocados por práƟcas no fornecimento de produtos e serviços considerados perigosos ou nocivos; 
Art. 14 do CDC: O fornecedor de serviços responde, independentemente da existência de culpa, pela reparação dos danos causados aos consumidores por 
defeitos  relaƟvos à prestação dos serviços, bem como por informações insuficientes ou inadequadas sobre sua fruição e riscos. 
Plano de Aula: Teoria e Prática da Argumentação Jurídica 
TEORIA E PRÁTICA DA ARGUMENTAÇÃO JURÍDICA
Estácio de Sá Página 2 / 2

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