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* CLASSIFICAÇÃO DE DOENÇAS SEGUNDO OS PROCESSOS INTERFERIDOS DOENÇA: É uma irritação contínua que afeta um ou mais processos fisiológicos da planta. É resultante da interação entre Hospedeiro- Agente causal - Ambiente Diversos critérios baseados no hospedeiro ou no patógeno podem ser usados na classificação das doenças Quando o hospedeiro é tomado como referência: # Doenças que ocorrem em determinada espécie # Segundo a parte atacada # Segundo a natureza dos patógenos # Segundo a interferência nos processos fisiológicos vitais da planta (McNew,) ; * McNew propôs seis processos vitais cujos eventos obdecem uma ordem cronológica: 1 Acúmulo de nutrientes em orgãos de armazenamento para o desenvolvimento de tecidos embrionários;(Grupo I) 2 Desenvolvimento de tecidos jovens às custas de nutrientes armazenados; (Grupo II) 3 Absorção de água e nutrientes a partir de um substrato;(Grupo III) 4 Transporte de água e minerais através do sistema de vasos; (Grupo IV) 5 Fotossíntese; (Grupo V) 6 Utilização pela planta de substâncias elaboradas através da fotossintese; (Grupo VI) GRUPOS DE DOENÇAS Grupo I Doenças que destroem os orgãos de armazenamento Grupo II Doenças que causam danos em Evol.paras Agres Espec plântulas (Damping-off) Grupo III Doenças que danificam as raízes (Podridões de raízes e colo) Grupo IV Doenças que atacam o sistema vascular (Doenças vasculares) Grupo V Doenças que interferem na fotossintese (Manhas, Ferrugens, Oídios e Míldios) Grupo VI Doenças que alteram o aproveitamento das substâncias fotossintetizadas (Carvões Galhas e Viroses) * Doenças do grupo I Podridões moles de frutos e hortaliças, podridões de sementes e madeira Processo interferido: Destruição de reservas e nutrientes, ocasionando reflexos na nutrição de tecidos embrionários. Agentes casuais: Erwinia caratovora, Botrytis, penicillium, Rhizopus sp Sintomas: Nutre-se do líquido extravasado, multiplica-se e atua nos tecidos adjacentes levando-os a um colapso com extravasão de líquidos. Mecanismos de ataque: Enzimas: celulase, amilase, pectinolíticas, Toxinas Sobrevivência: MO como saprófitas e nas sementes Tipo de parasitismo: P. facultativos Penetração: Ferimentos Ciclo: Transparência Controle: Evitar ferimentos, Melhores condições de armazenameno, higenização e tratamento químico * Doenças do grupo II Processo Interferido: Digestão de reservas ( hidrólise e uso de alimentos armazenados ) com reflexos na germinação e desenvolvimento das plântulas Doenças: Tombamento, mela, doenças de sementeiras, danos em sementes e plântulas em pré e pós emergência Agentes casuais: Pythium Phytophthora Fusarium Rhizoctonia Colletotrichum, Phoma, Xanthomonas, Pseudomonas Sintomas: Antes da emergência - manchas , morte Pós-emergência - encharcamento, necrose , murcha e tombamento Tipo de parasitismo: parasitas facultativos, atacam tecidos jovens metabolicamente ativos - Resistência cresce com a Penetração: direta e por ferimentos, colonização inter e intracelular são muito influenciados pelo ambiente idade dos tecidos Mecanismo de ataque: enzimas (pectinolíticas e proteolíticas) toxinas ação mecânica Disseminacão: ativa e passiva (água de enxurrada, solo sementes etc) Sobrevivência: no solo como saprófitas , sementes restos de cultura e estruturas de resistência Controle:diminuição do inóculo, melhorar as condições para a germinação, mudança de loca, evitar altas densidades de sementes * Doenças do grupo III Processo Interferido: absorção e acúmulo de água e minerais Doenças: podridões de raízes e colo Agentes casuais: Thielaviopsis basicola, Fusarium solani, Ophiobolus gramonis, Phytophthora cactorum , Rosellinia, Sclerotinia ( fazem parte da microflora do solo) Sintomas: murcha, apodrecimento de raízes, amareleciemnto equeda precoce de folhas, murcha e morte Mecanismo de ataque: toxinas e enzimas Sobrevivência: solo (estruturas de resistência), sementes restos de cultura Tio de parasitismo; parasitas facultativos muito agressivos e pouca especialização em relação ao parasitismo Penetração: ferimentos , pêlos radiculares , manta micelial, enzimas e apressórios (carcoidratos liberados pelas plantas estimulam o patógeno - quimiotaxia). Muito s fatores na rizosfera influenciam a transição entre saprófitas e parasitas - a capacidade da planta formar raízes pode diminuir os danos. Controle:(Difícil, o solo é um ambiente complexo),rotação de culturas, estimular antibiose, mudança de local, cultivares resistentes * Doenças do grupo IV Processo interferido: transporte de água e minerais Doenças: vasculares ou murchas Agentes causais:Verticillium albo-atrum, F. oxysporum f sp lycopersici, Ralstonia solanacearum, Erwinia , Clavibacter Sintomas: Murcha (exteriorização da falta de água) Mecanismo de ataque: Toxinas Sobrevivência: solo, xilema, restos de cultura, sementes Parasitismo: facultativo com alta especialidade a nível de espécie de planta e até mesmo tecidos dessa Penetração: ferimentos, aberturas naturais e pêlos absorventes Controle: resistência varietal, Rotação de culturas, mudança de local * Doenças do grupo V Grupo heterogeneo de patógenos (P. facultativos e P. obrigados) Processo Interferido: fotossíntese V a Manchas foliares e crestamentos Patógenos: Helminthosporium, Alternaria, Cercospora, Venturia, Colletotrichum Cladosporium, Botrytis, Xanthomonas Sintomas:manchas necróticas e crestamentos Sobrevivência: sementes, restos de cultura, solo, tecidos de plantas Tipo de parasitismo: facultativos Disseminação:sementes, respingos de água e vento Penetração: bactérias: ferimentos e aberturas naturais fungos: direta e ferimentos Mecanismo de ataque: toxinas e enzimas= morte e decomposição dos tecidos vegetais Controle:variedades resistentes, rotação de culturas, medidas sanitárias, proteção química * V b Mildios Patógenos: Plasmopora viticola, Peronospora manshurica, Pseudoperonospora cubenses, Phytophthora infestans Sintomas: anasarca e eflorescência esbranquiçadas Sobrevîvência:sementes, solo, restos de culturas, plantas voluntárias, plantas perenes Tipo de parasitismo:parasitismo refreado (não causam a destruição imediata do hospedeiro até a esporulação), parasitas obrigatórios Penetração:aberturas naturais, ferimentos ou diretamente através da epiderme Mecanismo de ataque: haustório Disseminação: água e ventos Controle: Variedades resistentes, medidas sanitárias, proteção química * V c Oidios Patógenos: Ordem Erysiphales Erysiphe Podosphaeria Uncinula Sphaeroteca Sintomas: confundem-se com os sinais Tipo de parasitismo: obrigatórios Sobrevivência: tecidos vivos (micélio e conídios na própria planta ou planta alternativa Disseminação: vento, principalmente Penetração: Direta (apressório) e por aberturas naturais água livre inibe a germinação dos esporos Mecanismo de ataque:haustório que invadem as células epidérmicas, apresenta especificidade varietal ; acelera a respiração e diminui a fotossintese; pouco tecido necrosado por apresentar poucas estruturas dentro dos tecidos do hospedeiro Controle: Variedades resistentes, proteção química, medidas sanitárias Oidium * V d Ferrugens Patógenos: uredinales (as ferrugens podem ser autoica ou heteróica sintomas: pústulas (nas folhas predominantemente) Parasitismo: Obrigatório(não tem fase saprofítica no ciclo vital) Disseminação: vento Mecanismo de ataque: hautório intracelular e micélio intercelular Penetração: apressório(penetração por estômatos) Sobrevivência: tecidos vivos em hospedeiros intermediários controle:variedades resistentes, proteção química, medidas sanitárias * Grupo VI Processo Interferido; Uso de fotossintetizados VI a Carvões e cáries Patógenos:ordem Ustialginales Tilletia , Ustilago, Sphacerotheca, Entyloma Urocystis Sintomas: Sinais ( massas pulverulentas negras de esporos)convivem com o hospedeiro longo tempo antes de apresentar os sintomas visíveis Sobrevivência: sementes e solo Tipo de parasitismo: obrigatórios (são considerados parasitas evoluidos embora geralmente não formem haustórios Penetração: orgãos florais e meristemas ( apresentam um longo período entre a infecção e a esporulação. O Patógeno converte o tecido hospedeiro em tumor de onde retira os nutrientes. Prejudicando as plantas pela retirada de nutrientes e também pelas modificações que causa no desenvolvimento de meristemas e grãos Çontrole:variedades resistentes , tratamento de sementes, medidas sanitárias * VI b Galhas Patógenos: Agrobacterium tumefaciens, A. rhizogenes, Plasmodiophora brassicae, Pseudomonas savastanoi Sintomas: Intumescência decorrente de hipertrofia e hiperplasia celular Penetração:ferimentos Sobrevivência: solo Tipo de parasitismo:facultativo e obrigatório Disseminação:água e solo Controle: material propagativo sadio, rotação de culturas,cultivares resistentes VI d Virus Parasitismo a nível genético interferindo na expressão gênica, síntese de proteínas e amino-ácidos Sintomas; variados Sobrevivência: plantas hospedeiras sementes, vetores Disseminação:vetores, sementes material propagativo, práticas culturais, vetores, polen Infecção: passiva através de microferimentos Colonização: local ou sistêmica Controle:variedades resistentes, medidas sanitárias, controle de vetores
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