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Cópia de curso 18083 aula 00 v1

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Aula 00
História p/ Bombeiros-PE
Professor: Sergio Henrique
04178253905 - marques
 A guerra contra os bárbaros; açúcar e escravidão. 
Prof. Sérgio Henrique. 
 
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SUMÁRIO 
00. Bate papo inicial. Pág. 01 
1. O período colonial: a capitania de Pernambuco. 
O açúcar e a escravidão. 
Pág. 04 
2. A guerra dos bárbaros. Pág. 06 
 3. A lavoura açucareira e mão de obra escrava. Pág. 11 
4. Exercícios resolvidos. Pág. 16 
5. Exercícios resolvidos. Pág. 23 
6. Considerações finais. Pág. 43 
 
00. BATE PAPO INICIAL. 
Olá querido amigo concurseiro. Está tentando ingressar na 
segurança pública, uma área que atrai por várias razões: Tanto pela 
estabilidade e possibilidades de progressão na carreira quanto pelo viés 
cidadão de ocupar uma vaga de um cargo importante para a sociedade. 
São várias as motivações pelas quais você está tentando. Um salário 
melhor, estabilidade para cuidar da família ... enfim. São tantas coisas. 
E elas devem te acompanhar a todo o momento de preparação. É onde 
você encontrará motivação nas horas mais difíceis, quando até 
mesmo podemos ter a ideia absurda de desistir. A motivação é o 
combustível necessário para a sua preparação. Motivação associada à 
disciplina de estudos é a chave do sucesso. 
No último certame para o corpo de bombeiros militar em 2006 
foram 1.250 vagas. Isso é bastante motivador, afinal dessa forma você 
sabe que as chances são bem razoáveis. Então é preciso conhecimento, 
selecionado e de qualidade para que você adquira competência para 
realizar sua prova. São 10 questões de Geografia e 10 de História. 
Estas duas disciplinas totalizam 33% da prova (20 questões em 60) e 
é fundamental um bom desempenho para tentar garantir sua vaga. A 
última banca contratada para realizar o concurso foi a IAUPE (instituto 
de apoio a universidade de Pernambuco). Considerando o último 
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 A guerra contra os bárbaros; açúcar e escravidão. 
Prof. Sérgio Henrique. 
 
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certame podemos ver que é uma banca que melhora a cada exame. 
Realiza vários concursos estaduais, e o vestibular da universidade de 
Pernambuco, UPE. Vou usar várias questões da banca para que você 
se familiarize ao tipo de abordagem da instituição. Então quando você 
ver na banca da questão UPE ou IAUPE, estamos nos referindo ao 
mesmo grupo que produz as questões. O Instituto de apoio realiza o 
vestibular da universidade estadual e se especializou na realização de 
processos seletivos públicos com a sigla IAUPE, mas essencialmente 
são as mesmas abordagens. É uma forma de entrarmos em contato 
com todos os possíveis raciocínios da banca, e rechear suas questões. 
Como o nosso curso é totalmente voltado para o concurso do Corpo 
de bombeiros militar PE, também usaremos questões de grandes 
instituições pernambucanas que tiverem um bom conteúdo. Selecionar 
e saber tudo isso é estratégico. 
Motivação, Disciplina e Estratégia. É o tripé do sucesso e 
estou aqui com Estratégia Concursos para levá-lo ao sucesso e 
alcançar seus objetivos. Vamos logo, pois não temos tempo a perder. 
Nosso tempo é valioso. Mas fique tranquilo. O nosso conteúdo tem uma 
quantidade razoável de assuntos, mas que distribuídos em um bom 
número de aulas vamos estudar tudo, bem detalhadamente, então 
pode conter a ansiedade. Tudo vai correr bem e foi devidamente 
distribuído para que você possa alcançar seu almejado sucesso. 
Você pode me adicionar no facebook: Sérgio Henrique 
https://www.facebook.com/profile.php?id=100012786948046&fref=t
s 
Lá dou dicas importantes para concursos e público alguns artigos 
de interesse de concurseiros. Te acompanharei em toda sua 
preparação. Conte sempre comigo no fórum de dúvidas. Sempre 
esclareço tudo o mais rápido possível. Faz muita diferença tirar as 
dúvidas com o professor, e vocês poderão contar o tempo todo com 
suporte para isso. 
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 A guerra contra os bárbaros; açúcar e escravidão. 
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Leia e releia suas aulas. Faça e refaça seus exercícios. A repetição 
é a mãe do aprendizado. A memorização deve vir da repetição dos 
exercícios e do acúmulo das leituras. É a melhor forma de memorizar 
o conteúdo. Aos poucos e através da repetição. Então vamos ao 
trabalho. É um convite aos estudos. Venha comigo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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 A guerra contra os bárbaros; açúcar e escravidão. 
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1. O PERÍODO COLONIAL: A CAPITANIA DE PERNAMBUCO. O 
AÇÚCAR E A ESCRAVIDÃO. 
A decisão de povoar o Brasil foi tomada em 1530, pois o rei 
resolveu mandar uma expedição com este objetivo. Martim Afonso 
de Souza, nomeado comandante da expedição, 
partiu para o Brasil naquele ano. Percorreu e 
explorou o litoral, promovendo também 
incursões de reconhecimento pelo interior. Aqui 
permaneceu até 1.533. Fundou a primeira 
cidade (a primeira oficialmente fundada) São 
Vicente e montou o primeiro engenho de açúcar 
do Brasil. 
 
Motivos da colonização: 
A colonização do Brasil ocorreu quase que 
acidentalmente. Mais precisamente às pressas e sem um projeto 
definido de exploração e ocupação. O que estimulou a coroa 
portuguesa colonizar nosso território são basicamente dois motivos: 
1- O comércio de especiarias com o oriente estava em 
decadência (devido ao aumento da concorrência internacional e a 
diminuição do preço dos produtos devida maior oferta) e; 
2- A ameaça estrangeira cada vez maior, o que de fato impeliu 
Portugal à colonização. Éramos uma colônia de exploração, ou seja, 
estávamos sujeitos à uma relação de exploração de nossos recursos e 
dependência legal (uma colônia não possui autonomia. É administrada 
pela metrópole) expressos no pacto colonial. 
 
 
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 Pacto ou Exclusivo Colonial 
 
Contexto econômico: Mercantilismo: lembre-se das 
características do mercantilismo que aprendemos na aula 00: 
intervenção do Estado na economia, metalismo, busca de superávit 
(balança comercial favorável), colonialismo. 
 
 
Déficit: quando o total de importações supera o total de exportações. 
Superávit: quando o total de exportações supera o total de 
importações. 
 
No início da colonização foi criado o sistema de capitanias, que 
não se mostrou eficiente. Entre as razões que não deram certo foi a 
grande resistência dos indígenas. Veremos mais detalhes sobre a 
organização e o funcionamento político da capitania de Pernambuco, 
mas agora é importante lembrarmos que quando foi fundada, o 
território abrangia quase todo o nordeste setentrional (norte do 
nordeste). Os atuais territórios dos estados do Cerará, Rio Grande do 
Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas e Sergipe. 
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Um mapa da capitania no século XVI. Destacado umengenho 
de açúcar. 
 
2. A GUERRA DOS BÁRBAROS. 
Colonizar o Brasil foi missão das mais difíceis. A coroa portuguesa 
não tinha recursos para o projeto e o transferiu para a iniciativa 
privada: através do sistema de capitanias e a produção de cana de 
açúcar. As primeiras expedições que chegaram aqui passaram por 
muitas dificuldades, entre elas, se não a maior, a resistência dos 
indígenas à colonização portuguesa. Vimos na aula anterior que os 
indígenas possuíam uma cultura de guerreiros, e a maior parte dos 
contatos com os europeus foi conflituoso. Em muitas áreas do litoral 
nordestino, na zona da mata, os colonos portugueses travaram guerras 
contra as tribos locais. Nas primeiras décadas da colonização, até o do 
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século XVII, os conflitos com os indígenas ficaram conhecidos como 
guerra contra os bárbaros. Os conflitos começaram com o início da 
colonização. Os primeiros contatos foram pacíficos e os indígenas não 
foram escravizados. Eram explorados através do escambo e do 
cunhadismo. Quando Portugal decidiu pela colonização as visões 
sobre o índio mudaram: inicialmente eram descritos como inocentes e 
bons. A partir de 1.�����VmR�GHVFULWRV�FRPR�³EiUEDURV´��YLROHQWRV��VHP�
religião e com práticas abomináveis como a antropofagia (que para o 
índio tinha um significado simbólico). Quero que você perceba como a 
palDYUD�³EiUEDUR´�p�SUHFRQFHLWXRVD��3DVVD�XPD�SURIXQGD�LPSUHVVmR�GH�
desprezo e inferioridade. Podemos dizer que o português tinha uma 
visão que chamamos de eurocentrismo. Via a cultura europeia como 
melhor e mais evoluída e lá como centro do mundo, então possuíam 
um profundo sentimento de superioridade em relação ao indígena. Isso 
serviu também de argumento para a colonização. Os portugueses 
deveriam civilizar e levar a religião aos indígenas pagãos. Na 
antiguidade os romanos chamavam de bárbaros todos os que não eram 
de cultura romana. 
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Desde o princípio da colonização os conflitos foram frequentes, 
até chegarem ao auge no fim do século XVII, no período do final da 
ocupação holandesa. Particularmente os estudos sobre este assunto se 
concentram entre 1693 até 1713, quando foi derrotada uma união das 
tribos contra os portugueses que ficou conhecida como confederação 
GR�&DULULV�RX�&RQIHGHUDomR�GRV�³%iUEDURV´��7DPEpP�GH�FRQIHGHUDomR�
dos Janduins. 
O combate aos indígenas baseava-se no conceito medieval de 
guerra justa, apoiado e divulgado pela Igreja, desde as cruzadas 
medievais contra os islâmicos. Estariam combatendo em nome da 
civilização e da igreja católica, contra os bárbaros, antropofágicos 
(canibais) e sem religião. Então esta guerra seria justa. A ideia de 
Guerra Justa é uma justificativa para a colonização e para o combate 
aos indígenas. Destacaram-se os colonos do nordeste, mas sobretudo 
bandeirantes paulistas e padres jesuítas. 
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O padre jesuíta frei Vicente de Salvador, relata como foi penosa 
a conquista da paraíba (na época parte da capitania de Pernambuco) e 
os longos anos de conquista até 1.586. Os principais indígenas 
combatidos eram os do sertão, à margem direita do São Francisco, os 
índios do ramo linguístico Tapuia. São várias tribos indígenas, 
designadas genericamente pelos portugueses de Cariris. Eles eram 
caçadores (diferentes dos tupis do litoral. Para os tupis eram tapuias 
os não tupis), produziam cerâmica e pontas de flechas e machados 
com pedra polida ou sílex. 
 
 Os confrontos com os indígenas difíceis. O capitão donatário 
Duarte Coelho empreendeu importantes vitórias para os colonizadores. 
Mais tarde quando ocorreu a criação do governo geral (tema de nossa 
próxima aula) o assunto guerra contra os bárbaros tomou a atenção 
dos governadores gerais e tiveram o apoio das bandeiras paulistas, no 
combate aos indígenas do sertão. Entre os sertanistas (bandeirantes) 
estavam Domingos Jorge Velho, famoso por ter sido o responsável pela 
derrota e destruição do Quilombo dos Palmares. Os indígenas se 
juntaram formando a já citada união das tribos, que ficou conhecida 
como confederação cariri. É importante lembrarmos que se trata de 
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uma união entre as diversas tribos tapuias/cariris que se uniram contra 
os colonizadores para defender seu território, então realizavam 
frequentes ataques aos engenhos e vilas, causando grande destruição. 
Os colonos portugueses empreenderam décadas de combate à 
resistência dos indígenas (primeiro os caetés do litoral e depois os 
tapuias do sertão). Foram envolvidas as grandes autoridades coloniais, 
os Jesuítas e os bandeirantes. Ao fim do conflito é a consolidação do 
domínio colonial português no nordeste. 
 
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Enquanto ocorriam décadas de confronto foi instalada a lavoura 
açucareira, que usou a mão de obra escrava africana e contou com o 
suporte financeiro dos holandeses, que mais tarde invadiram a 
capitania de Pernambuco, dando início a um processo de colonização 
holandês, sobre o comando de Maurício de Nassau. Estudaremos estes 
assuntos nas próximas aulas, e vamos tratar agora da implantação da 
lavoura de cana de açúcar. Como ocorreu, porque optaram por este 
produto e pela escravidão. Vamos nessa. 
 
3. A LAVOURA AÇUCAREIRA E MÃO DE OBRA ESCRAVA. 
Por que a cana? 
A opção por cultivar a cana de açúcar ocorreu por várias razões 
que vamos enumerar: 
 
1- Havia uma alta demanda na Europa pelo açúcar e seus 
preços eram altos. 
2- A cana é um vegetal asiático, da índia, que possui clima 
quente e úmido. Se adaptou muito bem ao clima do litoral nordestino 
(tropical úmido), e ao solo fértil da região (solo de massapé). 
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3- O financiamento da produção, transporte, refino e 
distribuição no mercado europeu do açúcar era realizado por 
holandeses. 
 
Clima tropical úmido: É o clima da região do litoral nordestino, a 
zona da mata. É quente e úmido e sofre influência da umidade 
oceânica, e no inverno da massa polar atlântica, que provoca chuvas 
de inverno. 
Solo de Massapê: É o solo encontrado na zona da mata. Solos são 
rochas desagregadas, misturada com material orgânico e 
microorganismos. Ele é o resultado da desagregação de duas rochas: 
a gnaisse e o calcário. É um solo profundo e fértil. 
A opção pela cana de açúcar tinha como objetivo garantir o 
máximo de lucro para a metrópole, que no contexto do início da 
colonização, encontrava-se em crise econômica e transferiu os 
gastos da colonização para a iniciativa privada através das 
capitanias hereditárias e dependia do financiamento e infraestruturaholandesa. Os flamengos (holandeses) ficavam, portanto, com as 
atividades mais lucrativas que envolviam o comércio internacional do 
açúcar. A relação com os holandeses era intensa e pacífica até 1.580, 
quando ocorre a União Ibérica. Foi a união entre os dois reinos, 
Portugal e Espanha, sob domínio espanhol. Durante o período da União 
Ibérica os holandeses foram proibidos de participar da atividade 
açucareira no Brasil por serem inimigos da Espanha. Neste contexto 
invadiram salvador e depois Pernambuco. A expulsão dos holandeses 
em 1.654 está ligada à decadência da cana de açúcar. Não há dúvidas 
da importância da atividade açucareira para a Holanda, mas vale 
ressaltar que nunca se ocuparam da produção. Nunca foram donos de 
um só engenho no Brasil, nem mesmo no período em que invadiram e 
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permaneceram em Recife, atual capital de Pernambuco. Sempre se 
comprometeram com o financiamento, frete e comércio, 
principalmente. 
Os engenhos foram instalados destacadamente em 
Pernambuco, Bahia, pequenas faixas territoriais maranhenses, no 
nordeste e São Vicente, litoral de São Paulo. O modelo de produção 
adotado foi o Plantation, cujas características são: 
1- Monocultura (só se cultivava cana de açúcar). 
2- Exportação (o objetivo é atender a demanda do exterior, no 
caso a metrópole). 
3- Latifúndios (grandes extensões de terra). 
4- Escravidão (Mão de obra escrava africana). 
 
 
A escravidão e o comércio atlântico: 
A escravidão africana foi uma opção, devido a um mercado 
extremamente lucrativo que era o comercio de africanos, pois a 
demanda de braços era tão grande quanto a demanda por açúcar. 
Movimentava um mercado (o mercado atlântico de escravos), que era 
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grande como a demanda europeia pelo sabor doce. Por que não 
escravizar o índio, se pergunta você, mas deve se lembrar que a Igreja 
Católica se posicionou através de Bulas Papais e na expansão e 
colonização da América, contra a escravidão do gentio (nativo, 
indígena). E não movimentava um mercado tão lucrativo e 
estruturado, como era o comércio de africanos. 
 
Quanto ao negro, a escravidão era denunciada por alguns 
religiosos, mas como um todo era tolerada e aceita, e em todo o 
período colonial e no império brasileiro era o sustentáculo da economia 
e elemento fundamental na organização da sociedade, pois todo o 
trabalho braçal, inclusive o de vestir seus senhores, era realizado por 
um cativo. A demanda por braços para o trabalho era muito grande, 
ao ponto de Portugal não conseguir atender a demanda. Isso gerou o 
comércio atlântico que fugia ao controle de Portugal: O tráfico 
negreiro. Os africanos escravizados eram transportados nos navios 
negreiros, cuja mortalidade era tão alta, que foram apelidados de 
navios tumbeiros. Eram descarregados no litoral nos mercados de 
escravos, onde eram vendidos, e dali seguiam para as fazendas. Para 
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evitar a comunicação e rebeliões, separavam as famílias e as tribos. 
Durante todo o tempo em que ocorreu a escravidão (1530-1888), 
ocorreu também a resistência africana. Resistiam através de suicídios, 
abortos, levante contra seus senhores, fugas e a formação de 
Quilombos. Durante as invasões holandesas, durante resistência dos 
colonos na primeira invasão na Bahia estimulou muito o surgimento de 
quilombos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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4. EXERCÍCIOS RESOLVIDOS. 
 
1. (Upe 2014) Observe a imagem a seguir: 
 
 
 
 
Ela ilustra um engenho de açúcar, típica unidade de produção do 
nordeste colonial. Com base na imagem e na realidade histórica por 
ela ilustrada, assinale a alternativa CORRETA. 
a) Esse engenho movido por força hidráulica é uma realidade do século 
XVIII, embora anteriormente fosse utilizada a força humana ou a 
força animal para fazê-lo funcionar. 
b) A presença exclusiva de mão de obra escrava negra, na imagem, 
denota a exclusão dos indígenas como trabalhadores, escravos ou 
livres, da indústria açucareira. 
c) Engenhos de grande porte, como o da ilustração, só foram 
introduzidos na América Portuguesa em meados do século XVII, 
pelos holandeses que ocupavam a capitania de Pernambuco. 
d) A mão de obra utilizada nos engenhos, escrava ou livre, muitas 
vezes, era formada por trabalhadores especializados. 
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e) A mão de obra indígena só foi utilizada, no período colonial, em 
regiões como São Paulo e Rio de Janeiro, não se fazendo presente 
nos engenhos do nordeste colonial. 
 
Resposta: 
 
[D] 
 
A proposição [D] está correta. O Engenho Colonial (roça, 
capela, casa grande, senzala, moenda etc.) pode ser comparado 
FRP� XPD� ³HPSUHVD� FRORQLDO´� XPD� YH]� TXH� SDUD� SURGX]LU� R�
açúcar eram necessários muitos trabalhadores especializados 
ou não, escravos ou homens livres. 
As demais alternativas estão equivocadas. Ocorreu a 
escravidão indígena nos engenhos no nordeste, embora menor 
que a escravidão negra. Os bandeirantes paulistas 
aprisionaram índios das missões do sul e venderam como mão 
de obra escrava para os engenhos coloniais do nordeste. A 
partir da segunda metade do século XVI foram criados 
engenhos de açúcar no nordeste movido a água e a tração 
animal. 
 
2. (Upe 2010) O trabalho cria riquezas sociais que, nem sempre, são 
divididas e servem para efetivar sociedades equilibradas. O uso da 
escravidão mostra a existência da exploração, mesmo nos tempos 
modernos. A escravidão 
a) foi utilizada nas colônias europeias até o século XVIII, na agricultura, 
apresentando grande lucratividade nos negócios agrícolas. 
b) tinha lugar no trabalho doméstico, apenas nas colônias portuguesas 
e inglesas, sendo ineficaz no comércio. 
c) conseguiu se firmar nas colônias espanholas; sem êxitos 
expressivos, nas colônias inglesas, devido aos preconceitos raciais. 
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d) deu condições para favorecer o crescimento da burguesia, que 
lucrava com o comércio da época e firmava seus interesses. 
e) inexistiu no trabalho, nas minas de ouro da América, sendo utilizada 
na agricultura latifundiária e nos serviços urbanos. 
 
Resposta: 
 
[D] 
 
Existem interpretações diferentes acerca da escravidão. 
Como o enunciado não especifica um país, a questão fica muito 
vaga e gera confusão, principalmente porque as alternativas 
são genéricas. 
A alternativa [A] pode ser considerada, apesar da 
imprecisão quanto à data, pois a escravidão existiu no séculoXIX, principalmente no Brasil, a maior parte do tempo já 
independente. Na maior parte do tempo e lugares foi utilizada 
na agricultura, apesar de fundamental na mineração. A banca 
considerou como correta a alternativa D. 
Apesar das dúvidas podemos eliminar a (A) pela 
imprecisão temporal. 
A alternativa [D] considerada correta pois o tráfico de 
escravos era um grande comércio colonial. Movimentava um 
volume enorme de dinheiro. Inclusive as grandes fortunas eram 
principalmente dos comerciantes de escravos. Parte da 
burguesia lusitana obteve grande lucro com o tráfico negreiro; 
aliás foi esse lucro que determinou a opção pela escravidão 
africana. As outras alternativas podemos eliminar pois os 
escravos foram usados em todos trabalhos: doméstico, lavoura 
e minas de ouro, e o preconceito racial foi regra em toda a 
américa. 
 
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3. (Upe 2009) As sociedades mudam suas práticas sociais e conservam 
outras através da sua convivência no decorrer do tempo histórico. Na 
época da colonização portuguesa, havia, no Brasil, uma sociedade 
marcada pela escravidão e a injustiça social. Nos engenhos produtores 
de açúcar, 
a) predominava o trabalho escravo e o poder dos proprietários, sem a 
interferência da religião, ausente do núcleo de dominação. 
b) havia mais liberdade social do que nos centros urbanos, devido à 
presença de núcleos de trabalho livre em quantidade expressiva. 
c) permaneciam relações de poder patriarcais na vida social, sendo a 
riqueza produzida importante para Portugal e sua colonização. 
d) mantinham-se práticas sociais hierarquizadas para os escravos, 
havendo liberdade para as mulheres. 
e) existia uma participação dos valores do catolicismo numa luta 
cotidiana contra a escravidão dominante nas relações sociais. 
 
Resposta: 
 
[C] 
 
A sociedade colonial era religiosa, patriarcal e, no período 
açucareiro, polarizada entre senhores e escravos. O trabalho 
escravo era a base da atividade produtiva, baseada no 
latifúndio monocultor e exortador, responsável pelo 
enriquecimento da metrópole portuguesa. É importante 
lembrarmos que o catolicismo acompanhou todo o processo 
colonizador, então podemos eliminar a alternativa (A). 
 Durante o ciclo canavieiro em Pernambuco não havia 
núcleos urbanos, que só surgiriam com a mineração e aí 
eliminamos a (B). 
Não havia liberdade feminina e a sociedade era 
profundamente patriarcal, e eliminamos a (D). 
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E a luta contra a escravidão não tomou a vida social, 
inclusive foi abolida tardiamente, e eliminamos a (E). 
 
4. (Ufpb 2012) O Rei de Portugal, em Carta Régia datada de 1701, 
proibia a criação de gado em uma faixa de dez léguas a partir do litoral 
brasileiro. No caso da Paraíba, essa medida intensificou a ocupação do 
sertão e, consequentemente, o conflito com os indígenas que 
habitavam essa região. Considerando a ocupação do interior da Paraíba 
e os conflitos entre colonizadores e índios, é correto afirmar: 
a) A intervenção pacificadora de Teodósio de Oliveira Ledo, conhecido 
defensor dos índios, foi fundamental para pôr fim a esses conflitos. 
b) A falta de aliança entre as tribos locais facilitou o domínio dos 
colonizadores, reduzindo os conflitos a insignificantes combates. 
c) A recusa dos sertanistas em participar dos conflitos com os índios 
da região decorre da existência de alianças entre os dois grupos. 
d) A aliança entre os Potiguara e os Tabajara, ponto central do conflito 
sertanejo, tornou esse dois povos os únicos resistentes à ocupação. 
e) A defesa do território pelos nativos teve como destaque a aliança 
intertribal conhecida como Confederação dos Cariris. 
 
 
Resposta: 
 
[E] 
 
Como movimento de resistência, algumas tribos indígenas 
da região Nordeste formaram a Confederação dos Cariris, em 
1.683, na tentativa de recuperar os vastos hectares de terra que 
os fazendeiros portugueses tomaram dos índios. Os indígenas 
ocuparam diversas regiões e chegaram a atacar cidades do 
interior. A grande repressão ocorreu em 1.713, com a dizimação 
dos povos indígenas envolvidos na insurreição. Teodósio ledo, 
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citado na alternativa (A) era português colonizador, não 
defensor dos indígenas. Os indígenas organizaram-se contra os 
dominadores, várias tribos como potiguaras, tabajaras, e vários 
outros que eram todos chamados cariris. 
 
5. (Ufal 2007) Considere o texto. 
 
O negro, a princípio tão medroso do tapuia e do mato grosso, se 
assenhoreou depois de algumas das florestas mais profundas do país 
e submeteu às suas tentativas rudes de colonização policultora, 
realizadas quase dentro das florestas virgens (...). O máximo de 
aproveitamento da vida nativa. Inclusive das palmas das palmeiras 
para numerosos fins, a começar pela habitação: arte em que o negro 
tornou-se o rival do indígena, a ponto do mucambo de palha ter se 
tornado tão ecológico como qualquer palhoça indígena. O exemplo de 
Palmares já se tornou clássico. E é tão conhecido que seria banal 
recordá-lo ainda uma vez. Mesmo porque não é o único na história do 
Nordeste. 
 (Gilberto Freyre. "Nordeste". Rio de Janeiro: Record, 1989. p. 
81) 
 
O autor mostra como os habitantes dos quilombos do Nordeste, no 
período colonial, exploravam o meio ambiente. Analisando o texto, 
pode-se afirmar que o autor sugere que os quilombolas 
a) entraram em conflitos com os índios pela disputa por terras férteis. 
b) organizaram seu modo de vida adequando-se às condições naturais. 
c) destruíram as condições ambientais com a colonização policultora. 
d) evitaram adentrar na floresta por medo de serem atacados por 
índios. 
e) contribuíram, como os fazendeiros, na devastação das florestas 
naturais. 
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Resposta: 
 
[B] 
Não foram inimigos dos índios, mas assim como eles 
combatiam os dominadores portugueses. Formavam 
comunidades que reproduziam as organizações africanas e 
praticavam agricultura de subsistência (não policultura). Eles 
de acordo com o texto organizaram seu modo de vida às 
condições ambientais. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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5. EXERCÍCIOS PROPOSTOS. 
1. (Ufg 2014) Leia o documento a seguir. 
 
Este homem é um dos maiores selvagens com que tenho topado: 
quando se avistou comigo, trouxe consigo um intérprete porque não 
sabe falar português nem se diferencia do mais bárbaro Tapuia. Mesmo 
se dizendo cristão e sendo casado, lhe assistem sete índias concubinas. 
E daqui se pode inferir que, tendo em vista a sua vida desde que teve 
o uso da razão, se é que a teve, até o presente momento, se encontraa andar metido pelos matos à caça de índios e de índias, estas para o 
exercício de sua torpeza sexual, aqueles para a obtenção de seus 
interesses econômicos. 
 
RIBEIRO, Darcy; MOREIRA NETO, Carlos Araújo (Orgs.). A fundação 
do Brasil: testemunhos ± 1500/1700. Petrópolis: Vozes, 1992. p. 299. 
(Adaptado). 
 
O documento apresenta a descrição feita pelo bispo de Pernambuco, 
D. Francisco de Lima, a respeito do chefe bandeirante Domingos Jorge 
Velho. Essa descrição indica um antagonismo entre religiosos católicos 
e bandeirantes na América Portuguesa durante o século XVII. Com 
base na análise do documento e de seu contexto histórico, conclui- se 
que tal oposição associava-se ao fato de a Igreja 
a) condenar o enriquecimento por meio da escravidão, contrariando os 
FLWDGRV�³LQWHUHVVHV�HFRQ{PLFRV´�GRV�EDQGHLUDQWHV��TXH�VH�ILUPDYDP�
como fornecedores de mão de obra escrava para diversas capitanias. 
b) defender a catequização dos indígenas e sua organização em 
missões religiosas, condenando, assim, as bandeiras de 
DSUHVDPHQWR��DOXGLGDV�QR�WUHFKR�³DQGDU�PHWLGR�QDV�PDWDV�j�FDoD�GH�
tQGLRV�H�tQGLDV´�� 
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c) desprezar a cultura nativista constituída na Capitania de São 
Vicente, onde foram rejeitados os costumes e a língua portuguesa, 
como destacado pelo bispo, ao afirmar que o bandeirante necessitou 
de intérprete. 
d) repudiar a associação entre bandeirantes e Tapuias, implícita nos 
trechos em que o padre afirma que Jorge Velho não se diferenciava 
dessa etnia e que mantinha concubinato com tais índias. 
e) considerar que os colonos eram desprovidos de raciocínio, como 
indicado pelo religioso, ao duvidar que o bandeirante possuía razão, 
por entender que esta é alcançada por meio de estudos eclesiásticos. 
 
2. (Ufrgs 2002) Observe a gravura a seguir. 
 
Esta gravura ilustra as práticas rituais dos indígenas brasileiros 
presenciadas e descritas pelo cronista Hans Staden (1548 - 1555). A 
partir desta imagem, evidenciou-se ao mundo ocidental a existência da 
a) antropofagia charrua. 
b) antropofagia caingangue. 
c) antropofagia bororo. 
d) antropofagia tapuia. 
e) antropofagia tupinambá. 
 
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3. (Ufc 2002) O texto a seguir foi extraído do documento 
"Representação da Câmara de Aquiraz ao Rei de Portugal". 
 
"(...) para a conservação desta capitania será vossa majestade servido 
destruir estes bárbaros para que fiquemos livres de tão cruel jugo; em 
duas aldeias deste gentio assistem padres da Companhia que foram já 
expulsos de outras aldeias do sertão (...) estes religiosos são 
testemunhas das crueldades que estes tapuias tem feito nos vassalos 
de vossa majestade. (...) só representamos a vossa majestade que 
missões com estes bárbaros são escusadas, por que de humano só tem 
a forma, e quem disser outra coisa é engano conhecido." 
(Citado em PINHEIRO, Francisco José. "Mundos em confronto: povos 
nativos e europeus na disputa pelo território." In SOUSA, Simone de 
(org.) "Uma Nova História do Ceará." Fortaleza. Edições Demócrito 
Rocha. 2000. p. 39) 
 
A partir da leitura do documento acima, é correto afirmar que: 
a) a acirrada reação indígena constituiu uma forma de resistência à 
destruição do seu modo de vida. 
b) o projeto português de colonizar, civilizar e catequizar contribuiu 
para manter a organização tribal. 
c) a ocupação do interior cearense, em virtude da reação indígena, foi 
iniciada na segunda metade do século XVIII. 
d) o domínio do interior cearense pelo colonizador e a catequese 
jesuítica foram realizados de modo a preservar a cultura indígena. 
e) a Câmara de Aquiraz expressava a preocupação com a catequese 
indígena como forma de apaziguar o conflito entre os colonizadores 
e os índios. 
 
 
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4. (Ufg 2010) Leia o texto a seguir. 
 
>«@�VH�PH�UHSUHVHQWRX�TXH��SHODV�QRWtFLDV�TXH�WLQKDP�DGTXLULGR�
com as entradas que haviam feito pelos sertões dessa América, se lhes 
fazia certo haver neles minas de ouro e prata, e pedras preciosas, cujo 
descobrimento senão havia intentado pela distância em que ficaram as 
tais terras, aspereza dos caminhos, e povoações de índios bárbaros 
TXH�QHODV�VH�DFKDYDP�DOGHDGRV��>«@�H�SRUTXH�GHVWH�GHVFREULPHQWR�GH�
minas podiam resultar grandes interesses à minha fazenda, se 
ofereciam a me irem fazer esse serviço tão particular, à sua custa, não 
só conquistando com guerra aos gentios bárbaros que se lhes 
opuserem mas também procurando descobrir os haveres que nas ditas 
WHUUDV�HVSHUDYDP�DFKDU��>«@�H�TXH�fazendo o serviço que se ofereciam 
esperavam ser-lhes remunerado com as honras e prêmios. 
 
Resposta de D. João V ao pedido de licença dos bandeirantes, 14 de 
fevereiro de 1721. In: PALACÍN, Luís; GARCIA, Ledonias; AMADO, 
Janaína. História de Goiás em documentos. Goiânia: Editora da UFG, 
1995. p. 22. (Adaptado). 
 
O documento remete às relações entre o Rei e os súditos, no período 
colonial no Brasil, estabelecendo que 
 
a) a exploração aurífera seria feita com base nos investimentos da 
Coroa nas expedições. 
b) os gentios seriam protegidos por meio da proibição de sua 
escravização. 
c) o conhecimento da fauna e da flora do sertão seria prioritário para 
os interesses da Coroa. 
d) a recompensa dos bandeirantes estaria assegurada em caso de 
sucesso da expedição. 
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e) as expedições em áreas distantes e infestadas de gentios seriam 
excluídas do patrocínio real. 
 
5. (Ufmg 1997) Leia o texto adiante. 
 
"... Não castigar os excessos que eles [os escravos] cometem seria 
culpa não leve, porém estes [senhores] hão de averiguar antes, para 
não castigar inocentes, e se hão de ouvir os delatados e, convencidos, 
castigar-se-ão com açoites moderados ou com os meterem em uma 
corrente de ferro por mão própria e com instrumentos terríveis e 
chegar talvez aos pobres com fogo ou lacre ardente, ou marcá-los na 
cara, não seria para se sofrer entre os bárbaros, muito menos entre os 
cristãos católicos." 
 
 (ANTONIL, André João. CULTURA E OPULÊNCIA DO BRASIL. 
1711.) 
 
Esse texto, escrito por um padre jesuíta em 1711, pode ser relacionado 
à 
a) associação entre a escravidão e a moral cristã. 
b) condenação dos castigos aplicados aos escravos. 
c) oposição do clero católico à escravidão. 
d) regulamentação das relações entre senhores e escravos. 
 
6. (Fgv 2008) "O primeiro testemunho sobre a antropofagia na 
América foi registrada por Álvarez Chanca (...) em 1493. (...) 
Registrada a abominação antropofágica, os monarcas espanhóis 
autorizam em 1503 a escravidão de todos os caraíba pelos colonos. No 
litoral brasileiro, os tupinambá, do grupo tupi, tinham o hábito do 
canibalismo ritual (...). 
 Prova de barbárie e, para alguns, da natureza não humana do 
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ameríndio, a antropofagia condenava as tribos que a praticavam a 
sofrer pelas armas portuguesas a "guerra justa" e do cativeiro perpétuo 
em 1557, por terem devorado no ano anterior vários náufragos 
portugueses, entre os quais se encontrava o primeiro bispo do Brasil." 
 (Luís Felipe de Alencastro,"Folha de S.Paulo", 12.10.1991) 
 
A partir do fragmento é correto concluir que 
a) as tribos tupiniquins, aliadas aos franceses, acreditavam na justiça 
e na importância da guerra justa como capaz de permitir a 
supremacia contra tribos inimigas. 
b) conforme determinava a legislação de Portugal e da Espanha até o 
início do século XIX, apenas os nativos da América que praticavam o 
canibalismo foram escravizados. 
c) a escravização dos ameríndios foi legal e efetiva apenas até a 
entrada dos primeiros homens escravos africanos na América, a 
partir da segunda metade do século XVII. 
d) o estranhamento do colonizador europeu com a prática da 
antropofagia por parte dos nativos da América serviu de pretexto 
para a escravização desses nativos. 
e) portugueses e espanhóis, assim como a Igreja Católica, associavam 
a desumanidade dos índios ao fato desses nativos insistirem na 
prática da guerra justa. 
 
7. (Unifesp 2007) "Não é minha intenção que não haja escravos... nós 
só queremos os lícitos, e defendemos (proibimos) os ilícitos." Essa 
posição do jesuíta Antônio Vieira, na segunda metade do século XVII, 
a) aceita a escravidão negra mas condena a indígena. 
b) admite a escravidão apenas em caso de guerra justa. 
c) apóia a proibição da escravidão aos que se convertem ao 
cristianismo. 
d) restringe a escravidão ao trabalho estritamente necessário. 
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e) conserva o mesmo ponto de vista tradicional sobre a escravidão em 
geral. 
 
8. (Ufc 2001) Leia o texto abaixo. 
 
"A grande lavoura açucareira na colônia brasileira iniciou-se com o uso 
extensivo da mão de obra indígena. (...) Os engenhos do Recôncavo 
obtiveram força de trabalho indígena através de três métodos 
principais: escravização, escambo e pagamento de salários. (...) Na 
década de 1580, a legislação régia e a crescente eficácia dos jesuítas 
começou a criar problemas para os que desejavam obter trabalhadores 
indígenas por meio de resgate e 'guerra justa'." 
 (SCHWARTZ, Stuart B. "Segredos Internos. Engenhos e escravos 
na sociedade colonial." São Paulo: Companhia das Letras, 1998, pp. 
57-59.) 
 
A partir do texto acima, assinale a alternativa correta sobre a utilização 
da mão de obra dos indígenas nas grandes fazendas de açúcar, 
a) A escravização dos indígenas foi extinta no final do século XVI, razão 
pela qual os portugueses passaram a escravizar os africanos. 
b) As dificuldades para a escravização dos nativos e os lucros do tráfico 
negreiro levaram os portugueses a utilizar a mão de obra dos 
africanos. 
c) A escravização dos indígenas ocorria no interior dos aldeamentos 
jesuíticos, onde, ao lado da catequese, aprendiam o trabalho dos 
engenhos. 
d) Os jesuítas empreendiam uma intensa campanha contra a 
escravização dos indígenas, razão pela qual vieram para o Brasil no 
final do século XVIII. 
e) Os indígenas aceitaram o trabalho escravo e se acostumaram à vida 
com seus senhores, ao contrário dos negros africanos. 
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9. (Ufpe 2007) A União Ibérica durou 60 anos e teve influência na 
colonização portuguesa do Brasil. Durante o período da união entre 
Portugal e Espanha, o Brasil: 
a) atingiu o auge da sua produção açucareira com ajuda de capitais 
espanhóis. 
b) foi invadido pela Holanda, interessada na produção do açúcar. 
c) conviveu com muitas rebeliões dos colonos contra o domínio 
espanhol. 
d) registrou conflitos entre suas capitanias, insatisfeitas com a 
instabilidade econômica. 
e) conseguiu ficar mais livre da pressão dos colonizadores europeus. 
 
10. (Ufpe 2001) As razões que fizeram com que no Brasil colonial e 
mesmo durante o império a escravidão africana predominasse em lugar 
da escravidão dos povos indígenas, podem ser atribuídas a: 
a) setores da Igreja e da Coroa se opunham à escravização indígena; 
fugas, epidemias e a legislação antiescravista indígena tornou-a 
menos atraente e lucrativa. 
b) religião dos povos indígenas, que, proibia o trabalho escravo. 
Preferiam morrer a ter que se submeterem às agruras da escravidão 
que lhes era imposta nos engenhos de açúcar ou mesmo em outros 
trabalhos. 
c) Reação dos povos indígenas, que por serem bastante organizados e 
unidos, toda vez que se tentou capturá-los, eles encontravam alguma 
forma de escapar ao cerco dos portugueses. 
d) a ausência de comunicação entre os portugueses e os povos 
indígenas e a dificuldade de acesso ao interior do continente, face ao 
pouco conhecimento que se tinha do território e das línguas 
indígenas. 
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e) um enorme preconceito que existia do europeu em relação ao 
indígena, e não em relação ao africano, o que dificultava 
enormemente o aproveitamento do indígena em qualquer atividade. 
 
11. (Ufpe 2000) A economia colonial brasileira 
a) possibilitou a comercialização direta dos produtos coloniais 
brasileiros com vários reinos europeus e vice-reinos coloniais 
americanos. 
b) foi a base para a formação e o desenvolvimento da Companhia das 
Índias Ocidentais, com sede em Amsterdã. 
c) estimulou a produção de açúcar de cana na Europa. 
d) tem, com a produção do tabaco e a exportação das ervas do sertão, 
os maiores lucros do período. 
e) enquadrava-se nos interesses comerciais europeus que geraram a 
colonização. 
 
12. (Ufpe 2000) Textos e imagens sobre o período colonial brasileiro 
são ricos em informações históricas. Sobre esses documentos, é 
INCORRETA uma dessas afirmações. 
a) A partir de pinturas e desenhos sobre o período colonial brasileiro é 
possível identificar culturas indígenas diferentes. 
b) Em muitas cenas, foram retratados rituais de canibalismo mas 
também nativos como bons selvagens. 
c) No curso dos séculos reservados ao período colonial, desenhos e 
também pinturas privilegiaram, como tema, paisagens e acidentes 
geográficos. 
d) A quantidade e a qualidade dos desenhos e das pinturas sobre o 
Novo Mundo revelam a importância dada à produção de informações 
na época. 
e) O Brasil ficou conhecido na Europa moderna devido apenas aos 
textos e imagens produzidos pelos ibéricos. 
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13. (Ufpe 1995) Na opinião do historiador Caio Prado Jr., todo povo 
tem na sua evolução, vista a distância, um certo sentido. Este se 
percebe, não nos pormenores de sua história, mas no conjunto dos 
fatos e acontecimentos essenciais...Assinale a alternativa que corresponde ao "sentido" da colonização 
portuguesa no Brasil. 
a) A colonização se estabeleceu dentro dos padrões de povoamento e 
expansão religiosa. 
b) A colonização foi um fato isolado, portanto, uma aventura que não 
teve continuidade. 
c) A colonização foi o resultado da expansão marítima dos países da 
Europa e, desde o início, constituiu-se numa sociedade de europeus 
sem nenhuma miscigenação. 
d) A colonização se realizou no "sentido" de uma vasta empresa 
comercial para fornecer ao mercado internacional açúcar, tabaco, 
ouro, diamantes, algodão e outros produtos. 
e) A colonização portuguesa teve, desde cedo, o objetivo de criar um 
mercado nacional no Brasil. 
 
14. (Ufpe 1995) O tráfico negreiro paralisou o crescimento da 
população na África. No século XVII, a população africana equivalia à 
da Europa e representava um quinto da população do globo. No século 
XX, representava menos da décima terceira parte da população 
mundial, segundo Maurice Halbwachs. 
Através do tráfico, o Brasil recebeu grandes contingentes de escravos 
africanos, que se distribuíram, no território, da seguinte forma: 
a) na produção do café, em São Paulo, desde o século XVII; a partir 
de século XVIII, na Bahia e em Pernambuco; 
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b) os maiores contingentes de escravos africanos vieram para as áreas 
produtoras de açúcar, posteriormente para a região das minas e, só 
mais tarde para São Paulo, na produção de café; 
c) para Minas, logo no início do século XVI; em seguida para o Espírito 
Santo, Pará e Alagoas, com a produção de açúcar e, por último, para 
Pernambuco e Bahia; 
d) na região algodoeira, onde o modo escravista de produção foi 
dominante e, em seguida, para a região da borracha; 
e) no Rio de Janeiro, com a vinda da família real e no Rio Grande do 
Sul, como a mão de obra de uma agricultura do tipo familiar. 
 
15. (Uema 2016) 
 
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Estimativa do número de africanos 
desembarcados em cada região 
(em milhares de indivíduos) 
Período Brasil América Britânica e Estados Unidos 
1501-1550 ±± ±± 
1551-1600 50,0 ±± 
1601-1650 200,0 ±± 
1651-1700 360,0 ±± 
1701-1740 605,1 70,2 
1741-1800 1095,2 321,0 
1801-1830 1000,4 168,3 
1831-1850 712,7 0 
1851-1870 6,4 0,3 
Total Geral 4.029,8 559,8 
 
ALENCASTRO, Luís Felipe de. O tráfico dos viventes. Formação do Brasil 
no Atlântico Sul. São Paulo: Cia das Letras, 2000. Adaptado. 
 
O número de africanos desembarcados no Brasil devido ao tráfico 
negreiro, conforme tabela, foi o maior, ao se compararem os dados da 
América Britânica e os Estados Unidos. Uma das explicações para essa 
diferença é que 
a) no Brasil, o tráfico negreiro foi facilitado pela proximidade com o 
litoral africano; nos Estados Unidos, a distância em relação à costa 
africana encareceu a mercadoria escrava. 
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b) nos Estados Unidos, o tráfico sempre foi ilegal, dificultando, assim, 
o comércio transatlântico de escravos; no Brasil, o tráfico estendeu-
se legalmente até às vésperas da abolição da escravidão. 
c) no Brasil, prevaleceu o projeto de abastecimento da mão de obra 
escrava por meio do tráfico negreiro; nos Estados Unidos, 
predominaram as fazendas onde ocorria a reprodução escrava. 
d) nos Estados Unidos, predominou o trabalho livre, realizado em 
pequenas propriedades, sendo a mão de obra escrava utilizada 
somente nas lavouras de algodão da região norte; no Brasil, a mão 
de obra escrava foi predominante nas mais diversas regiões. 
e) no Brasil, o elevado crescimento da economia agroexportadora 
possibilitou capital disponível para a compra de escravos; nos 
Estados Unidos, as constantes crises da lavoura algodoeira 
inviabilizavam a compra em larga escala da mão de obra escrava. 
 
16. (Uern 2015) Apesar da ênfase dada ao açúcar, a economia colonial 
não se esgotava nas plantações desse produto (...). Havia os pequenos 
produtores de alimentos que abasteciam os engenhos e as cidades 
(...). Nunca, desde o início da instalação da agroindústria, houve a 
diminuição do volume de açúcar produzido nas áreas a eles destinadas. 
(...) 
 
As mais ricas regiões produtoras de açúcar da Bahia tinham muitos 
braços para o trabalho. 
 
(Disponível em: 
http://pequenaantropologa.blogspot.com.br/2011/07/fichamento-
montagem-da-economia.html.) 
 
 
O texto se relaciona à economia colonial. Nesse contexto, o plantation, 
utilizado não só na América Portuguesa, mas também nas outras 
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colônias americanas, foi caracterizado basicamente pelos seguintes 
elementos: 
a) Policultura, importação, latifúndio e colonato. 
b) Monocultura, balança comercial, parceria e escambo. 
c) Monocultura, latifúndio, exportação e trabalho escravo. 
d) Policultura, minifúndio, subsistência e trabalho compulsório. 
 
17. (Uece 2015) Atente para as afirmações abaixo acerca da utilização 
da mão de obra indígena nos engenhos de açúcar no período colonial 
brasileiro. 
 
I. Os indígenas aceitaram mais facilmente o trabalho escravo e se 
acostumaram à vida com seus senhores, ao contrário dos africanos 
que sempre resistiram. 
II. Os jesuítas empreenderam uma intensa campanha contra a 
escravização dos indígenas, razão pela qual vieram para o Brasil no 
início da colonização. 
III. As dificuldades de escravização dos indígenas e os lucros do tráfico 
negreiro levaram os portugueses a optar pela mão de obra africana. 
 
Está correto o que se afirma somente em 
a) I e II. 
b) II. 
c) II e III. 
d) III. 
 
18. (Uepb 2014) ³$�iUHD�KRje conhecida como sertão foi muito mais 
ampla da divisão que conhecemos atualmente. Durante o período 
colonial e imperial, o sertão correspondia, de acordo com os 
contemporâneos, a toda a área que não fazia parte da cidade da 
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(António Clarindo e Fábio Gutemberg. História da Paraíba ± 
Ensino/Médio. C G EDUFCG, 2007) 
 
Assinale a alternativa correta: 
a) O sertão paraibano não era despovoado quando os portugueses lá 
chegaram. Havia diversos povos indígenas que habitavam a região, 
como os pegas, icós, ariús e outros. 
b) A criação de gado foi um fracasso no sertão paraibano desde o 
processo de colonização, devido à baixa pluviosidade. 
c) A criação extensiva de gado na área destinada ao plantio da cana de 
açúcar no sertão paraibano foi incentivada pela Coroa Portuguesa. 
d) Não há registros de presença da mão de obra escrava negra no 
sertão paraibano. 
e) A criação de gado no sertão paraibano era voltada exclusivamente 
para atender o mercado europeu. 
 
19. (Ufpi 2008) Algumasdécadas depois da chegada de Cabral à 
América, os portugueses viram-se na necessidade de efetivar a 
ocupação das suas descobertas territoriais. Sobre o processo de 
colonização implementado pelos lusitanos na América, podemos 
afirmar que: 
a) Foi viabilizado pela descoberta de ouro e diamantes no interior, 
particularmente, em terras hoje pertencentes aos Estados de Minas 
Gerais e Goiás. 
b) Teve, no cultivo da cana para a fabricação de açúcar a ser 
comercializado no mercado europeu e na utilização do trabalho 
escravo, fatores centrais. 
c) Teve, na exploração do pau-brasil, na utilização da mão de obra 
africana e na criação de um sistema colonial centrado na vida urbana, 
elementos vitais para o sucesso inicial do empreendimento colonial. 
d) Teve, na Coroa Espanhola e nos mercadores da Nova Lusitânia, 
parceiros vitais para o êxito do empreendimento. 
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e) Só foi efetivamente viabilizado com a unificação da Península Ibérica 
em 1580. 
 
20. (Ufpb 1998) A escravidão, inicialmente dos índios e 
posteriormente dos negros africanos, foi um fator decisivo para a 
implantação da grande lavoura canavieira no Brasil. Por isso, em plena 
Idade Moderna, de acordo com a MENTALIDADE COLONIALISTA, 
justificava-se a escravidão com o(s) seguinte(s) argumento(s): 
 
I. Os índios eram criaturas bestiais, antropófagas, supersticiosas e 
desprovidas de razão e da fé cristã, portanto, sujeitos ao domínio 
civilizatório da Europa. 
II. A escravidão era imprescindível à formação do Brasil, pois os 
escravos eram os "pés" e as "mãos" dos senhores de engenho. 
III. Os africanos, descendentes de Caim e amaldiçoados por Deus, 
deveriam sofrer no Brasil, purgando seus pecados, como forma de 
alcançar a salvação. 
IV. O comércio de escravos e a propagação do cristianismo retiravam 
os africanos do estado de barbárie em que viviam, evitando que os 
mais fortes destruíssem os mais fracos em guerras tribais. 
 
Dentre as afirmativas apresentadas, são verdadeiras: 
a) apenas I, II, IV 
b) apenas II, III, IV 
c) apenas I, II, III 
d) I, II, III e IV 
e) apenas I, III, IV 
 
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Gabarito: 
 
Resposta da questão 1: 
 [B] 
 
Somente a proposição [B] está correta. O texto remete a visão 
de um religioso, o bispo de Pernambuco Francisco de Lima, sobre os 
bandeirantes paulistas, em especial Domingos Jorge Velho. Os 
religiosos defendiam a catequese dos índios e criticavam a atuação dos 
bandeirantes paulistas que destruíram as missões espanholas no Sul 
(Tape no Rio Grande do Sul, Guairá no Paraná e Itatim em Mato 
Grosso). Domingos Jorge Velho fRL�XP�³6HUWDQLVWD�GH�&RQWUDWR´�TXH�
trabalhava para os fazendeiros tentando evitar revoltas de negros ou 
índios. Ele foi o responsável pela destruição do quilombo dos Palmares. 
As demais alternativas estão incorretas. 
 
Resposta da questão 2: 
 [E] 
 
Resposta da questão 3: 
 [A] 
 
Resposta da questão 4: 
 [D] 
 
Normalmente, protegidos por leis, os índios (gentios) são vistos 
como impedimento à atividade dos bandeirantes, que poderia garantir 
OXFURV� j� ³ID]HQGD´� UHDO��1R� GRFXPHQWR�� R� UHL� Gi� D� HQWHQGHU� TXH� RV�
bandeirantes podem cumprir a missão de buscar as riquezas minerais 
e que o confronto com os índios nesses casos é admissível. 
 
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Resposta da questão 5: 
 [A] 
 
Resposta da questão 6: 
 [D] 
 
Resposta da questão 7: 
 [A] 
 
Resposta da questão 8: 
 [B] 
 
Resposta da questão 9: 
 [B] 
 
Resposta da questão 10: 
 [A] 
 
Resposta da questão 11: 
 [E] 
 
Resposta da questão 12: 
 [E] 
 
Resposta da questão 13: 
 [D] 
 
Resposta da questão 14: 
 [B] 
 
Resposta da questão 15: 
 [C] 
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Somente a alternativa [C] está correta. O gráfico mostra a 
quantidade de africanos deslocados para o Brasil e para a América 
Britânica e Estados Unidos no contexto da colonização da América e no 
século XIX. Primeiro aspecto a ser salientado é que a colonização 
portuguesa no Brasil começou antes do que a colonização inglesa nos 
EUA. Outro aspecto relevante foi a plantação de cana-de-açúcar no 
nordeste do Brasil que necessitava de muita mão de obra. O tráfico de 
africanos vendidos como escravos gerava muito lucro para os 
traficantes europeus. Nos Estados Unidos a reprodução escrava ocorria 
dentro das fazendas. 
 
Resposta da questão 16: 
 [C] 
 
O Plantation, sistema de produção adotado variadas vezes na 
História, baseia-se em um tripé básico: monocultura, latifúndio e 
trabalho escravo. Complementa essa formação o mercado de 
produção ser voltado para o exterior, favorecendo a exportação dos 
produtos. 
 
Resposta da questão 17: 
 [D] 
 
Somente a proposição [D] está correta. A questão remete ao 
trabalho indígena nos engenhos de açúcar no período colonial. Sabe-
se que o tráfico de escravos africanos para a América gerava um 
grande lucro que era destinado à Europa para bancar o capitalismo em 
ascensão. Havia uma dificuldade de escravizar os nativos devido ao 
seu grande conhecimento sobre a natureza o que facilitava a fuga. Não 
podemos afirmar que os nativos aceitaram com mais facilidade o 
trabalho escravo quando comparado ao africano. Os jesuítas não 
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vieram para o Brasil visando uma intensa campanha contra a 
escravidão indígena, embora os padres jesuítas defendessem a 
escravidão africana e criticassem à indígena. 
 
Resposta da questão 18: 
 [A] 
 
Assim como boa parte do território brasileiro, o sertão paraibano 
não era despovoado quando da chegada dos portugueses, mas sim 
habitado por várias etnias indígenas. 
 
Resposta da questão 19: 
 [B] 
 
Resposta da questão 20: 
 [D] 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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6. CONSIDERAÇÕES FINAIS. 
É isso aí meu amigo concurseiro. Se fez tudo até aqui é mesmo 
um guerreiro dos estudos, como devemos ser na vida. Parabéns pelo 
seu esforço, é um comportamento que é bem difícil até nos 
disciplinarmos, mas as conquistas fazem tudo valer a pena. Aristóteles 
dizia que o conhecimento tem frutos amargos, mas seus frutos são 
doces. 
Leia e Releia a teoria. Faça e refaça os exercícios. A repetição é 
a mãe do aprendizado. Vai valer muito a pena. Nós da equipe 
Estratégia Concursos vamos guia-lo ao caminho da aprovação. 
Motivação, Disciplina e Estratégia. 
Um grande abraço.Bons estudos. 
Foco no Sucesso. 
 
 
 
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