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PROCESSO LEGISLATIVO ESPÉCIES NORMATIVAS – Art. 59 da CF Processo Legislativo – Conceito: É o conjunto de disposições que disciplinam o procedimento a ser observado pelos órgãos competentes na elaboração das espécies normativas. A não obediência acarretará inconstitucionalidade. ESPÉCIES: Processo ou procedimento legislativo ordinário ou comum: é aquele que se destina à elaboração da lei ordinária. Processo ou procedimento sumário; existência de prazo para o CN deliberar sobre determinado assunto( Art. 64, §1º) Processo ou procedimento especial: são aqueles estabelecidos nos regimentos Internos das Casas e no regimento comum. Destinam-se à aprovação de projetos de emendas à Constituição , de leis complementares, leis delegadas, medidas provisórias , decretos-legislativos , resoluções e leis financeiras. LEIS COMPLEMENTARES E LEIS ORDINÁRIAS: Iniciativa das Leis Complementares e ordinárias – Art. 61 da CF; Aprovação de projeto de lei complementar – maioria absoluta ( leva-se em consideração o total dos membros da Casa ) – Art. 69 da CF; Aprovação de projeto de lei ordinária – maioria simples ( os presentes na reunião ou sessão )– Lei Complementar – 513 deputados federais – 257 votos favoráveis; senadores – 81 – 41 votos favoráveis; Lei Ordinária – quórum mínimo para instalação da sessão ( maioria absoluta); para votação ( maioria dos presentes). Ex.: 300 deputados federais – quorum para instalação – aprovação dar-se-ia com 151 votos. LEIS ORDINÁRIAS: FASES DO PROCESSO LEGISLATIVO: INTRODUTÓRIA – trata do poder de iniciativa; Iniciativa – art. 61 da CF; Iniciativa parlamentar e extra-parlamentar Iniciativa exclusiva – art. 61 , § 1º Iniciativa popular – art. 61,§ 2º FASE CONSTITUTIVA – Composta da deliberação parlamentar e da deliberação executiva. Deliberação Parlamentar – o projeto de lei é apreciado nas duas casas do CN ( Casa Iniciadora e Revisora) , separadamente, e em um turno de discussão e votação ( no plenário) . Casa Iniciadora – o projeto de lei apresentado por um Senador tem início no Senado, já aquele apresentado por um Deputado, pelo Presidente da República, STF , etc, tem início na Câmara dos Deputados. A Câmara dos Deputados é a porta de entrada da iniciativa extraparlamentar ( art. 64 da CF ) Comissões – análise de sua constitucionalidade ( Câmara dos Deputados – Comissão de Constituição , Justiça e Redação ; no Senado – Comissão de Constituição , Justiça e Cidadania ) e depois nas Comissões Temáticas. Aprovado o projeto de lei por uma das Casas, seguirá para a outra, que exercerá o papel de Casa Revisora – Art. 65, caput. A Casa Revisora poderá aprovar, rejeitar ou emendar o projeto de lei. Aprovar : o projeto de lei aprovado no Legislativo seguirá para sanção ou veto do Executivo ( art. 66 da CF ) Rejeitar : os projetos de lei deverão, sempre, ser aprovados por ambas as Casas. Se houver aprovação por uma das Casas e rejeição total por parte da outra, o projeto será arquivado, somente podendo ser reapresentado nos termos do art. 67. Emendas : somente as emendas voltam para a Casa Iniciadora , sendo vedada a apresentação de subemendas ( Art. 65, par. Único). As alterações passarão novamente pela Comissão , seguindo posteriormente a votação. Se a Casa Iniciadora concordar com a emenda segue para o Presidente da República. Se houver divergência , o projeto segue para o Presidente com a redação da Casa Iniciadora, ou seja, havendo divergências parciais , prevalece a vontade da Casa Iniciadora. Espécies de emendas: As emendas podem ser: Aditivas ( acrescentam alguma disposição no projeto); supressivas ( suprimem alguma disposição no projeto); modificativas ( não alteram a substância da proposição, mas sim um aspecto acessório) ; substitutivas ( alteram a essência da proposição ) ; aglutinadoras ( resultam da fusão de diversas emendas entre si ou com o texto) ; ou de redação ( sanam algum vício de linguagem, incorreção legislativa ou lapso manifesto). A proposta de emenda que alcança todo o projeto é chamado no direito parlamentar de substitutivo. Prazo para deliberação parlamentar: a CF não fixou. Exceção art. 64, § 1º . Requisitos: projetos de iniciativa do Presidente da República e solicitação sua ao CN. SANÇÃO – expressa ( Presidente manifesta-se favoravelmente no prazo de 15 dias úteis ) ou tácita . VETO – ( CF, art. 66 , caput e §§ 1º, 2º, 4º, 5º e 6º) Expresso ; prazo : 15 dias úteis; O veto é irretratável e deve ser sempre motivado, comunicado ao Presidente do Senado em 48 horas; pode ser político e/ou jurídico. Veto – é sempre supressivo . O Presidente da República não pode acrescentar nada ao projeto . Só pode retirar. Veto total ou parcial ( de texto integral, parágrafo, de inciso ou alínea). Havendo veto parcial, somente a parte vetada é devolvida ao CN , as demais serão sancionadas e seguirão para promulgação e publicação. O veto é superável ou relativo , a partir de votação no CN por maioria absoluta dos Deputados e Senadores em escrutínio secreto.O CN tem o prazo de 30 dias para apreciá-lo. Se não houver deliberação nesse prazo será colocado na ordem do dia da sessão imediata , sobrestadas as demais proposições, até sua votação final. Se o veto total for mantido : o projeto estará arquivado. Se o veto não for mantido , será o projeto enviado para promulgação ao Presidente da República ( art. 66,§§ 4º e 5º) FASE COMPLEMENTAR: Compreende a promulgação e a publicação da lei; A promulgação é a declaração de que uma lei existe, e em consequencia , deverá ser cumprida. Sanção e promulgação se dão ao mesmo tempo, com a assinatura do Presidente da República. Art. 66, § 7º. Cabe ao Presidente da República promulgar a lei, ainda que haja rejeição do seu veto. Se o Presidente não promulgar em 48 horas , o Presidente do Senado a promulgará e, se este não fizer em igual prazo, caberá ao Vice-Presidente do Senado fazê-lo. ( art. 66, ,§ 7º da CF). Vigência –a lei começa a vigorar em todo o país 45 dias depois de oficialmente publicada. Em caso de Estados Estrangeiros entra em vigor 3 meses após a publicação ( art. 1º e § 1º da LICC). LEIS DELEGADAS A lei delegada é aquela elaborada pelo Presidente da República , que recebe para tanto competência do CN , nos limites postos por este – Art. 68 da CF. O CN aprova( por maioria simples ) a transferência de poderes ao Presidente da República por intermédio de Resolução. ( art. 68,§2º). O projeto de lei delegada poderá ser ou não apreciado pelo CN. Se houver apreciação ( art. 68, § 3º ) . Se a Resolução não determinar essa apreciação vai direto a promulgação e publicação , feita pelo Presidente da República. Se o CN rejeitar integralmente o projeto de lei, este será arquivado, somente podendo ser reapresentado nos termos do art. 67 da CF. Matérias que não serão objeto de delegação – Art. 68, § 1º. Extrapolando o Presidente da República os limites fixados na resolução concedente da delegação legislativa, poderá o CN , através da aprovação de decreto-legislativo sustar a referida lei delegada. A sustação terá efeito “ ex nunc” – Art. 49, V. Trata-se de controle repressivo de constitucionalidade realizado pelo Poder Legislativo. O Poder Judiciário também poderá declarar a inconstitucionalidade por desrespeito ao art. 68 da CF, nesse caso com o STF a sustação terá efeitos “ ex tunc” ( Controle repressivo de constitucionalidade pelo Poder Judiciário ) DECRETOS - LEGISLATIVOS Espécie normativa utilizada nas hipóteses de competência exclusiva do CN ( art. 49 da CF ) A promulgação é feita pelo Presidente do Senado Federal, que determinará sua publicação. Regras sobre seu procedimento previstas no Regimento Interno. RESOLUÇÕES Ato do CN ou de qualquer de suas casas, destinado a regular matérias de efeito interno. A resolução deve ser utilizada para aprovação do Regimento Interno da Casa ; concessão de licença a parlamentares; organização dos serviços da Mesa e regulamentação de outras atividades internas. A resolução isolada de uma das casas legislativas, somente por ela será instruída, discutida e votada, cabendo ao seu Presidente promulgá-la e determinar a publicação. No caso de resolução do CN , caberá ao Presidente do Senado , a promulgação. Tanto os decretos-legislativos , quanto as resoluções não estão sujeitas à sanção presidencial e têm seus procedimentos legislativos especiais regulamentados nos regimentos das Casas. MEDIDAS PROVISÓRIAS Medida Provisória = é um ato o Chefe do Poder Executivo que tem força similar à da lei e eficácia imediata. Art. 62 da CF. Cabe ao Chefe do Poder Executivo e ao Poder Legislativo a avaliação subjetiva da urgência da medida provisória, excetuada a hipótese em que a falta de requisito é Flagrante e pode ser objetivamente avaliada pelo Poder Judiciário. Tese de que governadores , nos limites de suas atribuições, podem editar medida provisória , desde que autorizados pela Constituição do seu Estado ( ou pela Lei Orgânica do DF) – reconhecimento pelo STF. Em Estado cuja Constituição local autoriza o governador a editar medidas provisórias, prefeitos também poderão editá-las , se autorizados pelas respectivas leis orgânicas municipais. Art. 62, § 1º - casos em que é vedada a edição de medidas provisórias. Conforme decisão do STF , medida provisória é meio idôneo para a instituição de tributos.- Art. 62, § 2º. Limitação material à edição de medida provisória – ART. 62, § 1º e incisos. No dia da publicação da medida provisória pelo Diário Oficial , o Presidente da República deverá remetê-la para a apreciação do CN. Junto ao CN , no prazo de 14 dias, comissão mista integrada por deputados federais e senadores analisará constitucionalidade da medida. Nos seis primeiros dias que se seguirem à publicação da medida provisória no Diário Oficial da União os parlamentares poderão oferecer emendas. Posteriormente, a medida provisória será votada , em sessão separada, pelo plenário de cada uma das Casas Parlamentares, sendo a Câmara dos Deputados a casa iniciadora. O quorum de aprovação é de maioria simples. Art. 62,§§ 5º, 6º, 8º e 9º da CF. A medida provisória aprovada sem alteração do seu texto será promulgada pelo Presidente da Mesa do CN ( presidente do Senado) para publicação , como lei , no Diário Oficial da União. Porém , se o CN acolher emenda parlamentar , o texto final aprovado pelo Legislativo será encaminhado ao Presidente da República em forma de projeto de lei de conversão , submetendo-se então à sanção ou ao veto. Até que o projeto de lei de conversão seja sancionado ou vetado vale a redação originária da medida provisória . Com o veto, a medida provisória deverá ser tida por rejeitada. Prazo para apreciação – art. 62, § 3º. Há duas exceções ( Art. 62, §§11 e 12)no que se refere a perda de eficácia: A) Medida provisória rejeitada ou com Prazo vencido , continua válida para os atos praticados na sua vigência se o CN não editar o competente decreto legislativo em 60 dias da rejeição ou do vencimento. B) Medida provisória que no projeto de conversão em lei tenha seu texto original alterado, continua em vigor até a sanção ou veto. Rejeitada de forma expressa ( votação em plenário) ou tácita ( pelo decurso do prazo máximo sem a sua apreciação ) , a medida provisória perderá eficácia desde a sua edição. Cabe então à Comissão Mista elaborar projeto de decreto legislativo que discipline as relações jurídicas decorrentes da vigência da Medida Provisória.
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