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PACOTE DE EXERCÍCIOS MPU – ANALISTA PROCESSUAL
AULA 5 – DIREITO PROCESSUAL CIVIL
PROFª FLÁVIA BOZZI
PONTO DOS CONCURSOS – CURSOS ONLINE Página 1
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Olá, Pessoal! 
Na aula 1, estudamos: 
1. Da jurisdição e da ação: conceito, natureza e características; das condições da ação. 
2. Das partes e procuradores: da capacidade processual e postulatória; dos deveres e da 
substituição das partes e procuradores. 
3. Do litisconsórcio e da assistência. 
Na aula 2, vimos: 
4. Da intervenção de terceiros: 
4.1 Oposição; 
4.2 Nomeação à autoria; 
4.3 Denunciação da lide; 
4.4 Chamamento ao processo. 
5. Do Ministério Público. 
6. Da competência: em razão do valor e da matéria; competência funcional e territorial; 
modificações de competência e declaração de incompetência. 
7. Do Juiz. 
8. Dos atos processuais: da forma dos atos; dos prazos; da comunicação dos atos; das 
nulidades. 
Na aula 3, vimos: 
9. Da formação, suspensão e extinção do processo. 
10. Do processo e do procedimento; dos procedimentos ordinário e sumário. 
11. Do procedimento ordinário: da petição inicial: requisitos, pedido e indeferimento. 
12. Da resposta do réu: contestação, exceções e reconvenção. 
13. Da revelia. 
14. Do julgamento conforme o estado do processo. 
Na aula 4, estudamos: 
15. Das provas: ônus da prova; depoimento pessoal; confissão; provas documental e 
testemunhal. 
16. Da audiência: da conciliação e da instrução e julgamento. 
17. Da sentença e da coisa julgada. 
18. Da liquidação e do cumprimento da sentença. 
 
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Obs.: estudaremos o procedimento de cumprimento de sentença junto ao tópico 20, que trata 
do processo de execução. 
19. Dos recursos: das disposições gerais. 
20. Do processo de execução: da execução em geral; das diversas espécies de execução – 
execução para entrega de coisa, execução das obrigações de fazer e de não fazer. 
21. Da execução de ações coletivas. 
Na aula de hoje, vamos estudar: 
22. Do processo cautelar; das medidas cautelares: das disposições gerais; dos procedimentos 
cautelares específicos: arresto, sequestro, busca e apreensão, exibição e produção antecipada 
de provas. 
23. Dos procedimentos especiais: Mandado de Segurança. Ação Popular. Ação Civil 
Pública. Ação de Improbidade Administrativa. 
Esses tópicos do edital n. 1/PGR MPU, de 30/06/2010, são pouco reincidentes em 
provas de concursos. Alguns tópicos são inéditos, como “ação de improbidade 
administrativa”. 
Observe que, dentro dos tópicos apresentados na aula de hoje, a ação civil pública é o 
que apresenta maior histórico de reincidência em provas, devendo ser estudado com maior 
dedicação. Nos demais institutos, sugerimos a leitura dos pontos acerca da competência; 
atuação do Ministério Público; legitimidade; possibilidade de litisconsórcio etc. 
Vamos à nossa aula. 
 
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PRIMEIRA PARTE – QUESTÕES 
I. PROCESSO CAUTELAR 
DO PROCESSO CAUTELAR; DAS MEDIDAS CAUTELARES: DAS DISPOSIÇÕES 
GERAIS; DOS PROCEDIMENTOS CAUTELARES ESPECÍFICOS: ARRESTO, 
SEQUESTRO, BUSCA E APREENSÃO, EXIBIÇÃO E PRODUÇÃO ANTECIPADA 
DE PROVAS. 
291. (Procurador do Estado do Espírito Santo/Procuradoria Geral/2008) O processo 
cautelar preparatório visa assegurar a eficácia e a utilidade de futura prestação 
jurisdicional satisfativa perseguida no processo principal. São requisitos obrigatórios 
da petição inicial da medida cautelar preparatória: indicação da ação principal a ser 
proposta e o seu fundamento. 
Quanto ao processo cautelar, julgue os itens a seguir. 
292. (Procurador do Estado do Espírito Santo/Procuradoria Geral/2008) Caso o juiz 
julgue uma ação cautelar e uma principal na mesma sentença, e caso seja interposta 
apelação única que impugne a sentença relativamente a ambas as ações, esta apelação 
deve ser recebida com efeitos distintos. Quanto à cautelar, o apelo deve ser recebido 
no efeito devolutivo. Quanto à parte que impugnar a ação principal, nos efeitos legais, 
o apelo pode ser suspensivo e devolutivo ou apenas devolutivo. 
293. (Procurador do Estado do Espírito Santo/Procuradoria Geral/2008) A cessação 
de eficácia de medida liminar acarreta extinção do direito de propor uma ação 
principal, pois a decadência de medida cautelar implica perda da pretensão material a 
ser deduzida na ação principal. 
Paulo ajuizou ação cautelar de sequestro, alegando que se encontra em vias de se separar de 
sua esposa e que ela está dilapidando os bens do casal, já que teria anunciado a venda de um 
veículo e de uma geladeira comprados na constância do casamento. Encerrada a instrução do 
processo, o juiz prolatou sentença na qual julgou improcedente o pedido de sequestro sob o 
 
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fundamento de que o simples anúncio de venda dos bens não era prova suficiente da 
dilapidação. 
Com base nessa situação hipotética e tomando em consideração a disciplina das cautelares, 
assinale a opção correta. 
294. (Procurador do Estado de Alagoas/Procuradoria Geral do Estado de 
Alagoas/2009) A sentença que decide o pedido de medida cautelar não faz coisa jul-
gada, de modo que poderá ser proposta outra ação com o mesmo fundamento se a 
parte autora mantiver seu interesse na providência. 
295. (Procurador do Estado de Alagoas/Procuradoria Geral do Estado de 
Alagoas/2009) Se a sentença prolatada em ação cautelar de sequestro abordar tema 
atinente à própria existência do bem ou direito cuja proteção foi requerida, será 
vedado às partes voltar a discutir em ação de natureza diversa a mesma matéria. 
296. (Procurador do Estado de Alagoas/Procuradoria Geral do Estado de 
Alagoas/2009) O indeferimento da medida cautelar pleiteada não impede a proposi-
tura de nova cautelar para assegurar direitos sobre os mesmos bens, desde que sejam 
manejados novos fundamentos em amparo da pretensão. 
297. (Procurador do Estado de Alagoas/Procuradoria Geral do Estado de 
Alagoas/2009) Em nenhuma hipótese o julgamento da ação cautelar de sequestro seria 
suficiente para impedir que o autor intentasse outra ação na qual discutisse seu direito 
a parte dos bens adquiridos pelo casal. 
298. (Procurador do Estado de Alagoas/Procuradoria Geral do Estado de 
Alagoas/2009) Ainda que a medida cautelar requerida tenha sido indeferida por sen-
tença que julgou o mérito do pedido, é necessário que o autor ajuíze a ação principal 
em 30 dias a contar do trânsito em julgado da primeira sentença, pois a cautelar em 
questão é típica preparatória. 
299. É permitido o arresto como medida cautelar de garantia de sentença ilíquida. 
300. O direito de obter o arresto nasce para o credor de sua simples posição de 
titular de uma obrigação de dinheiro. 
301. É possível a busca e apreensão de coisas ou pessoas. 
 
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302. O interesse que autoriza a ação cautelar de produção antecipada de provas relaciona-
se com a obtenção, preventiva, da documentação de estado de fato que possa vir 
influir, de futuro, na instrução de alguma ação. 
II. DOS PROCEDIMENTOS ESPECIAIS: MANDADO DE SEGURANÇA. AÇÃO 
POPULAR. AÇÃO CIVIL PÚBLICA.AÇÃO DE IMPROBIDADE 
ADMINISTRATIVA. 
2.1. MANDADO DE SEGURANÇA 
303. Cabe mandado de segurança contra os atos de gestão comercial praticados 
pelos administradores de empresas públicas, de sociedade de economia mista e de 
concessionárias de serviço público. 
304. (Analista Processual/MPU/ESAF/2004) Qualquer cidadão pode impetrar o 
mandado de segurança individual. Mas apenas os partidos políticos com 
representação no Congresso Nacional ou organização sindical, entidade de classe ou 
associação em funcionamento há mais de um ano, podem interpor o mandado de 
segurança coletivo. 
305. Segundo a lei, o mandado de segurança cabe, em alguns casos, contra ato 
administrativo passível de recurso na esfera administrativa. 
306. Os direitos protegidos pelo mandado de segurança coletivo podem ser 
coletivos ou individuais heterogêneos. 
307. (Analista Judiciário/Área: Judiciária/TRE-MA/2009) Mostra-se cabível a 
propositura da ação de mandado de segurança contra decisão judicial de mérito sob o 
manto da coisa julgada material. 
308. (Advogado da União/Advocacia-Geral da União/2009) Com relação ao 
mandado de segurança, julgue o item a seguir. O mandado de segurança é instrumento 
constitucional de defesa do direito líquido e certo violado ou ameaçado por autoridade 
pública, ou até mesmo por pessoa natural no exercício de função delegada, o que, 
apesar de o tornar incompatível com a produção de prova oral ou pericial, não impede 
o exame de matéria jurídica controversa nos tribunais e a eventual concessão da 
segurança pleiteada. 
 
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2.2. AÇÃO POPULAR (LEI N. 4.717/1965) 
309. (Advogado/CETESB/Vunesp/2009) Qualquer brasileiro pode ajuizar ação 
popular. 
310. A Lei nº 4.717/65 enumera taxativamente os atos que podem ser atacados por 
meio de ação popular, a saber: os atos considerados nulos por motivo de 
incompetência, inobservância de forma, ilegalidade do objeto, inexistência dos 
motivos e desvio de finalidade; os atos anuláveis; e os atos com presunção de 
ilegitimidade e de lesividade. 
311. Se o autor da ação popular desistir da ação popular, está será extinta. 
312. Acerca da atuação do Ministério Público na ação popular, podemos afirmar 
que: 
(a) O Ministério Público atua como custos legis, mas não pode ter a iniciativa de 
propor a ação, nem pode defender o ato impugnado. 
(b) O Ministério Público não pode dar prosseguimento à causa se o autor desistir da 
ação ou abandonar o processo, por lhe faltar legitimidade ad causam. 
(c) O Ministério Público tem poder para promover a execução da sentença. 
313. A Lei n. 4717/65 estabelece um litisconsórcio necessário no pólo passivo da 
ação popular, devendo a ação ser proposta contra as autoridades, funcionários ou 
administradores da entidade pública que autorizaram o ato lesivo ou que, por omissão, 
consentiram em sua prática; e, ainda, contra todos os beneficiários do ato. Além disso, 
trata-se de litisconsórcio necessário unitário, pois a sentença proferida na ação afetará 
de forma unitária aqueles que figurem no pólo passivo. 
314. A sentença da ação popular terá eficácia de coisa julgada formal e material, 
com efeitos erga omnes, inclusive na hipótese de haver sido a ação julgada 
improcedente por deficiência de prova. 
315. A ação prevista na Lei de Ação Popular prescreve em 5 anos. 
 
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Acerca da execução da ação popular, julgue os itens abaixo. 
316. Caso decorridos 45 dias da publicação da sentença condenatória de segunda 
instância, sem que o autor ou terceiro promova a respectiva execução, o representante 
do Ministério Público a promoverá nos 60 dias seguintes, sob pena de falta grave. 
317. O autor da ação popular; qualquer outro cidadão; o Ministério Público; e a 
entidade pública, ou privada, citada para o processo, ainda que tenha contestado a 
ação, são legitimados sucessivos para promover a execução forçada da ação popular. 
2.3. AÇÃO CIVIL PÚBLICA (LEI N. 7.347/85) 
318. Será competente para a ação civil pública o foro do local do dano, cujo juízo 
terá competência funcional para processar e julgar a causa. A Lei n. 7.347/85 qualifica 
a competência do foro do local do dano como funcional, tratando-se de competência 
absoluta, visto possuir natureza de ordem pública. 
319. (Advogado/AVAPE - Pref. Araçatuba - SP/Consulplan/2009) A propositura da 
ação civil pública prevenirá a jurisdição do juízo para todas as ações posteriormente 
intentadas que possuam a mesma causa de pedir ou o mesmo objeto. 
320. (Advogado/AVAPE - Pref. Araçatuba - SP/Consulplan/2009) A ação civil 
pública poderá ter por objeto a condenação em dinheiro ou o cumprimento de 
obrigação de fazer ou não fazer. 
321. (Advogado/AVAPE - Pref. Araçatuba - SP/Consulplan/2009) A ação civil 
pública será cabível também para veicular pretensões que envolvam tributos, 
contribuições previdenciárias, o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço ou outros 
fundos de natureza institucional, cujos beneficiários podem ser individualmente 
determinados. 
322. (Advogado/AVAPE - Pref. Araçatuba - SP/Consulplan/2009) A ação civil 
pública será proposta no foro do local onde ocorrer o dano, cujo juízo terá 
competência funcional para processar e julgar a causa. 
323. (Advogado/AVAPE - Pref. Araçatuba - SP/Consulplan/2009) Na ação civil 
pública, se o Ministério Público não intervier no processo como parte, atuará 
obrigatoriamente como fiscal da lei. 
 
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324. (Analista Processual/MPU/ESAF/2004) Em relação à defesa judicial pela via 
da ação civil pública, é correto afirmar que a ação civil pública compete 
exclusivamente a entes públicos, seja o Ministério Público ou entidades vinculadas à 
União, Estados ou Municípios. Nesse último caso, desde que, entre suas finalidades 
institucionais, esteja a defesa do meio ambiente, o patrimônio artístico, histórico e 
paisagístico, o consumidor e a economia popular. 
325. (Analista Processual/MPU/ESAF/2004) Ainda que a legitimação para a ação 
civil pública seja limitada, qualquer cidadão poderá provocar a iniciativa do 
Ministério Público, fornecendo informações que fundamentem a propositura. Já os 
servidores públicos têm essa prerrogativa como dever funcional. E os juízes, 
conhecendo tais informações, devem remetê-las ao Ministério Público para que esse 
tome as providências cabíveis. 
326. (Analista Processual/MPU/ESAF/2004) Na ação civil pública não há 
adiantamento de custas, nem de honorários periciais ou qualquer outra despesa. Mas a 
associação autora pode ser condenada nas verbas de sucumbência. 
327. (Analista Processual/MPU/ESAF/2004) Ainda que ambos tratem de interesses 
transindividuais, não se aplicam os dispositivos do Código de Defesa do Consumidor 
à ação civil pública, pelo caráter mais amplo dessa. 
328. (Analista Judiciário/Área: Judiciária/TRE-MA/2009) A admissibilidade da 
ação civil pública em nada prejudica o cabimento da ação popular e de outras ações, 
individuais ou coletivas, com a mesma causa de pedir e o mesmo pedido. 
329. (Advogado da União/Advocacia-Geral da União/2009) Quanto à ação civil 
pública, julgue o seguinte item. O Ministério Público tem legitimidade para propor 
ação civil pública em defesa do patrimônio público, cabendo, nessa hipótese, ao poder 
público, a legitimidadepara atuar como litisconsorte apenas no pólo ativo da lide, já 
que não lhe é dado ir de encontro ao interesse cuja defesa se almeja na ação. 
330. (Analista Processual/PGE-PI/UEP/2009) Prevista como remédio processual a 
tutelar a defesa em Juízo de interesses coletivos, difusos e individuais homogêneos, a 
ação civil pública, nos termos da sua norma de regência (Lei nº 7.347/85), poderá ser 
utilizada pelo ente legitimado, no caso, o Ministério Público, nas seguintes situações: 
1) violação à ordem urbanística por obra de construção civil. 
 
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2) reparação dos danos causados por má destinação de resíduos tóxicos industriais. 
3) descumprimento de cláusulas laborais fixadas em acordo coletivo. 
4) destruição de patrimônio arqueológico. 
5) recolhimento indevido de contribuições previdenciárias. 
2.4. AÇÃO DE IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA (LEI N. 8.429/92) 
331. A ação de improbidade administrativa, que terá o rito ordinário, será proposta 
pelo Ministério Público ou pela pessoa jurídica interessada. 
332. É permitida a transação, acordo ou conciliação nas ações de improbidade 
administrativa, desde que o Ministério Público apresente termo de ajustamento de 
conduta a ser cumprido pelo réu. 
333. O Ministério Público, se não intervir no processo como parte, atuará 
obrigatoriamente, como fiscal da lei, sob pena de nulidade. 
334. A sentença que julgar procedente ação civil de reparação de dano ou decretar a 
perda dos bens havidos ilicitamente determinará o pagamento ou a reversão dos bens, 
conforme o caso, em favor da Fazendo Pública. 
335. A aplicação das sanções previstas na Lei de Improbidade Administrativa 
depende da efetiva ocorrência de dano ao patrimônio público e da aprovação ou 
rejeição das contas pelo órgão de controle interno ou pelo Tribunal ou Conselho de 
Contas. 
 
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GABARITO 
291. C 
292. C 
293. E 
294. E 
295. E 
296. C 
297. E 
298. E 
299. E 
300. E 
301. C 
302. C 
303. E 
304. C 
305. E 
306. E 
307. E 
308. C 
309. E 
310. E 
311. E 
312. E 
313. E 
314. E 
315. C 
316. E 
317. C 
318. C 
319. C 
320. C 
321. E 
322. C 
323. C 
324. E 
325. C 
326. E 
327. E 
328. E 
329. E 
330. E 
331. C 
332. E 
333. C 
334. E 
335. E 
 
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SEGUNDA PARTE – QUESTÕES COMENTADAS 
I. PROCESSO CAUTELAR 
291. (Procurador do Estado do Espírito Santo/Procuradoria Geral/2008) O 
processo cautelar preparatório visa assegurar a eficácia e a utilidade de futura 
prestação jurisdicional satisfativa perseguida no processo principal. São 
requisitos obrigatórios da petição inicial da medida cautelar preparatória: 
indicação da ação principal a ser proposta e o seu fundamento. 
A questão está conforme a teoria geral do processo cautelar. Elpídio Donizetti 
conceitua ação cautelar como “o direito subjetivo da parte de invocar a tutela 
jurisdicional do Estado no sentido de garantir a efetividade de um processo (de 
conhecimento ou de execução) em curso ou a ser instaurado”. Já o processo cautelar é 
“o provimento jurisdicional dado em resposta ao pedido imediato formulado pelo 
requerente”. 
No processo cautelar preparatório, o autor visa assegurar a eficácia e a utilidade de 
futura prestação jurisdicional satisfativa perseguida no processo principal. Para tanto, 
ele deverá apresentar na petição inicial da cautelar a lide e seu fundamento (art. 801, III, 
do CPC). 
Art. 796. O procedimento cautelar pode ser instaurado antes ou no curso do 
processo principal e deste é sempre dependente. 
Art. 800. As medidas cautelares serão requeridas ao juiz da causa; e, quando 
preparatórias, ao juiz competente para conhecer da ação principal. 
Parágrafo único. Interposto o recurso, a medida cautelar será requerida 
diretamente ao tribunal. 
Art. 801. O requerente pleiteará a medida cautelar em petição escrita, que in-
dicará: 
I – a autoridade judiciária, a que for dirigida; 
II – o nome, o estado civil, a profissão e a residência do requerente e do 
requerido; 
III – a lide e seu fundamento; 
IV – a exposição sumária do direito ameaçado e o receio da lesão; 
 
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V – as provas que serão produzidas. 
Art. 806. Cabe à parte propor a ação, no prazo de 30 (trinta) dias, contados 
da data da efetivação da medida cautelar, quando esta for concedida em 
procedimento preparatório. 
Gabarito: Certo 
Quanto ao processo cautelar, julgue os itens a seguir. 
292. (Procurador do Estado do Espírito Santo/Procuradoria Geral/2008) Caso 
o juiz julgue uma ação cautelar e uma principal na mesma sentença, e caso seja 
interposta apelação única que impugne a sentença relativamente a ambas as 
ações, esta apelação deve ser recebida com efeitos distintos. Quanto à cautelar, o 
apelo deve ser recebido no efeito devolutivo. Quanto à parte que impugnar a 
ação principal, nos efeitos legais, o apelo pode ser suspensivo e devolutivo ou 
apenas devolutivo. 
Questão conforme o disposto no art. 520, inciso IV, e art. 521, caput, do CPC: 
Art. 520. A apelação será recebida em seu efeito devolutivo e suspensivo. Será, 
no entanto, recebida só no efeito devolutivo, quando interposta de sentença 
que: 
I – homologar a divisão ou a demarcação; 
II – condenar à prestação de alimentos; 
III – julgar a liquidação de sentença; 
IV – decidir o processo cautelar; 
V – julgar improcedentes os embargos opostos à execução; 
V – rejeitar liminarmente embargos à execução ou julgá-los improcedentes; 
VI – julgar procedente o pedido de instituição de arbitragem; 
VII – confirmar a antecipação dos efeitos da tutela; 
Art. 521. Recebida a apelação em ambos os efeitos, o juiz não poderá inovar 
no processo; recebida só no efeito devolutivo, o apelado poderá promover, 
desde logo, a execução provisória da sentença, extraindo a respectiva carta. 
Gabarito: Certo 
293. (Procurador do Estado do Espírito Santo/Procuradoria Geral/2008) A 
cessação de eficácia de medida liminar acarreta extinção do direito de propor 
 
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uma ação principal, pois a decadência de medida cautelar implica perda da 
pretensão material a ser deduzida na ação principal. 
A cessação de eficácia de medida liminar não acarreta a extinção do processo cautelar 
nem a extinção do direito de propor uma ação principal. Ocorrendo a causa de cessação 
de eficácia da medida cautelar (na maioria dos casos, de cessação dos efeitos da medida 
liminar), o juiz declara a perda da eficácia e determina o levantamento da constrição, 
não havendo reflexo sobre o desfecho do processo cautelar, que prossegue 
normalmente. Ademais, pode o juiz voltar a deferir a medida cautelar, desde que o faça 
com base em fundamento diverso (art. 808, parágrafo único, do CPC). 
Quanto ao processo principal, este é independente e autônomo do processo cautelar. Por 
esse motivo,nada do que neste for decidido tem reflexo sobre aquele, salvo se for 
acolhida a alegação de decadência ou prescrição do direito do autor. 
Art. 808. Cessa a eficácia da medida cautelar: 
I – se a parte não intentar a ação no prazo estabelecido no art. 806; 
II – se não for executada dentro de 30 (trinta) dias; 
III – se o juiz declarar extinto o processo principal, com ou sem julgamento do 
mérito. 
Parágrafo único. Se por qualquer motivo cessar a medida, é defeso à parte 
repetir o pedido, salvo por novo fundamento. 
Art. 810. O indeferimento da medida não obsta a que a parte intente a ação, 
nem influi no julgamento desta, salvo se o juiz, no procedimento cautelar, 
acolher a alegação de decadência ou de prescrição do direito do autor. 
Gabarito: Errado 
Paulo ajuizou ação cautelar de sequestro, alegando que se encontra em vias de se 
separar de sua esposa e que ela está dilapidando os bens do casal, já que teria anunciado 
a venda de um veículo e de uma geladeira comprados na constância do casamento. 
Encerrada a instrução do processo, o juiz prolatou sentença na qual julgou 
improcedente o pedido de sequestro sob o fundamento de que o simples anúncio de 
venda dos bens não era prova suficiente da dilapidação. 
Com base nesse situação hipotética e tomando em consideração a disciplina das 
cautelares, assinale a opção correta. 
 
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294. (Procurador do Estado de Alagoas/Procuradoria Geral do Estado de 
Alagoas/2009) A sentença que decide o pedido de medida cautelar não faz coisa 
julgada, de modo que poderá ser proposta outra ação com o mesmo fundamento 
se a parte autora mantiver seu interesse na providência. 
Sequestro é medida cautelar que consiste na apreensão de um bem determinado, objeto 
de litígio, a fim de assegurar sua entrega ao vencedor da ação de conhecimento, por 
ocasião da execução para entrega de coisa certa. São requisitos específicos do 
sequestro: 
a) a dúvida acerca do direito ao bem sob litígio; 
b) o perigo de danificação ou desaparecimento da coisa. 
O sequestro pode ser preparatório ou incidental e tem por objeto bens móveis, 
semoventes ou imóveis (mas nunca pessoas). Portanto, esta ação pressupõe a existência 
de coisa litigiosa. O art. 822 apresenta um rol exemplificativo das hipóteses de 
cabimento da ação de sequestro: 
a) de bens móveis, semoventes ou imóveis, quando lhes for disputada a propriedade ou 
a posse, havendo fundado receio de rixas ou danificações; 
b) dos frutos e rendimentos do imóvel reivindicando, se o réu, depois de condenado por 
sentença ainda sujeita a recurso, os dissipar; 
c) dos bens do casal, nas ações de separação judicial e de anulação de casamento, se o 
cônjuge os estiver dilapidando; 
d) nos demais casos expressos em lei. 
Conforme o art. 808, parágrafo único do CPC, se por qualquer motivo cessar a eficácia 
da medida cautelar, é proibido à parte repetir o pedido, salvo por novo fundamento. 
No processo cautelar não se pode falar em coisa julgada material, mas apenas formal, 
pois a sentença discute o mérito apenas quanto ao fumus boni juris e periculum in mora, 
não declarando direitos. Somente haverá coisa julgada no processo cautelar quando o 
juiz acolher a alegação de decadência ou de prescrição do direito do autor, conforme 
previsto no art. 810 do CPC. A sentença cautelar, terminativa ou definitiva, enseja 
recurso de apelação, cujo efeito é apenas devolutivo. 
Gabarito: Errado 
 
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295. (Procurador do Estado de Alagoas/Procuradoria Geral do Estado de 
Alagoas/2009) Se a sentença prolatada em ação cautelar de sequestro abordar 
tema atinente à própria existência do bem ou direito cuja proteção foi requerida, 
será vedado às partes voltar a discutir em ação de natureza diversa a mesma 
matéria. 
A sentença prolatada em ação cautelar não faz coisa julgada. Por esse motivo, será 
permitido às partes intentar a mesma matéria em ação de natureza diversa, salvo se a 
sentença cautelar decretar decadência ou prescrição do direito do autor (art. 810 do 
CPC). 
Art. 810. O indeferimento da medida não obsta a que a parte intente a ação, 
nem influi no julgamento desta, salvo se o juiz, no procedimento cautelar, 
acolher a alegação de decadência ou de prescrição do direito do autor. 
Gabarito: Errado 
296. (Procurador do Estado de Alagoas/Procuradoria Geral do Estado de 
Alagoas/2009) O indeferimento da medida cautelar pleiteada não impede a 
propositura de nova cautelar para assegurar direitos sobre os mesmos bens, 
desde que sejam manejados novos fundamentos em amparo da pretensão. 
Conforme art. 808, parágrafo único, o indeferimento da medida cautelar pleiteada não 
impede a propositura de nova cautelar para assegurar direitos sobre os mesmos bens, 
desde que sejam manejados novos fundamentos em amparo da pretensão. 
Gabarito: Certo 
297. (Procurador do Estado de Alagoas/Procuradoria Geral do Estado de 
Alagoas/2009) Em nenhuma hipótese o julgamento da ação cautelar de sequestro 
seria suficiente para impedir que o autor intentasse outra ação na qual discutisse 
seu direito a parte dos bens adquiridos pelo casal. 
Em princípio, o indeferimento da medida cautelar não impede a parte de intentar ação 
principal, nem influi no julgamento desta, salvo em uma hipótese: quando o juiz acolhe 
a alegação de decadência ou de prescrição do direito do autor (art. 810, 2ª parte). Nessa 
circunstância, o julgamento da ação cautelar vai deixar reflexos sobre a ação principal, 
 
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pois o processo cautelar irá compor definitivamente a lide e impedir a instauração de 
demanda principal. 
Gabarito: Errado 
298. (Procurador do Estado de Alagoas/Procuradoria Geral do Estado de 
Alagoas/2009) Ainda que a medida cautelar requerida tenha sido indeferida por 
sentença que julgou o mérito do pedido, é necessário que o autor ajuíze a ação 
principal em 30 dias a contar do trânsito em julgado da primeira sentença, pois a 
cautelar em questão é típica preparatória. 
Conforme art. 806 do CPC, o autor somente tem o dever de ajuizar a ação principal no 
prazo de 30 dias, a contar do trânsito em julgado da sentença cautelar, se esta deferir o 
pedido do autor. Segundo Elpídio Donizetti, visa a fixação desse prazo evitar que o 
requerente, usufruindo dos efeitos da medida cautelar, fique desinteressado pela solução 
do conflito, perpetuando a restrição imposta por uma sentença proferida em processo 
cognitivo superficial. Portanto, é necessário que o autor ajuíze a ação principal em 30 
dias somente se a sentença cautelar deferir o pedido do autor. No caso de 
indeferimento, tal postulação faz-se desnecessária. 
Vale ressaltar ainda que, em razão da finalidade da norma, ela só tem aplicação se se 
tratar de medida antecedente, restritiva de direito ou constritiva de bens, como o arresto 
e o sequestro. No caso da produção antecipada de provas, por exemplo, a norma do art. 
806 não tem aplicação. 
Por fim, a doutrina entende a inobservância do prazo de 30 dias para execução da 
medida, a contar do deferimento, como renúncia tácita da parte é medida cautelar, daí 
constituir cessação de sua eficácia (art. 808, II, CPC). 
Gabarito: Errado 
299. É permitido o arresto como medida cautelar de garantia desentença 
ilíquida. 
Segundo Humberto Theodoro, “arresto é medida cautelar de garantia da futura 
execução por quantia certa. Consiste na apreensão judicial de bens indeterminados do 
patrimônio do devedor. Assegura a viabilidade da futura penhora (ou arrecadaç ão, se tratar-
se de insolvência) na qual virá a converter-se ao tempo da efetiva execução. O arresto atua, 
ao instrumentalizar a execução forçada, como meio de preservar a responsabilidade 
 
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patrimonial a ser efetivada pela execução por quantia certa. E isto se faz mediante ‘inibição 
(constrição) de bens suficientes para segurança da dívida até que se decida a causa’”. 
Gabarito: errado. 
300. O direito de obter o arresto nasce para o credor de sua simples posição de 
titular de uma obrigação de dinheiro. 
O direito de obter o arresto não nasce para o credor de suas simples posição de titular 
de uma obrigação de dinheiro. Segundo o art. 814, são requisitos essenciais para o 
deferimento do arresto: 
1. Prova literal de dívida líquida e certa; 
2. Prova documental ou justificação de algum dos casos de perigo de dano jurídico 
mencionados no art. 13, a saber: 
Art. 813. O arresto tem lugar: 
 I - quando o devedor sem domicílio certo intenta ausentar-se ou alienar os bens 
que possui, ou deixa de pagar a obrigação no prazo estipulado; 
 II - quando o devedor, que tem domicílio: 
 a) se ausenta ou tenta ausentar-se furtivamente; 
 b) caindo em insolvência, aliena ou tenta alienar bens que possui; contrai ou 
tenta contrair dívidas extraordinárias; põe ou tenta pôr os seus bens em nome de 
terceiros; ou comete outro qualquer artifício fraudulento, a fim de frustrar a 
execução ou lesar credores; 
 III - quando o devedor, que possui bens de raiz, intenta aliená-los, hipotecá-los 
ou dá-los em anticrese, sem ficar com algum ou alguns, livres e desembargados, 
equivalentes às dívidas; 
 IV - nos demais casos expressos em lei. 
Os requisitos do art. 814 correspondem, respectivamente, aos pressupostos genéricos 
da tutela cautelar, que são o fumus boni iuris e o periculun in mora, os quais são 
individualizados de maneira de maneira a amoldar-se às particularidades da medida 
específica que é o arresto. 
Gabarito: Errado 
 
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301. É possível a busca e apreensão de coisas ou pessoas. 
A busca e apreensão pode ser de coisas ou de pessoas. Há busca e apreensão de coisas nos 
exemplos relacionados com os documentos subtraídos pela parte e nas demais hipóteses em 
que as medidas tradicionais (arresto, sequestro e depósito) não se revelam adequadas; e de 
pessoas nos casos de guarda de incapazes (menores e interditos). No primeiro caso, diz-se 
que a medida é real; no último, pessoal. 
Gabarito: certo 
302. O interesse que autoriza a ação cautelar de produção antecipada de 
provas relaciona-se com a obtenção, preventiva, da documentação de estado de 
fato que possa vir influir, de futuro, na instrução de alguma ação. 
Certo. Segundo Humberto Theodoro, as ações de antecipação de prova têm cabimento 
qualquer que seja a natureza da futura demanda – que pode ser de jurisdição 
contenciosa ou mesmo de jurisdição voluntária – e tanto podem ser manejadas por 
quem pretenda agir como por quem queira defender-se. 
Nesta ação cautelar, o periculum in mora corresponde à probabilidade de não ter a 
parte condições, no momento processual adequado, de produzir a prova, porque o fato 
é passageiro, ou porque a coisa ou pessoa possam perecer ou desaparecer. 
 
Conforme o art. 846 do CPC, a produção antecipada de prova pode consistir em: 
I – Prova oral, compreendendo: 
a) interrogatório da parte; 
b) inquirição de testemunhas; 
II – Prova pericial, compreendendo exames técnicos em geral (engenharia, medicina, 
psiquiatria, contabilidade etc.). 
Gabarito: certo 
 
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2. DOS PROCEDIMENTOS ESPECIAIS 
2.1 MANDADO DE SEGURANÇA 
303. Cabe mandado de segurança contra os atos de gestão comercial 
praticados pelos administradores de empresas públicas, de sociedade de 
economia mista e de concessionárias de serviço público. 
Errado. Segundo o art. 1º, § 2º, da Lei n. 12.016/2009, “não cabe mandado de segurança 
contra os atos de gestão comercial praticados pelos administradores de empresas públicas, 
de sociedade de economia mista e de concessionárias de serviço público”. 
Gabarito: Errado 
304. (Analista Processual/MPU/ESAF/2004) Qualquer cidadão pode impetrar 
o mandado de segurança individual. Mas apenas os partidos políticos com 
representação no Congresso Nacional ou organização sindical, entidade de classe 
ou associação em funcionamento há mais de um ano, podem interpor o mandado 
de segurança coletivo. 
Certo. O mandado de segurança individual pode ser proposto por qualquer cidadão. Já o 
mandado de segurança coletivo pode ser impetrado (art. 21 da Lei 12.016/09 c/c art. 5º, 
LXX, da CF): 
1. por partido político com representação no Congresso Nacional, na defesa de seus 
interesses legítimos relativos a seus integrantes ou à finalidade partidária, ou 
2. por organização sindical, entidade de classe ou associação legalmente constituída e 
em funcionamento há, pelo menos, 1 (um) ano, em defesa de direitos líquidos e certos 
da totalidade, ou de parte, dos seus membros ou associados, na forma dos seus 
estatutos e desde que pertinentes às suas finalidades, dispensada, para tanto, 
autorização especial. 
Gabarito: Certo 
305. Segundo a lei, o mandado de segurança cabe, em alguns casos, contra ato 
administrativo passível de recurso na esfera administrativa. 
Errado. Segundo o art. 5º da Lei 12.016/09, não se concederá mandado de segurança 
quando se tratar: 
 
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I - de ato do qual caiba recurso administrativo com efeito suspensivo, 
independentemente de caução; 
II - de decisão judicial da qual caiba recurso com efeito suspensivo; 
III - de decisão judicial transitada em julgado. 
Gabarito: Errado 
306. Os direitos protegidos pelo mandado de segurança coletivo podem ser 
coletivos ou individuais heterogêneos. 
Errado. Segundo o art. 21, parágrafo único, da Lei 12.016/09: os direitos protegidos pelo 
mandado de segurança coletivo podem ser: 
I - coletivos, assim entendidos, para efeito desta Lei, os transindividuais, de natureza 
indivisível, de que seja titular grupo ou categoria de pessoas ligadas entre si ou com a 
parte contrária por uma relação jurídica básica; 
II - individuais homogêneos, assim entendidos os decorrentes de origem comum e da 
atividade ou situação específica da totalidade ou de parte dos associados ou membros do 
impetrante. 
Gabarito: errado 
307. (Analista Judiciário/Área: Judiciária/TRE-MA/2009) Mostra-se cabível a 
propositura da ação de mandado de segurança contra decisão judicial de mérito 
sob o manto da coisa julgada material. 
Mostra-se incabível a propositura da ação de mandado de segurança contra decisão 
judicial de mérito sob o manto da coisa julgada (formal e/ou material). 
O mandado de segurança não podeser utilizado como sucedâneo de ação rescisória ou 
de qualquer outro recurso contra decisão judicial nem como ação autônoma de 
impugnação tendente à desconstituição da autoridade da coisa julgada, motivo pelo qual 
a petição do “writ” constitucional contra decisão judicial já transitada em julgado deve 
ser indeferida de plano (arts. 5º, III, e 10 da Lei nº 12.016, de 7 de agosto de 2009). 
Art. 5º da Lei nº 12.016/2009. Não se concederá mandado de segurança 
quando se tratar: 
I – de ato do qual caiba recurso administrativo com efeito suspensivo, 
independentemente de caução; 
II – de decisão judicial da qual caiba recurso com efeito suspensivo; 
 
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III – de decisão judicial transitada em julgado. 
Súmula 268 do STF. 
Não cabe mandado de segurança contra decisão judicial com transito em 
julgado. 
Gabarito: Errado 
308. (Advogado da União/Advocacia-Geral da União/2009) Com relação ao 
mandado de segurança, julgue o item a seguir. O mandado de segurança é 
instrumento constitucional de defesa do direito líquido e certo violado ou 
ameaçado por autoridade pública, ou até mesmo por pessoa natural no exercício 
de função delegada, o que, apesar de o tornar incompatível com a produção de 
prova oral ou pericial, não impede o exame de matéria jurídica controversa nos 
tribunais e a eventual concessão da segurança pleiteada. 
Questão correta. Via de regra, o mandado de segurança e seus procedimentos são 
estudados, via de regra, dentro da cadeira de Direito Constitucional, e não dentro do 
Direito Processual Civil. Recorremos então aos ensinamentos do constitucionalista 
Alexandre de Moraes, que conceitua o mandado de segurança como “ação 
constitucional, de natureza civil, cujo objeto é a proteção de direito líquido e certo, 
lesado ou ameaçado de lesão, por ato ou omissão de autoridade pública ou agente de 
pessoa jurídica no exercício de atribuições do Poder Público”. 
Conforme o § 1º do art. 1º da Lei nº 12.016/2009, consideram-se autoridades as pessoas 
naturais ou jurídicas com atribuições do Poder Público. 
Art. 1º da Lei nº 12.016/2009. Conceder-se-á mandado de segurança para 
proteger direito líquido e certo, não amparado por habeas corpus ou habeas 
data, sempre que, ilegalmente ou com abuso de poder, qualquer pessoa física 
ou jurídica sofrer violação ou houver justo receio de sofrê-la por parte de 
autoridade, seja de que categoria for e sejam quais forem as funções que 
exerça. 
§ 1º Equiparam-se às autoridades, para os efeitos desta Lei, os representantes 
ou órgãos de partidos políticos e os administradores de entidades autárquicas, 
bem como os dirigentes de pessoas jurídicas ou as pessoas naturais no 
exercício de atribuições do poder público, somente no que disser respeito a 
essas atribuições. 
 
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§ 2º Não cabe mandado de segurança contra os atos de gestão comercial pra-
ticados pelos administradores de empresas públicas, de sociedade de 
economia mista e de concessionárias de serviço público. 
§ 3º Quando o direito ameaçado ou violado couber a várias pessoas, qualquer 
delas poderá requerer o mandado de segurança. 
Em virtude de o mandado de segurança proteger direito líquido e certo, isto é, direito 
capaz de ser comprovado de plano por documentação inequívoca, não se admite neste 
procedimento a produção de prova oral, pericial ou quaisquer outras de grande 
complexidade. Contudo, está englobado no conceito de “direito líquido e certo” o 
exame de matéria jurídica controversa nos tribunais, que dependa tão somente de 
adequada interpretação do direito. 
O mandado de segurança está previsto no art. 5º, inciso LXIX, da Constituição Federal 
e é conferido aos indivíduos para que eles se defendam de atos ilegais ou praticados 
com abuso de poder, constituindo-se verdadeiro instrumento de liberdade civil e 
política. São quatro as suas características identificadoras: 
1º ato comissivo ou omissivo de autoridade praticado pelo poder Público, por particular 
ou por pessoa jurídica decorrente de delegação do Poder Público; 
2º ilegalidade ou abuso de Poder; 
3º lesão ou ameaça de lesão; 
4º caráter subsidiário: proteção ao direito líquido e certo não amparado por habeas 
corpus ou habeas data. 
Vale destacar que o prazo para impetração do mandado de segurança é de 120 dias, 
contados da data em que o interessado tiver conhecimento oficial do ato a ser 
impugnado. 
Art. 5º, LXIX, da CF – Conceder-se-á mandado de segurança para proteger direito 
líquido e certo, não amparado por “habeas-corpus” ou “habeas-data”, quando o 
responsável pela ilegalidade ou abuso de poder for autoridade pública ou agente de 
pessoa jurídica no exercício de atribuições do Poder Público; 
Gabarito: Certo 
 
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2.2. AÇÃO POPULAR (LEI N. 4.717/1965) 
309. (Advogado/CETESB/Vunesp/2009) Qualquer brasileiro pode ajuizar ação 
popular. 
Errado. Segundo o art. 1º da Lei 4.717/65, a ação popular pode ser ajuizada por qualquer 
cidadão, sendo que a prova da cidadania, para ingresso em juízo, faz-se mediante 
apresentação do título eleitoral, ou documento que a ele corresponda. 
Art. 5º, LXXIII, da CF. Qualquer cidadão é parte legítima para propor ação popular 
que vise a anular ato lesivo ao patrimônio público ou de entidade de que o Estado 
participe, à moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e 
cultural, ficando o autor, salvo comprovada má-fé, isento de custas judiciais e do 
ônus da sucumbência; 
Art. 1º da Lei 4.717/65. Qualquer cidadão será parte legítima para pleitear a 
anulação ou a declaração de nulidade de atos lesivos ao patrimônio da União, do 
Distrito Federal, dos Estados, dos Municípios, de entidades autárquicas, de 
sociedades de economia mista (Constituição, art. 141, § 38), de sociedades mútuas de 
seguro nas quais a União represente os segurados ausentes, de empresas públicas, de 
serviços sociais autônomos, de instituições ou fundações para cuja criação ou custeio 
o tesouro público haja concorrido ou concorra com mais de cinqüenta por cento do 
patrimônio ou da receita ânua, de empresas incorporadas ao patrimônio da União, 
do Distrito Federal, dos Estados e dos Municípios, e de quaisquer pessoas jurídicas 
ou entidades subvencionadas pelos cofres públicos. (...) 
§ 3º A prova da cidadania, para ingresso em juízo, será feita com o título eleitoral, 
ou com documento que a ele corresponda. 
Extraem-se 3 requisitos para a admissibilidade da ação popular: 
1. A condição de ser cidadão brasileiro, por parte de quem se disponha a interpor a ação; 
2. A ilegalidade do ato a ser invalidado; 
3. A lesividade do ato para o patrimônio público. 
Gabarito: errado 
 
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310. A Lei nº 4.717/65 enumera taxativamente os atos que podem ser atacados 
por meio de ação popular, a saber: os atos considerados nulos por motivo de 
incompetência, inobservância de forma, ilegalidade do objeto, inexistência dos 
motivos e desvio de finalidade; os atos anuláveis; e os atos com presunção de 
ilegitimidade e de lesividade. 
Errado.A Lei nº 4.717/65 enumera os atos que podem ser atacados por meio de ação 
popular nos arts. 2º, 3º e 4º. Contudo, a enumeração da Lei não é taxativa, visto que 
outras hipóteses de atos invalidáveis pela ação popular podem ocorrer, desde que 
presentes os requisitos de ilegalidade e lesividade ao patrimônio público. 
Art. 2º São nulos os atos lesivos ao patrimônio das entidades mencionadas no 
artigo anterior, nos casos de: 
 a) incompetência; 
 b) vício de forma; 
 c) ilegalidade do objeto; 
 d) inexistência dos motivos; 
 e) desvio de finalidade. 
Art. 3º Os atos lesivos ao patrimônio das pessoas de direito público ou privado, 
ou das entidades mencionadas no art. 1º, cujos vícios não se compreendam nas 
especificações do artigo anterior, serão anuláveis, segundo as prescrições legais, 
enquanto compatíveis com a natureza deles. 
Art. 4º São também nulos os seguintes atos ou contratos, praticados ou celebrados 
por quaisquer das pessoas ou entidades referidas no art. 1º. 
 I - A admissão ao serviço público remunerado, com desobediência, quanto às 
condições de habilitação, das normas legais, regulamentares ou constantes de 
instruções gerais. 
 II - A operação bancária ou de crédito real, quando: 
 a) for realizada com desobediência a normas legais, regulamentares, 
estatutárias, regimentais ou internas; 
 b) o valor real do bem dado em hipoteca ou penhor for inferior ao constante 
de escritura, contrato ou avaliação. 
 
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 III - A empreitada, a tarefa e a concessão do serviço público, quando: 
 a) o respectivo contrato houver sido celebrado sem prévia concorrência 
pública ou administrativa, sem que essa condição seja estabelecida em lei, 
regulamento ou norma geral; 
 b) no edital de concorrência forem incluídas cláusulas ou condições, que 
comprometam o seu caráter competitivo; 
 c) a concorrência administrativa for processada em condições que 
impliquem na limitação das possibilidades normais de competição. 
 IV - As modificações ou vantagens, inclusive prorrogações que forem 
admitidas, em favor do adjudicatário, durante a execução dos contratos de 
empreitada, tarefa e concessão de serviço público, sem que estejam previstas em 
lei ou nos respectivos instrumentos., 
 V - A compra e venda de bens móveis ou imóveis, nos casos em que não 
cabível concorrência pública ou administrativa, quando: 
 a) for realizada com desobediência a normas legais, regulamentares, ou 
constantes de instruções gerais; 
 b) o preço de compra dos bens for superior ao corrente no mercado, na 
época da operação; 
 c) o preço de venda dos bens for inferior ao corrente no mercado, na época 
da operação. 
 VI - A concessão de licença de exportação ou importação, qualquer que seja 
a sua modalidade, quando: 
 a) houver sido praticada com violação das normas legais e regulamentares 
ou de instruções e ordens de serviço; 
 b) resultar em exceção ou privilégio, em favor de exportador ou importador. 
 VII - A operação de redesconto quando sob qualquer aspecto, inclusive o 
limite de valor, desobedecer a normas legais, regulamentares ou constantes de 
instruções gerais. 
 VIII - O empréstimo concedido pelo Banco Central da República, quando: 
 a) concedido com desobediência de quaisquer normas legais, 
regulamentares,, regimentais ou constantes de instruções gerias: 
 b) o valor dos bens dados em garantia, na época da operação, for inferior ao 
da avaliação. 
 
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 IX - A emissão, quando efetuada sem observância das normas 
constitucionais, legais e regulamentadoras que regem a espécie. 
Gabarito: errado 
311. Se o autor da ação popular desistir da ação popular, está será extinta. 
Errado. Segundo o art. 9º da Lei 4.717/65, se o autor desistir da ação, fica assegurado a 
qualquer cidadão, bem como ao representante do Ministério Público promover o 
prosseguimento da ação. O ingresso deve ser feito no prazo de 90 dias da última 
publicação feita em diário oficial. 
Gabarito: errado. 
312. Acerca da atuação do Ministério Público na ação popular, podemos 
afirmar que: 
(a) O Ministério Público atua como custos legis, mas não pode ter a iniciativa de 
propor a ação, nem pode defender o ato impugnado. 
(b) O Ministério Público não pode dar prosseguimento à causa se o autor desistir 
da ação ou abandonar o processo, por lhe faltar legitimidade ad causam. 
(c) O Ministério Público tem poder para promover a execução da sentença. 
Errado. O único item incorreto é o (b), pois o Ministério Público pode dar prosseguimento à 
causa se o autor desistir da ação ou abandonar o processo. 
Art. 6º, § 4º O Ministério Público acompanhará a ação, cabendo-lhe apressar a 
produção da prova e promover a responsabilidade, civil ou criminal, dos que nela 
incidirem, sendo-lhe vedado, em qualquer hipótese, assumir a defesa do ato 
impugnado ou dos seus autores. 
Art. 9º Se o autor desistir da ação ou der motiva à absolvição da instância, serão 
publicados editais nos prazos e condições previstos no art. 7º, inciso II, ficando 
assegurado a qualquer cidadão, bem como ao representante do Ministério Público, 
dentro do prazo de 90 (noventa) dias da última publicação feita, promover o 
prosseguimento da ação. 
Art. 16. Caso decorridos 60 (sessenta) dias da publicação da sentença condenatória 
de segunda instância, sem que o autor ou terceiro promova a respectiva execução. o 
 
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representante do Ministério Público a promoverá nos 30 (trinta) dias seguintes, sob 
pena de falta grave. 
Gabarito: errado 
313. A Lei n. 4717/65 estabelece um litisconsórcio necessário no pólo passivo da 
ação popular, devendo a ação ser proposta contra as autoridades, funcionários 
ou administradores da entidade pública que autorizaram o ato lesivo ou que, por 
omissão, consentiram em sua prática; e, ainda, contra todos os beneficiários do 
ato. Além disso, trata-se de litisconsórcio necessário unitário, pois a sentença 
proferida na ação afetará de forma unitária aqueles que figurem no pólo passivo. 
Errado. A primeira parte da questão está certa. O erro está na segunda parte, pois segundo 
a doutrina há, na ação popular, litisconsórcio necessário simples, visto que mesmo que a 
decisão constitutiva do ato tido como ilegal afete a esfera jurídica de todos aqueles que 
figurem no pólo passivo, a condenação ao ressarcimento ao erário pode ser diversa entre 
os litisconsortes, cabendo a cada um responder na medida da sua contribuição à lesão do 
patrimônio público. 
Gabarito: errado. 
314. A sentença da ação popular terá eficácia de coisa julgada formal e 
material, com efeitos erga omnes, inclusive na hipótese de haver sido a ação 
julgada improcedente por deficiência de prova. 
Errado. A sentença da ação popular faz coisa julgada formal e material. Se o caso, 
porém, for de improcedência, há uma distinção a ser feita: 
(a) Se a rejeição do pedido for em razão do reconhecimento da licitude e falta de 
lesividade do ato questionado, a eficácia da coisa julgada (res iudicata) será 
oponível erga omnes, ou seja, nem o autor nem qualqueroutro cidadão poderá 
repropor a mesma ação (coisa julgada formal e material); 
(b) Se, no entanto, a improcedência for decretada por insuficiência de prova, outra 
ação, por iniciativa de qualquer legitimado, poderá vir a ser proposta, apoiando-se 
em nova prova (coisa julgada formal). 
 
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 Art. 18. A sentença terá eficácia de coisa julgada oponível "erga omnes", exceto 
no caso de haver sido a ação julgada improcedente por deficiência de prova; neste 
caso, qualquer cidadão poderá intentar outra ação com idêntico fundamento, 
valendo-se de nova prova. 
Gabarito: errado 
315. A ação prevista na Lei de Ação Popular prescreve em 5 anos. 
Segundo Humberto Theodoro e jurisprudência do STJ, o prazo que a lei nomeia de 
prescricional é, tecnicamente, de decadência. Não pode, por isso ser submetido a interrupção 
ou suspensão. 
Além disso, a Lei 4717/65 não menciona o termo inicial para contagem do prazo. 
Nesse sentido, a doutrina firmou entendimento no sentido de que o prazo prescricional conta-
se da data de publicidade do ato, para todos os possíveis legitimados ao ajuizamento da ação 
popular, sem levar em conta quando o autor da ação popular veio efetivamente a ter ciência 
da possível lesão ao patrimônio público. 
 Art. 21. A ação prevista nesta lei prescreve em 5 (cinco) anos. 
Gabarito: certo 
Acerca da execução da ação popular, julgue os itens abaixo. 
316. Caso decorridos 45 dias da publicação da sentença condenatória de 
segunda instância, sem que o autor ou terceiro promova a respectiva execução, o 
representante do Ministério Público a promoverá nos 60 dias seguintes, sob pena 
de falta grave. 
O erro da questão está nos prazos. Caso decorridos 60 dias da publicação da sentença 
condenatória de segunda instância, sem que o autor ou terceiro promova a respectiva 
execução, o representante do Ministério Público a promoverá nos 30 dias seguintes, sob pena 
de falta grave (Art. 16 da Lei 4717/65). 
Gabarito: errado 
317. O autor da ação popular; qualquer outro cidadão; o Ministério Público; e 
a entidade pública, ou privada, citada para o processo, ainda que tenha 
 
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contestado a ação, são legitimados sucessivos para promover a execução forçada 
da ação popular. 
Segundo o art. 17 da Lei 4717/65, “é sempre permitida às pessoas ou entidades referidas no 
art. 1º, ainda que hajam contestado a ação, promover, em qualquer tempo, e no que as 
beneficiar a execução da sentença contra os demais réus”. 
Gabarito: certo 
2.3. AÇÃO CIVIL PÚBLICA (LEI N. 7.347/85) 
318. Será competente para a ação civil pública o foro do local do dano, cujo 
juízo terá competência funcional para processar e julgar a causa. A Lei n. 
7.347/85 qualifica a competência do foro do local do dano como funcional, 
tratando-se de competência absoluta, visto possuir natureza de ordem pública. 
Certo. Prevê o art. 2º da Lei n. 7.347/85 (Lei da Ação Civil Pública) que será competente 
para a ação civil pública o foro do local do dano, cujo juízo terá competência funcional 
para processar e julgar a causa. Complexo, né? Nós sabemos que a competência 
territorial é, via de regra, relativa. Mas a Lei fala em competência territorial-funcional. 
Como sabermos se se trata de competência absoluta ou relativa? Nesse caso, a 
resposta não está na lei, por isso teremos de recorrer à doutrina. Como a banca de nosso 
concurso é o Cespe/UnB, que adora fugir da literalidade, esse tema (competência nas 
ações civis públicas) pode ser objeto de questão de prova. 
Voltando à pergunta: a competência para a ação civil pública é absoluta ou relativa? 
Primeiro, vamos ver o que dispõe o art. 2º da Lei n. 7.347/85: 
Art. 2º da Lei n. 7.347/85. As ações previstas nesta Lei serão propostas no foro do local 
onde ocorrer o dano, cujo juízo terá competência funcional para processar e julgar a 
causa. 
Segundo Fredie Diddier, quando o legislador qualifica a competência do foro do local do 
dano (territorial) como funcional, temos uma regra de ordem pública, tratando-se de 
competência funcional-territorial absoluta. Para entender, precisamos fazer uma 
retrospectiva na doutrina: 
 
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“A competência funcional-territorial advém de equivocada doutrina de Chiovenda, seguida 
por Liebman e infelizmente pelo doutrinador ordinário pátrio. A doutrina, contudo, 
capitaneada por José Carlos Barbosa Moreira, propõe o abandono do caráter funcional da 
competência territorial, preferindo identificá-la, mais tecnicamente, como competência 
absoluta determinada em lei, sem uso do adjetivo “funcional” para lhe conferir esta 
estabilidade. Trata-se, portanto, de competência territorial absoluta.” 
Nós aprendemos que a competência territorial é, em regra, relativa, salvo nas seguintes 
hipóteses, em que estaremos diante de competência territorial absoluta: 
1. Ações imobiliárias relativas ao direito de propriedade, vizinhança, servidão, posse, 
divisão e demarcação de terras e nunciação de obra nova (art. 95) 
2. Ações em que a União for autora, ré ou interveniente (art. 99) 
3. Ações de falência 
Segundo a doutrina majoritária, vamos acrescentar a esse rol mais uma hipótese de 
competência territorial absoluta: 
4. Ações coletivas 
4.1 Ação civil pública (art. 2º da Lei n. 7.347/85) 
4.2 Ação popular (art. 5º da Lei n. 4.717/65) 
Gabarito: Certo 
319. (Advogado/AVAPE - Pref. Araçatuba - SP/Consulplan/2009) A 
propositura da ação civil pública prevenirá a jurisdição do juízo para todas as 
ações posteriormente intentadas que possuam a mesma causa de pedir ou o 
mesmo objeto. 
Certo. Trata-se de repetição do disposto no parágrafo único do art. 2º da Lei n. 7.347/85: 
Art. 2º As ações previstas nesta Lei serão propostas no foro do local onde ocorrer o 
dano, cujo juízo terá competência funcional para processar e julgar a causa. 
Parágrafo único A propositura da ação prevenirá a jurisdição do juízo para todas as 
ações posteriormente intentadas que possuam a mesma causa de pedir ou o mesmo 
objeto. (Incluído pela Medida provisória nº 2.180-35, de 2001) 
 
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Gabarito: Certo 
320. (Advogado/AVAPE - Pref. Araçatuba - SP/Consulplan/2009) A ação civil 
pública poderá ter por objeto a condenação em dinheiro ou o cumprimento de 
obrigação de fazer ou não fazer. 
Certo. Trata-se de repetição do disposto no art. 3º da Lei n. 7.347/85: 
Art. 3º A ação civil poderá ter por objeto a condenação em dinheiro ou o 
cumprimento de obrigação de fazer ou não fazer. 
Gabarito: Certo 
321. (Advogado/AVAPE - Pref. Araçatuba - SP/Consulplan/2009) A ação civil 
pública será cabível também para veicular pretensões que envolvam tributos, 
contribuições previdenciárias, o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço ou 
outros fundos de natureza institucional, cujos beneficiários podem ser 
individualmente determinados. 
Errado. A questão contraria o que dispõe o parágrafo único do art. 1º da Lei n. 7.347/85: 
Art. 1º Regem-se pelas disposições desta Lei, sem prejuízo da ação popular, as ações 
de responsabilidade por danos morais epatrimoniais causados: 
I - ao meio-ambiente; 
II - ao consumidor; 
III – à ordem urbanística; 
IV – a bens e direitos de valor artístico, estético, histórico, turístico e paisagístico; 
V - por infração da ordem econômica e da economia popular; 
VI - à ordem urbanística. 
Parágrafo único. Não será cabível ação civil pública para veicular pretensões que 
envolvam tributos, contribuições previdenciárias, o Fundo de Garantia do Tempo de 
Serviço - FGTS ou outros fundos de natureza institucional cujos beneficiários podem 
ser individualmente determinados. 
 
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Gabarito: Errado 
322. (Advogado/AVAPE - Pref. Araçatuba - SP/Consulplan/2009) A ação civil 
pública será proposta no foro do local onde ocorrer o dano, cujo juízo terá 
competência funcional para processar e julgar a causa. 
Certo. Trata-se de repetição do disposto no art. 2º da Lei n. 7.347/85: 
Art. 2º As ações previstas nesta Lei serão propostas no foro do local onde ocorrer o 
dano, cujo juízo terá competência funcional para processar e julgar a causa. 
Gabarito: Certo 
323. (Advogado/AVAPE - Pref. Araçatuba - SP/Consulplan/2009) Na ação civil 
pública, se o Ministério Público não intervier no processo como parte, atuará 
obrigatoriamente como fiscal da lei. 
Certo. Trata-se de repetição do disposto no § 1º do art. 5º da Lei n. 7.347/85: 
Art. 5o Têm legitimidade para propor a ação principal e a ação cautelar: 
I - o Ministério Público; 
II - a Defensoria Pública; 
III - a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios; 
IV - a autarquia, empresa pública, fundação ou sociedade de economia mista; 
V - a associação que, concomitantemente: 
a) esteja constituída há pelo menos 1 (um) ano nos termos da lei civil; 
b) inclua, entre suas finalidades institucionais, a proteção ao meio ambiente, ao 
consumidor, à ordem econômica, à livre concorrência ou ao patrimônio artístico, 
estético, histórico, turístico e paisagístico. 
§ 1º O Ministério Público, se não intervier no processo como parte, atuará 
obrigatoriamente como fiscal da lei. 
Gabarito: Certo 
 
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324. (Analista Processual/MPU/ESAF/2004) Em relação à defesa judicial pela 
via da ação civil pública, é correto afirmar que a ação civil pública compete 
exclusivamente a entes públicos, seja o Ministério Público ou entidades 
vinculadas à União, Estados ou Municípios. Nesse último caso, desde que, entre 
suas finalidades institucionais, esteja a defesa do meio ambiente, o patrimônio 
artístico, histórico e paisagístico, o consumidor e a economia popular. 
Errado. Segundo o art. 5º da Lei n. 7.347/85, têm legitimidade para propor a 
ação principal e a ação cautelar: 
I - o Ministério Público; 
II - a Defensoria Pública; 
III - a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios; 
IV - a autarquia, empresa pública, fundação ou sociedade de economia mista; 
V - a associação que, concomitantemente: 
a) esteja constituída há pelo menos 1 (um) ano nos termos da lei civil; 
b) inclua, entre suas finalidades institucionais, a proteção ao meio ambiente, ao 
consumidor, à ordem econômica, à livre concorrência ou ao patrimônio artístico, 
estético, histórico, turístico e paisagístico. 
Gabarito: Errado 
325. (Analista Processual/MPU/ESAF/2004) Ainda que a legitimação para a 
ação civil pública seja limitada, qualquer cidadão poderá provocar a iniciativa 
do Ministério Público, fornecendo informações que fundamentem a propositura. 
Já os servidores públicos têm essa prerrogativa como dever funcional. E os 
juízes, conhecendo tais informações, devem remetê-las ao Ministério Público 
para que esse tome as providências cabíveis. 
Certo. Trata-se de repetição do disposto nos arts. 6º e 7º da Lei n. 7.347/85: 
Art. 6º Qualquer pessoa poderá e o servidor público deverá provocar a iniciativa 
do Ministério Público, ministrando-lhe informações sobre fatos que constituam 
objeto da ação civil e indicando-lhe os elementos de convicção. 
 
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Art. 7º Se, no exercício de suas funções, os juízes e tribunais tiverem 
conhecimento de fatos que possam ensejar a propositura da ação civil, remeterão 
peças ao Ministério Público para as providências cabíveis. 
Gabarito: Certo 
326. (Analista Processual/MPU/ESAF/2004) Na ação civil pública não há 
adiantamento de custas, nem de honorários periciais ou qualquer outra despesa. 
Mas a associação autora pode ser condenada nas verbas de sucumbência. 
Errado. Com o objetivo de facilitar ao máximo o acesso à justiça na defesa dos direitos 
coletivos, a lei expressamente dispensa o adiantamento de custas e isenta o pagamento de 
honorários advocatícios em desfavor do demandante. Segundo Fredie Diddier, trata-se de 
evidente estímulo para o ajuizamento dessas ações, combinado com o interesse da 
República de ver protegidos os bens tutelados pelo processo coletivo. 
Segundo Ricardo de Barros Leonel, “aplica-se às ações coletivas, então, o regime do 
benefício da justiça gratuita, que permite a prática de atos processuais sem o 
adiantamento das despesas, que serão suportadas pelo vencido. Quando o vencido não 
pode (caso do beneficiário da justiça gratuita), ou não deve pagar as despesas, como é o 
caso dos legitimados coletivos, em que somente se houver má-fé o ente autor será 
condenado a ressarci-las, devem ser elas suportadas pela Fazenda Pública”. 
Art. 18 da Lei n. 7.347/85. Nas ações de que trata esta lei, não haverá adiantamento 
de custas, emolumentos, honorários periciais e quaisquer outras despesas, nem 
condenação da associação autora, salvo comprovada má-fé, em honorários de 
advogado, custas e despesas processuais. 
Esse regime especial prevê o pagamento de custas e honorários apenas na hipótese de 
litigância de má-fé. Deste modo, a questão está errada porque não se trata de possibilidade de 
condenação da associação nas verbas sucumbenciais, mas na condenação por litigância de 
má-fé. 
Tal dispositivo aplica-se à parte autora, não beneficiando aquele que se encontra no pólo 
passivo, e às demais ações coletivas, como o mandado de segurança coletivo, a ação popular 
e a ação de improbidade administrativa. 
 
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Art. 17 da Lei n. 7.347/85. Em caso de litigância de má-fé, a associação autora e os 
diretores responsáveis pela propositura da ação serão solidariamente condenados em 
honorários advocatícios e ao décuplo das custas, sem prejuízo da responsabilidade 
por perdas e danos. 
Gabarito: Errado 
327. (Analista Processual/MPU/ESAF/2004) Ainda que ambos tratem de 
interesses transindividuais, não se aplicam os dispositivos do Código de Defesa 
do Consumidor à ação civil pública, pelo caráter mais amplo dessa. 
Errado. Vejamos o art. 21 da Lei n. 7.347/85: 
Art. 21 da Lei n. 7.347/85. Aplicam-se à defesa dos direitos e interesses 
difusos, coletivos e individuais, no que for cabível, os dispositivos do Título III 
da lei que instituiu o Código de Defesa do Consumidor. 
O Código de Defesa do Consumidor (Lei n. 8.078/90) é tido como o “Código de Processo 
Coletivo Brasileiro”, poistraz em seu bojo conceitos de direitos difusos, coletivos stricto 
sensu e individuais homogêneos; novas técnicas para as ações coletivas e inovações 
processuais, tanto no que se refere às ações individuais como às coletivas. O Título III 
“Da Defesa do Consumidor” é tido como o mais importante, apresentando dispositivos 
aplicáveis às demais classes de ações coletivas. 
Segundo Fredie Diddier, “no que for compatível, seja a ação popular, a ação civil pública, 
a ação de improbidade administrativa e mesmo o mandado de segurança coletivo, aplicase 
o Título III do CDC. Desta ordem de observações, fica fácil determinar que o diploma 
em enfoque tornou-se um verdadeiro ‘Código Brasileiro de Processos Coletivos’, um 
‘ordenamento processual geral’ para a tutela coletiva”. 
Gabarito: Errado 
 
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328. (Analista Judiciário/Área: Judiciária/TRE-MA/2009) A admissibilidade 
da ação civil pública em nada prejudica o cabimento da ação popular e de outras 
ações, individuais ou coletivas, com a mesma causa de pedir e o mesmo pedido. 
Errado. Segundo Leonardo Greco, “pode haver litispendência de ação civil pública e 
ação popular ou outra ação civil pública, se, além do pedido e da causa de pedir 
idênticos, o grupo substituído pelo legitimado coletivo da primeira for o mesmo da ação 
popular ou da segunda ação civil pública. Se não houver essa tríplice identidade, a 
primeira não prejudicará a segunda”. 
Parte da doutrina entende que mesmo que não haja identidade entre os legitimados 
ativos, isto é, entre os titulares da demanda coletiva no pólo ativo, haverá litispendência 
(e coisa julgada) entre as demandas coletivas, o que implicará a extinção daquela que 
foi proposta posteriormente, porque em ambas os autores atuam como “legitimados 
autônomos para a condução do processo” ou “substituto processuais”, razão pela 
qual, nesses casos, os titulares materiais dos interesses difusos, coletivos ou 
individuais homogêneos serão atingidos pela coisa julgada que se formar em primeiro 
lugar. Quanto às ações individuais, o art. 104 do CDC resolve a questão. A primeira 
parte do dispositivo revela que não há litispendência entre ação individual e ação 
coletiva (ou civil pública) destinada à defesa de interesses difusos e coletivos 
(incisos I e II do parágrafo único do art. 81 do CDC). E a razão é simples: não há 
identidade entre os titulares ativos, nem entre os pedidos, na demanda individual e 
na demanda coletiva. No máximo, poder-se-ia falar em identidade de causa de pedir 
remota (fatos), mas as causas de pedir próxima (fundamentos jurídicos do pedido) 
também seriam diferentes. 
Art. 104 do CDC – As ações coletivas, previstas nos incisos I e II do parágrafo único 
do artigo 81, não induzem litispendência para as ações individuais, mas os efeitos da 
coisa julgada erga omnes ou ultra partes a que aludem os incisos II e III do artigo 
anterior não beneficiarão os autores das ações individuais, se não for requerida sua 
suspensão no prazo de 30 (trinta) dias, a contar da ciência nos autos do ajuizamento 
da ação coletiva. 
Gabarito: Errado 
 
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329. (Advogado da União/Advocacia-Geral da União/2009) Quanto à ação civil 
pública, julgue o seguinte item. O Ministério Público tem legitimidade para 
propor ação civil pública em defesa do patrimônio público, cabendo, nessa 
hipótese, ao poder público, a legitimidade para atuar como litisconsorte apenas 
no pólo ativo da lide, já que não lhe é dado ir de encontro ao interesse cuja 
defesa se almeja na ação. 
A questão está errada porque o Poder Público pode atuar tanto no pólo ativo quanto no 
pólo passivo. 
Segundo o § 2º do art. 5º da Lei nº 7.347/85, o Poder Público e demais entidades 
legitimadas a propor a ação civil pública poderão habilitar-se como litisconsortes de 
qualquer das partes, ou seja, tanto como auxiliares do autor quanto auxiliares do réu. 
A ação civil pública surgiu com a Lei nº 7.347, de 24 de julho de 1985, com o objetivo 
de apurar a responsabilidade por danos causados ao meio ambiente, ao consumidor, a 
bens e direitos de valor artístico, estético, histórico, turístico e paisagístico. 
Posteriormente, com a promulgação do Código de Defesa do Consumidor (Lei nº 
8.078/90), passou a tutelar, também, outros interesses difusos e coletivos. 
São legitimados para promover a ação civil pública o Ministério Público; a Defensoria 
Pública; a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios; a autarquia, empresa 
pública, fundação ou sociedade de economia mista; a associação que, 
concomitantemente, esteja constituída há pelo menos um ano e inclua, entre suas 
finalidades institucionais, a proteção ao meio ambiente, ao consumidor, à ordem 
econômica, ao patrimônio artístico etc. Em caso de desistência infundada ou abandono 
da causa, o Ministério Público, e, com a Lei nº 8.078/90, qualquer outro legitimado, 
podem assumir a titularidade ativa da ação. 
Art. 5º da Lei nº 7.347/85. 
§ 1º O Ministério Público, se não intervier no processo como parte, atuará 
obrigatoriamente como fiscal da lei. 
§ 2º Fica facultado ao Poder Público e a outras associações legitimadas nos 
termos deste artigo habilitar-se como litisconsortes de qualquer das partes. 
(...) 
 
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§ 5° Admitir-se-á o litisconsórcio facultativo entre os Ministérios Públicos da 
União, do Distrito Federal e dos Estados na defesa dos interesses e direitos de 
que cuida esta lei. 
Gabarito: Errado 
330. (Analista Processual/PGE-PI/UEP/2009) Prevista como remédio 
processual a tutelar a defesa em Juízo de interesses coletivos, difusos e 
individuais homogêneos, a ação civil pública, nos termos da sua norma de 
regência (Lei nº 7.347/85), poderá ser utilizada pelo ente legitimado, no caso, o 
Ministério Público, nas seguintes situações: 
1) violação à ordem urbanística por obra de construção civil. 
2) reparação dos danos causados por má destinação de resíduos tóxicos 
industriais. 
3) descumprimento de cláusulas laborais fixadas em acordo coletivo. 
4) destruição de patrimônio arqueológico. 
5) recolhimento indevido de contribuições previdenciárias. 
Errado. Veja que a ação civil pública poderá ser utilizada pelo ente legitimado nos 
casos especificados nos números 1 a 4, mas não no item 5. Tal vedação consta no 
parágrafo único do art. 1º da Lei n. 7.347/85: 
Art. 1º Parágrafo único. Não será cabível ação civil pública para veicular 
pretensões que envolvam tributos, contribuições previdenciárias, o Fundo de 
Garantia do Tempo de Serviço - FGTS ou outros fundos de natureza institucional 
cujos beneficiários podem ser individualmente determinados. 
Gabarito: Errado. 
2.4. AÇÃO DE IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA (LEI N. 8.429/92) 
331. A ação de improbidade administrativa, que terá o rito ordinário, será 
proposta pelo Ministério Público ou pela pessoa jurídica interessada. 
Certo. Vejamos o que dispõe o art. 17 da Lei 8429/92: 
 
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Art. 17. A ação principal, que terá o rito ordinário, será proposta pelo Ministério 
Público ou pela pessoa jurídica

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