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Resumo Malassézia

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MALASSÉZIA 
→ O gênero Malassézia foi inicialmente identificada pelo francês Louis-Charles Malassez no 
séculoXIX. Mais tarde Raymond Sabouraud identificou “caspa” ocasionada por este microrganismo 
e denominou de Pitirosporum malassez, em homenagem a Luois-Carles, em 1904. Esta espécie foi 
classificada em duas: Pitorosporum (Malassezia) ovale e Pitirosporum (Malassezia) pachydermatis. 
A primeira foi dividida ainda em outras duas espécies (P. ovale e P. orbiculare). A espécie P. 
orbicularepassou a se chamar depois de Malassezia furfur. 
→ Esse gênero está relacionado a caspa, uma vez que trata-se de um microorganismo da microbiota 
da pele, conduto auditivo, couro cabeludo. As caspas são células descamativas que têm a 
Malassézia. Com base em suas exigências nutricionais, as espécies do gênero podem ser organizadas 
em dois grupos: 
1. Lipofílico não-dependente: cresce bem em meios com ácidos graxos de cadeia longa, mas 
na ausências desses microorganismos também crescem. Constituído somente da espécie M. 
pachydermatis (microbiota animal); 
2. Lipofílico dependente: são incapazes de sintetizar ácidos graxos de cadeia longa, necessários 
a biossíntese de suas membranas. Por esse motivo, essas espécies só crescem em meios de 
cultivo se esses ácidos graxos estiverem disponíveis, o que pode ser conseguida pela adição 
de óleos vegetais como os de soja, oliva, milho, canola ou girassol. Inclui as espécies M. furfur 
(microbiota humana), M. sympodialis (microbiota humana), M. restricta (microbiota 
humana), M. sloofiae (microbiota animal e humana). M. globosa (microbiona humana). 
→ Pode ser caracterizado como um grupo de fungos pertencentes ao grupo dos leviduriformes, de 
aspecto globoso ou elipsoide, cuja reprodução assexuada se dá por brotamento monopolar. Cada 
brotamento é separado por um septo, em torno do qual pode ser observado um tipo de colarete 
semelhante a uma cicatriz. Apesar de serem consideradas leveduras, algumas espécies também 
podem formas estruturas filamentosas, como hifas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
→ A caspa aparece me decorrência da grande proliferação do fungo que dificulta a renovação 
natural das células. A M. globosa e alumas vezes a M. restricta causam caspa e dermatite seborreica. 
A M. globosa usa oito tipos diferentes de lipases, além de três fosfolipases, para quebras os óleos 
no couro cabeludo. Causa hiperpigmentação ou hipopigmentação na pele de humanos e animais. 
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Além disso, já foi relatado casos de sepses ocasionadas por Malassézia associadas a cateter em UTI, 
devido a procedimentos incorretos. 
→ A M. furfur causa malasseziose cutânea ou ptiríase versicolor ou tinea versicolor. Ocorre 
comumente em adultos jovens em regiões de clima tropical e subtropical. Pode ocasionar em 
humanos: 
 Dermatite saborréica; 
 Dermatite atópica; 
 Sepsis associada a catéter (neonatos e imunocomprometidos); 
 Peritonites 
→ Os fatores endógenos e exógenos: 
 Alta temperatura e umidade do ar 
 Pele oleosa, elevada sudorese, fatores hereditários, uso de terapia imunossupressora, uso 
de alguns cosmétic. 
→ Para isolamento, deve-se analisar se o microorganismo pode ser lipofílico e logo, é necessário a 
suplementação do meio com uma fonte de ácidos graxos, como azeite de oliva. É comum a utilização 
de Sabouraud dextrose com óleo de oliva, Tween 80 incorporado ao ágar, meio com glicose, extrato 
de levedura, peptona, azeite de oliva, monoesterato de glicerol e tween 80. A incubação deve ser 
mantida a uma temperatura de 35°C – 37°C, onde pode-se observar colônias creme em 2 a 4 dias. 
A colônias são inicialmente brancas, seguidas então de amareladas e secas, pastosas e sem brilho. 
→ A lesão por M. furfur ocorre devido a produção de ácido azaléico pelas leveduras. Esse ácido 
impede a ação da tirosinase, relacionada com a melanogênese, ou seja, com a formação de 
pigmentos melanínicos. O resultado é uma pele menos pigmentada. No caso de pessoas bronzeadas 
ou de pele escura a lesão fica mais evidente. 
→ O tratamento no caso de infecções no couro cabeludo sintomáticos são frequentemente tratados 
com: 
 Shampoos contendo sulfeto de selênio ou cetoconazol (antifúngico do grupo dos azólicos) 
 Outros tratamentos incluem: 
 Ciclopirox olamina 
 Alcatrão (produto derivado do petróleo) 
 Piritionato de Zinco 
 Miconazol 
 H202 (3%) para controle de sintomas e coceiras promovidos pela caspa (mas pode causar 
lesões se, após o uso, não houver um enxague) – Uso por 5 minutos no máximo. 
→ No caso de malassezioses nos pés usa-se H202 (50% com água destilada). 
→ A malassézia nos animais provoca dois grandes problemas: otite e dermatite. Normalmente se 
deve a doenças subjacentes como alergia, imunossupressão, hipoteiroidismo, 
hiperadrenocorticismo, Síndrome de Cushing, insuficiência de zinco ou de vitamina A. A espécie 
mais envolvi é a M. pachydermatis, encontrada na microbiota de animais. Alguns fatores como 
excesso de dobras cutâneas exageradas, calor, umidade, obesidade, inflamação da pele e orelhas, 
neoplasias e quimioterapia facilitam a ocorrência da masseziose. 
→ Ocorre em ambos os sexos e todas as raças. Embora menos comum, pode ocorrer em gatos, 
principalmente da raça persa. Em cães é comum em raças que têm orelhas caídas, uma vez que 
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ocorre maior umidade e acúmulo de cerume no conduto auditivo. Não considerada contagiosa para 
homens e outros animais. 
→ As infecções podem ser localizadas em orelhas, região perianal, dobras da pele facial e espaços 
interdigitais ou apresentação mais generalizada 
→ Ocorrem lesões pruriginosas e os animais procuram lamber ou morder as áreas afetadas O grau 
de comichão nem sempre corresponde ao número de leveduras. Alguns animais apresentam um 
número pequeno mas apresentam maior sensibilidade 
→A pele dos animais geralmente apresenta-se eritematosa e podem estar presentes crostas de 
coloração amarelada e descamação. Pode ocorrer hiperpigmentação e liquinificação (aspecto 
espesso, sendo relativo a líquen). 
→ O diagnóstico mais rápido ocorre por meio da citologia da pele e ouvido. Amostras são colhidas, 
pressionando-se uma lâmina de microscopia contra a pele ou usando-se swabs, fita adesiva ou 
raspagem da pele seca. No ouvido, usar swabs. Realizar coloração com Gram, panótipo, Giemsa. 
Observar a lâmina com aumento de 1000 X. 
→ Alguns microrganismos observados a partir de material de pele ou orelha (1-2 microrganismos 
por campo) – considera-se normal. No entanto, um maior número é associado a eritema e outras 
alterações – considera-se anormal (mais de 8 microorganismos por campo). 
→ O tratamento se dá por: 
 Terapias tópicas com shampoos antifúngicos, sprays, loções 
 Tratamentos sistêmicos com cetoconazol, fluconazol, terbinafina e itraconazol 
 Uso de produtos tópicos apenas para infecções ligeiras ou localizadas 
 Uso de produtos sistêmicos para infecções mais graves ou generalizadas 
 Algumas infecções necessitam de terapias prolongadas 
 Muitas vezes é necessária a administração de antibióticos, devido a associação de 
bactérias com leveduras 
 É necessário considerar patologias subjacentes e nestes casos ministrar dieta 
hipoalergênica, terapias hormonais, suplementação vitamínica, tratamento de 
ectoparasitos etc. 
→ Como método auxiliar pode-se usar a fluorescência verde amarelada – UV 360 nm 9comprimento 
de onda longo), com cuidado, uma vez que sabonete a base de enxofre, shampoo a base de acetil 
salicílico também emitem fluorescência. Ressalva para lesões não escamosas e em casos de uso de 
antifúngicos tópicos. 
→ Isolamento: Ágar seletivo para fungos patogênicos, meio de Dixon, Sabouraud acrescido de azeite 
de oliva. Manter sob temperatura de 35-37ºC por 3 a 6 dias. Observar colôniasde textura glabrosa 
e cor creme amarelada. É comum a observação a presença do colatere devido ao brotamento 
endoblástico (o broto vem de dentro – evaginação). 
→ A tabela abaixo é considera modelo para identificação de espécies de Malassézia. 
 
 
 
 
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