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02 - Aula Celulas e Tecidos do sistema imune

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1
Células do Sistema Imune
Universidade Federal de Rondônia
Departamento de Biologia
2
Introdução
As células do SI em geral estão presentes 
no sangue e na linfa como células 
circulantes, em coleções celulares nos 
órgãos linfóides e disseminadas em quase 
todos os tecidos
– Sua capacidade de organização, 
circulação e troca entre sangue, linfa e 
tecidos são cruciais para geração da 
resposta imunológica
3
Em primeiro lugar, o SI deve ser capaz de 
responder a pequenos números de 
diferentes microrganismos que podem ser 
introduzidos em qualquer lugar no corpo;
Em segundo lugar, linfócitos devem 
reconhecer e responder especificamente a 
estes antígenos;
Em terceiro lugar, os mecanismos 
efetores, sejam AC ou células precisam 
localizar e destruir microrganismos em 
locais distantes da infecção inicial.
4
Tecidos especializados chamados de 
órgãos linfóides secundários ou periféricos 
concentram Ag introduzidos por meio dos 
portais comuns de entrada, como pele, 
TGI e TR
– A captura dos Ag e o seu transporte até os 
órgãos linfóides são o primeiro passo da 
RIA
– Os Ag transportados aos órgãos linfóides 
são exibidos pelas CAA para o 
reconhecimento por linfócitos específicos
5
Os linfócitos virgens migram através 
destes órgãos, onde reconhecem os Ag e 
iniciam a resposta imunológica
– A anatomia dos órgãos linfóides promove 
interações célula-célula que são 
necessárias para as fases de 
reconhecimento do Ag e da ativação da 
RIA
– Linfócitos efetores e de memória se 
desenvolvem das células virgena após sua 
estimulação pelos Ag
6
Linfócitos efetores e de memória circulam 
no sangue e se dirigem aos locais por 
onde os Ag entram e são eficazmente 
retidos nesses lugares
– Isso assegura o caráter sistêmico da 
imunidade, ou seja, os mecanismos de 
proteção podem atuar em qualquer lugar 
do corpo
7
8
Células do SI Adquirido
As células do SIA que estão envolvidas na 
RIA são linfócitos específicos para 
antígenos, células apresentadoras de 
antígenos (CAA) especializadas que 
apresentam Ag e ativam os linfócitos e as 
células efetoras que eliminam os Ag 
9
Células do SI Adquirido
Contagem normal de células sanguineas
Média/ul Variação Normal 
Leucócitos 7400 4500-11,000
Neutrófilos 4400 1800-7700
Eosinófilos 200 0-450
Basófilos 40 0-200
Linfócitos 2500 1000-4800
Monócitos 300 0-800
10
Linfócitos
São as únicas células do corpo capazes 
de reconhecer e distinguir de modo 
específico diversos determinantes 
antigênicos (DA) e são, 
consequentemente responsáveis por duas 
características que definem a RIA:
– Especificidade
– Memória
11
Classes de Linfócitos
Os linfócitos consistem em populações 
distintas que diferem quanto às suas 
funções e a seus produtos proteicos, mas 
são indistintos morfologicamente
Os linfócitos B (LB), as células que 
produzem Ac são assim chamados por 
que foi descoberto que nas aves o seu 
desenvolvimento ocorre num órgão 
chamado bursa de Fabricius
– Nos mamíferos, os estágios iniciais de 
desenvolvimento ocorrem na medula 
óssea
12
Classes de Linfócitos
Os linfócitos T (LT), mediadores da 
imunidade celular, foram assim chamados 
porque seus precursores saem da medula 
óssea e migram para o Timo, onde se 
desenvolvem (LTc e LTh)
– Tanto os LB quanto os LT possuem 
receptores de antígenos distribuídos em 
clones, ou seja, existem muitos clones 
destas células com especificidade 
antigênica diferentes, e todos os membros 
de cada clone expressam receptores 
antigênicos com a mesma especificidade e 
que são diferentes de outros clones
13
Classes de Linfócitos
Os genes que codificam os receptores 
antigênicos dos LB e LT são formados por 
recombinação de segmentos de DNA 
durante o desenvolvimento destas células
– As recombinações somáticas geram 
milhões de genes de receptores diferentes, 
o que resulta num repertório altamente 
diverso de linfócitos 
14
Classes de Linfócitos
Além das células B e T, existem outras 
populações de células que são chamadas 
de linfócitos com base na sua morfologia e 
certos critérios funcionais e moleculares
As células Natural killer (NK) são uma 
linhagem de células que reconhecem 
células infectadas e/ou estressadas e 
respondem destruindo diretamente estas 
células secretando citocinas inflamatórias
15
Classes de Linfócitos
As células NK constituem 5 a 20% das 
células mononucleares no sangue e no 
baço e são raras nos outros órgãos 
linfóides
– São assim denominadas pelo fato de que 
quando são isoladas do sangue ou do 
baço, elas destroem várias células alvo 
sem necessidade de ativação adicional
16
Classes de Linfócitos
Além de destruir as células infectadas 
diretamente, as NK constituem uma 
importante fonte de IFN-γ, o qual ativa os 
macrófagos para digerir os 
microrganismos ingeridos
– São derivadas de precursores da medula 
óssea e mostram-se como linfócitos 
grandes com numerosos grânulos 
citoplasmáticos
17
Classes de Linfócitos
Proteínas presentes na membrana podem 
ser usadas como marcadores fenotípicos 
para distinguir populações de linfócitos 
funcionalmente distintas
– Por exemplo, a maioria das células T
auxiliares expressa uma proteína de 
superfície chamada CD4 enquanto os LTc
expressam uma proteína de superfície 
chamada CD8
18
19
Desenvolvimento dos Linfócitos
Como todas células sanguíneas, os 
linfócitos se originam de células tronco na 
medula óssea
Todos os linfócitos passam por estágios 
complexos de maturação durante os quais 
expressam receptores antigênicos e 
adquirem características funcionais e 
fenotípicas das células desenvolvidas
20
Desenvolvimento dos Linfócitos
Os LB maturam parcialmente na medula 
óssea, entram na circulação e povoam os 
órgãos linfóides periféricos, onde 
completam sua maturação
Os LT completam o seu desenvolvimento 
no Timo, entram na circulação e vão 
povoar os órgãos linfóides periféricos
21
22
Desenvolvimento dos Linfócitos
Essas células que completam o seu 
desenvolvimento são chamadas de 
linfócitos virgens
– Com ativação por Ag, os linfócitos passam 
por alterações sequenciais no fenótipo e 
na capacidade funcional
23
Linfócitos Virgens (Naïves)
São células B ou T maturas que 
emergiram dos órgãos linfóides primários 
que nunca encontraram Ag estranhos
– Tem uma meia vida de cerca de 1 a 3 
meses se não reconhecerem Ag
– Juntamente com as células de memória, 
são chamados de linfócitos em repouso
24
Linfócitos Naïves
Não podem ser distinguidos 
morfologicamente dos linfócitos ativados
– Podem ser chamados de pequenos 
linfócitos quando observados em 
esfregaços sanguineos
– Possuem entre 8 a 10μm de diâmetro, 
núcleo grande e heterocromatina densa e 
uma orla delgada de citoplasma que 
contém algumas mitocôndrias, ribossomos 
e lisossomos
25
Linfócitos Naïves
Antes da estimulação antigênica, os 
linfócitos naïves estão em um estado de 
repouso, mas havendo um estímulo, 
começam a se dividir
Os linfócitos ativados são maiores (10 a 
12μm de diâmetro), possuem mais 
citoplasma e organelas e quantidades 
aumentadas de RNA citoplasmático
– São chamados de linfócitos grandes ou 
linfoblastos
26
A – Microscopia ótica de linfócito em sangue periférico
C – Micrografia eletrônica de um grande linfócito
B – Micrografia eletrônica de um pequeno linfócito 
27
Linfócitos Naïves
Proteínas secretadas chamadas de 
citocinas são essenciais parasobrevida 
destes linfócitos e as células T e B naïves
expressam constitucionalmente receptores 
para essas citocinas
– Entre essas citocinas, estão a interleucina
7 (IL-7), que promove a sobrevida e 
multiplicação em baixa escala dos 
linfócitos e o fator ativador de células B
(BAFF)
28
29
Células efetoras
Depois que os linfócitos naïves são 
ativados, eles se tornam maiores e 
proliferam, sendo chamados de 
linfoblastos
Algumas destas células se diferenciam em 
linfócitos efetores que tem a capacidade 
de eliminar antígenos estranhos
– Os linfócitos efetores incluem os LTh, LTc
e os LB secretores de Ac
30
Células efetoras
As células Th, que usualmente são CD4+, 
expressam moléculas como ligante CD40 
e secretam citocinas que interagem com 
macrófagos e LB, levando a sua ativação
LTc diferenciados contém grânulos 
citoplasmáticos que contem proteínas que 
destroem as células infectadas por vírus e 
células tumorais
31
Células efetoras
Muitas células B secretoras de Ac são 
identificáveis como plasmócitos. 
– Elas tem núcleo característico. Citoplasma 
abundante contendo um retículo 
endoplasmático rugoso, denso, que é o 
local onde Ac e outras proteínas são 
sintetizados, além de um complexo de 
Golgi perinuclear distinto, onde as 
moléculas de Ac são convertidas em sua 
forma final e se preparam para ser 
secretadas
32
33
Células efetoras
Os plasmócitos se desenvolvem nos 
órgãos linfóides e nos locais em que 
ocorrem respostas imunológicas e 
geralmente migram para a medula óssea, 
onde alguns podem sobreviver por longo 
período após a resposta imunológica ser 
desencadeada e mesmo após a 
eliminação do Ag
34
Células de memória
As células de memória podem sobreviver 
num estado de latência ou de ciclagem 
lenta durante muitos anos depois que o Ag 
é eliminado
– Elas podem ser identificadas pela sua 
expressão de proteínas de superfície que 
as diferenciam das células naïves e dos 
linfócitos efetores rescém-ativados, mas 
ainda não está claro qual o marcador 
definitivo das populações de memória
35
Células de memória
Os LB de memória expressam 
deteriminadas classes de Ig na sua 
membrana, tais como IgG, IgE ou IgA, 
enquanto LB naïves expressam somente 
IgM ou IgD
As células T de memória expressam altos 
níveis de receptores IL-7 e moléculas que 
promovem sua migração para dentro de 
locais de infecção em qualquer lugar do 
corpo
36
37
38
39
40
41
42
43
44
Células Apresentadoras de Antígenos ou
Antigen Presenting Cells –APCs ou CAA
São células especializadas em capturar 
microrganismos e outros Ag e apresentá-
los aos linfócitos e fornecer sinais que 
estimulam a proliferação e diferenciação 
dos linfócitos
– Fazem parte desta classe as células 
dendríticas, os fagócitos mononucleares 
(monócitos e macrófagos) e células 
dendríticas foliculares
45
CAAs – Células dendríticas
As células dendríticas desempenham um 
papel importante na imunidade natural aos 
microrganismos, na captura do Ag e na 
indução de respostas dos linfócitos T às 
proteínas antigênicas
– Originam-se de precursores na medula 
óssea (linhagem monocítica) e são 
encontradas em muitos órgãos, inclusive 
tecidos de barreira epiteliais, onde sua 
função é a captura de Ag estranhos e seu 
transporte para os órgãos linfóides 
periféricos 
46
Elas possuem longas projeções 
citoplasmáticas, o que aumenta 
eficazmente sua área de superfície, e 
colhem e internalizam ativamente 
componentes do ambiente tecidual 
extracelular por fagocitose
– Também expressam vários receptores de 
superfície, que reconhecem padrões 
moleculares associados a patógenos e 
transduzem sinais ativadores para dentro 
da célula 
CAAs – Células dendríticas
47
Uma vez ativadas, as células dendríticas 
se tornam móveis e migram para os 
tecidos linfóides regionais, onde 
participam na apresentação de peptídeos 
derivados dos Ag internalizados aos 
linfócitos T
CAAs – Células dendríticas
48
As células fagocitárias mononucleares 
desempenham papel de CAAs nas 
respostas imunológicas adquiridas 
mediadas pelas células T
– Macrófagos contendo microrganismos 
ingeridos apresentam os Ag microbianos 
para células T efetoras
– Essas por sua vez, ativam os macrófagos 
para eliminar os microrganismos
CAAs – Fagócitos mononucleares
49
Os fagócitos mononucleares também são 
células efetoras importantes tanto na 
imunidade inata quanto na adquirida
– Suas funções efetoras na imunidade 
natural incluem a fagocitose de 
microrganismos e a produção de citocinas 
que recrutam e ativam outras células 
inflamatórias 
CAAs – Fagócitos mononucleares
50
51
52
A – Microscopia ótica de monócito em sangue periférico
B – Microscopia eletrônica de monócito em sangue periférico
C – Microscopia eletrônica de macrófago tecidual ativado
53
Macrófago
54
Macrófago + pseudopodes
55
Macrófago interagindo com vários 
linfócitos
56
As células dendríticas foliculares são 
células com projeções membranosas que 
estão presentes entremeadas em 
coleções especializadas de células B
ativadas denominadas centros 
germinativos , encontrados nos folículos 
linfóides dos linfonodos, no baço e no 
tecido linfóide associado às mucosas
CAAs – Células dendríticas 
foliculares
57
As células dendríticas foliculares não 
derivam de precursores da medula óssea 
e não tem nenhuma relação com as 
células dendríticas que apresentam Ag 
aos linfócitos T
– Aprisionam Ag associados a Ac ou 
produtos do complemento e os 
apresentam para serem reconhecidos por 
linfócitos B
CAAs – Células dendríticas 
foliculares
58
59
Neutrófilos 
São a população mais abundante de células 
leucocitárias presentes no sangue, 
responsáveis pela mediação das fases 
iniciais das respostas inflamatórias
Os neutrófilos circulam como células 
esféricas com cerca de 12 a 15 μm de 
diâmetro, com numerosas projeções de 
membrana
O núcleo de um neutrófilo é segmentado em 
três a cinco lóbulos conectados
60
Neutrófilos 
Por isso também são chamados de 
leucócitos polimorfonucleares
Seu citoplasma contém grânulos de dois 
tipos
– A maioria, os chamados grânulos específicos, 
é preenchida por enzimas tais como lisozima, 
colagenase e elastase
– Esses grânulos não se coram fortemente nem 
com o corante básico nem com o corante 
ácido (hematoxilina e eosina, 
respectivamente)
61
Essa propriedade distingue os neutrófilos dos 
basófilos e eosinófilos 
Os demais grânulos dos neutrófilos, 
chamados de azurófilos, são lisossomos que 
contem enzimas e outras substâncias 
microbicidas, inclusive defensinas e 
catelicidinas
Os neutrófilos são produzidos na medula 
óssea e se originam de uma linhagem em 
comum com os fagócitos mononucleares
Neutrófilos 
62
A produção de neutrófilos é estimulada pelo 
fator estimulador de colônias de granulócitos 
(G-CSF)
Um ser humano adulto produz mais de 100 
bilhões de neutrófilos por dia e cada um 
circula no sangue por aproximadamente 6 
horas
Os neutrófilos podem migrar para locais de 
infecção dentro de poucas horas após a 
entrada de microrganismos
Neutrófilos 
63
Se um neutrófilo circulante não for recrutado 
para um local de inflamação dentro desse 
período, ele sofre morte celular por apoptose 
e é normalmente fagocitado por macrófagos 
residentes no fígado ouno baço
– Mesmo depois de entrar nos tecidos, os 
neutrófilos funcionam durante algumas horas 
e depois morrem
Neutrófilos 
64
65
Neutrófilo
66
Neutrófilo
67
Neutrófilo hipersegmentado
68
Basófilo maduro
69
Eosinófilo maduro
70
71
Tecidos Linfóides
Para otimizar as interações celulares 
necessárias para as fases de 
reconhecimento e ativação das respostas 
imunológicas específicas, os linfócitos e 
as CAAs se concentram em tecidos ou 
órgãos anatomicamente definidos, para os 
quais Ag estranhos são transportados e 
concentrados
72
Tecidos Linfóides
Essa compartimentalização anatômica 
não é fixa, pois muitos linfócitos se movem 
constantemente entre os tecidos e a 
circulação 
Os tecidos linfóides são classificados em 
dois grupos:
– Tecidos geradores ou primários
– Órgãos periféricos ou secundários
73
Tecidos Linfóides
Nos órgãos geradores ocorre o processo 
de produção e maturação, 
– Onde os linfócitos expressam inicialmente 
os receptores de Ag e atingem a 
maturidade fenotípica e funcional
Nos órgãos periféricos
– Ocorre o contato entre os Ag capturados e 
os linfócitos, dando início a resposta 
imunológica
74
Tecidos Linfóides
Entre os órgãos geradores dos mamíferos, 
encontramos a medula óssea, que dá 
origem a todos os linfócitos e onde as 
células B amadurecem; e também o timo, 
onde as células T se desenvolvem e 
atingem um estado de competência 
funcional
75
Tecidos Linfóides
Os órgãos e tecidos linfóides periféricos 
incluem os linfonodos, o baço, o sistema 
imunológico cutâneo e o sistema 
imunológico associado às mucosas
– Além disso, agregados de linfócitos mal 
definidos são encontrados no tecido 
conjuntivo e em praticamente todos os 
órgãos, exceto no SNC
76
Medula óssea
Na medula óssea são geradas todas as 
células sanguíneas circulantes do adulto, 
incluindo os linfócitos imaturos, sendo o 
local em que as células B se desenvolvem
– Durante o desenvolvimento fetal, a 
geração de todas as células sanguíneas 
ocorre inicialmente em ilhotas sanguíneas 
do saco vitelino e do mêsênquima porta-
aórtico, e depois no fígado e baço
77
Medula óssea
Essa função é assumida de modo gradual 
pela medula óssea, principalmente pela 
medula dos ossos chatos, 
– De forma que, ao se atingir a puberdade, a 
hematopoese ocorre principalmente no 
esterno, nas vértebras, nos ilíacos e nas 
costelas
78
Medula óssea
A medula vermelha desses ossos consiste 
numa estrutura reticular esponjosa 
localizada entre longas trabéculas
Os espaços dessas estruturas são 
preenchidos por células adiposas, 
fibroblastos do estroma e precursores das 
células sanguíneas
79
Medula óssea
Esses precursores se desenvolvem e 
penetram a densa rede de seios 
vasculares para depois entrar na 
circulação sanguínea
– Quando a medula óssea é lesada ou 
quando ocorre um aumento de demanda 
para a produção de novas células, o fígado 
e o baço podem ser recrutados como 
locais de hematopoese extramedular
80
Medula óssea
Todas as células sanguíneas se originam 
de uma célula tronco hematopoética, que 
se compromete com a diferenciação em 
uma linhagem particular
– As células tronco não possuem os 
marcadores das células sanguíneas 
diferenciadas
81
Medula óssea
A proliferação e o desenvolvimento de 
células precursoras na medula óssea são 
estimuladas pelas citocinas
– Muitas citocinas são chamadas de fatores 
de estimulação de colônias, pois foram 
originalmente testadas pela sua habilidade 
em estimular o crescimento e o 
desenvolvimento de várias colônias 
leucocíticas e eritróides
82
Medula óssea
As citocinas hematopoéticas são 
produzidas por células do estroma e 
macrófagos da medula óssea, fornecendo, 
assim, o ambiente propício para 
hematopoese
– As citocinas também são produzidas por 
LT estimulados por Ag e macrófagos 
ativados por citocinas ou microrganismos
83
84
Timo
Como já mencionado, o timo é o local de 
desenvolvimento das células T
– É formado por dois lobos, situado no 
mediastino anterior
– Cada lobo é dividido em múltiplos lóbulos 
por septos fibrosos e cada lóbulo consiste 
em um córtex externo e uma medula 
interna
85
86
Timo
O córtex contém uma densa coleção de 
linfócitos T, enquanto a medula, de 
coloração mais clara, possui uma 
população mais esparsa de linfócitos 
– Células epiteliais não-linfóides, 
macrófagos e células dendríticas 
derivadas da medula óssea também estão 
espalhadas pelo timo
– Possui intensa circulação sanguínea e 
linfática
87
Timo
Os linfócitos no timo, também chamados 
de timócitos, são linfócitos T em vários 
estágios de desenvolvimento
Em geral, as células mais imaturas da 
linhagem de células T entram no córtex da 
glândula pelos vasos sanguíneos
O desenvolvimento começa no córtex e 
conforme os timócitos vão se 
desenvolvendo, eles migram para medula
88
Timo
Dessa forma, na região medular do timo, 
encontramos principalmente células T
desenvolvidas
– Somente as células T desenvolvidas 
deixam o timo e entram na corrente 
sanguínea e nos tecidos linfóides 
periféricos
89
Timo
90
Os linfonodos e o Sistema linfático
Os Ag são transportados para os 
linfonodos principalmente pelos vasos 
linfáticos
A pele, os epitélios e os órgãos 
parenquimatosos contêm numerosos 
capilares linfáticos que absorvem e 
drenam o líquido dos espaços entre as 
células dos tecidos
91
O líquido intersticial absorvido, chamado 
de linfa, flui pelos capilares para vasos 
progressivamente maiores, os quais 
confluem para vasos linfáticos aferentes
Os vasos linfáticos que transportam a linfa 
para dentro dos linfonodos são chamados 
aferentes e os que drenam a linfa a partir 
do nodo são chamados eferentes
92
Os vasos linfáticos eferentes ao unirem-
se, eventualmente culminam dentro de um 
grande vaso linfático, chamado de ducto 
torácico
A linfa do ducto torácico é esvaziada para 
dentro da veia cava superior, assim 
devolvendo o líquido para corrente 
sanguínea
– Cerca de 2 litros de linfa são devolvidos à 
circulação diariamente
93
A função de coletar Ag e os entregar aos 
linfonodos é efetuada em grande parte 
pelo sistema linfático
Os microrganismos entram no corpo 
geralmente através da pele, TR e TGI
– Todos estes tecidos são revestidos por 
tecido epitelial que contém células 
dendríticas e todas são drenadas por 
vasos linfáticos
94
Essas células capturam os Ag 
microbianos e entram nos vasos linfáticos
Além disso, mediadores inflamatórios 
solúveis, como as quimiocinas, produzidas 
nos locais de infecção entram nos 
linfáticos
Os linfonodos estão interpostos ao longo 
dos vasos linfáticos e agem como filtros 
que testam a linfa antes dela chegar ao 
sangue
95
96
Dessa maneira, os Ag capturados nos 
locais de penetração são transportados 
para os linfonodos e sinais moleculares de 
inflamação também são fornecidos aos 
linfonodos de drenagem
A linfa entra no linfonodo através de um 
vaso aferente, para dentro do seio 
subcapsular, e as células dendríticas 
derivadas dos tecidos, dentro da linfa, 
então deixam o seio e entram no 
paracórtex
97
No paracórtex, as células dendríticas 
podem apresentar Ag às células T naïves
e iniciar as respostas adquiridas
98
Linfonodos
As RIAs aosmicrorganismos que entram 
pelos epitélios ou que são encontrados em 
tecidos são iniciadas nos linfonodos
– São pequenos órgãos nodulares 
localizados em toda extensão dos canais 
linfáticos do corpo
– Um linfonodo consiste em um córtex 
externo e uma medula interna
99
Linfonodos
Cada linfonodo está cercado por uma 
cápsula fibrosa através da qual penetram 
inúmeros vasos linfáticos aferentes que 
liberam linfa nem um seio subcapsular ou 
marginal
A linfa é filtrada pelo córtex e entra pelos 
seios medulares e sai do linfonodo pela 
veia linfática eferente no hilo
100
Linfonodos
Sob o seio subcapsular, a camada mais 
externa do córtex contém agregados 
celulares chamados de folículos
– Alguns folículos possuem uma área central 
chamada de centro germinativo, que se 
apresenta de forma mais clara quando são 
usados colorações histológicas comuns
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Linfonodos
Os folículos que não possuem centros 
germinativos são chamados folículos 
primários e aqueles que os possuem são 
chamados de folículos secundários
– O córtex que se encontra em torno dos 
folículos é chamado de córtex parafolicular
ou paracórtex e é organizado em cordões, 
que são espaços com fibras reticulares, 
linfócitos, células dendríticas e macrófagos
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Linfonodos
Os linfócitos e as CAAs nesses cordões 
geralmente estão próximos uns dos outros
 Interna ao córtex, situa-se a medula, que 
consiste em cordões medulares, povoados 
por macrófagos e plasmócitos
Diferentes tipos de linfócitos são 
sequestrados em regiões distintas do 
córtex dos linfonodos
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Linfonodos
Os folículos são as zonas de células B nos 
linfonodos
– Os folículos primários contém 
principalmente linfócitos B naïves
– Os centros germinativos desenvolvem uma 
resposta ao estímulo antigênico
Locais de acentuada proliferação e 
seleção de plasmócitos e células de 
memória
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Linfonodos
Os processos das células dendríticas 
foliculares se interdigitam para formar uma 
densa estrutura reticular nos centros 
germinativos
Os linfócitos T estão localizados 
principalmente nos cordões paracorticais
– Sendo a maioria (70%) LTh CD4+ 
misturadas com alguns LTc CD8+
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Linfonodos
Estas proporções podem mudar 
drasticamente durante o curso de uma 
infecção 
– Durante uma infecção viral o número de 
LTc CD8+ pode aumentar 
significativamente
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Baço
O Baço é o principal local de respostas 
imunológicas a Ag provenientes do 
sangue
– Está localizado no quadrante esquerdo 
superior do abdome
– É suprido por uma única artéria esplênica 
que perfura a cápsula na região do hilo
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Baço
As regiões do baço ricas em linfócitos, 
chamadas de polpa branca, são 
organizadas ao redor de ramos da artéria 
esplênica
– A organização da polpa branca é 
semelhante a organização dos linfonodos 
no que diz respeito a segregação de 
células T e B
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Baço
A função da polpa branca é promover 
respostas imunes adquiridas aos Ag 
transportados pelo sangue
– Esses Ag são liberados para dentro do 
seio marginal por células dendríticas 
circulantes
O baço também é um importante filtro 
sangúineo
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Baço
Alguns ramos arteriolares terminam em 
sinusóides vasculares onde há grande 
número de eritrócitos, macrófagos, células 
dendríticas, linfócitos esparsos e células 
plasmáticas, região esta que constitui a 
chamada polpa vermelha
– Macrófagos desta região retiram do 
sangue microrganismos e hemácias
– É o principal local de fagocitose de 
microrganismos opsonizados
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Outros tecidos secundários
Sistema imunológico cutâneo
– Células de Langerhans epidérmica, 
linfócitos intra-epidermicos presentes na 
epiderme
– Linfócitos T, célula dendrítica dérmica e 
macrófagos na derme, drenam para vasos 
linfáticos e linfonodos regionais
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Outros tecidos secundários
Sistema imunológico associado às 
mucosas
– As superfícies mucosas dos TR e TGI são 
colonizadas por linfócitos e CAAs que 
iniciam a RI contra Ag inalados ou 
ingeridos
– No TGI, os linfócitos estão presentes em 
grandes quantidades em 3 regiões: 
camada epitelial, lâmina própria e em 
coleções organizadas chamadas Placas 
de Payer
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