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Aula 01 Atualidades p/ Bombeiros-PE (Com videoaulas) Professor: Leandro Signori Atualidades para o Corpo de Bombeiros de Pernambuco ʹ Bombeiros Prof. Leandro Signori Prof. Leandro Signori www.estrategiaconcursos.com.br 1 de 94 AULA 01 ± Política e Sociedade Internacional - I Caros alunos, Em primeiro lugar, agradeço a confiança e a oportunidade de ser o seu professor de Atualidades neste concurso. Na aula de hoje, vamos começar a estudar a política e a sociedade internacional. De imediato, vamos aos estudos! Um grande abraço, Prof. Leandro Signori Sumário Página 1. Islamismo, Mundo Árabe e Oriente Médio 2 1.1 Instabilidade Política e Conflitos Bélicos 4 1.2 Fundamentalismo Islâmico 8 1.3 O Irã 12 1.4 A questão da Palestina 13 1.5 Turquia 17 2. Segurança Internacional 19 3. Questões Comentadas 22 4. Lista de Questões 68 5. Gabarito 94 09555860467 Atualidades para o Corpo de Bombeiros de Pernambuco ʹ Bombeiros Prof. Leandro Signori Prof. Leandro Signori www.estrategiaconcursos.com.br 2 de 94 1. O Islamismo, Mundo Árabe e Oriente Médio Ao lado do Cristianismo e do Judaísmo, o Islamismo é uma das três grandes religiões monoteístas, ou seja, acreditam na existência de um único Deus. A palavra Islã significa submeter-se e exprime a obediência à lei e à vontade de Alá (Allah, Deus em árabe). O livro sagrado do Islamismo é o Alcorão, que consiste na coletânea das revelações divinas recebidas por Maomé de 610 a 632. Os seguidores da religião são conhecidos como muçulmanos. Atualmente, o Islã é a religião que mais se expande no mundo, está presente em mais de 80 países e compreende mais de um bilhão de fiéis. Após a morte do profeta Maomé, em 632, criou-se a figura do califa, ou seja, o líder da comunidade muçulmana no mundo. A divisão do Islã entre sunitas e xiitas remonta ao século VII e tem origem na disputa sobre a sucessão do profeta. Os sunitas defendem que o chefe do Estado mulçumano (califa) deve reunir virtudes como honra, respeito pelas leis e capacidade de trabalho, porém, não acham que ele deve ser infalível ou impecável em suas ações. Os xiitas defendem que a chefia do Estado muçulmano só pode ser ocupada por alguém que seja descendente do profeta Maomé ou que possua algum vínculo de parentesco com ele. Afirmam que o chefe da comunidade islâmica, o imã, é diretamente inspirado por Alá, sendo, por isso, um ser infalível. O quarto califa foi Ali, primo do profeta Maomé e casado com sua filha, Fátima. Ali foi assassinado. Os sunitas são a grande maioria, mais de 80% dos muçulmanos no mundo. Os xiitas são maioria apenas no Irã, Iraque e Azerbaijão; nos dois primeiros os presidentes são dessa ramificação. Os alauítas são uma variação moderada dos xiitas, presentes, sobretudo na Síria, tendo o presidente Bashar al-Assad como um dos seus seguidores. O grupo guerrilheiro Hezbollah é de orientação xiita. Por sua vez, o Hamas e a Al Qaeda são sunitas. O Estado Islâmico (EI) também é sunita e luta pelo retorno do califado islâmico. O último califado foi o Império Otomano, e foi abolido pelo nacionalista e secular líder turco Mustafa Kamal Ataturk em 1924. O califado é uma forma de governo centrada na figura do califa, que seria um sucessor da autoridade política do profeta Maomé, com atribuições de chefe de Estado e líder político do mundo islâmico. Mundo Árabe e Oriente Médio A civilização árabe tem origem na península Arábica. No século VII, as tribos da região unificaram-se em torno da língua árabe e do islamismo. A partir da unificação, os árabes formaram um vasto império que se expandiu até a Índia, o norte da África e a península Ibérica, com apogeu em 750 d.C. O mundo 09555860467 Atualidades para o Corpo de Bombeiros de Pernambuco ʹ Bombeiros Prof. Leandro Signori Prof. Leandro Signori www.estrategiaconcursos.com.br 3 de 94 árabe ocupa a área que vai do oceano Atlântico ao golfo Pérsico, abrangendo o norte da África e boa parte do Oriente Médio (veja no mapa abaixo). Os contornos dos atuais países existentes no mundo árabe são, até certo ponto, arbitrários e resultam do domínio das potências estrangeiras sobre a região no início do século XX. Com fortes interesses no controle das grandes reservas de petróleo, governos estrangeiros negociaram a independência de suas colônias ou áreas sob seu controle para que fossem governadas por aliados ou colaboradores. O Oriente Médio não deve ser confundido com o mundo árabe. É uma região que faz parte da Ásia, tem muito petróleo e pouca água. Integra Irã e Turquia com populações islâmicas não árabes e Israel, país judeu. Os curdos habitam vários países do Oriente Médio, região onde também vivem várias minorias, como os assírios e caldeus. Historicamente, Irã e Arábia Saudita disputam hegemonia e influência no Oriente Médio. Possuem diferenças étnicas e religiosas, os iranianos são persas e muçulmanos xiitas, os árabes são sunitas. Estas diferenças fazem com que apoiem governos e grupos armados de acordo com a orientação religiosa de cada país. Como exemplo, temos a Síria, onde o Irã apoia o governo do xiita Assad e a Arábia Saudita apoia grupos rebeldes sunitas. 09555860467 Atualidades para o Corpo de Bombeiros de Pernambuco ʹ Bombeiros Prof. Leandro Signori Prof. Leandro Signori www.estrategiaconcursos.com.br 4 de 94 1.1 Instabilidade Política e Conflitos Bélicos Em 2011, o mundo árabe se viu diante de uma série de revoltas populares, que ficaram conhecidas como Primavera Árabe, em alusão à Primavera de Praga. O palco dos conflitos foi a África do Norte e o Oriente Médio, região formada por países de maioria árabe e muçulmana. As revoltas ocorreram em países com regimes autoritários e teve como resultado a deposição dos ditadores da Tunísia, Egito, Líbia e Iêmen. Na Síria, a revolta se transformou em uma sangrenta guerra civil. A Tunísia é o único país em que a revolta popular alcançou o objetivo da democracia. Nos demais países onde os ditadores foram derrubados ± Egito, Líbia e Iêmen ± a Primavera se transformou QXP�WHQHEURVR�³,QYHUQR�ÈUDEH´�� além da Síria, onde descambou para a guerra civil. Líbia A queda do ditador Muammar Kadafi, em 2011, que governou o país com mão de ferro por 42 anos, gerou um vácuo de poder, fomentando a disputa entre milícias armadas, que até então lutavam juntas contra o ditador. Esses grupos armados combatem por interesses próprios, para abocanhar o poder nas regiões em que atuam e para obter lucros com a exploração de recursos naturais, em particular do petróleo. Distinguem-se mais pela origem étnica e pela vinculação a suas regiões do que pela inspiração religiosa, e formam coalizões que podem juntar islâmicos ou não. As disputas políticas após as eleições de 2014 levaram à formação de dois governos, que disputam a legitimidade de falar em nome do país. O governo reconhecido internacionalmente está sediado na cidade de Tobruk e aglutina particularmente os setores laicos. O outro, com sede na capital do país, Trípoli, tem grande presença de islâmicos e contra a parte mais importante do país. Esse quadro de instabilidade tem sido agravado com a presença do Estado Islâmico que se expandiu para o país. O grupo controla a cidade de Sirte e tem realizado atentados terroristas, sequestros, execuções e decapitações de cristãos. Síria Combates encarniçados desenvolvem-se desde 2011, quando manifestações pró-democracia, logo após os acontecimentos da Primavera Árabe, na Tunísia e no Egito, chegaramao país e foram duramente reprimidas pelo regime do ditador Bashar al-Assad. A reação de parte da oposição foi armar-se para tentar derrubar o governo. Assim surgiu o Exército Livre da Síria (ELS), dirigido pela oposição moderada, 09555860467 Atualidades para o Corpo de Bombeiros de Pernambuco ʹ Bombeiros Prof. Leandro Signori Prof. Leandro Signori www.estrategiaconcursos.com.br 5 de 94 que iniciou combates contra as forças de Assad. De lá para cá, a situação agravou-se, assumindo o caráter de uma guerra civil e de um conflito mais amplo do que simplesmente opositores contra o governo. Países do Oriente Médio se envolveram no conflito, assim como os Estados Unidos, Rússia e potências ocidentais. As tropas do presidente sírio, Bashar Al- Assad, lutam contra cerca de mil grupos rebeldes. Alguns com forte tendência extremista e com vínculos com a Al-Qaeda. Desde o começo de 2014, entrou em cena o grupo extremista autodenominado Estado Islâmico, enfrentando tanto o governo como os rebeldes, sejam radicais ou moderados. É um xadrez geopolítico complicado, que precisamos compreender, pois tem sido cobrado nas provas de Atualidades. O governo da Síria é apoiado pela Rússia, Irã e pelo grupo xiita libanês Hezbollah. Os rebeldes moderados anti-Assad têm o apoio dos Estados Unidos, de potências ocidentais, da Arábia Saudita, Turquia e de outros países do Oriente Médio. A Arábia Saudita e alguns países árabes também apoiam grupos extremistas sunitas anti-Assad. O Estado Islâmico não é apoiado e não apoia ninguém. Todos os países envolvidos no conflito e os curdos combatem o grupo. A principal bandeira dos curdos é a criação do seu país independente, o Curdistão. Não combatem o regime de Assad. São inimigos do Estado Islâmico e de outros grupos radicais. São apoiados pelos Estados Unidos e Rússia na sua luta contra o Estado Islâmico, mas não no pleito de criação do seu país. A Turquia se opõe aos curdos pelo temor de que a criação de um Curdistão independente fortaleça o movimento separatista do Curdistão turco. Em abril de 2016, nas áreas controladas pelo governo ocorreram eleições legislativas. Esta é a segunda eleição desde o início da guerra em 2011. Pela primeira vez, vários partidos foram autorizados a participar, mas o partido do governo, Baath, obteve a maioria dos 250 deputados eleitos para um mandato de quatro anos. Uma novidade no conflito foi a entrada da Turquia diretamente na guerra. Indiretamente, o país já participava apoiando grupos que combatem o regime de Assad. Desde agosto de 2016, as forças armadas turcas estão em território sírio, na região da fronteira. Segundo a Turquia, a ação militar tem como REMHWLYR�³OLPSDU´�D�IURQWHLUD�WXUFR-síria de terroristas do Estado Islâmico para dar maior segurança ao país. No entanto, além do Estado Islâmico, a Turquia tem atacado as milícias curdas do norte da Síria. A Turquia teme que um excessivo fortalecimento dos curdos da Síria possa influenciar e interferir na luta dos curdos da Turquia pela criação do seu país, o Curdistão. Na guerra, o regime sírio de Assad retomou a totalidade da cidade de Aleppo, antiga capital econômica da Síria. Foi a maior vitória do Governo desde 09555860467 Atualidades para o Corpo de Bombeiros de Pernambuco ʹ Bombeiros Prof. Leandro Signori Prof. Leandro Signori www.estrategiaconcursos.com.br 6 de 94 o início do conflito. Com isso, o regime passa a controlar grande parte das áreas povoadas do país e oito das dez maiores cidades. Em dezembro de 2016, foi anunciado um novo acordo de cessar-fogo entre o regime sírio e a oposição armada. É o terceiro em pouco mais de um ano. Os dois anteriores fracassaram. O novo acordo foi negociado pela Rússia e pela Turquia. Não contou com a participação dos Estados Unidos, que negociou os anteriores com a Rússia. O cessar-fogo não inclui o Estado Islâmico e a Frente da Conquista do Levante ou Fatah al-Sham (antiga Al-Nusra, braço sírio da Al Qaeda). O Conselho de Segurança da ONU aprovou resolução de apoio ao cessar-fogo. A guerra na Síria já causou a morte de 300 mil pessoas, gerou mais de 4 PLOK}HV�GH�UHIXJLDGRV�H�HVWi�VHQGR�FRQVLGHUDGD�³D�PDLRU�FULVH�KXPDQLWiULD�GH� QRVVD�HUD´�SHOD�218��$OpP�GRV�UHIXJLDGRV��RXWURV�����PLOhões foram deslocados pelo interior do país. O total de 10,5 milhões de pessoas forçadas a sair de suas casas equivale a quase metade da população do país. Os refugiados foram principalmente para Turquia, Líbano e Jordânia. A destruição pelo país é generalizada. Iraque A maioria da população do Iraque é xiita, os sunitas são minoritários. O nordeste do país é habitado por curdos. Em 2003, os Estados Unidos invadiram o Iraque e derrubaram do poder o ditador Saddam Hussein, da minoria sunita. Permaneceram no país até 2011. Ao derrubar Saddam Hussein, os norte- americanos insuflaram antigas disputas políticas internas. A democracia é frágil. O governo de maioria xiita privilegia este segmento da população, o que acirra as tensões com os sunitas e curdos. O Curdistão iraquiano é uma região com grande autonomia política e administrativa. Mas, os curdos almejam a independência. Assim como na Síria, aproveitando-se do caos institucional e das rivalidades entre sunitas e xiitas, o Estado Islâmico conquistou vastas áreas do território iraquiano. Em outubro de 2016, iniciou-se uma operação militar em grande escala para retomar do controle do Estado Islâmico a cidade de Mossul, a segunda mais importante do Iraque. Curdistão Nos combates contra o Estado Islâmico, destaca-se a ação dos guerreiros curdos iraquianos (chamados de peshmerga) e sírios. O Estado Islâmico persegue os curdos e a minoria yazidi, que pratica uma religião própria. O enfrentamento direto com os jihadistas do EI tem passado em boa medida pela 09555860467 Atualidades para o Corpo de Bombeiros de Pernambuco ʹ Bombeiros Prof. Leandro Signori Prof. Leandro Signori www.estrategiaconcursos.com.br 7 de 94 atuação das forças curdas, armadas pelos aliados ocidentais, que dão combate terrestre ao grupo islâmico, apoiando dessa forma os bombardeios aéreos comandados pelos EUA. Esse papel de destaque leva analistas a especularem se uma das consequências dos conflitos atuais não seria a ampliação da autonomia dos curdos dentro do Iraque ou até mesmo a formação, num prazo ainda indefinido, de um novo país, o Curdistão, reunindo os curdos que vivem espalhados pela região. Fonte: Dictionnaire de Geopolitique Maior etnia sem Estado no mundo, com 26 milhões de pessoas, os curdos habitam uma área contínua que abrange territórios de Turquia, Iraque, Síria, Irã, Armênia e Azerbaidjão (veja mapa a seguir). O projeto de um Estado curdo ganhou força no final do século XX, sobretudo na Turquia e no Iraque, países nos quais o movimento foi violentamente reprimido. O principal grupo separatista curdo atuante na Turquia, o Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK), desenvolvia a luta armada contra o Estado turco, mas negocia há anos um acordo com o governo central. Em 2013, o partido declarou um cessar-fogo. Contudo, em julho de 2015, o governo da Turquia começou a atacar redutos do PKK no Curdistão iraquiano, próximo à fronteira turca. O PKK reagiu e as hostilidades tem se sucedido de lado a lado. 09555860467 Atualidades para o Corpo de Bombeiros de Pernambuco ʹ Bombeiros Prof. Leandro Signori Prof. Leandro Signori www.estrategiaconcursos.com.br 8 de 94 Na Síria, a milícia curda Unidades de Proteção do Povo (YPG), com apoio de ataques aéreos, resistiu heroicamente a ofensiva do EI sobrea estratégica cidade curda de Kobane, na tríplice fronteira síria, turca e iraquiana. Após meses de conflitos, o Estado Islâmico recuou e desistiu de conquistar a cidade. Embora sejam muçulmanos sunitas, os curdos não são islamitas conservadores. As mulheres têm mais liberdade, são mais respeitadas. Muitas estão nas fileiras da milícia curda síria YPG, lutando contra o Estado Islâmico. 1.2 Fundamentalismo Islâmico Ainda que o fundamentalismo esteja atualmente muito associado aos islâmicos, grupos fundamentalistas existem em todas as religiões. Os agrupamentos políticos fundamentalistas buscam impor seus dogmas religiosos como base da organização do Estado e da sociedade. É uma posição obscurantista, que recusa a democracia e se opõe à perspectiva secular adotada desde a Revolução Francesa (1789), quando os negócios de Estado se separaram das convicções religiosas. A enorme maioria dos adeptos da religião islâmica é constituída por pessoas comuns que professam uma crença religiosa. Por isso, é um erro grave, que tem origem em preconceito religioso ou social, identificar grupos terroristas que dizem agir em nome do islamismo com os hábitos e crenças das populações muçulmanas em geral. O fundamentalismo islâmico é contrário ao Estado democrático e laico, e sua perspectiva é a do Estado teocrático, como no Irã, onde o chefe do Estado é o líder religioso supremo, o aiatolá. Defendem a implantação da Sharia ± o conjunto de leis e códigos de conduta extraídos do livro sagrado, o Alcorão, e da Suna (obra que narra a vida e os caminhos de Maomé), como lei, rejeitando o princípio da separação entre religião e Estado. O fundamentalismo islâmico é a fonte inspiradora de vários grupos armados do mundo islâmico, que lutam pela tomada do poder nos países em que atuam. Os mais conhecidos são a Al-Qaeda, Estado Islâmico e Boko Haram. Al Qaeda O saudita Osama bin Laden fundou a Al Qaeda em 1988, no Afeganistão, quando lutava ao lado dos guerrilheiros islâmicos (mujahedin) contra a ocupação soviética, com equipamentos e recursos vindos das potências ocidentais. Mas após a Guerra do Golfo, em 1990, quando tropas lideradas pelos EUA atacam o Iraque, a jihad (guerra santa) da Al Qaeda passa a ter como inimigo o Ocidente, em especial os Estados Unidos, por causa da crescente presença militar no Oriente Médio. 09555860467 Atualidades para o Corpo de Bombeiros de Pernambuco ʹ Bombeiros Prof. Leandro Signori Prof. Leandro Signori www.estrategiaconcursos.com.br 9 de 94 Nos anos de 1990, Bin Laden foi responsabilizado por vários ataques a alvos norte-americanos, até realizar o atentado terrorista de 11 de setembro de 2001, contra os EUA. Então, Bin Laden ganhou fama mundial. Vários grupos anunciaram sua ligação com a Al Qaeda, o que permitiu ao grupo expandir seu alcance para se tornar uma rede terrorista com ramificações internacionais. Na última década, porém, a Al Qaeda Central (AQC), no Afeganistão e Paquistão, foi duramente atingida pelas ações militares dos EUA. O trabalho de espionagem e os ataques com drones mataram seus líderes e reduziram sua capacidade de ação e de se comunicar FRP�DV�³ILOLDLV´��$�PRUWH�GH�%LQ�/DGHQ�SRU� uma equipe da Marinha dos EUA, em 2011, enfraqueceu o grupo. Em 2016, fez quinze anos dos atentados terroristas de 11 de setembro de 2001. Naquele dia, 19 terroristas da Al Qaeda sequestraram quatro aviões no Estados Unidos. Dois foram lançados contra as torres Norte e Sul do World Trade Center, em Nova Iorque. Um terceiro avião foi lançado contra o Pentágono, sede do Departamento de Defesa dos EUA, em Washington. O quarto avião caiu em um campo vazio na Pensilvânia. Horas depois da colisão, as duas torres desabaram. Quase três mil pessoas morreram nos ataques terroristas. Após os atentados, os Estados Unidos promoveram uma caçada a Osama %LQ�/DGHQ�H� LQLFLDUDP�D�FKDPDGD�³JXHUUD�DR� WHUURU´��3ULPHLUR� OLGHUDUDP�XPD� coalizão que invadiu o Afeganistão, na época governado pela milícia Taleban (ou Talibã), de orientação islâmica radical. Os EUA acusaram o Taleban de dar proteção a Bin Laden, que estaria escondido no país. A milícia foi deposta, mas Bin Laden não foi encontrado. O terrorista foi caçado por uma década, até ter seu esconderijo descoberto em 2011, no Paquistão, quando foi morto por comandos especiais da Marinha dos Estados Unidos. Em 2003, com o apoio do Reino Unido, os EUA invadem o Iraque, sob a acusação de que o ditador Saddam Hussein possuía armas de destruição em massa e ligações com a Al Qaeda. Saddam foi deposto e as tais armas de destruição em massa não foram encontradas, indicando que o regime do ditador não as tinha. Foi no Iraque ocupado pelos invasores, devastado pela guerra e sem liderança política, que surgiu a Al Qaeda no Iraque, para lutar contra a ocupação estrangeira. O grupo foi a origem do atual Estado Islâmico. Vá mais fundo, vendo o vídeo a seguir: http://especiais.g1.globo.com/mundo/2016/ataques-de-11-de-setembro- de-2001-15-anos-depois/ 09555860467 Atualidades para o Corpo de Bombeiros de Pernambuco ʹ Bombeiros Prof. Leandro Signori Prof. Leandro Signori www.estrategiaconcursos.com.br 10 de 94 Quinze dos 19 terroristas do 11 de setembro eram sauditas. Familiares das vítimas dos atentados buscam provar a cumplicidade oficial da Arábia Saudita nos ataques da Al-Qaeda. O país nunca foi acusado formalmente, mas agora poderá ser acusado e processado. O Congresso dos Estados Unidos aprovou uma lei que autoriza os familiares a processarem a Arábia Saudita na Justiça norte-americana. Estado Islâmico Com um vasto território que extrapola fronteiras, abrangendo áreas do Iraque e da Síria, e um contingente em torno de 30 mil combatentes, o Estado Islâmico (EI) consolida-se como a mais poderosa organização extremista islâmica em atividade. Sua ascensão é surpreendente quando se considera que, até pouco tempo atrás, o EI era uma filial da Al Qaeda entre tantas outras atuando na Ásia e na África. Criado no Iraque em 2003, com o nome Al Qaeda no Iraque (AQI), o grupo espalhou o terror contra as forças de ocupação e os xiitas, até ser praticamente aniquilado após a morte de seu comandante, Abu Musab al- Zarqawi, em 2006. Rebatizado Estado Islâmico do Iraque (EII), o grupo renasce a partir de 2010 sob um novo líder, Abu Bakr al-Baghdadi. O vácuo de segurança criado pela retirada militar dos EUA, o clima de revolta dos sunitas com o governo pró-xiita do Iraque e o caos da guerra civil síria criam condições para que o EI prosperasse. Ao expandir as atividades para a Síria, onde infiltrou militantes para abocanhar dinheiro e armas, recrutar guerrilheiros e instalar bases, em 2013, o grupo muda o nome para Estado Islâmico do Iraque e do Levante (EIIL). E, após dominar territórios no norte da Síria e do Iraque, o grupo anuncia a criação de um Califado, em junho de 2014, se autodenominando Estado Islâmico (EI). O Califado é uma referência aos antigos impérios islâmicos surgidos após a morte de Maomé, que seguiam rigorosamente a Sharia, a lei islâmica ± dos quais o mais notório é o Império Árabe. O califa, considerado sucessor do profeta, é a autoridade política e religiosa máxima. Al-Baghdadi é proclamado califa do EI. Nas áreas que conquista, o EI rapidamente assume o controle sobre bases militares, bancos, hidrelétricas e campos de petróleo e instaura um governo próprio, com ministérios, cortes islâmicas e aparato de segurança. A cobrança de taxas e impostos, junto com a venda ilegal de petróleo, os sequestros e as 09555860467 Atualidades para o Corpo de Bombeiros de Pernambuco ʹ Bombeiros Prof. Leandro Signori Prof. Leandro Signoriwww.estrategiaconcursos.com.br 11 de 94 extorsões, garantem ao grupo uma renda diária estimada em 2 milhões de dólares. No plano social, o código moral é severo. Um traço marcante do EI é o emprego de táticas tão bárbaras que até a Al Qaeda renegou o grupo. São execuções em massa, às vezes contra comunidades inteiras, e mortes coletivas por crucificação, decapitação e enforcamento. Além de ser uma estratégia de guerra, visando submeter populações locais pelo terror, a violência indiscriminada, também direcionada DRV� ³LQILpLV´� �PLQRULDV� pWQLFDV� H� UHOLJLRVDV� H� RFLGHQWDLV��� p� XPD� PHQVDJHP� poderosa para atrair muçulmanos desiludidos de todas as partes do mundo, inclusive do Ocidente, que passam a lutar em suas fileiras e aniquilar inimigos do islã com a promessa da salvação. Mais de 30 grupos jihadistas de vários países da África e Ásia juraram lealdade ao autoproclamado califa Estado Islâmico. Esses grupos têm cometido uma série de atentados terroristas, principalmente na Líbia, Tunísia, Egito, Iêmen e Afeganistão. O Estado Islâmico também se notabilizou pela destruição de esculturas, monumentos, palácios e templos do patrimônio cultural e arqueológico de cidades históricas do Iraque e da Síria, nas áreas conquistadas. O EI justifica a destruição dizendo que cultuam outras divindades e por isto são demoníacas, ferindo, portanto, os princípios do Islã. O EI é bastante ativo na internet. Utiliza intensamente a web para divulgar suas atividades, recrutar novos combatentes e invadir sites de organizações governamentais e privadas. Como vimos, o Estado Islâmico conquistou vastas áreas territoriais no Iraque e na Síria. No entanto, no momento, no terreno militar está na defensiva, ante a ofensiva que sofre nesses dois países. O grupo já perdeu 50% do território que controlava na Síria e 20% no Iraque. No Iraque é atacado pelo exército iraquiano, por milícias xiitas, pelos curdos e pela coalizão de países liderados pelos EUA. Na Síria, é atacado pelas forças do governo e aliados russos e iranianos, pelos curdos, por outros grupos locais e pela coalizão de países lideradas pelos EUA. A fortaleza do Estado Islâmico é a província de Raqa, onde fica a cidade de mesmo nome, capital do Estado Islâmico. Após dois anos, as forças que combatem o EI conseguiram entrar na província de Raqa. O objetivo é tomar a cidade, capital do autoproclamado califado. Na medida em que perde território, o Estado Islâmico tem realizado brutais atentados terroristas em vários países do mundo. Cita-se os atentados terroristas em Paris, em janeiro e novembro de 2015, em Bruxelas, em março de 2016, no Iraque, Bangladesh, Tunísia, Síria e outros países. 09555860467 Atualidades para o Corpo de Bombeiros de Pernambuco ʹ Bombeiros Prof. Leandro Signori Prof. Leandro Signori www.estrategiaconcursos.com.br 12 de 94 O grupo também reivindicou a autoria do atentado terrorista na cidade balneária de Nice, França, em julho de 2016. Nesse atentado, um terrorista avançou com um caminhão entre as pessoas que estavam à beira-mar, festejando a queda da Bastilha, o dia nacional da França. O ataque deixou mais de 80 mortos e 200 feridos. Boko Haram O Boko Haram atua na Nigéria e realiza incursões no Chade, Níger e Camarões. Criado em 2002, na Nigéria, a partir de 2009, iniciou atos de violência com o objetivo de impor nesse país uma versão mais radical da sharia (a lei islâmica), que veta a adoção de vários aspectos da cultura ocidental, como a educação secular. A maioria dos muçulmanos rejeita essa interpretação. O Boko Haram, que era aliado da rede terrorista Al Qaeda, vinculou-se em 2015 ao Estado Islâmico. Segundo o Índice de Terrorismo Global 2015, o Boko Haram é o grupo terrorista mais violento da atualidade. O índice, baseado em dados de ataques de grupos extremistas, assinala que o Boko Haram matou 6.444 pessoas em 2014, mais do que o Estado Islâmico. Al Shabah Fundado em 2004, o Al Shabah atua na Somália, sendo filiado à rede Al Qaeda. O grupo passou a ser mais conhecido em 2013, a partir do atentado que cometeu em um shopping center em Nairóbi, capital do Quênia. Desde 2007, uma força de paz composta por vários países da União Africana (UA) atua ao lado de forças do governo somali no combate ao Al Shabah, o que tem imposto várias derrotas e enfraquecido a milícia. 1.3 O Irã O Irã ocupa lugar central no xadrez do Oriente Médio. O regime define-se desde a Revolução de 1979 como uma república islâmica, e segue a vertente xiita do islamismo. Posiciona-se frontalmente contra Israel e é aliado do regime sírio de Bashar al-Assad, exercendo também influência sobre partidos xiitas que estão no governo do Iraque. Dessa forma, busca formar um arco xiita de poder, centrado na oposição a Israel e às monarquias sunitas do Golfo Pérsico, como Arábia Saudita, Barein e Catar. Desde 2003, a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), os EUA e as demais potências ocidentais tentam impedir o avanço do programa nuclear 09555860467 Atualidades para o Corpo de Bombeiros de Pernambuco ʹ Bombeiros Prof. Leandro Signori Prof. Leandro Signori www.estrategiaconcursos.com.br 13 de 94 iraniano. Eles acusam o país de desenvolver a tecnologia de enriquecimento de urânio com a intenção de fabricar armas nucleares. O Irã nega. A ONU exigia que o Irã parasse de enriquecer urânio e autorizasse o acesso irrestrito da AIEA às suas instalações. Diante da negativa do Irã, foram aprovadas quatro rodadas de sanções contra o país entre 2006 e 2010. Como a China e a Rússia se opuseram a novas sanções na ONU, os EUA e a União Europeia anunciaram, em 2011, o embargo ao petróleo iraniano e punições financeiras contra nações que compram petróleo do país. Foram decretadas também sanções contra o sistema bancário do Irã. O embargo levou à queda expressiva nas exportações de petróleo iraniano, comprometendo a obtenção de divisas externas. Em 2013, o Irã começou a negociar um acordo para a retirada das sanções com o Grupo 5+1 (EUA, França, Reino Unido, Rússia e China + Alemanha) em troca da limitação de suas iniciativas nucleares. Em 2015, Irã e as potências chegaram a um acordo, que limita e condiciona o programa nuclear iraniano, visando assegurar que o programa nuclear iraniano tenha um caráter não militar, em troca da retirada das sanções internacionais que asfixiam a economia do país. O texto autoriza o Irã a prosseguir com o programa nuclear civil e abre o caminho para uma normalização da presença do país no cenário internacional. Os iranianos se comprometeram a reduzir a capacidade nuclear (redução de dois terços do número de centrífugas de urânio em 10 anos, de 19.000 para 6.104, diminuição das reservas de urânio enriquecido) durante vários anos e a permitir que os inspetores da AIEA realizem inspeções profundas em suas instalações. 1.4 A questão da Palestina A região da Palestina foi ocupada e conquistada por muitos povos, entre eles os judeus. No século VI a.C., o povo judeu iniciou sua primeira dispersão pelo mundo, mas seu projeto de possuir um território só se concretizou após a Segunda Guerra Mundial. O Estado de Israel tem sua origem no sionismo (de Sion, colina da antiga Jerusalém), movimento surgido na Europa no século XIX, com objetivo de criar uma pátria para o povo judeu. Colonos judeus da Europa Central e Oriental, onde o antissemitismo (discriminação contra os judeus) era mais intenso, instalaram-se na Palestina, que tinha então população majoritariamente árabe. O apoio internacional à criação de um Estado judaico aumentou, depois da II Guerra Mundial, ao ser revelado o genocídio de cerca de 6 milhões dejudeus nos campos de extermínio nazistas, o Holocausto. Em 1947, a Organização das Nações Unidas (ONU) aprovou a partilha da Palestina em dois Estados ± um para 09555860467 Atualidades para o Corpo de Bombeiros de Pernambuco ʹ Bombeiros Prof. Leandro Signori Prof. Leandro Signori www.estrategiaconcursos.com.br 14 de 94 os judeus, com 53% do território, outro para os árabes, com 47%. A cidade de Jerusalém permaneceu sob administração internacional. Estes últimos rejeitaram o plano. Em 14 de maio de 1948, foi criado o Estado de Israel. Imediatamente, cinco países árabes ± Egito, Síria, Transjordânia (atual Jordânia), Iraque e Líbano ± enviaram tropas para impedir sua fundação. Com o respaldo de Estados Unidos (EUA) e União Soviética, Israel conseguiu derrotar esses exércitos, e a guerra se encerrou com um armistício assinado em janeiro de 1949. O novo Estado ampliou seus domínios em relação às fronteiras originais aprovadas pela ONU. Com a vitória, Israel passou a ocupar 75% da Palestina, e mais de 700 mil árabes palestinos foram expulsos. Esses acontecimentos são lembrados até hoje por eles como a nakba, SDODYUD� iUDEH� TXH� VLJQL¿FD� ³FDWiVWURIH´� $R�¿P�GD�JXHUUa, além da expansão de Israel, o Egito havia ocupado a Faixa de Gaza e a Transjordânia anexara Jerusalém Oriental e Cisjordânia (o nome do país passou a ser Jordânia). Com isso, os palestinos ¿FDUDP� VHP� território, tornando-se refugiados na Cisjordânia, na Faixa de Gaza e nos países árabes vizinhos, ou migrando para longe. 09555860467 Atualidades para o Corpo de Bombeiros de Pernambuco ʹ Bombeiros Prof. Leandro Signori Prof. Leandro Signori www.estrategiaconcursos.com.br 15 de 94 Em 1967, diante da aliança militar entre Egito, Síria e Jordânia, Israel, fortemente armado pelos EUA, atacou os três países na Guerra dos Seis Dias. Passou então a controlar a Cisjordânia e Jerusalém Oriental, a Faixa de Gaza e a Península do Sinai (que seria devolvida ao Egito em 1982), além das Colinas de Golã, território da Síria ocupado até hoje. A população árabe-palestina passou a lutar pela configuração de novas fronteiras e pelo reconhecimento de um Estado palestino independente. Em 1964, exilados no Líbano fundaram a Organização para a Libertação da Palestina (OLP). Em 1988, proclamaram seu Estado com o nome de Autoridade Nacional Palestina (ANP). Depois de muitas guerras e duas intifadas (rebeliões palestinas), os acordos de paz assinados entre os países afirmaram a autonomia dos palestinos na Faixa de Gaza e em parte da Cisjordânia. Os Acordos de Oslo (1993-1995), assinados entre palestinos e israelenses, com mediação dos EUA, traçaram a meta de dois Estados: um judeu (Israel) e um palestino, formado pela Faixa de Gaza e pela Cisjordânia, ambas ocupadas pelos israelenses em 1967. Definiram ainda a criação da Autoridade Nacional Palestina (ANP), como embrião do futuro Estado. Apesar de ter sido considerado ilegal pela Assembleia Geral da ONU, em 2007, Israel concluiu a construção de um muro na Cisjordânia com mais de 9 metros de altura, controlando a entrada de não judeus em território israelense. Esse paredão restringe o direito de ir e vir, anexa áreas palestinas a Israel e impede a circulação normal de pessoas na cidade de Jerusalém. Em consequência, o Estado palestino independente ainda não se concretizou e os palestinos estão separados, de Israel e entre si, em 21 enclaves. Essa situação perturbou todas as atividades econômicas, pois decorridos mais 09555860467 Atualidades para o Corpo de Bombeiros de Pernambuco ʹ Bombeiros Prof. Leandro Signori Prof. Leandro Signori www.estrategiaconcursos.com.br 16 de 94 de 60 anos, os territórios palestinos ocupados apresentam grande deterioração econômica e baixa qualidade de vida. Atualmente, os palestinos do Hamas (grupo mais radical de origem guerrilheira, fortemente hostil a Israel) controlam a faixa de Gaza, enquanto a Autoridade Palestina (menos refratária ao Ocidente e a acordos de paz com Israel) domina partes da Cisjordânia, entre elas a cidade de Belém. 1RV�~OWLPRV����DQRV��HVVD�SHUVSHFWLYD�JHUDO�GRV�³GRLV�(VWDGRV´�p�D�TXH� tem guiado as negociações de paz. Na prática, porém, não houve avanços. Do lado israelense, o atual governo, do primeiro-ministro Benyamin Netanyahu, defende posições que os palestinos consideram inaceitáveis, como a continuidade e a ampliação dos assentamentos israelenses na Cisjordânia. Desde 1967, que Israel implanta colônias judaicas na Cisjordânia, onde hoje vivem cerca de 400 mil judeus em mais de cem assentamentos, em meio a 2,9 milhões de palestinos. Israel instalou também colônias judaicas no setor RULHQWDO�GH�-HUXVDOpP��SDUD�MXVWL¿FDU�D�VREHUDQLD�VREUH�D�iUHD� Dessa forma, o governo israelense mantém a política de criar assentamentos nos territórios destinados ao futuro Estado palestino. Colonos israelenses instalam-se, expulsam os palestinos e formam povoações. Em 2005, Israel decidiu de forma unilateral retirar todos os 21 assentamentos existentes na Faixa de Gaza. Mas a presença judaica na Cisjordânia só tem aumentado. Outra divergência é sobre o status da cidade de Jerusalém. Os palestinos defendem que a parte oriental da cidade, também ocupada pelos israelenses desde 1967, seja a capital de seu futuro Estado. Israel não aceita essa divisão, reivindicando a cidade inteira como a sua própria capital. Ponto de honra para os árabes nas negociações, é o direito ao retorno dos palestinos expulsos de Israel e seus descendentes pelas guerras de 1948 e dos Seis Dias (1967). O governo israelense não aceita sequer debater a sua volta, pois o eventual regresso colocaria em xeque a própria existência de Israel tal como é hoje. São mais de 5 milhões de pessoas que vivem de forma precária em campos de refugiados superpovoados. Segundo a ONU, é o maior contingente de refugiados do mundo. Os países árabes onde se situam os campos mal garantem o mínimo para sua sobrevivência. Os palestinos continuam reivindicando o retorno às antigas casas e a devolução de suas posses. Mas Israel resiste em aceitar a ideia. $� TXHVWmR� GHPRJUi¿FD� SUHRFXSD� R� SDtV�� SRLV� R� Q~PHUR� GH� SDOHVWLQRV� residentes em Israel e nos territórios palestinos somados já ultrapassou o número de judeus israelenses 09555860467 Atualidades para o Corpo de Bombeiros de Pernambuco ʹ Bombeiros Prof. Leandro Signori Prof. Leandro Signori www.estrategiaconcursos.com.br 17 de 94 (P� ������ D� 218� FRQFHGHX� SDUD� D� 3DOHVWLQD� D� FRQGLomR� GH� ³(VWDGR� observador não-PHPEUR´�� 0DLV� GH� ���� (VWDGRV�� LQFOXVLYH� R� %UDVLO�� Mi� reconhecem o Estado da Palestina. Causou forte reação de Israel, a histórica aprovação pelo Conselho de Segurança da ONU, em janeiro de 2017, da resolução que exige que Israel pare de construir colônias em territórios palestinos. O texto foi aprovado por 14 votos a favor. Os EUA, aliados de Israel e que vetaram uma resolução similar, em 2011, se abstiveram. 1.5 Turquia A Turquia está localizada entre a Europa e o Oriente Médio, posição que sempre lhe conferiu um papel estratégico e histórico relevante. O país foi o centro irradiador de poder dos impérios Bizantino (330-1453) e Otomano (1281- 1918). O Islamismo é a religião de 99% da população. Alçada à condição de grande potência emergente na última década, a Turquia enfrenta grandes desafios em 2016. O país tem sido alvo de atentados terroristas do Estado Islâmico e dos separatistas curdos; vive a tensão interna entre o secularismo e a islamização; a vizinha Síria está em guerra civil,onde na fronteira atua o Estado Islâmico e abriga milhões de refugiados sírios, que fugiram da guerra civil. As bases da Turquia moderna começaram a ser estabelecidas com a dissolução do Império Otomano, após a derrota na I Guerra Mundial, em 1918. A crise política e econômica do pós-guerra deu origem a um movimento nacionalista liderado pelo general Mustafa Kemal, que adotou o codinome de ³$WDWXUN´��RX�³SDL�GRV�WXUFRV´�� Ataturk aboliu o califado islâmico e separou a religião islâmica do Estado. Essa separação é chamada de secularismo. A medida provocou profundas alterações na estrutura social do país. As forças políticas acompanharam a polarização na sociedade e se dividiram entre aqueles que defendiam os valores seculares de Ataturk e os favoráveis a um papel maior da religião islâmica na vida pública. Como guardiões do secularismo, os militares derrubaram sucessivos governantes que tinham um perfil mais religioso, nos anos de 1960, 1971, 1980 e 1997. Esta divisão da sociedade e da política e o histórico papel do exército na defesa do secularismo ajudam a entender a fracassada tentativa de golpe militar de julho de 2016. O atual presidente, Recep Tayyip Erdogan, foi primeiro-ministro entre 2003 e 2014. Com ambições políticas, ele quer mudar a lei, adotando o presidencialismo em substituição ao atual sistema parlamentarista. Por trás 09555860467 Atualidades para o Corpo de Bombeiros de Pernambuco ʹ Bombeiros Prof. Leandro Signori Prof. Leandro Signori www.estrategiaconcursos.com.br 18 de 94 dessa iniciativa, está a tentativa de acumular os poderes da chefia de governo, que hoje cabem ao primeiro-ministro. Como presidente, Erdogan vem adotando uma agenda autoritária, retirando poderes do Judiciário, minando a influência dos militares no país e prendendo jornalistas críticos ao seu governo. Paralelamente adotou medidas como a liberação do uso do lenço islâmico em escolas e repartições públicas e a proibição da venda de bebidas alcoólicas à noite. Seus críticos denunciaram a imposição de uma agenda islâmica, enquanto os seus simpatizantes consideraram as medidas como uma restauração da liberdade de expressão religiosa. Foi nesse contexto que parcela dos militares tentou dar um golpe e depor o presidente em julho de 2016. Segundo os golpistas, a iniciativa era em prol da democracia, da liberdade de expressão e da defesa dos direitos humanos. A tentativa de prender Erdogan fracassou. Atendendo ao seu apelo, a população foi às ruas em defesa do atual governo. Uma parte dos militares não aderiu ao movimento e o golpe de Estado fracassou. Após o golpe, Erdogan tem promovido a prisão e/ou destituição dos cargos de milhares de militares, policiais, juízes, funcionários públicos e reitores de universidades. A censura e a liberdade têm sido restringida no país. A Turquia participa da coalizão liderada pelos Estados Unidos que combate o Estado Islâmico na Síria e no Iraque. Além de fazer bombardeios aéreos em áreas dominadas pelo grupo extremista, o governo turco permite que os aviões americanos usem suas bases aéreas para atacar alvos na Síria. Os atentados terroristas do Estado Islâmico seriam uma reação ao envolvimento turco no combate ao grupo. Os curdos, maior etnia do mundo sem pátria, habitam o leste do país e lutam pela independência do seu território. O principal grupo separatista é o Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK), que iniciou a luta armada em 1984. Com o tempo, passaram a exigir apenas mais autonomia nas regiões onde vivem, e as negociações levaram a um cessar-fogo em 2013. Esse foi rompido em 2015; o governo turco tem atacado alvos dos curdos na Síria, Iraque e Turquia. A Turquia também é uma das principais portas de entrada de imigrantes e refugiados (especialmente sírios) na Europa. Em março de 2016, a União Europeia aprovou um acordo com o governo turco para conter o fluxo de imigrantes ilegais. Pelo acordo, são enviados de volta à Turquia os ilegais que chegam da costa turca à Grécia. Em contrapartida, por cada sírio que seja devolvido à Turquia, outro que esteja em campos turcos será admitido na UE. 09555860467 Atualidades para o Corpo de Bombeiros de Pernambuco ʹ Bombeiros Prof. Leandro Signori Prof. Leandro Signori www.estrategiaconcursos.com.br 19 de 94 Ao longo dos últimos meses, vários atentados terroristas foram executados em Istambul e Ancara. Os atentados são atribuídos a dois inimigos do país: o grupo terrorista Estado Islâmico e militantes curdos do PKK. 2. Segurança Internacional A permeabilidade das fronteiras, as modificações operadas pela globalização e a porosidade das relações entre economia internacional e Estado nacional geraram novos desafios para a defesa e a segurança do Estado. Fatores que são apresentados como impulsionadores do declínio do Estado e da soberania, como o terrorismo internacional, o crime organizado, o narcotráfico e a ameaça de espionagem, são igualmente responsáveis pela ampliação e expansão de estruturas de inteligência sob comando estatal em quase todo o mundo. O Terrorismo O terrorismo é uso de violência física ou psicológica, através de ataques localizados a elementos ou instalações de um governo ou da população governada, de modo a incutir medo, terror, e assim obter efeitos psicológicos que ultrapassem largamente o círculo das vítimas, alargando-se para a população do território. O terrorismo de Estado consiste em um regime de violência instaurado por um governo, em que o grupo político que detém o poder se utiliza do terror como instrumento de governabilidade. Caracteriza-se pelo uso da máquina de repressão do Estado como organização criminosa, restringindo os direitos humanos e as liberdades individuais. Na segunda metade do século XX, em muitos países da América Latina, chegaram ao poder ditaduras militares que estabeleceram regimes de exceção com restrições democráticas aos direitos humanos e às liberdades individuais. Contra esses regimes, levantaram-se oposições civis e grupos armados. Como método de dissuasão e combate às oposições, os regimes autoritários muitas vezes se utilizaram do terrorismo de Estado. Alguns especialistas apresentam como exemplo de terrorismo de Estado, a atuação do DOPS durante a ditadura militar brasileira, cuja tortura e acúmulo sistemático de informações sobre cidadãos considerados suspeitos de subversão potencializou um processo de terror. Por outro lado, a segunda metade do século XX também foi pródiga no surgimento e atuação de grupos guerrilheiros e terroristas na América Latina que se utilizavam de métodos violentos para o enfrentamento aos governos que 09555860467 Atualidades para o Corpo de Bombeiros de Pernambuco ʹ Bombeiros Prof. Leandro Signori Prof. Leandro Signori www.estrategiaconcursos.com.br 20 de 94 se opunham. Na sua ação, muitos se utilizaram de atos terroristas como sequestros, assassinatos e atentados à bomba. Historicamente, atos que seriam tidos como terroristas foram considerados heroicos quando associados à luta contra a opressão ou pela libertação nacional. É o caso da Resistência Francesa, que lutou contra a ocupação nazista na II Guerra Mundial (1939-1945). $�UHWyULFD�GD�³JXHUUD�DR�WHUURU´�GR�H[-presidente norte-americano George W. Bush levou muitos a associarem o terrorismo ao islamismo. Na verdade, há grupos fundamentalistas em todas as religiões. São os que enxergam nos textos sagrados de sua crença a orientação para a organização do Estado e da sociedade. É uma posição que recusa a democracia e se opõe à perspectiva adotada pela Revolução Francesa (1789) de separação entre religião e Estado.O terrorismo islâmico é uma forma de terrorismo religioso cometido por extremistas islâmicos. Fundamenta-se numa leitura dogmática e literal de trechos do Alcorão, o livro sagrado do Islã. São grupos armados que não contam com o apoio e a adesão da maioria da população islâmica. É um erro associar mecanicamente o Islã ao fenômeno do terror político contemporâneo. O crime organizado Crime organizado é toda organização cujas atividades são destinadas a obter poder e lucro, transgredindo a lei das autoridades locais. Entre as formas de sustento do crime organizado encontram-se o tráfico de drogas, os jogos de azar e a compra de "proteção", como acontece com a Máfia italiana. Em cada país, as facções do crime organizado costumam receber um nome próprio. Assim, costuma-se chamar de Máfia ao crime organizado italiano e ítalo- americano; Tríade ao chinês; Yakuza ao japonês; Cartel ao colombiano e mexicano e Bratva ao russo e ucraniano. A versão brasileira mais próxima disso são os Comandos, facções criminosas sustentadas pelo tráfico de drogas e sequestros. Seja qual for a atividade à qual o crime organizado se dedique, este sempre enfrentará, além do combate das forças policiais de sua região de atuação, a oposição de outras facções ilegais. Para manter suas ações ilícitas, os membros de organizações criminosas armam-se pesadamente, logo pode-se dizer que as armas ± e os assassinatos ± são o sustentáculo do crime organizado. Após o fim da Guerra Fria e a queda do comunismo, o crime organizado se reconfigurou em nível internacional. As grandes organizações criminosas se diversificaram, algumas se uniram ou passaram a atuar em parceria. A globalização e o uso da moderna tecnologia e telecomunicações expandiram e enriqueceram tremendamente o crime organizado internacional. 09555860467 Atualidades para o Corpo de Bombeiros de Pernambuco ʹ Bombeiros Prof. Leandro Signori Prof. Leandro Signori www.estrategiaconcursos.com.br 21 de 94 De acordo com dados do Escritório da ONU contra Drogas e Crimes, o comércio ilegal do crime organizado registra ganhos anuais de mais de US$ 2 trilhões. O número é alto, porém é apenas uma estimativa dada a natureza ilegal do que está sendo analisado. Este número equivale a cerca de 3,6% de tudo o que se produz e é consumido no planeta em um ano. O último relatório do Fórum Econômico Mundial fez uma estimativa menor - mais de US$ 1 trilhão - com base em uma pesquisa de 2011 feita pelo Global Financial Integrity (GFI), um centro de estudos de Washington. O GFI elaborou seu relatório a partir de 12 atividades ilegais e as cinco primeiras são estas: 1º Narcotráfico: US$ 320 bilhões 2º Falsificação: US$ 250 bilhões 3º Tráfico humano: US$ 31,6 bilhões 4º Tráfico ilegal de petróleo: US$ 10,8 bilhões 5º Tráfico de vida selvagem: US$ 10 bilhões Se juntarmos a estas cifras os ganhos com outras atividades criminosas (desde o tráfico de órgãos até a venda de obras de arte) a soma chega a US$ 650 bilhões. E se levarmos em conta que a maioria das transações são feitas em dinheiro vivo, a lavagem de dinheiro se transforma em um grande negócio que explica a soma total de mais de US$ 1 trilhão citada pelo Fórum Econômico Mundial. Interpol A Organização Internacional de Polícia Criminal (Interpol) é uma organização internacional que ajuda na cooperação de polícias de diferentes países. Sua sede é em Lyon, na França e tem a participação de 188 países membros. A Polícia Federal é a representante brasileira da Interpol. A Interpol não se envolve na investigação de crimes que não envolvam vários países membros ou crimes políticos, religiosos e raciais. Trata-se de uma central de informações para que as polícias de todo o mundo possam trabalhar integradas no combate ao crime internacional, ao tráfico de drogas e aos contrabandos. 09555860467 Atualidades para o Corpo de Bombeiros de Pernambuco ʹ Bombeiros Prof. Leandro Signori Prof. Leandro Signori www.estrategiaconcursos.com.br 22 de 94 QUESTÕES COMENTADAS: 01) (CESPE/CPRM/2016 ± TÉCNICO EM GEOCIÊNCIAS) O Oriente Médio é uma das mais tensas regiões do mundo contemporâneo. Nele, interesses econômicos, sobretudo os ligados ao petróleo, se juntam a divergências políticas e animosidades religiosas para fazer daquela área um foco permanente de conflitos. O país que, na atualidade, se tornou símbolo de tragédia humanitária, representada por milhares de migrantes que buscam abrigo na Europa, e que sofre os males de uma guerra civil, a ação de grupos insurgentes e a violência do terrorismo é a A) Síria. B) Turquia. C) Palestina. D) Arábia Saudita. E) Jordânia. COMENTÁRIOS: Fácil! O país é a Síria, que desde 2011 vive uma sangrenta guerra civil. Ainda sobre as alternativas da questão, pode-se comentar que na Palestina são frequentes os conflitos entre grupos armados e as forças de segurança de Israel. A Turquia está envolvida em conflitos com os separatistas curdos, ligados ao Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK), além de atentados terroristas praticados no país pelo Estado Islâmico. Gabarito: A 02) (IDECAN/PREFEITURA DE MARILÂNDIA/2016 ± AGENTE ADMINISTRATIVO) Estabelecido em grande parte da região norte da Síria, o Curdistão é: A) Uma região habitada pelo maior grupo étnico do mundo, sem Estado próprio e fragmentado entre vários países. B) Um grupo de origem palestina, de ideologia sunita, que se organiza por um partido político e brigadas armadas. C) Um povo que se caracterizara, sobretudo, por formar uma nação de guerreiros, governada por uma aristocracia militar que vem se expandindo no norte da África e no Oriente Médio. 09555860467 Atualidades para o Corpo de Bombeiros de Pernambuco ʹ Bombeiros Prof. Leandro Signori Prof. Leandro Signori www.estrategiaconcursos.com.br 23 de 94 D) O grupo terrorista mais agressivo da região, originário do Iêmen, que vem cometendo uma série de atentados na Europa, principalmente em nações aliadas aos EUA, como França e GrãǦBretanha. COMENTÁRIOS: O Curdistão é a região habitada pelos curdos, maior etnia sem Estado no mundo, com 26 milhões de pessoas. Compreende uma área contínua que abrange territórios de Turquia, Iraque, Síria, Irã, Armênia e Azerbaijão. Gabarito: A 03) (INSTITUTO CIDADES/CONFERE/2016 ± AUDITOR) A Primavera Árabe foi uma onda revolucionária de manifestações e protestos que ocorreram no Oriente Médio e no Norte da África a partir de dezembro de 2010. Os protestos compartilharam técnicas de resistência civil em campanhas sustentadas envolvendo greves, manifestações, passeatas e comícios, bem como o uso das mídias sociais, como Facebook e Youtube, para organizar, comunicar e sensibilizar a população e a comunidade internacional em face de tentativas de repressão e censura na Internet por partes dos Estados, além de se oporem aos regimes ditatoriais em toda aquela região. Essa onda de protestos nos países de origem árabe iniciou-se: A) Na Tunísia, com a derrubada do ditador Ben Ali. B) Na Líbia, com a morte de Muammar AL-Gaddafi. C) Em Israel, com a independência da Palestina. D) Na Síria, na guerra civil contra Bashar AL-Assad. COMENTÁRIOS: A Primavera Árabe iniciou na Tunísia��FRP�D�³5HYROXomR�GH�-DVPLP´��TXH� levou à queda do ditador Bem Ali. O movimento se espalhou por vários países do mundo árabe. Levou à deposição dos ditadores Osni Mubarak, no Egito; Muammar al-Gaddafi, na Líbia e Ali Abdulah Saleh, no Iêmen. Na Síria, a revolta se transformou em uma sangrenta guerra civil. Na Arábia Saudita, Omã, Kuwait,Barein, Jordânia, Líbano, Palestina, Sudão, Argélia, Marrocos, Saara Ocidental e Mauritânia, houve protestos, em maior ou menor escala, que também resultaram em mudanças maiores ou menores. Nesses países, os governantes se mantiveram no poder. 09555860467 Atualidades para o Corpo de Bombeiros de Pernambuco ʹ Bombeiros Prof. Leandro Signori Prof. Leandro Signori www.estrategiaconcursos.com.br 24 de 94 A Tunísia é o único país em que a revolta popular alcançou o objetivo da democracia. Nos demais países onde os ditadores foram derrubados ± Egito, Líbia e Iêmen ± a PrimaverD�VH�WUDQVIRUPRX�QXP�WHQHEURVR�³,QYHUQR�ÈUDEH´� Gabarito: A 04) (IDECAN/PREFEITURA DE MARILÂNDIA/2016 ± AGENTE $'0,1,675$7,92��³'HVGH�D�H[SORVmR�GD�YLROrQFLD�QD�6tULD��HP�PDUoR� de 2011, a guerra passou por uma escalada até se converter em um FRPSOH[R� µWRGRV� FRQWUD� WRGRV¶� HQWUH� JRYHUQR�� UHEHOGHV�� UDGLFDLV� islâmicos e potências estrangeiras, que só se complicou com a entrada da Rússia no conflito. Nesta semana, com o ataque em Paris que deixou ao menos 129 mortos, o confronto no país árabe atraiu a atenção da opinião pública após o presidente da França, François Hollande, ter dito que RV�DWHQWDGRV�FRQWUD�VHX�SDtV�IRUDP�SODQHMDGRV�QD�6tULD�´ Sobre a posição de algumas nações neste conflito até novembro de 2015, é INCORRETO afirmar que A) a Rússia é contra o Estado Islâmico e os outros grupos rebeldes e v em apoiando o governo de Bashar AlǦAssad. 09555860467 Atualidades para o Corpo de Bombeiros de Pernambuco ʹ Bombeiros Prof. Leandro Signori Prof. Leandro Signori www.estrategiaconcursos.com.br 25 de 94 B) Irã e Arábia Saudita opõemǦse ao governo de Bashar AlǦ Assad e apoiam o Estado Islâmico (EI) e os insurgentes sunitas. C) Turquia se opõe tanto ao governo de Bashar Al-Assad, quanto aos separatistas curdos, defendendo uma coalização liderada pelos EUA e rebeldes. D) os Estados Unidos opõemǦse ao governo de Bashar AlǦAssad e ao Estado Islâmico (EI) e apoiam grupos rebeldes considerados moderados e curdos. COMENTÁRIOS: Na guerra civil da Síria, a coalização formada por Rússia, Síria, Irã e milícia libanesa do Hezbollah apoiam o regime de Bashar al-Assad e combatem os grupos rebeldes que são oposição ao regime, tanto moderados, como radicais, não se opõem aos curdos. Os Estados Unidos se opõem ao governo de Bashar al-Assad e apoiam rebeldes moderados. Também se opõem a grupos radicais como o Estado Islâmico e à Fatah al-Sham (ex-Frente al-Nusra). Não se opõem aos curdos. A Arábia Saudita se opõe ao governo de Assad, apoia rebeldes moderados e alguns grupos radicais, como a Fatah al-Sham (ex-Frente al-Nusra). A Turquia se opõe ao governo de Assad e apoia alguns grupos rebeldes moderados. Nenhum país apoia o Estado Islâmico. Os rebeldes moderados e os curdos também não. Os curdos não são contra o governo de Assad, lutam pela independência do Curdistão sírio e procuram ter boas relações com aqueles que os apoiam ou não são contrários à sua causa. O seu maior inimigo é o Estado Islâmico. Eventualmente são combatidos pela Turquia, que não vê com bons olhos um Curdistão sírio independente. Gabarito: B 05) (IDECAN/PREFEITURA DE MARILÂNDIA/2016 ± AGENTE ADMINISTRATIVO) O grupo extremista Hezbollah presente na região oeste da Síria tem sede e grande atuação em que país do Oriente Médio? A) Irã. B) Israel. 09555860467 Atualidades para o Corpo de Bombeiros de Pernambuco ʹ Bombeiros Prof. Leandro Signori Prof. Leandro Signori www.estrategiaconcursos.com.br 26 de 94 C) Iraque. D) Líbano. COMENTÁRIOS: O Hezbollah, grupo de orientação religiosa islâmica xiita, tem sede e atuação no Líbano, sua base é o sul desse país. Combatem o Estado de Israel. Gabarito: D 06) (INSTITUTO CIDADES/CONFERE/2016 ± AUDITOR) ³'HVGH� ����� cerca de 200 mil pessoas perderam suas vidas no conflito entre as tropas leais ao presidente Bashar al-Assad e as forças de oposição. A violenta guerra civil já destruiu boa parte da infraestrutura desse país e deixou 11 milhões de desabrigados. O combate entre o governo e a oposição não para. A ajuda humanitária chega esporadicamente a alguns lugares. Milhares de pessoas permanecem presos em cidades sitiadas. A oposição se fragmentou até incluir facções islâmicas com vínculos com a Al-Qaeda, cujas táticas brutais têm causado preocupação H�OHYDGR�j�YLROrQFLD�DWp�PHVPR�HQWUH�RV�UHEHOGHV´� (http://www.bbc.com/ 13.10.15 / Modificado) O texto se refere à sangrenta guerra civil que tem causado destruição e mortes: A) No Egito B) No Iraque C) Na Síria D) Na Palestina COMENTÁRIOS: O texto se refere à guerra civil na Síria. O conflito eclodiu em 2011, no contexto da Primavera Árabe. O governo do ditador Bashar al-Assad reprimiu violentamente as grandes manifestações populares por democracia. A partir daí, a oposição pegou em armas e passou a lutar contra o regime. Gabarito: C 09555860467 Atualidades para o Corpo de Bombeiros de Pernambuco ʹ Bombeiros Prof. Leandro Signori Prof. Leandro Signori www.estrategiaconcursos.com.br 27 de 94 07) (LEGALLE Concursos/Prefeitura da Portão-RS/2016 ± PSICÓLOGO) A data 17 de dezembro de 2011, marca o primeiro aniversário do movimento que ficou conhecido como Primavera Árabe que é uma onda de revoltas que se espalhou pelo Oriente Médio e norte da África. Em outubro de 2011, o ditador Muamar Kadafi foi morto por opositores que travaram, ao longo de meses, uma violenta guerra civil. Com base nessas informações, onde ocorreu a Primavera Árabe? a) No Egito. b) Na Líbia. c) Na Tunísia. d) No Marrocos. e) Na Nigéria. COMENTÁRIOS: A Primavera Árabe teve início na Tunísia, depois chegou ao Egito, Líbia e outros países árabes. Na Líbia, o ditador Muamar Kadafi foi deposto e morto por opositores. Gabarito: B 08) (QUADRIX/CRO-PR/2016) A mídia relembrou, recentemente, o sequestro de 276 crianças de um internato em Chibok, nordeste da Nigéria, pelo grupo Boko Haram, há pouco mais de dois anos (a ação ocorreu em abril de 2014). Cinquenta e sete escaparam horas depois, mas até hoje não se sabe o destino das outras 219. Especialistas em direitos humanos da ONU e da África pediram que o grupo extremista revele imediatamente a localização das vítimas e que o governo da Nigéria aumente seus esforços para libertar todos os civis sequestrados pelo grupo. Leia as seguintes afirmativas sobre o assunto e assinale a incorreta. a) Nos últimos dois anos, o conflito continuou a crescer e as atividades do Boko Haram espalharam-se para outros países vizinhos como Camarões, Chade e Níger. Mais crianças foram sequestradas, centenas de meninos e meninas foram mortos, mutilados e recrutados. b) Uma das táticas usadas pelo grupo é forçar mulheres e crianças, particularmente meninas, a agir em ataques suicidas em mercados lotados e espaços públicos, matando civis. c) Até o momento o governo da Nigéria não conseguiu retomar o controle de nenhuma parte do país ou libertar qualquer refém do grupo, e pede a ajuda internacional. 09555860467 Atualidades para o Corpo de Bombeiros de Pernambuco ʹ Bombeiros Prof. Leandro Signori Prof. Leandro Signori www.estrategiaconcursos.com.br 28 de 94 d) Famílias nigerianas decidiram migrar para áreas mais seguras da Nigéria e países da região. Com mais de 2 milhões de pessoas deslocadas (onde frequentemente as crianças são separadas de suas famílias), a ONU descreveuesses deslocamentos massivos como uma das crises mais graves da África. e) Segundo o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), o número de crianças envolvidas em ataques suicidas na Nigéria, Camarões, Chade e Níger subiu rapidamente no último ano. COMENTÁRIOS: O governo da Nigéria tem sido criticado, por setores da comunidade internacional, por não combater com maior efetividade o Boko Haram. No entanto, o governo tem conseguido retomar o controle de algumas áreas do país que estavam com o Boko Haram. Gabarito: C 09) (QUADRIX/CRA-AC/2016 - ADMINISTRADOR) A Síria vem recebendo grande destaque nos noticiários mundiais atualmente. Após anos de uma guerra civil que afundou o país numa crise humanitária, aumentam as notícias de chegadas de refugiados sírios em busca de melhores condições de vida na Europa. Além disso, devido à sua situação precária, o país é uma das principais bases do grupo radical Estado Islâmico. A partir de seus conhecimentos, considere as seguintes afirmativas. I. Apesar de situada no Oriente Médio, a Síria é um país cuja maioria da população é curda, não árabe. II. Diretamente afetadas pelos conflitos, as cidades sírias de Palmira e Damasco são famosos patrimônios culturais da humanidade. III. Desde o início das tensões em território sírio, Rússia e China manifestaram-se contrárias ao regime do ditador Bashar al-Assad, opondo-se com isso aos Estados Unidos e à União Europeia. Está correto o que se afirma em: a) I, somente. b) II, somente c) I e III, somente. d) III, somente. e) nenhuma. 09555860467 Atualidades para o Corpo de Bombeiros de Pernambuco ʹ Bombeiros Prof. Leandro Signori Prof. Leandro Signori www.estrategiaconcursos.com.br 29 de 94 COMENTÁRIOS: A maioria da população da Síria é árabe. No país, vive uma expressiva minoria de população curda. Damasco, capital da Síria, e Palmira são cidades diretamente afetadas pela guerra civil. São cidade milenares e famosos patrimônios culturais da humanidade. A China e a Rússia são favoráveis ao regime de Bashar al-Assad, posição que mantém desde o início das tensões no território sírio. Os Estados Unidos e a União Europeia são contrários ao atual governo, defendem a saída de Assad do poder. Gabarito: B (II, somente) 10) (QUADRIX/CRA-AC/2016 - ADMINISTRADOR) Após sofrer uma onda de ataques terroristas em novembro de 2015, a França convive há mais de seis meses com um estado de emergência. Diversos fatores políticos, étnicos e religiosos culminaram nessa situação de insegurança e medo constante que permeiam o país. Com base em seus conhecimentos gerais, analise as afirmativas. I. O terrorismo na França cresce na medida em que a população também se diversifica. Atualmente, mais de 50% da população francesa é muçulmana. II. A Bélgica, país europeu que tem no francês um de seus idiomas oficiais, também foi recentemente alvo de atentado terrorista. III. A França é atualmente governada por uma coalizão de extrema direita, que costuma manter relações xenófobas com as minorias étnicas dentro do país. Está correto o que se afirma em: a) I, somente. b) I e II, somente. c) I e III, somente. d) II, somente. e) todas. COMENTÁRIOS: Mais da metade da população francesa segue o Cristianismo. Um pouco menos de 10% são muçulmanos. Um dos fatores apontados para o crescimento 09555860467 Atualidades para o Corpo de Bombeiros de Pernambuco ʹ Bombeiros Prof. Leandro Signori Prof. Leandro Signori www.estrategiaconcursos.com.br 30 de 94 de terrorismo na França, nos anos de 2015 e 2016, é que o país conta com um dos maiores números de seguidores do Islamismo (muçulmanos) da Europa. Vários dos terroristas que cometeram atentados no país nasceram na França. A Bélgica, alvo de atentados terroristas em 2016, tem três idiomas oficiais ± francês, alemão e flamengo. A França é governada pelo Partido Socialista, de esquerda. O partido Frente Nacional, de Marie Le Pen, de extrema direita, é quem costuma manter relações xenófobas com as minorias étnicas dentro do país. Gabarito: D 11) (NUCEPE/SEJUS-PI/2016 ± AGENTE PENITENCIÁRIO) Nos últimos dois anos o mundo árabe assistiu ao crescimento vertiginoso, no Oriente Médio, da organização terrorista denominada de Estado Islâmico. O ISIS (na sigla em inglês) estabeleceu em 2014, um califado no coração do crescente fértil, na prática um verdadeiro Estado fundamentalista a governar todos os muçulmanos a partir da lei islâmica, a sharia e, que promove na região e parte do ocidente vários sequestros, execuções e atentados terroristas. Com relação ao Estado Islâmico assinale a alternativa CORRETA a) O Estado Islâmico é composto basicamente por muçulmanos xiitas do Irã e do Afeganistão e por estrangeiros islamizados oriundos da África Subsaariana. b) A organização controla uma área equivalente a do território da Jordânia ou do Reino Unido, situada entre o Líbano e Turquia. c) As ações do Estado Islâmico encontraram terreno fértil nos territórios da Síria e do Iraque, principalmente após a aliança com os Peshmergas ou forças curdas. d) O controle sobre poços de petróleo e refinarias, a cobrança de tributos, o contrabando e resgates estão na base do financiamento das ações do Estado Islâmico. e) As potências ocidentais Estados Unidos, Rússia e França têm atuado em uníssono pela busca de uma solução pacífica, negociada para o conflito. COMENTÁRIOS: a) Incorreta. O Estado Islâmico é composto basicamente por muçulmanos sunitas do Iraque e da Síria. Conta ainda com um grande contingente de 09555860467 Atualidades para o Corpo de Bombeiros de Pernambuco ʹ Bombeiros Prof. Leandro Signori Prof. Leandro Signori www.estrategiaconcursos.com.br 31 de 94 islamistas de países da Ásia, África e Europa. Alguns poucos vieram da América e Oceania. b) Incorreta. No seu auge, o Estado Islâmico controlava uma área equivalente à da Jordânia, mas não equivalente à do Reino Unido. A área que controla situa- se no Iraque e na Síria. c) Incorreta. Os peshmergas são combatentes curdos, do Curdistão iraquiano, são inimigos do Estado Islâmico. d) Correta. O controle sobre poços de petróleo e refinarias, a cobrança de tributos, o contrabando e resgates estão na base do financiamento das ações do Estado Islâmico. e) Incorreta. As potências ocidentais Estados Unidos, Rússia e França NÃO têm atuado em uníssono pela busca de uma solução pacífica, negociada para o conflito. Gabarito: D 12) (VUNESP/PREFEITURA DE GUARULHOS/2016 ± AGENTE ESCOLAR) A Justiça da França suspendeu nesta quinta-feira (01.09.2016) a proibição do uso do burquíni nas praias de Nice, na Riviera Francesa. A medida foi instituída em agosto no balneário francês, seguindo o exemplo de outras cidades do país. O traje é uma mistura entre o biquíni e a burca. A veste, porém, não esconde a face da mulher e é hoje associada, na França, ao islã radical e à submissão da mulher. (Folha de S.Paulo, 01.09.2016. Disponível em: <http://goo.gl/oXEKdm> . Adaptado) A principal motivação para a proibição do burquíni foi a) a aprovação de legislação nacional que discrimina os muçulmanos, criminalizando a existência de mesquitas na França. b) a expulsão de milhares de muçulmanos da França, sob a acusação de serem cúmplices do terrorismo. c) as ameaças feitas pelo Estado Islâmico de que atacaria as praias francesas devido aos trajes de banho femininos, considerados imorais pelos muçulmanos. d) a emoção gerada pelo atentado ocorrido em julho na cidadede Nice, que deixou 86 mortos atropelados por um caminhão. e) o receio de que as mulheres passem a liderar ataques terroristas na França, já que a perseguição dos homens muçulmanos pela polícia tem sido implacável. 09555860467 Atualidades para o Corpo de Bombeiros de Pernambuco ʹ Bombeiros Prof. Leandro Signori Prof. Leandro Signori www.estrategiaconcursos.com.br 32 de 94 COMENTÁRIOS: Em julho de 2016, a França foi alvo de mais um bárbaro atentado terrorista. Dirigindo um caminhão, um terrorista atropelou e matou 86 pessoas na cidade balneária de Nice. O terrorista investiu contra uma multidão que estava reunida em uma avenida à beira-mar, comemorando o Dia da Bastilha. O Dia da Bastilha é um feriado que comemora, todo dia 14 de julho, a Tomada da Bastilha em 1789, evento decisivo para o início da Revolução Francesa. A bastilha era uma antiga fortaleza usada pela monarquia como prisão. Dias depois, o burquini foi proibido nas praias de Nice. Porém, em setembro, a Justiça da França considerou essa proibição ilegal. Gabarito: D (CESPE/FUB/2015 ± VÁRIOS CARGOS) O Vaticano e a Palestina assinaram um acordo histórico sobre os direitos da Igreja Católica nos territórios palestinos. A preparação do texto por uma comissão bilateral OHYRX�TXLQ]H�DQRV��(PERUD�R�9DWLFDQR�VH�UHILUD�DR�³(VWDGR�GD�3DOHVWLQD´� desde o início de 2013, os palestinos consideram que a assinatura do acordo equivale a um reconhecimento de fato de seu Estado. O Estado de S.Paulo, 27/6/2015, p. A21 (com adaptações). Tendo esse fragmento de texto como referência inicial e considerando a amplitude do tema por ele abordado, bem como o contexto geopolítico no qual este se insere, julgue o item a seguir. 13) O Oriente Médio, onde se situa o território palestino, é região estratégica para o mundo contemporâneo desde que o petróleo passou a exercer papel relevante na economia mundial, o que explica a histórica atenção que lhe é conferida pelas grandes potências. COMENTÁRIO: A Palestina situa-se no Oriente Médio, região com a maior reserva de petróleo do mundo, fonte de energia mais utilizada no mundo. Berço do Islamismo, região de clima desértico, o Oriente Médio passou a ser estratégico para o mundo contemporâneo, desde que o petróleo passou a exercer papel relevante na economia mundial, o que explica a histórica atenção que lhe é conferida pelas grandes potências. Gabarito: Certo 09555860467 Atualidades para o Corpo de Bombeiros de Pernambuco ʹ Bombeiros Prof. Leandro Signori Prof. Leandro Signori www.estrategiaconcursos.com.br 33 de 94 14) As tensões no Oriente Médio se elevaram no pós-Segunda Guerra Mundial, quando, por resolução das Nações Unidas, decidiu-se pela partilha do território conhecido como Palestina, para nele serem criados dois Estados: um judeu e outro, árabe. COMENTÁRIO: Em 1947, a Organização das Nações Unidas (ONU) dividiu a Palestina histórica em dois Estados ± um para os judeus, com 53% do território, outro para os árabes palestinos, com 47%. Estes últimos rejeitaram o plano. Já na sua criação, Israel se deparou com uma guerra em 1948. Cinco países árabes enviaram tropas para impedir sua fundação, mas Israel estava preparado e tinha o respaldo das principais potências ± EUA e União Soviética. As forças militares do novo Estado não apenas defenderam suas fronteiras originais como empurraram os palestinos para uma área menor do que a que lhes tinha sido destinada. A criação do Estado judeu nunca foi aceita na sua totalidade pelos árabes. Após a sua criação, os conflitos e as tensões se elevaram no Oriente Médio. Na atualidade, grupos armados como o Hezbollah e o Hamas pregam a destruição do Estado de Israel e se envolvem em conflitos frequentes com a nação judaica. Gabarito: Certo 15) O acordo mencionado no texto tem significado simbólico, pois, por não ser um Estado, o Vaticano tem sua atuação circunstanciada por sua função religiosa, o que inviabiliza a eventual influência política que poderia exercer em âmbito mundial. COMENTÁRIO: Ops... parou! O Vaticano é um Estado, é o menor país do mundo, sede da Igreja Católica Apostólica Romana e residência oficial do papa. O Vaticano exerce, sim, influência política em âmbito mundial. Já foi mais influente. Mas, as posições da Igreja Católica e da doutrina do catolicismo exercem em escala variada influência na política mundial. Gabarito: Errado 16) Segundo a posição oficial do governo de Tel Aviv, Israel, para garantir a integridade de seu território, tem impedido, inclusive pelo uso 09555860467 Atualidades para o Corpo de Bombeiros de Pernambuco ʹ Bombeiros Prof. Leandro Signori Prof. Leandro Signori www.estrategiaconcursos.com.br 34 de 94 de armas, a criação do Estado da Palestina, objetivo historicamente defendido pela unanimidade dos países árabes. COMENTÁRIO: Israel não tem posição oficial contrária à criação do Estado da Palestina. Assinou inclusive acordos internacionais de paz e do estabelecimento de um processo negociado para a criação da nação palestina. Entretanto, as negociações estão num impasse há muitos anos. Houve inclusive retrocessos. Há divergências, até o momento, incontornáveis entre Israel e a Autoridade Nacional Palestina (ANP). Ao mesmo tempo em que diz ser favorável à criação do Estado da Palestina, Israel prossegue com a expropriação de terras de palestinos e a instalação de assentamentos de judeus na Cisjordânia. Sem dúvida, uma grande contradição. Gabarito: Errado (CESPE/TCU/2015 ± TÉCNICO FEDERAL DE CONTROLE EXTERNO) Um número cada vez maior de simpatizantes em todo o mundo, dispostos a praticar atos violentos, adere ao grupo terrorista autointitulado Estado Islâmico na Síria e no Iraque e luta ao lado dos extremistas. Só na Alemanha, mais de 450 pessoas teriam deixado o país com esse objetivo, conforme o presidente do Departamento Federal de Proteção da Constituição. E muitas delas retornam. De acordo com Departamento Federal de Investigações, cerca de 120 já retornaram. Essas pessoas são temidas pelas autoridades, pois os que regressam estão doutrinados e treinados em armas e explosivos. Essas notícias têm alarmado também os políticos. Por isso, o governo alemão estuda maneiras de impedir a saída de homens e mulheres dispostos a se unir a terroristas. Isso não é muito fácil, porque as leis de nacionalidades e extradição não podem simplesmente ser canceladas. Essa é uma das muitas lições da ditadura nazista. Internet: <dw.com> (com adaptações). Julgue os seguintes itens, referentes ao tema do texto acima e aos múltiplos aspectos a ele relacionados. 17) A definição de terrorismo é bastante controversa, mas há um consenso básico: terroristas são aqueles que lutam contra o Estado e também contra um de seus elementos básicos, o povo. 09555860467 Atualidades para o Corpo de Bombeiros de Pernambuco ʹ Bombeiros Prof. Leandro Signori Prof. Leandro Signori www.estrategiaconcursos.com.br 35 de 94 COMENTÁRIO: Não há consenso, nem básico na definição do fenômeno atual do terrorismo. Há várias análises e conceituações. A literatura especializada nos ensina que existe também o terrorismo de Estado. Neste caso, terroristas são agentes do próprio Estado que lutam contra o seu povo, mas não contra o Estado, para o qual agem disseminando o terror. Gabarito: Errado (FUNIVERSA/SEAP DF/2015 ± AGENTE DE ATIVIDADES PENITENCIÁRIAS) O Congresso Nacional quer acelerar projeto que criminaliza o terrorismo em reação à revelação de que foram
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