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Aula 01 Política e Sociedade Internacional I

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Aula 01
Atualidades p/ Bombeiros-PE (Com videoaulas)
Professor: Leandro Signori
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AULA 01 ± Política e Sociedade Internacional - I 
 
 Caros alunos, 
 Em primeiro lugar, agradeço a confiança e a oportunidade de ser o seu 
professor de Atualidades neste concurso. 
 Na aula de hoje, vamos começar a estudar a política e a sociedade 
internacional. 
 De imediato, vamos aos estudos! 
 Um grande abraço, 
 Prof. Leandro Signori 
 
Sumário Página 
1. Islamismo, Mundo Árabe e Oriente Médio 2 
1.1 Instabilidade Política e Conflitos Bélicos 4 
1.2 Fundamentalismo Islâmico 8 
1.3 O Irã 12 
1.4 A questão da Palestina 13 
1.5 Turquia 17 
2. Segurança Internacional 19 
3. Questões Comentadas 22 
4. Lista de Questões 68 
5. Gabarito 94 
 
 
 
 
 
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1. O Islamismo, Mundo Árabe e Oriente Médio 
Ao lado do Cristianismo e do Judaísmo, o Islamismo é uma das três 
grandes religiões monoteístas, ou seja, acreditam na existência de um único 
Deus. A palavra Islã significa submeter-se e exprime a obediência à lei e à 
vontade de Alá (Allah, Deus em árabe). O livro sagrado do Islamismo é o 
Alcorão, que consiste na coletânea das revelações divinas recebidas por Maomé 
de 610 a 632. Os seguidores da religião são conhecidos como muçulmanos. 
Atualmente, o Islã é a religião que mais se expande no mundo, está presente 
em mais de 80 países e compreende mais de um bilhão de fiéis. 
Após a morte do profeta Maomé, em 632, criou-se a figura do califa, ou 
seja, o líder da comunidade muçulmana no mundo. A divisão do Islã entre 
sunitas e xiitas remonta ao século VII e tem origem na disputa sobre a 
sucessão do profeta. Os sunitas defendem que o chefe do Estado mulçumano 
(califa) deve reunir virtudes como honra, respeito pelas leis e capacidade de 
trabalho, porém, não acham que ele deve ser infalível ou impecável em suas 
ações. Os xiitas defendem que a chefia do Estado muçulmano só pode ser 
ocupada por alguém que seja descendente do profeta Maomé ou que possua 
algum vínculo de parentesco com ele. Afirmam que o chefe da comunidade 
islâmica, o imã, é diretamente inspirado por Alá, sendo, por isso, um ser 
infalível. O quarto califa foi Ali, primo do profeta Maomé e casado com sua filha, 
Fátima. Ali foi assassinado. 
Os sunitas são a grande maioria, mais de 80% dos muçulmanos no mundo. 
Os xiitas são maioria apenas no Irã, Iraque e Azerbaijão; nos dois primeiros os 
presidentes são dessa ramificação. Os alauítas são uma variação moderada dos 
xiitas, presentes, sobretudo na Síria, tendo o presidente Bashar al-Assad como 
um dos seus seguidores. 
O grupo guerrilheiro Hezbollah é de orientação xiita. Por sua vez, o Hamas 
e a Al Qaeda são sunitas. O Estado Islâmico (EI) também é sunita e luta pelo 
retorno do califado islâmico. O último califado foi o Império Otomano, e foi 
abolido pelo nacionalista e secular líder turco Mustafa Kamal Ataturk em 1924. 
O califado é uma forma de governo centrada na figura do califa, que seria 
um sucessor da autoridade política do profeta Maomé, com atribuições de chefe 
de Estado e líder político do mundo islâmico. 
 
Mundo Árabe e Oriente Médio 
A civilização árabe tem origem na península Arábica. No século VII, as 
tribos da região unificaram-se em torno da língua árabe e do islamismo. A partir 
da unificação, os árabes formaram um vasto império que se expandiu até a 
Índia, o norte da África e a península Ibérica, com apogeu em 750 d.C. O mundo 
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árabe ocupa a área que vai do oceano Atlântico ao golfo Pérsico, abrangendo o 
norte da África e boa parte do Oriente Médio (veja no mapa abaixo). 
Os contornos dos atuais países existentes no mundo árabe são, até certo 
ponto, arbitrários e resultam do domínio das potências estrangeiras sobre a 
região no início do século XX. Com fortes interesses no controle das grandes 
reservas de petróleo, governos estrangeiros negociaram a independência de 
suas colônias ou áreas sob seu controle para que fossem governadas por aliados 
ou colaboradores. 
O Oriente Médio não deve ser confundido com o mundo árabe. É uma 
região que faz parte da Ásia, tem muito petróleo e pouca água. Integra Irã e 
Turquia com populações islâmicas não árabes e Israel, país judeu. Os curdos 
habitam vários países do Oriente Médio, região onde também vivem várias 
minorias, como os assírios e caldeus. 
Historicamente, Irã e Arábia Saudita disputam hegemonia e influência no 
Oriente Médio. Possuem diferenças étnicas e religiosas, os iranianos são persas 
e muçulmanos xiitas, os árabes são sunitas. Estas diferenças fazem com que 
apoiem governos e grupos armados de acordo com a orientação religiosa de 
cada país. Como exemplo, temos a Síria, onde o Irã apoia o governo do xiita 
Assad e a Arábia Saudita apoia grupos rebeldes sunitas. 
 
 
 
 
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 1.1 Instabilidade Política e Conflitos Bélicos 
Em 2011, o mundo árabe se viu diante de uma série de revoltas populares, 
que ficaram conhecidas como Primavera Árabe, em alusão à Primavera de Praga. 
O palco dos conflitos foi a África do Norte e o Oriente Médio, região formada por 
países de maioria árabe e muçulmana. As revoltas ocorreram em países com 
regimes autoritários e teve como resultado a deposição dos ditadores da 
Tunísia, Egito, Líbia e Iêmen. Na Síria, a revolta se transformou em uma 
sangrenta guerra civil. 
A Tunísia é o único país em que a revolta popular alcançou o objetivo da 
democracia. Nos demais países onde os ditadores foram derrubados ± Egito, 
Líbia e Iêmen ± a Primavera se transformou QXP�WHQHEURVR�³,QYHUQR�ÈUDEH´��
além da Síria, onde descambou para a guerra civil. 
 
Líbia 
A queda do ditador Muammar Kadafi, em 2011, que governou o país com 
mão de ferro por 42 anos, gerou um vácuo de poder, fomentando a disputa 
entre milícias armadas, que até então lutavam juntas contra o ditador. Esses 
grupos armados combatem por interesses próprios, para abocanhar o poder nas 
regiões em que atuam e para obter lucros com a exploração de recursos 
naturais, em particular do petróleo. Distinguem-se mais pela origem étnica e 
pela vinculação a suas regiões do que pela inspiração religiosa, e formam 
coalizões que podem juntar islâmicos ou não. 
As disputas políticas após as eleições de 2014 levaram à formação de dois 
governos, que disputam a legitimidade de falar em nome do país. O governo 
reconhecido internacionalmente está sediado na cidade de Tobruk e aglutina 
particularmente os setores laicos. O outro, com sede na capital do país, Trípoli, 
tem grande presença de islâmicos e contra a parte mais importante do país. 
Esse quadro de instabilidade tem sido agravado com a presença do Estado 
Islâmico que se expandiu para o país. O grupo controla a cidade de Sirte e tem 
realizado atentados terroristas, sequestros, execuções e decapitações de 
cristãos. 
 
Síria 
Combates encarniçados desenvolvem-se desde 2011, quando 
manifestações pró-democracia, logo após os acontecimentos da Primavera 
Árabe, na Tunísia e no Egito, chegaramao país e foram duramente reprimidas 
pelo regime do ditador Bashar al-Assad. 
A reação de parte da oposição foi armar-se para tentar derrubar o governo. 
Assim surgiu o Exército Livre da Síria (ELS), dirigido pela oposição moderada, 
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que iniciou combates contra as forças de Assad. De lá para cá, a situação 
agravou-se, assumindo o caráter de uma guerra civil e de um conflito mais 
amplo do que simplesmente opositores contra o governo. 
Países do Oriente Médio se envolveram no conflito, assim como os Estados 
Unidos, Rússia e potências ocidentais. As tropas do presidente sírio, Bashar Al-
Assad, lutam contra cerca de mil grupos rebeldes. Alguns com forte tendência 
extremista e com vínculos com a Al-Qaeda. Desde o começo de 2014, entrou 
em cena o grupo extremista autodenominado Estado Islâmico, enfrentando 
tanto o governo como os rebeldes, sejam radicais ou moderados. 
É um xadrez geopolítico complicado, que precisamos compreender, pois 
tem sido cobrado nas provas de Atualidades. 
O governo da Síria é apoiado pela Rússia, Irã e pelo grupo xiita libanês 
Hezbollah. Os rebeldes moderados anti-Assad têm o apoio dos Estados Unidos, 
de potências ocidentais, da Arábia Saudita, Turquia e de outros países do Oriente 
Médio. 
 A Arábia Saudita e alguns países árabes também apoiam grupos 
extremistas sunitas anti-Assad. O Estado Islâmico não é apoiado e não apoia 
ninguém. Todos os países envolvidos no conflito e os curdos combatem o grupo. 
 A principal bandeira dos curdos é a criação do seu país independente, o 
Curdistão. Não combatem o regime de Assad. São inimigos do Estado Islâmico 
e de outros grupos radicais. São apoiados pelos Estados Unidos e Rússia na sua 
luta contra o Estado Islâmico, mas não no pleito de criação do seu país. A Turquia 
se opõe aos curdos pelo temor de que a criação de um Curdistão independente 
fortaleça o movimento separatista do Curdistão turco. 
Em abril de 2016, nas áreas controladas pelo governo ocorreram eleições 
legislativas. Esta é a segunda eleição desde o início da guerra em 2011. Pela 
primeira vez, vários partidos foram autorizados a participar, mas o partido do 
governo, Baath, obteve a maioria dos 250 deputados eleitos para um mandato 
de quatro anos. 
Uma novidade no conflito foi a entrada da Turquia diretamente na guerra. 
Indiretamente, o país já participava apoiando grupos que combatem o regime 
de Assad. Desde agosto de 2016, as forças armadas turcas estão em território 
sírio, na região da fronteira. Segundo a Turquia, a ação militar tem como 
REMHWLYR�³OLPSDU´�D�IURQWHLUD�WXUFR-síria de terroristas do Estado Islâmico para 
dar maior segurança ao país. No entanto, além do Estado Islâmico, a Turquia 
tem atacado as milícias curdas do norte da Síria. A Turquia teme que um 
excessivo fortalecimento dos curdos da Síria possa influenciar e interferir na luta 
dos curdos da Turquia pela criação do seu país, o Curdistão. 
Na guerra, o regime sírio de Assad retomou a totalidade da cidade de 
Aleppo, antiga capital econômica da Síria. Foi a maior vitória do Governo desde 
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o início do conflito. Com isso, o regime passa a controlar grande parte das áreas 
povoadas do país e oito das dez maiores cidades. 
 Em dezembro de 2016, foi anunciado um novo acordo de cessar-fogo entre 
o regime sírio e a oposição armada. É o terceiro em pouco mais de um ano. Os 
dois anteriores fracassaram. O novo acordo foi negociado pela Rússia e pela 
Turquia. Não contou com a participação dos Estados Unidos, que negociou os 
anteriores com a Rússia. O cessar-fogo não inclui o Estado Islâmico e a Frente 
da Conquista do Levante ou Fatah al-Sham (antiga Al-Nusra, braço sírio da Al 
Qaeda). O Conselho de Segurança da ONU aprovou resolução de apoio ao 
cessar-fogo. 
A guerra na Síria já causou a morte de 300 mil pessoas, gerou mais de 4 
PLOK}HV�GH�UHIXJLDGRV�H�HVWi�VHQGR�FRQVLGHUDGD�³D�PDLRU�FULVH�KXPDQLWiULD�GH�
QRVVD�HUD´�SHOD�218��$OpP�GRV�UHIXJLDGRV��RXWURV�����PLOhões foram deslocados 
pelo interior do país. O total de 10,5 milhões de pessoas forçadas a sair de suas 
casas equivale a quase metade da população do país. Os refugiados foram 
principalmente para Turquia, Líbano e Jordânia. A destruição pelo país é 
generalizada. 
 
Iraque 
A maioria da população do Iraque é xiita, os sunitas são minoritários. O 
nordeste do país é habitado por curdos. Em 2003, os Estados Unidos invadiram 
o Iraque e derrubaram do poder o ditador Saddam Hussein, da minoria sunita. 
Permaneceram no país até 2011. Ao derrubar Saddam Hussein, os norte-
americanos insuflaram antigas disputas políticas internas. A democracia é frágil. 
O governo de maioria xiita privilegia este segmento da população, o que acirra 
as tensões com os sunitas e curdos. 
O Curdistão iraquiano é uma região com grande autonomia política e 
administrativa. Mas, os curdos almejam a independência. Assim como na Síria, 
aproveitando-se do caos institucional e das rivalidades entre sunitas e xiitas, o 
Estado Islâmico conquistou vastas áreas do território iraquiano. 
Em outubro de 2016, iniciou-se uma operação militar em grande escala 
para retomar do controle do Estado Islâmico a cidade de Mossul, a segunda mais 
importante do Iraque. 
 
Curdistão 
Nos combates contra o Estado Islâmico, destaca-se a ação dos guerreiros 
curdos iraquianos (chamados de peshmerga) e sírios. O Estado Islâmico 
persegue os curdos e a minoria yazidi, que pratica uma religião própria. O 
enfrentamento direto com os jihadistas do EI tem passado em boa medida pela 
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atuação das forças curdas, armadas pelos aliados ocidentais, que dão combate 
terrestre ao grupo islâmico, apoiando dessa forma os bombardeios aéreos 
comandados pelos EUA. 
Esse papel de destaque leva analistas a especularem se uma das 
consequências dos conflitos atuais não seria a ampliação da autonomia dos 
curdos dentro do Iraque ou até mesmo a formação, num prazo ainda indefinido, 
de um novo país, o Curdistão, reunindo os curdos que vivem espalhados pela 
região. 
 
 
Fonte: Dictionnaire de Geopolitique 
 
Maior etnia sem Estado no mundo, com 26 milhões de pessoas, os curdos 
habitam uma área contínua que abrange territórios de Turquia, Iraque, Síria, 
Irã, Armênia e Azerbaidjão (veja mapa a seguir). O projeto de um Estado curdo 
ganhou força no final do século XX, sobretudo na Turquia e no Iraque, países 
nos quais o movimento foi violentamente reprimido. 
O principal grupo separatista curdo atuante na Turquia, o Partido dos 
Trabalhadores do Curdistão (PKK), desenvolvia a luta armada contra o Estado 
turco, mas negocia há anos um acordo com o governo central. Em 2013, o 
partido declarou um cessar-fogo. Contudo, em julho de 2015, o governo da 
Turquia começou a atacar redutos do PKK no Curdistão iraquiano, próximo à 
fronteira turca. O PKK reagiu e as hostilidades tem se sucedido de lado a lado. 
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Na Síria, a milícia curda Unidades de Proteção do Povo (YPG), com apoio 
de ataques aéreos, resistiu heroicamente a ofensiva do EI sobrea estratégica 
cidade curda de Kobane, na tríplice fronteira síria, turca e iraquiana. Após meses 
de conflitos, o Estado Islâmico recuou e desistiu de conquistar a cidade. 
Embora sejam muçulmanos sunitas, os curdos não são islamitas 
conservadores. As mulheres têm mais liberdade, são mais respeitadas. Muitas 
estão nas fileiras da milícia curda síria YPG, lutando contra o Estado Islâmico. 
 
 1.2 Fundamentalismo Islâmico 
Ainda que o fundamentalismo esteja atualmente muito associado aos 
islâmicos, grupos fundamentalistas existem em todas as religiões. Os 
agrupamentos políticos fundamentalistas buscam impor seus dogmas religiosos 
como base da organização do Estado e da sociedade. É uma posição 
obscurantista, que recusa a democracia e se opõe à perspectiva secular adotada 
desde a Revolução Francesa (1789), quando os negócios de Estado se 
separaram das convicções religiosas. 
A enorme maioria dos adeptos da religião islâmica é constituída por 
pessoas comuns que professam uma crença religiosa. Por isso, é um erro grave, 
que tem origem em preconceito religioso ou social, identificar grupos terroristas 
que dizem agir em nome do islamismo com os hábitos e crenças das populações 
muçulmanas em geral. 
O fundamentalismo islâmico é contrário ao Estado democrático e laico, e 
sua perspectiva é a do Estado teocrático, como no Irã, onde o chefe do Estado 
é o líder religioso supremo, o aiatolá. Defendem a implantação da Sharia ± o 
conjunto de leis e códigos de conduta extraídos do livro sagrado, o Alcorão, e 
da Suna (obra que narra a vida e os caminhos de Maomé), como lei, rejeitando 
o princípio da separação entre religião e Estado. 
O fundamentalismo islâmico é a fonte inspiradora de vários grupos 
armados do mundo islâmico, que lutam pela tomada do poder nos países em 
que atuam. Os mais conhecidos são a Al-Qaeda, Estado Islâmico e Boko Haram. 
 
Al Qaeda 
O saudita Osama bin Laden fundou a Al Qaeda em 1988, no Afeganistão, 
quando lutava ao lado dos guerrilheiros islâmicos (mujahedin) contra a ocupação 
soviética, com equipamentos e recursos vindos das potências ocidentais. Mas 
após a Guerra do Golfo, em 1990, quando tropas lideradas pelos EUA atacam o 
Iraque, a jihad (guerra santa) da Al Qaeda passa a ter como inimigo o Ocidente, 
em especial os Estados Unidos, por causa da crescente presença militar no 
Oriente Médio. 
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Nos anos de 1990, Bin Laden foi responsabilizado por vários ataques a 
alvos norte-americanos, até realizar o atentado terrorista de 11 de setembro de 
2001, contra os EUA. Então, Bin Laden ganhou fama mundial. Vários grupos 
anunciaram sua ligação com a Al Qaeda, o que permitiu ao grupo expandir seu 
alcance para se tornar uma rede terrorista com ramificações internacionais. 
Na última década, porém, a Al Qaeda Central (AQC), no Afeganistão e 
Paquistão, foi duramente atingida pelas ações militares dos EUA. O trabalho de 
espionagem e os ataques com drones mataram seus líderes e reduziram sua 
capacidade de ação e de se comunicar FRP�DV�³ILOLDLV´��$�PRUWH�GH�%LQ�/DGHQ�SRU�
uma equipe da Marinha dos EUA, em 2011, enfraqueceu o grupo. 
 
Em 2016, fez quinze anos dos atentados terroristas de 11 de setembro de 
2001. Naquele dia, 19 terroristas da Al Qaeda sequestraram quatro aviões no 
Estados Unidos. Dois foram lançados contra as torres Norte e Sul do World Trade 
Center, em Nova Iorque. Um terceiro avião foi lançado contra o Pentágono, sede 
do Departamento de Defesa dos EUA, em Washington. O quarto avião caiu em 
um campo vazio na Pensilvânia. Horas depois da colisão, as duas torres 
desabaram. Quase três mil pessoas morreram nos ataques terroristas. 
Após os atentados, os Estados Unidos promoveram uma caçada a Osama 
%LQ�/DGHQ�H� LQLFLDUDP�D�FKDPDGD�³JXHUUD�DR� WHUURU´��3ULPHLUR� OLGHUDUDP�XPD�
coalizão que invadiu o Afeganistão, na época governado pela milícia Taleban (ou 
Talibã), de orientação islâmica radical. Os EUA acusaram o Taleban de dar 
proteção a Bin Laden, que estaria escondido no país. A milícia foi deposta, mas 
Bin Laden não foi encontrado. O terrorista foi caçado por uma década, até ter 
seu esconderijo descoberto em 2011, no Paquistão, quando foi morto por 
comandos especiais da Marinha dos Estados Unidos. 
Em 2003, com o apoio do Reino Unido, os EUA invadem o Iraque, sob a 
acusação de que o ditador Saddam Hussein possuía armas de destruição em 
massa e ligações com a Al Qaeda. Saddam foi deposto e as tais armas de 
destruição em massa não foram encontradas, indicando que o regime do ditador 
não as tinha. 
Foi no Iraque ocupado pelos invasores, devastado pela guerra e sem 
liderança política, que surgiu a Al Qaeda no Iraque, para lutar contra a ocupação 
estrangeira. O grupo foi a origem do atual Estado Islâmico. 
Vá mais fundo, vendo o vídeo a seguir: 
http://especiais.g1.globo.com/mundo/2016/ataques-de-11-de-setembro-
de-2001-15-anos-depois/ 
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Quinze dos 19 terroristas do 11 de setembro eram sauditas. Familiares 
das vítimas dos atentados buscam provar a cumplicidade oficial da Arábia 
Saudita nos ataques da Al-Qaeda. O país nunca foi acusado formalmente, mas 
agora poderá ser acusado e processado. O Congresso dos Estados Unidos 
aprovou uma lei que autoriza os familiares a processarem a Arábia Saudita na 
Justiça norte-americana. 
 
Estado Islâmico 
Com um vasto território que extrapola fronteiras, abrangendo áreas do 
Iraque e da Síria, e um contingente em torno de 30 mil combatentes, o Estado 
Islâmico (EI) consolida-se como a mais poderosa organização extremista 
islâmica em atividade. 
Sua ascensão é surpreendente quando se considera que, até pouco tempo 
atrás, o EI era uma filial da Al Qaeda entre tantas outras atuando na Ásia e na 
África. Criado no Iraque em 2003, com o nome Al Qaeda no Iraque (AQI), o 
grupo espalhou o terror contra as forças de ocupação e os xiitas, até ser 
praticamente aniquilado após a morte de seu comandante, Abu Musab al-
Zarqawi, em 2006. Rebatizado Estado Islâmico do Iraque (EII), o grupo renasce 
a partir de 2010 sob um novo líder, Abu Bakr al-Baghdadi. 
O vácuo de segurança criado pela retirada militar dos EUA, o clima de 
revolta dos sunitas com o governo pró-xiita do Iraque e o caos da guerra civil 
síria criam condições para que o EI prosperasse. Ao expandir as atividades para 
a Síria, onde infiltrou militantes para abocanhar dinheiro e armas, recrutar 
guerrilheiros e instalar bases, em 2013, o grupo muda o nome para Estado 
Islâmico do Iraque e do Levante (EIIL). E, após dominar territórios no norte da 
Síria e do Iraque, o grupo anuncia a criação de um Califado, em junho de 2014, 
se autodenominando Estado Islâmico (EI). 
O Califado é uma referência aos antigos impérios islâmicos surgidos após 
a morte de Maomé, que seguiam rigorosamente a Sharia, a lei islâmica ± dos 
quais o mais notório é o Império Árabe. O califa, considerado sucessor do 
profeta, é a autoridade política e religiosa máxima. Al-Baghdadi é proclamado 
califa do EI. 
Nas áreas que conquista, o EI rapidamente assume o controle sobre bases 
militares, bancos, hidrelétricas e campos de petróleo e instaura um governo 
próprio, com ministérios, cortes islâmicas e aparato de segurança. A cobrança 
de taxas e impostos, junto com a venda ilegal de petróleo, os sequestros e as 
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extorsões, garantem ao grupo uma renda diária estimada em 2 milhões de 
dólares. No plano social, o código moral é severo. 
Um traço marcante do EI é o emprego de táticas tão bárbaras que até a 
Al Qaeda renegou o grupo. São execuções em massa, às vezes contra 
comunidades inteiras, e mortes coletivas por crucificação, decapitação e 
enforcamento. Além de ser uma estratégia de guerra, visando submeter 
populações locais pelo terror, a violência indiscriminada, também direcionada 
DRV� ³LQILpLV´� �PLQRULDV� pWQLFDV� H� UHOLJLRVDV� H� RFLGHQWDLV��� p� XPD� PHQVDJHP�
poderosa para atrair muçulmanos desiludidos de todas as partes do mundo, 
inclusive do Ocidente, que passam a lutar em suas fileiras e aniquilar inimigos 
do islã com a promessa da salvação. 
Mais de 30 grupos jihadistas de vários países da África e Ásia juraram 
lealdade ao autoproclamado califa Estado Islâmico. Esses grupos têm cometido 
uma série de atentados terroristas, principalmente na Líbia, Tunísia, Egito, 
Iêmen e Afeganistão. 
O Estado Islâmico também se notabilizou pela destruição de esculturas, 
monumentos, palácios e templos do patrimônio cultural e arqueológico de 
cidades históricas do Iraque e da Síria, nas áreas conquistadas. O EI justifica a 
destruição dizendo que cultuam outras divindades e por isto são demoníacas, 
ferindo, portanto, os princípios do Islã. 
O EI é bastante ativo na internet. Utiliza intensamente a web para divulgar 
suas atividades, recrutar novos combatentes e invadir sites de organizações 
governamentais e privadas. 
 Como vimos, o Estado Islâmico conquistou vastas áreas territoriais no 
Iraque e na Síria. No entanto, no momento, no terreno militar está na defensiva, 
ante a ofensiva que sofre nesses dois países. O grupo já perdeu 50% do território 
que controlava na Síria e 20% no Iraque. 
No Iraque é atacado pelo exército iraquiano, por milícias xiitas, pelos 
curdos e pela coalizão de países liderados pelos EUA. Na Síria, é atacado pelas 
forças do governo e aliados russos e iranianos, pelos curdos, por outros grupos 
locais e pela coalizão de países lideradas pelos EUA. 
A fortaleza do Estado Islâmico é a província de Raqa, onde fica a cidade 
de mesmo nome, capital do Estado Islâmico. Após dois anos, as forças que 
combatem o EI conseguiram entrar na província de Raqa. O objetivo é tomar a 
cidade, capital do autoproclamado califado. 
Na medida em que perde território, o Estado Islâmico tem realizado brutais 
atentados terroristas em vários países do mundo. Cita-se os atentados 
terroristas em Paris, em janeiro e novembro de 2015, em Bruxelas, em março 
de 2016, no Iraque, Bangladesh, Tunísia, Síria e outros países. 
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O grupo também reivindicou a autoria do atentado terrorista na cidade 
balneária de Nice, França, em julho de 2016. Nesse atentado, um terrorista 
avançou com um caminhão entre as pessoas que estavam à beira-mar, 
festejando a queda da Bastilha, o dia nacional da França. O ataque deixou mais 
de 80 mortos e 200 feridos. 
 
Boko Haram 
O Boko Haram atua na Nigéria e realiza incursões no Chade, Níger e 
Camarões. Criado em 2002, na Nigéria, a partir de 2009, iniciou atos de violência 
com o objetivo de impor nesse país uma versão mais radical da sharia (a lei 
islâmica), que veta a adoção de vários aspectos da cultura ocidental, como a 
educação secular. A maioria dos muçulmanos rejeita essa interpretação. O Boko 
Haram, que era aliado da rede terrorista Al Qaeda, vinculou-se em 2015 ao 
Estado Islâmico. 
Segundo o Índice de Terrorismo Global 2015, o Boko Haram é o grupo 
terrorista mais violento da atualidade. O índice, baseado em dados de ataques 
de grupos extremistas, assinala que o Boko Haram matou 6.444 pessoas em 
2014, mais do que o Estado Islâmico. 
 
Al Shabah 
Fundado em 2004, o Al Shabah atua na Somália, sendo filiado à rede Al 
Qaeda. O grupo passou a ser mais conhecido em 2013, a partir do atentado que 
cometeu em um shopping center em Nairóbi, capital do Quênia. 
Desde 2007, uma força de paz composta por vários países da União 
Africana (UA) atua ao lado de forças do governo somali no combate ao Al 
Shabah, o que tem imposto várias derrotas e enfraquecido a milícia. 
 
 1.3 O Irã 
O Irã ocupa lugar central no xadrez do Oriente Médio. O regime define-se 
desde a Revolução de 1979 como uma república islâmica, e segue a vertente 
xiita do islamismo. Posiciona-se frontalmente contra Israel e é aliado do regime 
sírio de Bashar al-Assad, exercendo também influência sobre partidos xiitas que 
estão no governo do Iraque. Dessa forma, busca formar um arco xiita de poder, 
centrado na oposição a Israel e às monarquias sunitas do Golfo Pérsico, como 
Arábia Saudita, Barein e Catar. 
Desde 2003, a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), os EUA 
e as demais potências ocidentais tentam impedir o avanço do programa nuclear 
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iraniano. Eles acusam o país de desenvolver a tecnologia de enriquecimento de 
urânio com a intenção de fabricar armas nucleares. O Irã nega. 
A ONU exigia que o Irã parasse de enriquecer urânio e autorizasse o acesso 
irrestrito da AIEA às suas instalações. Diante da negativa do Irã, foram 
aprovadas quatro rodadas de sanções contra o país entre 2006 e 2010. 
Como a China e a Rússia se opuseram a novas sanções na ONU, os EUA e 
a União Europeia anunciaram, em 2011, o embargo ao petróleo iraniano e 
punições financeiras contra nações que compram petróleo do país. Foram 
decretadas também sanções contra o sistema bancário do Irã. O embargo levou 
à queda expressiva nas exportações de petróleo iraniano, comprometendo a 
obtenção de divisas externas. 
Em 2013, o Irã começou a negociar um acordo para a retirada das sanções 
com o Grupo 5+1 (EUA, França, Reino Unido, Rússia e China + Alemanha) em 
troca da limitação de suas iniciativas nucleares. Em 2015, Irã e as potências 
chegaram a um acordo, que limita e condiciona o programa nuclear iraniano, 
visando assegurar que o programa nuclear iraniano tenha um caráter não 
militar, em troca da retirada das sanções internacionais que asfixiam a economia 
do país. O texto autoriza o Irã a prosseguir com o programa nuclear civil e abre 
o caminho para uma normalização da presença do país no cenário internacional. 
Os iranianos se comprometeram a reduzir a capacidade nuclear (redução 
de dois terços do número de centrífugas de urânio em 10 anos, de 19.000 para 
6.104, diminuição das reservas de urânio enriquecido) durante vários anos e a 
permitir que os inspetores da AIEA realizem inspeções profundas em suas 
instalações. 
 
1.4 A questão da Palestina 
A região da Palestina foi ocupada e conquistada por muitos povos, entre 
eles os judeus. No século VI a.C., o povo judeu iniciou sua primeira dispersão 
pelo mundo, mas seu projeto de possuir um território só se concretizou após a 
Segunda Guerra Mundial. 
O Estado de Israel tem sua origem no sionismo (de Sion, colina da antiga 
Jerusalém), movimento surgido na Europa no século XIX, com objetivo de criar 
uma pátria para o povo judeu. Colonos judeus da Europa Central e Oriental, 
onde o antissemitismo (discriminação contra os judeus) era mais intenso, 
instalaram-se na Palestina, que tinha então população majoritariamente árabe. 
O apoio internacional à criação de um Estado judaico aumentou, depois da 
II Guerra Mundial, ao ser revelado o genocídio de cerca de 6 milhões dejudeus 
nos campos de extermínio nazistas, o Holocausto. Em 1947, a Organização das 
Nações Unidas (ONU) aprovou a partilha da Palestina em dois Estados ± um para 
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os judeus, com 53% do território, outro para os árabes, com 47%. A cidade de 
Jerusalém permaneceu sob administração internacional. Estes últimos 
rejeitaram o plano. 
 
 
 
Em 14 de maio de 1948, foi criado o Estado de Israel. Imediatamente, 
cinco países árabes ± Egito, Síria, Transjordânia (atual Jordânia), Iraque e 
Líbano ± enviaram tropas para impedir sua fundação. Com o respaldo de Estados 
Unidos (EUA) e União Soviética, Israel conseguiu derrotar esses exércitos, e a 
guerra se encerrou com um armistício assinado em janeiro de 1949. 
O novo Estado ampliou seus domínios em relação às fronteiras originais 
aprovadas pela ONU. Com a vitória, Israel passou a ocupar 75% da Palestina, e 
mais de 700 mil árabes palestinos foram expulsos. Esses acontecimentos são 
lembrados até hoje por eles como a nakba, SDODYUD� iUDEH� TXH� VLJQL¿FD�
³FDWiVWURIH´� 
$R�¿P�GD�JXHUUa, além da expansão de Israel, o Egito havia ocupado a 
Faixa de Gaza e a Transjordânia anexara Jerusalém Oriental e Cisjordânia (o 
nome do país passou a ser Jordânia). Com isso, os palestinos ¿FDUDP� VHP�
território, tornando-se refugiados na Cisjordânia, na Faixa de Gaza e nos países 
árabes vizinhos, ou migrando para longe. 
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Em 1967, diante da aliança militar entre Egito, Síria e Jordânia, Israel, 
fortemente armado pelos EUA, atacou os três países na Guerra dos Seis Dias. 
Passou então a controlar a Cisjordânia e Jerusalém Oriental, a Faixa de Gaza e 
a Península do Sinai (que seria devolvida ao Egito em 1982), além das Colinas 
de Golã, território da Síria ocupado até hoje. 
A população árabe-palestina passou a lutar pela configuração de novas 
fronteiras e pelo reconhecimento de um Estado palestino independente. Em 
1964, exilados no Líbano fundaram a Organização para a Libertação da Palestina 
(OLP). Em 1988, proclamaram seu Estado com o nome de Autoridade Nacional 
Palestina (ANP). 
Depois de muitas guerras e duas intifadas (rebeliões palestinas), os 
acordos de paz assinados entre os países afirmaram a autonomia dos palestinos 
na Faixa de Gaza e em parte da Cisjordânia. 
Os Acordos de Oslo (1993-1995), assinados entre palestinos e israelenses, 
com mediação dos EUA, traçaram a meta de dois Estados: um judeu (Israel) e 
um palestino, formado pela Faixa de Gaza e pela Cisjordânia, ambas ocupadas 
pelos israelenses em 1967. Definiram ainda a criação da Autoridade Nacional 
Palestina (ANP), como embrião do futuro Estado. 
 
 
 
Apesar de ter sido considerado ilegal pela Assembleia Geral da ONU, em 
2007, Israel concluiu a construção de um muro na Cisjordânia com mais 
de 9 metros de altura, controlando a entrada de não judeus em território 
israelense. Esse paredão restringe o direito de ir e vir, anexa áreas palestinas 
a Israel e impede a circulação normal de pessoas na cidade de Jerusalém. 
Em consequência, o Estado palestino independente ainda não se 
concretizou e os palestinos estão separados, de Israel e entre si, em 21 enclaves. 
Essa situação perturbou todas as atividades econômicas, pois decorridos mais 
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de 60 anos, os territórios palestinos ocupados apresentam grande deterioração 
econômica e baixa qualidade de vida. 
Atualmente, os palestinos do Hamas (grupo mais radical de origem 
guerrilheira, fortemente hostil a Israel) controlam a faixa de Gaza, enquanto a 
Autoridade Palestina (menos refratária ao Ocidente e a acordos de paz com 
Israel) domina partes da Cisjordânia, entre elas a cidade de Belém. 
1RV�~OWLPRV����DQRV��HVVD�SHUVSHFWLYD�JHUDO�GRV�³GRLV�(VWDGRV´�p�D�TXH�
tem guiado as negociações de paz. Na prática, porém, não houve avanços. Do 
lado israelense, o atual governo, do primeiro-ministro Benyamin Netanyahu, 
defende posições que os palestinos consideram inaceitáveis, como a 
continuidade e a ampliação dos assentamentos israelenses na Cisjordânia. 
Desde 1967, que Israel implanta colônias judaicas na Cisjordânia, onde 
hoje vivem cerca de 400 mil judeus em mais de cem assentamentos, em meio 
a 2,9 milhões de palestinos. Israel instalou também colônias judaicas no setor 
RULHQWDO�GH�-HUXVDOpP��SDUD�MXVWL¿FDU�D�VREHUDQLD�VREUH�D�iUHD� 
Dessa forma, o governo israelense mantém a política de criar 
assentamentos nos territórios destinados ao futuro Estado palestino. Colonos 
israelenses instalam-se, expulsam os palestinos e formam povoações. Em 2005, 
Israel decidiu de forma unilateral retirar todos os 21 assentamentos existentes 
na Faixa de Gaza. Mas a presença judaica na Cisjordânia só tem aumentado. 
Outra divergência é sobre o status da cidade de Jerusalém. Os palestinos 
defendem que a parte oriental da cidade, também ocupada pelos israelenses 
desde 1967, seja a capital de seu futuro Estado. Israel não aceita essa divisão, 
reivindicando a cidade inteira como a sua própria capital. 
Ponto de honra para os árabes nas negociações, é o direito ao retorno dos 
palestinos expulsos de Israel e seus descendentes pelas guerras de 1948 e dos 
Seis Dias (1967). O governo israelense não aceita sequer debater a sua volta, 
pois o eventual regresso colocaria em xeque a própria existência de Israel tal 
como é hoje. 
São mais de 5 milhões de pessoas que vivem de forma precária em campos 
de refugiados superpovoados. Segundo a ONU, é o maior contingente de 
refugiados do mundo. 
Os países árabes onde se situam os campos mal garantem o mínimo para 
sua sobrevivência. Os palestinos continuam reivindicando o retorno às antigas 
casas e a devolução de suas posses. Mas Israel resiste em aceitar a ideia. 
$� TXHVWmR� GHPRJUi¿FD� SUHRFXSD� R� SDtV�� SRLV� R� Q~PHUR� GH� SDOHVWLQRV�
residentes em Israel e nos territórios palestinos somados já ultrapassou o 
número de judeus israelenses 
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(P� ������ D� 218� FRQFHGHX� SDUD� D� 3DOHVWLQD� D� FRQGLomR� GH� ³(VWDGR�
observador não-PHPEUR´�� 0DLV� GH� ���� (VWDGRV�� LQFOXVLYH� R� %UDVLO�� Mi�
reconhecem o Estado da Palestina. 
 Causou forte reação de Israel, a histórica aprovação pelo Conselho de 
Segurança da ONU, em janeiro de 2017, da resolução que exige que Israel pare 
de construir colônias em territórios palestinos. O texto foi aprovado por 14 votos 
a favor. Os EUA, aliados de Israel e que vetaram uma resolução similar, em 
2011, se abstiveram. 
 
 1.5 Turquia 
 A Turquia está localizada entre a Europa e o Oriente Médio, posição que 
sempre lhe conferiu um papel estratégico e histórico relevante. O país foi o 
centro irradiador de poder dos impérios Bizantino (330-1453) e Otomano (1281-
1918). O Islamismo é a religião de 99% da população. 
 Alçada à condição de grande potência emergente na última década, a 
Turquia enfrenta grandes desafios em 2016. O país tem sido alvo de atentados 
terroristas do Estado Islâmico e dos separatistas curdos; vive a tensão interna 
entre o secularismo e a islamização; a vizinha Síria está em guerra civil,onde 
na fronteira atua o Estado Islâmico e abriga milhões de refugiados sírios, que 
fugiram da guerra civil. 
 As bases da Turquia moderna começaram a ser estabelecidas com a 
dissolução do Império Otomano, após a derrota na I Guerra Mundial, em 1918. 
A crise política e econômica do pós-guerra deu origem a um movimento 
nacionalista liderado pelo general Mustafa Kemal, que adotou o codinome de 
³$WDWXUN´��RX�³SDL�GRV�WXUFRV´�� 
Ataturk aboliu o califado islâmico e separou a religião islâmica do Estado. 
Essa separação é chamada de secularismo. A medida provocou profundas 
alterações na estrutura social do país. As forças políticas acompanharam a 
polarização na sociedade e se dividiram entre aqueles que defendiam os valores 
seculares de Ataturk e os favoráveis a um papel maior da religião islâmica na 
vida pública. 
Como guardiões do secularismo, os militares derrubaram sucessivos 
governantes que tinham um perfil mais religioso, nos anos de 1960, 1971, 1980 
e 1997. Esta divisão da sociedade e da política e o histórico papel do exército na 
defesa do secularismo ajudam a entender a fracassada tentativa de golpe militar 
de julho de 2016. 
O atual presidente, Recep Tayyip Erdogan, foi primeiro-ministro entre 
2003 e 2014. Com ambições políticas, ele quer mudar a lei, adotando o 
presidencialismo em substituição ao atual sistema parlamentarista. Por trás 
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dessa iniciativa, está a tentativa de acumular os poderes da chefia de governo, 
que hoje cabem ao primeiro-ministro. 
Como presidente, Erdogan vem adotando uma agenda autoritária, 
retirando poderes do Judiciário, minando a influência dos militares no país e 
prendendo jornalistas críticos ao seu governo. 
Paralelamente adotou medidas como a liberação do uso do lenço islâmico 
em escolas e repartições públicas e a proibição da venda de bebidas alcoólicas 
à noite. Seus críticos denunciaram a imposição de uma agenda islâmica, 
enquanto os seus simpatizantes consideraram as medidas como uma 
restauração da liberdade de expressão religiosa. 
Foi nesse contexto que parcela dos militares tentou dar um golpe e depor 
o presidente em julho de 2016. Segundo os golpistas, a iniciativa era em prol da 
democracia, da liberdade de expressão e da defesa dos direitos humanos. A 
tentativa de prender Erdogan fracassou. Atendendo ao seu apelo, a população 
foi às ruas em defesa do atual governo. Uma parte dos militares não aderiu ao 
movimento e o golpe de Estado fracassou. 
Após o golpe, Erdogan tem promovido a prisão e/ou destituição dos cargos 
de milhares de militares, policiais, juízes, funcionários públicos e reitores de 
universidades. A censura e a liberdade têm sido restringida no país. 
A Turquia participa da coalizão liderada pelos Estados Unidos que combate 
o Estado Islâmico na Síria e no Iraque. Além de fazer bombardeios aéreos em 
áreas dominadas pelo grupo extremista, o governo turco permite que os aviões 
americanos usem suas bases aéreas para atacar alvos na Síria. Os atentados 
terroristas do Estado Islâmico seriam uma reação ao envolvimento turco no 
combate ao grupo. 
Os curdos, maior etnia do mundo sem pátria, habitam o leste do país e 
lutam pela independência do seu território. O principal grupo separatista é o 
Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK), que iniciou a luta armada em 
1984. Com o tempo, passaram a exigir apenas mais autonomia nas regiões onde 
vivem, e as negociações levaram a um cessar-fogo em 2013. Esse foi rompido 
em 2015; o governo turco tem atacado alvos dos curdos na Síria, Iraque e 
Turquia. 
A Turquia também é uma das principais portas de entrada de imigrantes 
e refugiados (especialmente sírios) na Europa. Em março de 2016, a União 
Europeia aprovou um acordo com o governo turco para conter o fluxo de 
imigrantes ilegais. Pelo acordo, são enviados de volta à Turquia os ilegais que 
chegam da costa turca à Grécia. Em contrapartida, por cada sírio que seja 
devolvido à Turquia, outro que esteja em campos turcos será admitido na UE. 
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Ao longo dos últimos meses, vários atentados terroristas foram 
executados em Istambul e Ancara. Os atentados são atribuídos a dois inimigos 
do país: o grupo terrorista Estado Islâmico e militantes curdos do PKK. 
 
 2. Segurança Internacional 
A permeabilidade das fronteiras, as modificações operadas pela 
globalização e a porosidade das relações entre economia internacional 
e Estado nacional geraram novos desafios para a defesa e a segurança do 
Estado. Fatores que são apresentados como impulsionadores do declínio do 
Estado e da soberania, como o terrorismo internacional, o crime organizado, o 
narcotráfico e a ameaça de espionagem, são igualmente responsáveis pela 
ampliação e expansão de estruturas de inteligência sob comando estatal em 
quase todo o mundo. 
 
O Terrorismo 
O terrorismo é uso de violência física ou psicológica, através de ataques 
localizados a elementos ou instalações de um governo ou da população 
governada, de modo a incutir medo, terror, e assim obter efeitos psicológicos 
que ultrapassem largamente o círculo das vítimas, alargando-se para a 
população do território. 
O terrorismo de Estado consiste em um regime de violência instaurado 
por um governo, em que o grupo político que detém o poder se utiliza do terror 
como instrumento de governabilidade. Caracteriza-se pelo uso da máquina de 
repressão do Estado como organização criminosa, restringindo os direitos 
humanos e as liberdades individuais. 
Na segunda metade do século XX, em muitos países da América Latina, 
chegaram ao poder ditaduras militares que estabeleceram regimes de exceção 
com restrições democráticas aos direitos humanos e às liberdades individuais. 
Contra esses regimes, levantaram-se oposições civis e grupos armados. Como 
método de dissuasão e combate às oposições, os regimes autoritários muitas 
vezes se utilizaram do terrorismo de Estado. Alguns especialistas apresentam 
como exemplo de terrorismo de Estado, a atuação do DOPS durante a ditadura 
militar brasileira, cuja tortura e acúmulo sistemático de informações sobre 
cidadãos considerados suspeitos de subversão potencializou um processo de 
terror. 
Por outro lado, a segunda metade do século XX também foi pródiga no 
surgimento e atuação de grupos guerrilheiros e terroristas na América Latina 
que se utilizavam de métodos violentos para o enfrentamento aos governos que 
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se opunham. Na sua ação, muitos se utilizaram de atos terroristas como 
sequestros, assassinatos e atentados à bomba. 
Historicamente, atos que seriam tidos como terroristas foram 
considerados heroicos quando associados à luta contra a opressão ou pela 
libertação nacional. É o caso da Resistência Francesa, que lutou contra a 
ocupação nazista na II Guerra Mundial (1939-1945). 
$�UHWyULFD�GD�³JXHUUD�DR�WHUURU´�GR�H[-presidente norte-americano George 
W. Bush levou muitos a associarem o terrorismo ao islamismo. Na verdade, há 
grupos fundamentalistas em todas as religiões. São os que enxergam nos 
textos sagrados de sua crença a orientação para a organização do Estado e da 
sociedade. É uma posição que recusa a democracia e se opõe à perspectiva 
adotada pela Revolução Francesa (1789) de separação entre religião e Estado.O terrorismo islâmico é uma forma de terrorismo religioso cometido por 
extremistas islâmicos. Fundamenta-se numa leitura dogmática e literal de 
trechos do Alcorão, o livro sagrado do Islã. São grupos armados que não contam 
com o apoio e a adesão da maioria da população islâmica. É um erro associar 
mecanicamente o Islã ao fenômeno do terror político contemporâneo. 
 
 O crime organizado 
 Crime organizado é toda organização cujas atividades são destinadas a 
obter poder e lucro, transgredindo a lei das autoridades locais. Entre as formas 
de sustento do crime organizado encontram-se o tráfico de drogas, os jogos de 
azar e a compra de "proteção", como acontece com a Máfia italiana. 
Em cada país, as facções do crime organizado costumam receber um nome 
próprio. Assim, costuma-se chamar de Máfia ao crime organizado italiano e ítalo-
americano; Tríade ao chinês; Yakuza ao japonês; Cartel ao colombiano e 
mexicano e Bratva ao russo e ucraniano. A versão brasileira mais próxima disso 
são os Comandos, facções criminosas sustentadas pelo tráfico de drogas e 
sequestros. 
Seja qual for a atividade à qual o crime organizado se dedique, este 
sempre enfrentará, além do combate das forças policiais de sua região de 
atuação, a oposição de outras facções ilegais. Para manter suas ações ilícitas, 
os membros de organizações criminosas armam-se pesadamente, logo pode-se 
dizer que as armas ± e os assassinatos ± são o sustentáculo do crime organizado. 
 Após o fim da Guerra Fria e a queda do comunismo, o crime organizado 
se reconfigurou em nível internacional. As grandes organizações criminosas se 
diversificaram, algumas se uniram ou passaram a atuar em parceria. A 
globalização e o uso da moderna tecnologia e telecomunicações expandiram e 
enriqueceram tremendamente o crime organizado internacional. 
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De acordo com dados do Escritório da ONU contra Drogas e Crimes, o 
comércio ilegal do crime organizado registra ganhos anuais de mais de US$ 2 
trilhões. O número é alto, porém é apenas uma estimativa dada a natureza ilegal 
do que está sendo analisado. Este número equivale a cerca de 3,6% de tudo o 
que se produz e é consumido no planeta em um ano. 
O último relatório do Fórum Econômico Mundial fez uma estimativa menor 
- mais de US$ 1 trilhão - com base em uma pesquisa de 2011 feita pelo Global 
Financial Integrity (GFI), um centro de estudos de Washington. 
O GFI elaborou seu relatório a partir de 12 atividades ilegais e as cinco 
primeiras são estas: 
1º Narcotráfico: US$ 320 bilhões 
2º Falsificação: US$ 250 bilhões 
3º Tráfico humano: US$ 31,6 bilhões 
4º Tráfico ilegal de petróleo: US$ 10,8 bilhões 
5º Tráfico de vida selvagem: US$ 10 bilhões 
Se juntarmos a estas cifras os ganhos com outras atividades criminosas 
(desde o tráfico de órgãos até a venda de obras de arte) a soma chega a US$ 
650 bilhões. E se levarmos em conta que a maioria das transações são feitas em 
dinheiro vivo, a lavagem de dinheiro se transforma em um grande negócio que 
explica a soma total de mais de US$ 1 trilhão citada pelo Fórum Econômico 
Mundial. 
 
Interpol 
A Organização Internacional de Polícia Criminal (Interpol) é uma 
organização internacional que ajuda na cooperação de polícias de diferentes 
países. Sua sede é em Lyon, na França e tem a participação de 188 países 
membros. A Polícia Federal é a representante brasileira da Interpol. 
A Interpol não se envolve na investigação de crimes que não envolvam 
vários países membros ou crimes políticos, religiosos e raciais. Trata-se de uma 
central de informações para que as polícias de todo o mundo possam trabalhar 
integradas no combate ao crime internacional, ao tráfico de drogas e aos 
contrabandos. 
 
 
 
 
 
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QUESTÕES COMENTADAS: 
 
01) (CESPE/CPRM/2016 ± TÉCNICO EM GEOCIÊNCIAS) O Oriente Médio 
é uma das mais tensas regiões do mundo contemporâneo. Nele, 
interesses econômicos, sobretudo os ligados ao petróleo, se juntam a 
divergências políticas e animosidades religiosas para fazer daquela área 
um foco permanente de conflitos. O país que, na atualidade, se tornou 
símbolo de tragédia humanitária, representada por milhares de 
migrantes que buscam abrigo na Europa, e que sofre os males de uma 
guerra civil, a ação de grupos insurgentes e a violência do terrorismo é 
a 
A) Síria. 
B) Turquia. 
C) Palestina. 
D) Arábia Saudita. 
E) Jordânia. 
 
COMENTÁRIOS: 
Fácil! O país é a Síria, que desde 2011 vive uma sangrenta guerra civil. 
Ainda sobre as alternativas da questão, pode-se comentar que na Palestina são 
frequentes os conflitos entre grupos armados e as forças de segurança de Israel. 
A Turquia está envolvida em conflitos com os separatistas curdos, ligados ao 
Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK), além de atentados terroristas 
praticados no país pelo Estado Islâmico. 
Gabarito: A 
 
02) (IDECAN/PREFEITURA DE MARILÂNDIA/2016 ± AGENTE 
ADMINISTRATIVO) Estabelecido em grande parte da região norte da 
Síria, o Curdistão é: 
A) Uma região habitada pelo maior grupo étnico do mundo, sem Estado 
próprio e fragmentado entre vários países. 
B) Um grupo de origem palestina, de ideologia sunita, que se organiza 
por um partido político e brigadas armadas. 
C) Um povo que se caracterizara, sobretudo, por formar uma nação de 
guerreiros, governada por uma aristocracia militar que vem se 
expandindo no norte da África e no Oriente Médio. 
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D) O grupo terrorista mais agressivo da região, originário do Iêmen, 
que vem cometendo uma série de atentados na Europa, principalmente 
em nações aliadas aos EUA, como França e GrãǦBretanha. 
 
COMENTÁRIOS: 
O Curdistão é a região habitada pelos curdos, maior etnia sem Estado no 
mundo, com 26 milhões de pessoas. Compreende uma área contínua que 
abrange territórios de Turquia, Iraque, Síria, Irã, Armênia e Azerbaijão. 
Gabarito: A 
 
03) (INSTITUTO CIDADES/CONFERE/2016 ± AUDITOR) A Primavera 
Árabe foi uma onda revolucionária de manifestações e protestos que 
ocorreram no Oriente Médio e no Norte da África a partir de dezembro 
de 2010. Os protestos compartilharam técnicas de resistência civil em 
campanhas sustentadas envolvendo greves, manifestações, passeatas 
e comícios, bem como o uso das mídias sociais, como Facebook e 
Youtube, para organizar, comunicar e sensibilizar a população e a 
comunidade internacional em face de tentativas de repressão e censura 
na Internet por partes dos Estados, além de se oporem aos regimes 
ditatoriais em toda aquela região. Essa onda de protestos nos países de 
origem árabe iniciou-se: 
A) Na Tunísia, com a derrubada do ditador Ben Ali. 
B) Na Líbia, com a morte de Muammar AL-Gaddafi. 
C) Em Israel, com a independência da Palestina. 
D) Na Síria, na guerra civil contra Bashar AL-Assad. 
 
COMENTÁRIOS: 
A Primavera Árabe iniciou na Tunísia��FRP�D�³5HYROXomR�GH�-DVPLP´��TXH�
levou à queda do ditador Bem Ali. O movimento se espalhou por vários países 
do mundo árabe. Levou à deposição dos ditadores Osni Mubarak, no Egito; 
Muammar al-Gaddafi, na Líbia e Ali Abdulah Saleh, no Iêmen. 
Na Síria, a revolta se transformou em uma sangrenta guerra civil. Na 
Arábia Saudita, Omã, Kuwait,Barein, Jordânia, Líbano, Palestina, Sudão, 
Argélia, Marrocos, Saara Ocidental e Mauritânia, houve protestos, em maior ou 
menor escala, que também resultaram em mudanças maiores ou menores. 
Nesses países, os governantes se mantiveram no poder. 
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A Tunísia é o único país em que a revolta popular alcançou o objetivo da 
democracia. Nos demais países onde os ditadores foram derrubados ± Egito, 
Líbia e Iêmen ± a PrimaverD�VH�WUDQVIRUPRX�QXP�WHQHEURVR�³,QYHUQR�ÈUDEH´� 
Gabarito: A 
 
04) (IDECAN/PREFEITURA DE MARILÂNDIA/2016 ± AGENTE 
$'0,1,675$7,92��³'HVGH�D�H[SORVmR�GD�YLROrQFLD�QD�6tULD��HP�PDUoR�
de 2011, a guerra passou por uma escalada até se converter em 
um FRPSOH[R� µWRGRV� FRQWUD� WRGRV¶� HQWUH� JRYHUQR�� UHEHOGHV�� UDGLFDLV�
islâmicos e potências estrangeiras, que só se complicou com a entrada 
da Rússia no conflito. Nesta semana, com o ataque em Paris que deixou 
ao menos 129 mortos, o confronto no país árabe atraiu a atenção da 
opinião pública após o presidente da França, François Hollande, ter dito 
que RV�DWHQWDGRV�FRQWUD�VHX�SDtV�IRUDP�SODQHMDGRV�QD�6tULD�´ 
 
Sobre a posição de algumas nações neste conflito até novembro de 
2015, é INCORRETO afirmar que 
A) a Rússia é contra o Estado Islâmico e os outros grupos rebeldes e v
em apoiando o governo de Bashar AlǦAssad. 
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B) Irã e Arábia Saudita opõemǦse ao governo de Bashar AlǦ
Assad e apoiam o Estado Islâmico (EI) e os insurgentes sunitas. 
C) Turquia se opõe tanto ao governo de Bashar Al-Assad, quanto aos 
separatistas curdos, defendendo uma coalização liderada pelos EUA e 
rebeldes. 
D) os Estados Unidos opõemǦse ao governo de Bashar AlǦAssad e ao 
Estado Islâmico (EI) e apoiam grupos rebeldes considerados moderados 
e curdos. 
 
COMENTÁRIOS: 
Na guerra civil da Síria, a coalização formada por Rússia, Síria, Irã e milícia 
libanesa do Hezbollah apoiam o regime de Bashar al-Assad e combatem os 
grupos rebeldes que são oposição ao regime, tanto moderados, como radicais, 
não se opõem aos curdos. 
Os Estados Unidos se opõem ao governo de Bashar al-Assad e apoiam 
rebeldes moderados. Também se opõem a grupos radicais como o Estado 
Islâmico e à Fatah al-Sham (ex-Frente al-Nusra). Não se opõem aos curdos. 
A Arábia Saudita se opõe ao governo de Assad, apoia rebeldes moderados 
e alguns grupos radicais, como a Fatah al-Sham (ex-Frente al-Nusra). 
A Turquia se opõe ao governo de Assad e apoia alguns grupos rebeldes 
moderados. 
Nenhum país apoia o Estado Islâmico. Os rebeldes moderados e os curdos 
também não. 
Os curdos não são contra o governo de Assad, lutam pela independência 
do Curdistão sírio e procuram ter boas relações com aqueles que os apoiam ou 
não são contrários à sua causa. O seu maior inimigo é o Estado Islâmico. 
Eventualmente são combatidos pela Turquia, que não vê com bons olhos um 
Curdistão sírio independente. 
Gabarito: B 
 
05) (IDECAN/PREFEITURA DE MARILÂNDIA/2016 ± AGENTE 
ADMINISTRATIVO) O grupo extremista Hezbollah presente na região 
oeste da Síria tem sede e grande atuação em que país do Oriente Médio? 
A) Irã. 
B) Israel. 
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C) Iraque. 
D) Líbano. 
 
COMENTÁRIOS: 
O Hezbollah, grupo de orientação religiosa islâmica xiita, tem sede e 
atuação no Líbano, sua base é o sul desse país. Combatem o Estado de Israel. 
Gabarito: D 
 
06) (INSTITUTO CIDADES/CONFERE/2016 ± AUDITOR) ³'HVGH� �����
cerca de 200 mil pessoas perderam suas vidas no conflito entre as 
tropas leais ao presidente Bashar al-Assad e as forças de oposição. A 
violenta guerra civil já destruiu boa parte da infraestrutura desse país e 
deixou 11 milhões de desabrigados. O combate entre o governo e a 
oposição não para. A ajuda humanitária chega esporadicamente a 
alguns lugares. Milhares de pessoas permanecem presos em cidades 
sitiadas. A oposição se fragmentou até incluir facções islâmicas com 
vínculos com a Al-Qaeda, cujas táticas brutais têm causado preocupação 
H�OHYDGR�j�YLROrQFLD�DWp�PHVPR�HQWUH�RV�UHEHOGHV´� 
(http://www.bbc.com/ 13.10.15 / Modificado) 
O texto se refere à sangrenta guerra civil que tem causado destruição e 
mortes: 
A) No Egito 
B) No Iraque 
C) Na Síria 
D) Na Palestina 
 
COMENTÁRIOS: 
O texto se refere à guerra civil na Síria. O conflito eclodiu em 2011, no 
contexto da Primavera Árabe. O governo do ditador Bashar al-Assad reprimiu 
violentamente as grandes manifestações populares por democracia. A partir daí, 
a oposição pegou em armas e passou a lutar contra o regime. 
Gabarito: C 
 
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07) (LEGALLE Concursos/Prefeitura da Portão-RS/2016 ± PSICÓLOGO) 
A data 17 de dezembro de 2011, marca o primeiro aniversário do 
movimento que ficou conhecido como Primavera Árabe que é uma onda 
de revoltas que se espalhou pelo Oriente Médio e norte da África. Em 
outubro de 2011, o ditador Muamar Kadafi foi morto por opositores que 
travaram, ao longo de meses, uma violenta guerra civil. Com base 
nessas informações, onde ocorreu a Primavera Árabe? 
a) No Egito. 
b) Na Líbia. 
c) Na Tunísia. 
d) No Marrocos. 
e) Na Nigéria. 
 
COMENTÁRIOS: 
 A Primavera Árabe teve início na Tunísia, depois chegou ao Egito, Líbia e 
outros países árabes. Na Líbia, o ditador Muamar Kadafi foi deposto e morto por 
opositores. 
 Gabarito: B 
 
08) (QUADRIX/CRO-PR/2016) A mídia relembrou, recentemente, o 
sequestro de 276 crianças de um internato em Chibok, nordeste da 
Nigéria, pelo grupo Boko Haram, há pouco mais de dois anos (a ação 
ocorreu em abril de 2014). Cinquenta e sete escaparam horas depois, 
mas até hoje não se sabe o destino das outras 219. Especialistas em 
direitos humanos da ONU e da África pediram que o grupo extremista 
revele imediatamente a localização das vítimas e que o governo da 
Nigéria aumente seus esforços para libertar todos os civis sequestrados 
pelo grupo. Leia as seguintes afirmativas sobre o assunto e assinale a 
incorreta. 
a) Nos últimos dois anos, o conflito continuou a crescer e as atividades 
do Boko Haram espalharam-se para outros países vizinhos como 
Camarões, Chade e Níger. Mais crianças foram sequestradas, centenas 
de meninos e meninas foram mortos, mutilados e recrutados. 
b) Uma das táticas usadas pelo grupo é forçar mulheres e crianças, 
particularmente meninas, a agir em ataques suicidas em mercados 
lotados e espaços públicos, matando civis. 
c) Até o momento o governo da Nigéria não conseguiu retomar o 
controle de nenhuma parte do país ou libertar qualquer refém do grupo, 
e pede a ajuda internacional. 
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d) Famílias nigerianas decidiram migrar para áreas mais seguras da 
Nigéria e países da região. Com mais de 2 milhões de pessoas 
deslocadas (onde frequentemente as crianças são separadas de suas 
famílias), a ONU descreveuesses deslocamentos massivos como uma 
das crises mais graves da África. 
e) Segundo o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), o 
número de crianças envolvidas em ataques suicidas na Nigéria, 
Camarões, Chade e Níger subiu rapidamente no último ano. 
 
COMENTÁRIOS: 
 O governo da Nigéria tem sido criticado, por setores da comunidade 
internacional, por não combater com maior efetividade o Boko Haram. No 
entanto, o governo tem conseguido retomar o controle de algumas áreas do país 
que estavam com o Boko Haram. 
Gabarito: C 
 
09) (QUADRIX/CRA-AC/2016 - ADMINISTRADOR) A Síria vem 
recebendo grande destaque nos noticiários mundiais atualmente. Após 
anos de uma guerra civil que afundou o país numa crise humanitária, 
aumentam as notícias de chegadas de refugiados sírios em busca de 
melhores condições de vida na Europa. Além disso, devido à sua 
situação precária, o país é uma das principais bases do grupo radical 
Estado Islâmico. A partir de seus conhecimentos, considere as seguintes 
afirmativas. 
I. Apesar de situada no Oriente Médio, a Síria é um país cuja maioria da 
população é curda, não árabe. 
II. Diretamente afetadas pelos conflitos, as cidades sírias de Palmira e 
Damasco são famosos patrimônios culturais da humanidade. 
III. Desde o início das tensões em território sírio, Rússia e China 
manifestaram-se contrárias ao regime do ditador Bashar al-Assad, 
opondo-se com isso aos Estados Unidos e à União Europeia. 
Está correto o que se afirma em: 
a) I, somente. 
b) II, somente 
c) I e III, somente. 
d) III, somente. 
e) nenhuma. 
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COMENTÁRIOS: 
 A maioria da população da Síria é árabe. No país, vive uma expressiva 
minoria de população curda. 
 Damasco, capital da Síria, e Palmira são cidades diretamente afetadas pela 
guerra civil. São cidade milenares e famosos patrimônios culturais da 
humanidade. 
 A China e a Rússia são favoráveis ao regime de Bashar al-Assad, posição 
que mantém desde o início das tensões no território sírio. Os Estados Unidos e 
a União Europeia são contrários ao atual governo, defendem a saída de Assad 
do poder. 
Gabarito: B (II, somente) 
 
10) (QUADRIX/CRA-AC/2016 - ADMINISTRADOR) Após sofrer uma 
onda de ataques terroristas em novembro de 2015, a França convive há 
mais de seis meses com um estado de emergência. Diversos fatores 
políticos, étnicos e religiosos culminaram nessa situação de insegurança 
e medo constante que permeiam o país. Com base em seus 
conhecimentos gerais, analise as afirmativas. 
I. O terrorismo na França cresce na medida em que a população também 
se diversifica. Atualmente, mais de 50% da população francesa é 
muçulmana. 
II. A Bélgica, país europeu que tem no francês um de seus idiomas 
oficiais, também foi recentemente alvo de atentado terrorista. 
III. A França é atualmente governada por uma coalizão de extrema 
direita, que costuma manter relações xenófobas com as minorias 
étnicas dentro do país. 
Está correto o que se afirma em: 
a) I, somente. 
b) I e II, somente. 
c) I e III, somente. 
d) II, somente. 
e) todas. 
 
COMENTÁRIOS: 
 Mais da metade da população francesa segue o Cristianismo. Um pouco 
menos de 10% são muçulmanos. Um dos fatores apontados para o crescimento 
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de terrorismo na França, nos anos de 2015 e 2016, é que o país conta com um 
dos maiores números de seguidores do Islamismo (muçulmanos) da Europa. 
Vários dos terroristas que cometeram atentados no país nasceram na França. 
 A Bélgica, alvo de atentados terroristas em 2016, tem três idiomas oficiais 
± francês, alemão e flamengo. 
 A França é governada pelo Partido Socialista, de esquerda. O partido 
Frente Nacional, de Marie Le Pen, de extrema direita, é quem costuma manter 
relações xenófobas com as minorias étnicas dentro do país. 
 Gabarito: D 
 
11) (NUCEPE/SEJUS-PI/2016 ± AGENTE PENITENCIÁRIO) Nos últimos 
dois anos o mundo árabe assistiu ao crescimento vertiginoso, no Oriente 
Médio, da organização terrorista denominada de Estado Islâmico. O ISIS 
(na sigla em inglês) estabeleceu em 2014, um califado no coração do 
crescente fértil, na prática um verdadeiro Estado fundamentalista a 
governar todos os muçulmanos a partir da lei islâmica, a sharia e, que 
promove na região e parte do ocidente vários sequestros, execuções e 
atentados terroristas. Com relação ao Estado Islâmico assinale a 
alternativa CORRETA 
a) O Estado Islâmico é composto basicamente por muçulmanos xiitas 
do Irã e do Afeganistão e por estrangeiros islamizados oriundos da 
África Subsaariana. 
b) A organização controla uma área equivalente a do território da 
Jordânia ou do Reino Unido, situada entre o Líbano e Turquia. 
c) As ações do Estado Islâmico encontraram terreno fértil nos territórios 
da Síria e do Iraque, principalmente após a aliança com os Peshmergas 
ou forças curdas. 
d) O controle sobre poços de petróleo e refinarias, a cobrança de 
tributos, o contrabando e resgates estão na base do financiamento das 
ações do Estado Islâmico. 
e) As potências ocidentais Estados Unidos, Rússia e França têm atuado 
em uníssono pela busca de uma solução pacífica, negociada para o 
conflito. 
 
COMENTÁRIOS: 
a) Incorreta. O Estado Islâmico é composto basicamente por muçulmanos 
sunitas do Iraque e da Síria. Conta ainda com um grande contingente de 
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islamistas de países da Ásia, África e Europa. Alguns poucos vieram da América 
e Oceania. 
b) Incorreta. No seu auge, o Estado Islâmico controlava uma área equivalente 
à da Jordânia, mas não equivalente à do Reino Unido. A área que controla situa-
se no Iraque e na Síria. 
c) Incorreta. Os peshmergas são combatentes curdos, do Curdistão iraquiano, 
são inimigos do Estado Islâmico. 
d) Correta. O controle sobre poços de petróleo e refinarias, a cobrança de 
tributos, o contrabando e resgates estão na base do financiamento das ações do 
Estado Islâmico. 
e) Incorreta. As potências ocidentais Estados Unidos, Rússia e França NÃO 
têm atuado em uníssono pela busca de uma solução pacífica, negociada para o 
conflito. 
 Gabarito: D 
 
12) (VUNESP/PREFEITURA DE GUARULHOS/2016 ± AGENTE ESCOLAR) 
A Justiça da França suspendeu nesta quinta-feira (01.09.2016) a 
proibição do uso do burquíni nas praias de Nice, na Riviera Francesa. A 
medida foi instituída em agosto no balneário francês, seguindo o 
exemplo de outras cidades do país. O traje é uma mistura entre o biquíni 
e a burca. A veste, porém, não esconde a face da mulher e é hoje 
associada, na França, ao islã radical e à submissão da mulher. 
(Folha de S.Paulo, 01.09.2016. Disponível em: <http://goo.gl/oXEKdm> . Adaptado) 
A principal motivação para a proibição do burquíni foi 
a) a aprovação de legislação nacional que discrimina os muçulmanos, 
criminalizando a existência de mesquitas na França. 
b) a expulsão de milhares de muçulmanos da França, sob a acusação de 
serem cúmplices do terrorismo. 
c) as ameaças feitas pelo Estado Islâmico de que atacaria as praias 
francesas devido aos trajes de banho femininos, considerados imorais 
pelos muçulmanos. 
d) a emoção gerada pelo atentado ocorrido em julho na cidadede Nice, 
que deixou 86 mortos atropelados por um caminhão. 
e) o receio de que as mulheres passem a liderar ataques terroristas na 
França, já que a perseguição dos homens muçulmanos pela polícia tem 
sido implacável. 
 
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COMENTÁRIOS: 
 Em julho de 2016, a França foi alvo de mais um bárbaro atentado 
terrorista. Dirigindo um caminhão, um terrorista atropelou e matou 86 pessoas 
na cidade balneária de Nice. O terrorista investiu contra uma multidão que 
estava reunida em uma avenida à beira-mar, comemorando o Dia da Bastilha. 
O Dia da Bastilha é um feriado que comemora, todo dia 14 de julho, a 
Tomada da Bastilha em 1789, evento decisivo para o início da Revolução 
Francesa. A bastilha era uma antiga fortaleza usada pela monarquia como 
prisão. 
Dias depois, o burquini foi proibido nas praias de Nice. Porém, em 
setembro, a Justiça da França considerou essa proibição ilegal. 
Gabarito: D 
 
(CESPE/FUB/2015 ± VÁRIOS CARGOS) O Vaticano e a Palestina 
assinaram um acordo histórico sobre os direitos da Igreja Católica nos 
territórios palestinos. A preparação do texto por uma comissão bilateral 
OHYRX�TXLQ]H�DQRV��(PERUD�R�9DWLFDQR�VH�UHILUD�DR�³(VWDGR�GD�3DOHVWLQD´�
desde o início de 2013, os palestinos consideram que a assinatura do 
acordo equivale a um reconhecimento de fato de seu Estado. 
O Estado de S.Paulo, 27/6/2015, p. A21 (com adaptações). 
Tendo esse fragmento de texto como referência inicial e considerando a 
amplitude do tema por ele abordado, bem como o contexto geopolítico 
no qual este se insere, julgue o item a seguir. 
 
13) O Oriente Médio, onde se situa o território palestino, é região 
estratégica para o mundo contemporâneo desde que o petróleo passou 
a exercer papel relevante na economia mundial, o que explica a histórica 
atenção que lhe é conferida pelas grandes potências. 
COMENTÁRIO: 
 A Palestina situa-se no Oriente Médio, região com a maior reserva de 
petróleo do mundo, fonte de energia mais utilizada no mundo. Berço do 
Islamismo, região de clima desértico, o Oriente Médio passou a ser estratégico 
para o mundo contemporâneo, desde que o petróleo passou a exercer papel 
relevante na economia mundial, o que explica a histórica atenção que lhe é 
conferida pelas grandes potências. 
 Gabarito: Certo 
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14) As tensões no Oriente Médio se elevaram no pós-Segunda Guerra 
Mundial, quando, por resolução das Nações Unidas, decidiu-se pela 
partilha do território conhecido como Palestina, para nele serem criados 
dois Estados: um judeu e outro, árabe. 
 
COMENTÁRIO: 
 Em 1947, a Organização das Nações Unidas (ONU) dividiu a Palestina 
histórica em dois Estados ± um para os judeus, com 53% do território, outro 
para os árabes palestinos, com 47%. Estes últimos rejeitaram o plano. 
 Já na sua criação, Israel se deparou com uma guerra em 1948. Cinco 
países árabes enviaram tropas para impedir sua fundação, mas Israel estava 
preparado e tinha o respaldo das principais potências ± EUA e União Soviética. 
As forças militares do novo Estado não apenas defenderam suas fronteiras 
originais como empurraram os palestinos para uma área menor do que a que 
lhes tinha sido destinada. 
 A criação do Estado judeu nunca foi aceita na sua totalidade pelos árabes. 
Após a sua criação, os conflitos e as tensões se elevaram no Oriente Médio. Na 
atualidade, grupos armados como o Hezbollah e o Hamas pregam a destruição 
do Estado de Israel e se envolvem em conflitos frequentes com a nação judaica. 
 Gabarito: Certo 
 
15) O acordo mencionado no texto tem significado simbólico, pois, por 
não ser um Estado, o Vaticano tem sua atuação circunstanciada por sua 
função religiosa, o que inviabiliza a eventual influência política que 
poderia exercer em âmbito mundial. 
 
COMENTÁRIO: 
Ops... parou! O Vaticano é um Estado, é o menor país do mundo, sede da 
Igreja Católica Apostólica Romana e residência oficial do papa. O Vaticano 
exerce, sim, influência política em âmbito mundial. Já foi mais influente. Mas, as 
posições da Igreja Católica e da doutrina do catolicismo exercem em escala 
variada influência na política mundial. 
Gabarito: Errado 
 
16) Segundo a posição oficial do governo de Tel Aviv, Israel, para 
garantir a integridade de seu território, tem impedido, inclusive pelo uso 
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de armas, a criação do Estado da Palestina, objetivo historicamente 
defendido pela unanimidade dos países árabes. 
 
COMENTÁRIO: 
 Israel não tem posição oficial contrária à criação do Estado da Palestina. 
Assinou inclusive acordos internacionais de paz e do estabelecimento de um 
processo negociado para a criação da nação palestina. Entretanto, as 
negociações estão num impasse há muitos anos. Houve inclusive retrocessos. 
Há divergências, até o momento, incontornáveis entre Israel e a Autoridade 
Nacional Palestina (ANP). 
 Ao mesmo tempo em que diz ser favorável à criação do Estado da 
Palestina, Israel prossegue com a expropriação de terras de palestinos e a 
instalação de assentamentos de judeus na Cisjordânia. Sem dúvida, uma grande 
contradição. 
 Gabarito: Errado 
 
(CESPE/TCU/2015 ± TÉCNICO FEDERAL DE CONTROLE EXTERNO) Um 
número cada vez maior de simpatizantes em todo o mundo, dispostos a 
praticar atos violentos, adere ao grupo terrorista autointitulado Estado 
Islâmico na Síria e no Iraque e luta ao lado dos extremistas. Só na 
Alemanha, mais de 450 pessoas teriam deixado o país com esse 
objetivo, conforme o presidente do Departamento Federal de Proteção 
da Constituição. E muitas delas retornam. De acordo com Departamento 
Federal de Investigações, cerca de 120 já retornaram. Essas pessoas 
são temidas pelas autoridades, pois os que regressam estão 
doutrinados e treinados em armas e explosivos. Essas notícias têm 
alarmado também os políticos. Por isso, o governo alemão estuda 
maneiras de impedir a saída de homens e mulheres dispostos a se unir 
a terroristas. Isso não é muito fácil, porque as leis de nacionalidades e 
extradição não podem simplesmente ser canceladas. Essa é uma das 
muitas lições da ditadura nazista. 
Internet: <dw.com> (com adaptações). 
Julgue os seguintes itens, referentes ao tema do texto acima e aos 
múltiplos aspectos a ele relacionados. 
 
17) A definição de terrorismo é bastante controversa, mas há um 
consenso básico: terroristas são aqueles que lutam contra o Estado e 
também contra um de seus elementos básicos, o povo. 
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COMENTÁRIO: 
Não há consenso, nem básico na definição do fenômeno atual do 
terrorismo. Há várias análises e conceituações. A literatura especializada nos 
ensina que existe também o terrorismo de Estado. Neste caso, terroristas são 
agentes do próprio Estado que lutam contra o seu povo, mas não contra o 
Estado, para o qual agem disseminando o terror. 
Gabarito: Errado 
 
(FUNIVERSA/SEAP DF/2015 ± AGENTE DE ATIVIDADES 
PENITENCIÁRIAS) O Congresso Nacional quer acelerar projeto que 
criminaliza o terrorismo em reação à revelação de que foram

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