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Assuntos da Rodada Direito Administrativo: Administração pública: princípios básicos. Ato administrativo: conceito; requisitos; atributos; classificação; espécies; anulação; revogação; convalidação; discricionariedade e vinculação. Organização administrativa da União: administração direta e indireta. Agentes públicos: espécies e classificação; poderes, deveres e prerrogativas; cargo, emprego e função públicos; regime jurídico único: provimento, vacância, remoção, redistribuição e substituição; direitos e vantagens; regime disciplinar; responsabilidade civil, criminal e administrativa. Poderes administrativos: poder hierárquico; poder disciplinar; poder regulamentar; poder de polícia; uso e abuso do poder. Controle e responsabilização da administração: controle administrativo; controle judicial; controle legislativo; responsabilidade civil do Estado. Licitações (Lei nº 8666/1993 e suas alterações e Lei 10.520/2002): conceito, objeto, finalidades e princípios, obrigatoriedade, dispensa, inexigibilidade, vedação, modalidades, procedimentos e fases, revogação, invalidação, desistência e controle. Normas Aplicáveis aos Servidores Públicos Federais: Rodada #1 Direito Administrativo Professor Edson Marques DIREITO ADMINISTRATIVO 2 Regime Jurídico dos Servidores Públicos Civis da União (Lei nº 8.112/1990 e alterações posteriores). Processo Administrativo no âmbito da Administração Pública Federal (Lei nº 9.784/1999 e alterações posteriores). Lei de Improbidade Administrativa (Lei nº 8.429/1992 e alterações posteriores). DIREITO ADMINISTRATIVO 3 a. Teoria em Tópicos 1. A descentralização e a desconcentração podem ser políticas ou administrativas. 1.1. A desconcentração política é a distribuição ou divisão das funções (ou poderes) estatais para órgãos diversos. É o mecanismo por meio do qual se operou a separação de poderes, criando os órgãos de poderes estatais para realizar as funções políticas do Estado (função legislativa, judiciária e administrativa). 1.2. A descentralização política promoveu a distribuição das competências estatais para entes federados, criando a estrutura federal com o nascimento de Estados, DF e Municípios, além da representação da estrutura central, a União, todas pessoas jurídicas de direito público interno. 1.3. Não há subordinação hierarquia entre os entes federados, que recebem, por força da Constituição (distribuição de competências), as competências políticas (legislativa, executiva e judiciária) e as exerce como próprias, não decorrendo da União, mas sim do Estado Brasileiro (RF do Brasil). 1.4. A desconcentração administrativa é a distribuição (da função administrativa ou executiva) de competências, com a criação de órgãos dentro da estrutura administrativa de um ente (ou entidade), para desempenhá-las. 1.5. A desconcentração pode ocorrer em razão da atividade ou da função a ser exercida (material), em razão da hierarquia ou por força de distribuição geográfica (desconcentração territorial ou geográfica). 1.6. A descentralização administrativa é a distribuição de competências entre pessoas jurídicas distintas. É um mecanismo que possibilita a criação de DIREITO ADMINISTRATIVO 4 entidades administrativas, que não estão subordinadas, mas vinculadas ao ente criador. 1.7. A descentralização pode ser territorial ou geográfica (criação por força da necessidade de alcançar outras localidades); pode ser técnica, funcional ou por serviço (a distribuição ou criação se dá por força da atividade a ser prestada) ou, ainda, pode ser por colaboração (a descentralização ocorrerá para entidades que cooperam, colaboram com o Estado). 1.8. A descentralização por colaboração se dá por meio de delegação. Já as demais formas exigem lei, de modo que ocorre por outorga. 2. A administração pública pode ser vista sob duas acepções ou sentidos, um sentido formal, orgânico ou subjetivo ou pelo sentido material, funcional ou objetivo. 2.1. Pelo sentido ou conceito formal, orgânico ou subjetivo a Administração Pública compreende a estrutura administrativa, ou seja, os entes, entidades, órgãos e agentes (servidores) públicos que integram a estrutura da Administração Pública. 2.2. Pelo sentido material, funcional ou objetivo a administração pública compreende a atividade, a função administrativa, isto é, as funções desempenhadas pelo Estado no exercício da função administrativa (Serviços Públicos, Poder de Polícia, Fomento e Intervenção). 3. A administração pública tem seu marco normativo estabelecido pelo Decreto-Lei nº 200/67, que firma o conceito de Administração Pública Direta e indireta. DIREITO ADMINISTRATIVO 5 3.1. A administração pública direta compreende os próprios Entes Políticos, ou seja, União, Estados-membros, Distrito Federal e Municípios, todos com personalidade jurídica de direito público no exercício da função administrativa. 3.2. Administração pública indireta é o conjunto de pessoas jurídicas distintas do Estado, e criadas por ele, para realizar atividades que lhe são atribuídas como próprias (autarquias, fundações públicas, sociedade de economia mista e empresas públicas). 4. Órgão público é “a unidade de atuação integrante da estrutura da Administração direta e da estrutura da Administração indireta” (art. 1º, §2º, inc. I, da Lei nº 9.784/99). 4.1. Órgãos não possuem personalidade jurídica própria. E são, em regra, criados em razão da subordinação administrativa. Significa dizer que há uma questão de hierarquia administrativa permanente. 4.2. Apesar de o órgão não possuir personalidade jurídica alguns podem ter representação própria para a defesa de suas prerrogativas institucionais, ou seja, podem ir a juízo em defesa da garantia do exercício de suas atribuições (personalidade ou capacidade judiciária). 4.3. Segundo a teoria do órgão a pessoa jurídica manifesta a sua vontade por meio dos órgãos, de tal modo que, quando os agentes que os compõem, ao exercerem suas atribuições, é como se o próprio Estado o fizesse, traduzindo-se numa ideia de imputação. Ou seja, o órgão e agente apenas realizam as atribuições da pessoa jurídica, a quem será sempre imputada as ações desses. DIREITO ADMINISTRATIVO 6 4.4. Quanto à posição estatal os órgãos públicos são classificados como independentes, autônomos, superiores e subalternos. 4.5. Órgãos independentes são aqueles que tem origem na própria Constituição e representam um dos Poderes estatais, não estão sujeitos a qualquer subordinação hierárquica ou funcional por outro órgão, apenas à Constituição e às Leis. 4.6. Órgãos autônomos são órgãos que gozam de autonomia administrativa, financeira e técnica, localizados na cúpula da Administração, abaixo e subordinados diretamente aos órgãos independentes, participando das decisões governamentais no âmbito de suas competências. Os (Ex: Ministérios, Secretarias de Estado). 4.7. Os órgãos superiores são os órgãos que detêm o poder de direção, comando e controle das atividades administrativas de sua competência, porém estão sempre subordinados a controle hierarquia de uma autoridade superior, não gozando, portanto, de autonomia de comando. 4.8. Os órgãos subalternos são os que estão subordinados a outros órgãos de hierarquia maior, com função eminentemente de execução das decisões tomadas administrativamente. 5. As autarquias são pessoas jurídicas de direito público, criadas por lei, com autonomia administrativa, orçamentária e técnica(capacidade de autoadministração), e capital exclusivamente público, para o desempenho de atividades típicas do Estado. 5.1. As autarquias são criadas para especialização dos fins ou atividades e não estão subordinadas ao ente criador, e sim vinculadas, por isso, sujeitam-se DIREITO ADMINISTRATIVO 7 ao controle de tutela (controle finalístico ou supervisão ministerial), gozando seu patrimônio de proteção dos bens públicos, sendo impenhoráveis, imprescritíveis e a, em regra, inalienáveis. 5.2. A criação e extinção de uma autarquia somente ocorre por lei (lei ordinária e específica para tal ato). A criação não depende de qualquer outro ato ou mesmo registro em cartório. 5.3. Cuidado! Em recente julgamento o STF modificou seu entendimento quanto à OAB. Entendendo que se trata de autarquia corporativa e que, por isso, pode cobrar suas anuidades no âmbito da Justiça Federal. (O Plenário do Supremo Tribunal Federal (STF), por unanimidade, decidiu que a competência para processar e julgar ações em que a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) figure como parte é da Justiça Federal. A decisão se deu na sessão desta quarta-feira (31) no julgamento do Recurso Extraordinário (RE) 595332, com repercussão geral reconhecida. O caso dos autos trata de ação da OAB contra advogado inadimplente com anuidade da entidade). 5.4. As autarquias em regime especial são autarquias dotadas de maiores prerrogativas, tal como maior autonomia administrativa, poder normativo técnico e decisório, mandato fixo para os seus dirigentes e investidura especial, em algumas delas (agências reguladoras, por exemplo). 5.5. Agência reguladora é uma autarquia em regime especial, decorrente do princípio da especialidade, com papel de disciplinar e fiscalizar atividades típicas do Estado, cuja execução fora outorgada a particulares. 5.6. A agência executiva é uma qualificação dada, conferida, a autarquia ou fundação pública que estabelece um planejamento estratégico (celebrando contrato de gestão) para melhor desempenho de suas atividades, e obter maior autonomia administrativa e orçamentária. DIREITO ADMINISTRATIVO 8 5.7. As autarquias fundacionais são autarquias criadas em razão de um destacamento de patrimônio estatal, com o escopo de atuarem desempenhando atividades ligadas ao desenvolvimento social, tal como saúde, educação ou em proteção aos direitos e interesses de minorias. Ex. Fundação Universidade de Brasília (FUB), Fundação Nacional do Índio (FUNAI) etc. 5.8. As associações públicas, decorrentes dos consórcios públicos (Lei nº 11.107/2005), são pessoas jurídicas de direito público e, portanto, uma autarquia que integra a estrutura (administração indireta) de todos os entes consorciados. Por isso, chamada de autarquia multifederativa. 5.9. O novo Código de Processo Civil estabeleceu que a Fazenda Pública (entes federados e autarquias), Ministério Público e Defensoria Pública têm prazo em dobro para todos os atos. 6. Nos termos do DL 200/67, a fundação pública é entidade dotada de personalidade jurídica de direito privado, sem fins lucrativos, criada em virtude de autorização legislativa, para o desenvolvimento de atividades que não exijam execução por órgãos ou entidades de direito público, com autonomia administrativa, patrimônio próprio gerido pelos respectivos órgãos de direção, e funcionamento custeado por recursos da União e de outras fontes. 6.1. A Constituição Federal permite a criação de fundação pública de direito público ou fundação pública de direito privado, e estabelece que cabe à lei complementar definir as áreas de sua atuação. 6.2. As fundações públicas de direito público são modalidade de autarquia, denominada autarquia fundacional ou fundação autárquica. DIREITO ADMINISTRATIVO 9 6.3. As fundações públicas dependem sempre de lei específica para serem criadas. No entanto, se a fundação pública for de direito privado a lei autorizando, que se processará por meio de meio de decreto executivo que aprove o Estatuto, o qual deverá ser registrado em cartório de registro de pessoas jurídicas. 7. As empresas estatais têm com espécies as empresas públicas e sociedades de economia mista e suas subsidiárias. 7.1. A empresa pública, conforme Decreto-Lei nº 200/67, é pessoa jurídica de direito privado composta por capital exclusivamente público, criada para a prestação de serviços públicos ou exploração de atividades econômicas sob qualquer modalidade empresarial. 7.2. A sociedade de economia mista é pessoa jurídica de direito privado, criada para prestação de serviço público ou exploração de atividade econômica, com capital misto e na forma de S/A. 7.3. A criação de estatal sempre depende de lei, só que a lei (específica) autoriza a instituição (art. 37, XIX, da CF), que dependerá de registro de seus atos constitutivos (decreto de aprovação do contrato social) no órgão competente (junta comercial). 7.4. A Lei n° 11.101/2005 (Lei de Falências e Recuperação Judicial) excluiu a sociedade de economia mista e a empresa pública de sua incidência, de modo que não as estatais não estão submetidas ao procedimento de recuperação judicial extrajudicial ou de falência. 7.5. As estatais (art. 173, §1º, inc. II, CF/88) não podem gozar de privilégios tributários, que não sejam extensíveis à iniciativa privada. DIREITO ADMINISTRATIVO 10 7.6. As empresas públicas são formadas por capital exclusivamente público, podem ser unipessoais (único sócio público) ou pluripessoais (mais de uma entidade pública sócia). As sociedades de economia mista são formadas por capital público e privado. 7.7. As empresas públicas podem assumir qualquer forma societária, ou seja, podem ser S/A, Limitada, Comandita. As sociedades de economia mista só podem assumir a forma de S/A. 7.8. No caso federal, as empresas públicas têm suas demandas julgadas na Justiça Federal (art. 109, inc. I, da CF/88), enquanto que as sociedades de economia mista terão suas causas decididas na Justiça Estadual. DIREITO ADMINISTRATIVO 11 b. Questões QUESTÃO 01 - FCC – ANALISTA JUDICIÁRIO - TJ/AP - 2014 A criação de pessoas jurídicas para composição e estruturação da Administração indireta é uma opção de organização administrativa de competência do Poder Executivo. Para tanto, pode se valer de propostas de edição de lei para criação de determinados entes ou para autorização da instituição na forma prevista na legislação. A efetiva criação desses entes a) acarreta dissociação de qualquer vínculo ou relação jurídica com o Executivo, na medida em que possuem personalidade jurídica própria. b) não afasta o vínculo hierárquico com a Administração pública central, na medida em que integram a estrutura do Poder Executivo. c) é expressão do modelo de descentralização, mantendo a Administração pública central apenas o controle finalístico sobre aqueles, expressão do poder de tutela. d) acarreta a derrogação do regime jurídico de direito público e aplicação do direito privado, o que confere maior celeridade à Administração pública. e) consubstancia-se em desconcentração, na medida em que não possuem personalidade jurídica própria. QUESTÃO 02 - FCC – ADMINISTRADOR - DPE-SP - 2015 Determinada Secretaria de Estado transfere um conjunto de competências administrativas específicas para outra pessoa jurídica, sem o estabelecimento de contrato ou ato administrativo. Esse é caso de DIREITO ADMINISTRATIVO 12 a) descentralização por delegação.b) descentralização territorial. c) descentralização funcional. d) desconcentração funcional. e) desconcentração territorial. QUESTÃO 03 - FCC – ANALISTA JUDICIÁRIO - TRT 9ª REGIÃO - 2015 Representa mecanismo de “descentralização por serviços" das atividades da Administração pública a criação de a) empresa pública, em que parcela da atividade do poder central é repassado a ente despersonalizado, para que o exerça em regime de direito privado e com autonomia orçamentária financeira em relação ao poder central. b) autarquia, em que parcela da atividade do poder central é repassada a ente personalizado, para que o exerça em regime de direito privado e, em razão desse regime, sem autonomia em relação ao poder central. c) empresa pública, em que parcela da atividade do poder central é repassada a ente personalizado, para que o exerça em regime de direito público e, em razão da configuração empresarial, sem autonomia em relação ao poder central. d) autarquia, em que parcela da atividade do poder central é repassada a ente despersonalizado, para que o exerça em regime de direito público e, em razão desse regime, sem autonomia em relação ao poder central. DIREITO ADMINISTRATIVO 13 e) autarquia, em que parcela da atividade do poder central é repassada a ente personalizado, para que o exerça em regime de direito público e com autonomia financeira e administrativa. QUESTÃO 04 - FCC – ADMINISTRADOR – DPE-RR - 2015 As competências na Administração pública podem ser atribuídas para órgãos públicos e para entidades administrativas, por meio do que doutrinariamente se denomina, respectivamente, desconcentração e descentralização. Considerando a natureza jurídica dos órgãos e entidades, a) as autarquias, as empresas públicas e as sociedades de economia mista são espécies de órgãos públicos, excluindo-se dessa categorização os consórcios públicos, em razão do princípio da especialidade. b) os órgãos são partes integrantes da estrutura da Administração pública direta e da Administração pública indireta, possuindo personalidade jurídica própria e capacidade processual, ao contrário das entidades, que possuem personalidade jurídica própria, mas não possuem capacidade processual. c) os órgãos são partes integrantes da estrutura da Administração pública direta e da Administração pública indireta, não possuindo personalidade jurídica própria, ao contrário das entidades, que possuem personalidade jurídica própria, distinta das pessoas que lhes deram vida. d) por serem os órgãos despersonalizados, ao contrário das entidades, não mantém relações institucionais entre si, tampouco com terceiros, em razão do princípio da capacidade específica. DIREITO ADMINISTRATIVO 14 e) as autarquias, as empresas públicas e as sociedades de economia mista são espécies de entidades, excluindo-se dessa categorização as fundações públicas, que são espécies de órgãos, com capacidade de autoadministração exercida com independência em relação ao poder central. QUESTÃO 05 - FCC – ANALISTA JUDICIÁRIO - TRE-AP - 2015 Considere: I. Tribunal Regional Eleitoral do Amapá. II. Secretaria de Estado da Educação do Amapá. III. Câmara dos Deputados. IV. Tribunal de Justiça do Amapá. Um dos critérios para a classificação dos órgãos públicos diz respeito à posição estatal, categoria na qual figuram, dentre outros, os órgãos públicos independentes. Nesse contexto, constitui exemplo de órgão público independente o que consta em: a) I, II, III e IV. b) III, apenas. c) I, II e IV, apenas. d) IV, apenas. e) II e III, apenas. DIREITO ADMINISTRATIVO 15 QUESTÃO 06 - FCC – ANALISTA JUDICIÁRIO – ADMINISTRATIVA - TRT 16ª REGIÃO - 2014 Considere a seguinte assertiva: A Câmara dos Deputados classifica-se, quanto à posição estatal, como órgão independente. Isto porque, dentre outras características, não possui qualquer subordinação hierárquica ou funcional, estando sujeita apenas a controle constitucional. A assertiva em questão está: a) correta, pois trata-se de órgão independente e autônomo, expressões sinônimas quanto à classificação dos órgãos públicos. b) incorreta, pois não se trata de órgão independente e sim autônomo. c) correta, pois trata-se de órgão independente, estando a fundamentação também correta. d) incorreta, pois embora seja órgão independente, ele está sujeito à subordinação hierárquica e funcional. e) incorreta, pois trata-se de órgão autônomo e sujeito à subordinação hierárquica e funcional. QUESTÃO 07 - FCC – AUDITOR PÚBLICO EXTERNO – TCE/RS - 2014 A Administração indireta pode ser estruturada por meio da a) instituição de pessoas jurídicas de diversas naturezas, que não guardam vínculo hierárquico com a Administração direta. b) instituição de pessoas jurídicas com personalidade jurídica própria, vinculadas hierarquicamente à Administração centralizada. DIREITO ADMINISTRATIVO 16 c) instituição de pessoas jurídicas com personalidade jurídica própria, todas criadas por meio de lei. d) criação de órgãos integrantes de sua estrutura, vinculadas hierarquicamente à Administração centralizada. e) criação de órgãos distintos da Administração direta, vinculados hierarquicamente à Administração central. QUESTÃO 08 - FCC – DEFENSOR PÚBLICO – DPE-CE - 2014 Em relação a entidades que integram ou auxiliam a Administração Pública, observe as seguintes características: 1. Não necessita realizar concurso público para promover contratação de pessoal para exercer atividades de caráter permanente. 2. Não sofre incidência de impostos, no tocante a seu patrimônio, renda e serviços, desde que relacionados às suas finalidades essenciais, por vedação constitucional. 3. No âmbito federal, seus dirigentes são protegidos contra o desligamento imotivado. Possuem tais características, respectivamente: a) agência reguladora; fundação pública; sociedade de economia mista. b) empresa pública; organização social; consórcio público. c) sociedade de economia mista; empresa pública; fundação pública. d) organização da sociedade civil de interesse público; autarquia; agência reguladora. e) fundação pública; sociedade de economia mista; autarquia. DIREITO ADMINISTRATIVO 17 QUESTÃO 09 - FCC – PROCURADOR DO ESTADO – PGE-RN - 2014 Determinada autarquia estadual ofereceu em garantia bens de sua titularidade, para obtenção de financiamento em projeto de desenvolvimento regional com a participação de outras entidades da Administração pública. Referido ato, praticado por dirigente da entidade, a) não pode ser revisto pela autoridade prolatora, em face da preclusão, cabendo, contudo, a anulação pela autoridade superior, mediante análise de conveniência e oportunidade. b) pode ser impugnado por meio de recurso dirigido ao Chefe do Executivo, independentemente de previsão legal, com base no princípio da hierarquia. c) pode ser revisto, de ofício, pela Secretaria de Estado à qual se encontra vinculada a entidade autárquica, em decorrência do princípio da supervisão. d) comporta revisão, com base no princípio da tutela, se verificado desvio da finalidade institucional da entidade, nos limites definidos em lei. e) comporta controle administrativo apenas em relação ao seu mérito, sendo passível de impugnação pela via judicial para controle das condições de legalidade. QUESTÃO 10 - FCC – JUIZ DE DIREITO – TJ-CE - 2014 O diretor de órgão integrante da estrutura de autarquia estadual assina termo de ajustamento de condutacom o Ministério Público Estadual, visando à regularização de práticas administrativas da referida autarquia, as quais, no entender do parquet, ofendem direitos dos usuários do serviço público prestados pela entidade DIREITO ADMINISTRATIVO 18 autárquica. Nessa situação, o descumprimento do termo de conduta propiciará a execução judicial do acordo em relação a) à autarquia, em litisconsórcio necessário com Estado-membro, pois em razão da relação de tutela, este sempre deverá ser chamado a intervir em demandas que digam respeito ao exercício de atividades descentralizadas. b) à autarquia a que pertence o referido órgão, visto que em razão da teoria da imputação, o órgão é uma unidade sem personalidade jurídica própria, que congrega atribuições exercidas por agentes que o integram e expressam a vontade do ente estatal. c) ao agente público, que é responsável direto pela manifestação de vontade que produziu e que deverá cumprir pessoalmente as obrigações ali assumidas. d) ao órgão da autarquia, visto que este tem personalidade jurídica própria, distinta da entidade administrativa na qual está inserido, a qual responderá apenas em caráter subsidiário. e) ao Estado-membro, pois, conforme a teoria da representação, é atribuível ao ente político a manifestação de todo e qualquer órgão ou entidade que estejam em sua esfera e que o representam nas relações com os demais sujeitos de direito. QUESTÃO 11 - FCC – ANALISTA JUDICIÁRIO – ADMINISTRATIVA – TER-PB - 2015 A organização administrativa, quando constituída por entes com personalidade jurídica própria como as autarquias, tem como característica principal: a) a submissão de todas as decisões finais de mérito desse ente a recurso hierárquico, como forma de expressão do poder de tutela do ente federado que o criou. DIREITO ADMINISTRATIVO 19 b) o controle político exercido pelo ente federado que cria o ente descentralizado, o que exige submissão das decisões negociais à direção política daquela Administração, previamente ou ad referendum. c) disporem de autonomia administrativa, com base na lei que as cria, o que reduz as chances de ingerência da Administração central no processo de tomada de decisão do ente, restringindo o controle ao exame da atuação, que deve estar afeta às finalidades institucionais. d) a mitigação da incidência do regime jurídico de direito público, admitindo-se seja excepcionado o regime licitatório para as chamadas atividades meio, que não estão afetas à finalidade institucional do ente. e) a autoadministração com exercício de competências próprias, o que limita o poder de controle do ente federado que as criou, com exceção da contratação de pessoal, cujo concurso deve ser realizado na esfera da Administração direta. QUESTÃO 12 - FCC – ANALISTA JUDICIÁRIO – ADMINISTRATIVA - TRT 23ª REGIÃO - 2016 Determinada autarquia do Estado do Mato Grosso foi condenada a pagar indenização a um de seus servidores. Após a condenação, utilizou-se do prazo em quádruplo para recorrer, e, na fase de execução da condenação, alegou a impossibilidade de arcar com a indenização por não ter patrimônio próprio. A propósito dos fatos, a) incorreto o prazo recursal, que é em dobro para recorrer, bem como o fundamento do patrimônio, pois a autarquia tem patrimônio próprio. b) correto tanto o prazo recursal, como o argumento relativo ao patrimônio. DIREITO ADMINISTRATIVO 20 c) correto o prazo recursal, mas incorreto o fundamento do patrimônio, pois a autarquia tem patrimônio próprio. d) incorreto o prazo recursal, que, na hipótese, é prazo simples, mas correto o fundamento do patrimônio. e) incorreto o prazo recursal, que, na hipótese, é em dobro, mas correto o fundamento do patrimônio. QUESTÃO 13 - FCC – PROCURADOR – PGE-MT - 2016 O Estado X pretende criar estrutura administrativa destinada a zelar pelo patrimônio ambiental estadual e atuar no exercício de fiscalização de atividades potencialmente causadoras de dano ao meio ambiente. Sabe-se que tal estrutura terá personalidade jurídica própria e será dirigida por um colegiado, com mandato fixo, sendo que suas decisões de caráter técnico não estarão sujeitas à revisão de mérito pelas autoridades da Administração Direta. Sabe-se também que os bens a ela pertencentes serão considerados bens públicos. Considerando-se as características acima mencionadas, pretende-se criar uma a) agência reguladora, pessoa de direito público, cuja criação se dará diretamente por lei. b) agência executiva, órgão diretamente vinculado ao Poder Executivo, cuja criação se dará diretamente por lei. c) associação pública, pessoa de direito privado, cuja criação será autorizada por lei e se efetivará com a inscrição de seus atos constitutivos no registro competente. d) agência executiva, entidade autárquica de regime especial, estabelecido mediante assinatura de contrato de gestão. DIREITO ADMINISTRATIVO 21 e) fundação pública, pessoa de direito privado, cuja criação será autorizada por lei e se efetivará com a inscrição de seus atos constitutivos no registro competente. QUESTÃO 14 - FCC – AUDITOR FISCAL DO TESOURO ESTADUAL – SEFAZ-PE - 2014 A propósito das semelhanças e distinções entre as agências executivas e as agências reguladoras, é correto destacar que a) as agências reguladoras devem exercer funções atinentes a um determinado setor indicado por ocasião de sua instituição, para o qual devem apresentar especialização técnica. b) as agências executivas são dotadas de discricionariedade técnica e poder normativo referente a um determinado setor de mercado constante de contrato de gestão firmado com a Administração pública. c) ambas são criadas por meio de lei editada para essa específica finalidade, constituindo, portanto, nova categoria de ente integrante da Administração indireta. d) as agências reguladoras podem celebrar contrato de gestão com a Administração pública de modo a aumentar sua autonomia gerencial, negocial e contratual, afastando a incidência da lei de licitações nos casos afetos a sua finalidade institucional. e) as agências executivas podem qualificar qualquer órgão da Administração pública, buscando, com fundamento no princípio da especialidade, editar normas primárias para disciplinar determinado setor de mercado. QUESTÃO 15 - FCC – JUIZ DO TRABALHO - TRT 1ª REGIÃO - 2014 DIREITO ADMINISTRATIVO 22 A melhoria de eficiência e redução de custos constitui uma busca constante da Administração pública, com vistas a ampliar, em quantidade e qualidade, os equipamentos e serviços disponibilizados aos cidadãos. Um dos mecanismos que podem ser utilizados nessa busca é a a) qualificação, mediante aprovação de plano de metas pelo Ministério Supervisor, de autarquias como agências reguladoras, dotadas de maior flexibilidade de gestão. b) celebração, por autarquias e fundações, de contrato de gestão fixando metas de desempenho para a entidade, qualificada, por ato do Chefe do Executivo, como agência executiva. c) criação, por lei específica, de organizações sociais, para gestão descentralizada e mais flexível de serviços públicos não exclusivos. d) qualificação de fundações como organizações sociais, por ato do Chefe do Executivo, com base em plano de metas aprovado pelo Ministério Supervisor. e) criação, por lei específica, de agências executivas, na forma de autarquias de regime especial, dotadas de autonomia orçamentária e financeira. QUESTÃO 16 - FCC – ANALISTA DE CONTROLE EXTERNO – TCE-GO - 2014 Considere aseguinte situação hipotética: a União Federal e mais três Estados da Federação (Goiás, Minas Gerais e Espírito Santo) celebraram consórcio público para a realização de objetivos de interesse comum. No caso, o consórcio público constituiu uma associação pública. Assim, nos termos da Lei nº 11.107/2005, o aludido consórcio público tem personalidade jurídica de direito a) privado e integra a Administração indireta da União Federal. DIREITO ADMINISTRATIVO 23 b) público e integra a Administração indireta de todos os entes da Federação consorciados. c) privado e integra a Administração indireta de todos os entes da Federação consorciados. d) público e integra a Administração indireta apenas da União Federal. e) privado e integra a Administração direta da União Federal. QUESTÃO 17 - FCC – PROMOTOR DE JUSTIÇA – MPE-PA - 2014 A doutrina e a jurisprudência nacional reconhecem a existência de dois tipos de fundação governamental: as de direito público e as de direito privado. NÃO faz parte dos traços comuns dessas duas espécies a) a inexigibilidade de inscrição de seus atos constitutivos no Registro Civil das Pessoas Jurídicas. b) a imunidade tributária no que se refere ao patrimônio, à renda e aos serviços, vinculados a suas finalidades essenciais ou às delas decorrentes. c) a vedação de acumulação de cargos e empregos públicos. d) a submissão às normas gerais de licitação estabelecidas por lei federal. e) o controle pelos Tribunais de Contas. QUESTÃO 18 - FCC – PROMOTOR DE JUSTIÇA – MPE-PA - 2014 Em relação às empresas públicas, NÃO é aspecto obrigatório a ser observado em seu regime jurídico a DIREITO ADMINISTRATIVO 24 a) realização de licitação para contratação de obras, serviços, compras e alienações, observados os princípios da administração pública. b) criação por meio de registro de seus atos constitutivos, na forma do Código Civil. c) forma societária de sociedade anônima. d) personalidade jurídica de direito privado. e) vedação à acumulação remunerada de cargos, empregos e funções públicas. DIREITO ADMINISTRATIVO 25 c. Gabarito 1 2 3 4 5 C C E C C* 6 7 8 9 10 C A D D B 11 12 13 14 15 C A A A B 16 17 18 19 20 B A C -- -- DIREITO ADMINISTRATIVO 26 d. Normas utilizadas DECRETO LEI 200/67 Art. 4° A Administração Federal compreende: I - A Administração Direta, que se constitui dos serviços integrados na estrutura administrativa da Presidência da República e dos Ministérios. II - A Administração Indireta, que compreende as seguintes categorias de entidades, dotadas de personalidade jurídica própria: a) Autarquias; b) Empresas Públicas; c) Sociedades de Economia Mista. d) fundações públicas. (Incluído pela Lei nº 7.596, de 1987) Parágrafo único. As entidades compreendidas na Administração Indireta vinculam-se ao Ministério em cuja área de competência estiver enquadrada sua principal atividade. (Renumerado pela Lei nº 7.596, de 1987) Art. 5º Para os fins desta lei, considera-se: I - Autarquia - o serviço autônomo, criado por lei, com personalidade jurídica, patrimônio e receita próprios, para executar atividades típicas da Administração Pública, que requeiram, para seu melhor funcionamento, gestão administrativa e financeira descentralizada. II - Empresa Pública - a entidade dotada de personalidade jurídica de direito privado, com patrimônio próprio e capital exclusivo da União, criado por lei para a DIREITO ADMINISTRATIVO 27 exploração de atividade econômica que o Governo seja levado a exercer por força de contingência ou de conveniência administrativa podendo revestir-se de qualquer das formas admitidas em direito. (Redação dada pelo Decreto-Lei nº 900, de 1969) III - Sociedade de Economia Mista - a entidade dotada de personalidade jurídica de direito privado, criada por lei para a exploração de atividade econômica, sob a forma de sociedade anônima, cujas ações com direito a voto pertençam em sua maioria à União ou a entidade da Administração Indireta. (Redação dada pelo Decreto-Lei nº 900, de 1969) IV - Fundação Pública - a entidade dotada de personalidade jurídica de direito privado, sem fins lucrativos, criada em virtude de autorização legislativa, para o desenvolvimento de atividades que não exijam execução por órgãos ou entidades de direito público, com autonomia administrativa, patrimônio próprio gerido pelos respectivos órgãos de direção, e funcionamento custeado por recursos da União e de outras fontes. (Incluído pela Lei nº 7.596, de 1987) § 1º No caso do inciso III, quando a atividade for submetida a regime de monopólio estatal, a maioria acionária caberá apenas à União, em caráter permanente. § 2º O Poder Executivo enquadrará as entidades da Administração Indireta existentes nas categorias constantes deste artigo. § 3º As entidades de que trata o inciso IV deste artigo adquirem personalidade jurídica com a inscrição da escritura pública de sua constituição no Registro Civil de Pessoas Jurídicas, não se lhes aplicando as demais disposições do Código Civil concernentes às fundações. (Incluído pela Lei nº 7.596, de 1987) LEI 9.784/99 DIREITO ADMINISTRATIVO 28 Art. 1o Esta Lei estabelece normas básicas sobre o processo administrativo no âmbito da Administração Federal direta e indireta, visando, em especial, à proteção dos direitos dos administrados e ao melhor cumprimento dos fins da Administração. § 1o Os preceitos desta Lei também se aplicam aos órgãos dos Poderes Legislativo e Judiciário da União, quando no desempenho de função administrativa. § 2o Para os fins desta Lei, consideram-se: I - órgão - a unidade de atuação integrante da estrutura da Administração direta e da estrutura da Administração indireta; II - entidade - a unidade de atuação dotada de personalidade jurídica; III - autoridade - o servidor ou agente público dotado de poder de decisão. LEI 11.107/2005 – CONSÓRCIO PÚBLICO Art. 1o Esta Lei dispõe sobre normas gerais para a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios contratarem consórcios públicos para a realização de objetivos de interesse comum e dá outras providências. § 1o O consórcio público constituirá associação pública ou pessoa jurídica de direito privado. § 2o A União somente participará de consórcios públicos em que também façam parte todos os Estados em cujos territórios estejam situados os Municípios consorciados. DIREITO ADMINISTRATIVO 29 § 3o Os consórcios públicos, na área de saúde, deverão obedecer aos princípios, diretrizes e normas que regulam o Sistema Único de Saúde – SUS. Art. 6o O consórcio público adquirirá personalidade jurídica: I – de direito público, no caso de constituir associação pública, mediante a vigência das leis de ratificação do protocolo de intenções; II – de direito privado, mediante o atendimento dos requisitos da legislação civil. § 1o O consórcio público com personalidade jurídica de direito público integra a administração indireta de todos os entes da Federação consorciados. LEI 11.101/2005 – FALÊNCIA E RECUPERAÇÃO JUDICIAL E EXTRAJUDICIAL Art. 1o Esta Lei disciplina a recuperação judicial, a recuperação extrajudicial e a falência do empresário e da sociedade empresária, doravante referidos simplesmente como devedor. Art. 2o Esta Lei nãose aplica a: I – empresa pública e sociedade de economia mista; II – instituição financeira pública ou privada, cooperativa de crédito, consórcio, entidade de previdência complementar, sociedade operadora de plano de assistência à saúde, sociedade seguradora, sociedade de capitalização e outras entidades legalmente equiparadas às anteriores. CONSTITUIÇÃO FEDERAL/1988 DIREITO ADMINISTRATIVO 30 Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) I - os cargos, empregos e funções públicas são acessíveis aos brasileiros que preencham os requisitos estabelecidos em lei, assim como aos estrangeiros, na forma da lei; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) II - a investidura em cargo ou emprego público depende de aprovação prévia em concurso público de provas ou de provas e títulos, de acordo com a natureza e a complexidade do cargo ou emprego, na forma prevista em lei, ressalvadas as nomeações para cargo em comissão declarado em lei de livre nomeação e exoneração; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) III - o prazo de validade do concurso público será de até dois anos, prorrogável uma vez, por igual período; IV - durante o prazo improrrogável previsto no edital de convocação, aquele aprovado em concurso público de provas ou de provas e títulos será convocado com prioridade sobre novos concursados para assumir cargo ou emprego, na carreira; V - as funções de confiança, exercidas exclusivamente por servidores ocupantes de cargo efetivo, e os cargos em comissão, a serem preenchidos por servidores de carreira nos casos, condições e percentuais mínimos previstos em lei, destinam-se apenas às atribuições de direção, chefia e assessoramento; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) VI - é garantido ao servidor público civil o direito à livre associação sindical; DIREITO ADMINISTRATIVO 31 VII - o direito de greve será exercido nos termos e nos limites definidos em lei específica; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) VIII - a lei reservará percentual dos cargos e empregos públicos para as pessoas portadoras de deficiência e definirá os critérios de sua admissão; IX - a lei estabelecerá os casos de contratação por tempo determinado para atender a necessidade temporária de excepcional interesse público; X - a remuneração dos servidores públicos e o subsídio de que trata o § 4º do art. 39 somente poderão ser fixados ou alterados por lei específica, observada a iniciativa privativa em cada caso, assegurada revisão geral anual, sempre na mesma data e sem distinção de índices; .................. XIX - somente por lei específica poderá ser criada autarquia e autorizada a instituição de empresa pública, de sociedade de economia mista e de fundação, cabendo à lei complementar, neste último caso, definir as áreas de sua atuação; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) XX - depende de autorização legislativa, em cada caso, a criação de subsidiárias das entidades mencionadas no inciso anterior, assim como a participação de qualquer delas em empresa privada; ................... Art. 173. Ressalvados os casos previstos nesta Constituição, a exploração direta de atividade econômica pelo Estado só será permitida quando necessária aos imperativos da segurança nacional ou a relevante interesse coletivo, conforme definidos em lei. DIREITO ADMINISTRATIVO 32 § 1º A lei estabelecerá o estatuto jurídico da empresa pública, da sociedade de economia mista e de suas subsidiárias que explorem atividade econômica de produção ou comercialização de bens ou de prestação de serviços, dispondo sobre: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) I - sua função social e formas de fiscalização pelo Estado e pela sociedade; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) II - a sujeição ao regime jurídico próprio das empresas privadas, inclusive quanto aos direitos e obrigações civis, comerciais, trabalhistas e tributários; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) III - licitação e contratação de obras, serviços, compras e alienações, observados os princípios da administração pública; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) IV - a constituição e o funcionamento dos conselhos de administração e fiscal, com a participação de acionistas minoritários; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) V - os mandatos, a avaliação de desempenho e a responsabilidade dos administradores.(Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) § 2º As empresas públicas e as sociedades de economia mista não poderão gozar de privilégios fiscais não extensivos às do setor privado. CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL Art. 180. O Ministério Público gozará de prazo em dobro para manifestar-se nos autos, que terá início a partir de sua intimação pessoal, nos termos do art. 183, § 1o. ............ DIREITO ADMINISTRATIVO 33 Art. 183. A União, os Estados, o Distrito Federal, os Municípios e suas respectivas autarquias e fundações de direito público gozarão de prazo em dobro para todas as suas manifestações processuais, cuja contagem terá início a partir da intimação pessoal. ............. Art. 186. A Defensoria Pública gozará de prazo em dobro para todas as suas manifestações processuais. § 1o O prazo tem início com a intimação pessoal do defensor público, nos termos do art. 183, § 1o.
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